Postagem em destaque

Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Geral: Inscrição no portão da casa das vítimas revela suposto abuso de autoridade



Inscrição no portão da casa onde morava a cabo PM Andreia, na Vila Brasilândia, Zona Norte de SP

De acordo com moradores do bairro, a policial Andreia era tida como bem rigorosa no desrespeito à Lei

Coronel José Hermínio Rodrigues, ex comandante do 18º Batalhão, executado em janeiro de 2008
Luís Alberto Caju

 A inscrição “Abuso 137” chama a atenção no portão da casa onde ocorreu a chacina que matou o casal de Pms, o sargento da Rota, Luís Marcelo Pesseghini, 40 anos, a cabo Andreia Regina Bovo, 35 anos, mais duas parentes e o filho Marcelo Eduardo Pesseghini, 13 anos, na segunda-feira (5), na Rua Dom Sebastião, Vila Brasilândia, Zona Norte de SP.

 De acordo com o Código Penal, o artigo 137 é relativo a rixa, um meio mais eficaz e reprovável de agredir pessoas, em caráter múltiplo, a integridade física e a vida de alguém. Segundo moradores do bairro, a cabo Andreia era considerada bem rigorosa, nos padrões da Lei, contra pessoas que agiam de forma desonesta. Como destaca a inscrição no portão, talvez ele possa ter cometido excessos.

                               Coronel assassinado em 2008

 O 18º Batalhão da PM, em janeiro de 2008, teve dois Pms indiciados pelo assassinato do coronel José Hermínio Rodrigues executado na Avenida Engenheiro Caetano Álvares, próximo ao bairro do Imirim, quando andava à paisana de bicicleta pelo local. Segundo o DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), Rodrigues teria sido morto por combater a atuação de policiais em grupos de extermínio, na Zona Norte da capital paulista. No começo de 2013, os acusados foram absolvidos pelo Tribunal de Justiça Militar por falta de provas.

 Em julho de 2008, seis meses após morte do comandante do 18º Batalhão da PM/SP, coronel José Hermínio Rodrigues; um outro comandante e três policiais militares da Força Tática tiveram a prisão decretada pela Justiça Militar sob a acusação de prender, matar e simular um tiroteio para justificar o assassinato de Everton Torres Rodrigues, de 21 anos, na madrugada de 30 de julho. Na época, o suposto grupo de extermínio daquele batalhão ficou conhecido como os Matadores do 18.

                                         Entrevista desmentida

 O atual comandante do 18º Batalhão da PM/SP, na Freguesia do Ó, Zona Norte de SP, Wagner Dimas, desmentiu em depoimento à corregedoria da Polícia Militar o que disse em entrevista à Rádio Bandeirantes, na quarta-feira (7). Ele afirmou que a cabo Andreia Pesseghini, 35 anos, morta na chacina ocorrida na segunda-feira, na qual morreram seu marido, duas parentes e o filho, nunca acusou nenhum colega de trabalho de participar de roubo a caixa eletrônicos.

  

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Geral: Reviravolta no caso da chacina em que morreu casal de PMs

Novas revelações podem mudar direcionamento das investigação na chacina de Vila Brasilândia/SP

   
Luís Alberto Caju

  Mais novidades na chacina de casal de Pms e o filho deles, de 13 anos, encontrados mortos, com três familiares, na segunda-feira (5), na Rua Dom Sebastião, Vila Brasilândia, Zona Norte de SP. A mulher era Andreia Regina Bovo, 35 anos, e o marido, sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), Luís Marcelo Pesseghini, 40 anos.

 O tio da cabo da PM, Andreia Regina Pesseghini, revelou ao programa Cidade Alerta, da Rede Record, nesta quarta-feira, que o menino Marcelo Eduardo Pesseghini, 13 anos, estava morto vestido com calça moletom de pijama, não com as roupas em que aparece no vídeo, andando na calçada rumo à escola, às 6h23 de segunda-feira.

 “A mochila estava jogada na garagem. Vestia camisa branca e calça moletom de pijama. Se alguém vai praticar o suicídio, teria preocupação de tomar banho, trocar de roupa, tirar os sapatos pretos e depois dar um tiro na cabeça?”, questionou o parente de Andreia. No dia do conhecimento da chacina, essa pessoa que pediu para não se identificar, durante entrevista ao Cidade Alerta, logo quando chegou recebeu dois telefonemas.

  “No primeiro às 16h45, segundo ele, uma mulher perguntava se ali era a casa do Marcelinho (filho do casal), e porque o menino não tinha ido à escola naquela segunda-feira. Cinco minutos depois, outra mulher telefona e pergunta se é da casa da Andreia (mãe de Marcelo). Repetiu a mesma história de que o garoto não tinha ido ao colégio, onde estudava a poucos quilômetros de sua casa”, ressaltou.

                                        Voltava para casa de perua

  Em várias reportagens exibidas na televisão sobre o caso, professores e alunos garantem que Marcelo Eduardo foi à escola e ali ficou até perto do meio-dia, quando teria recebido carona de colega e voltado para casa. Porém, de acordo com esse familiar, por parte da cabo Pm Andreia, uma das vítimas na chacina, o garoto só voltava para a residência no carro da mãe ou numa perua contratada, que o deixava no portão, após a avó Benedita Oliveira da Silva, 65 anos, atendê-lo.

 Outro detalhe ressaltado por esse tio de Andreia é o cachorro que ficava na garagem, bravo com estranhos. “Por que com o barulho dos tiros ele ficou quieto, não latiu, pois os cães latem ao ouvir disparos de fogos ou tiros?” “Percebi que a porta da sala estava aberta. Eles nunca dormiam com as portas sem fechar. E pior com a chave do lado de fora”, observou.

  Esse parente da cabo Pm Andreia foi um dos primeiros a entrar na residência para reconhecer os corpos e percebeu fatos estranhos. “Minha avó Benedita e a tia-avó Bernardete (Oliveira da Silva, de 55 anos) estavam deitadas em camas separadas com os rostos de frente para outra, embaixo de cobertores. As duas levaram tiros na cabeça. Não havia rastro de sangue no quintal”, disse.

                                   Cabeça encostada no chão

 O sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), Luís Marcelo Pesseghini, 40 anos, estava deitado de bruços, como se tivesse dormindo quando foi alvejado, ao lado do filho Marcelo, que estava com a pistola .40 perto da barriga. “Minha sobrinha (Andreia) foi encontrada agachada de joelhos, com os braços cruzados e cabeça encostada no chão. Ela viu quem praticou o crime e não foi o Marcelinho”, afirmou.

  Na avaliação desse parente, a polícia está deixando de lado detalhes importantes. “Será que as duas mulheres que ligaram para casa deles (Luís Marcelo e Andreia), e que atendi seus telefonemas, não fizeram isso para confirmar as mortes? Se o Marcelo ficou na escola até perto do meio-dia, qual razão para dizer que ele não tinha ido à escola e por isso estava ligando?”

 Ao tomar conhecimento da entrevista ao Cidade Alerta, o delegado Itagiba Franco, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), responsável pelo inquérito, disse que vai intimar esse parente da cabo Pm Andreia para passar mais detalhes a respeito dos telefonemas que recebeu quando foi reconhecer os corpos das vítimas. “É uma informação nova. Vamos apurar”, concordou.

                                    Roubo a bancos e caixa eletrônicos

  Nesta quarta-feira o coronel Wagner Dimas, comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar, onde a cabo PM Andreia trabalhava, disse durante entrevista à Rádio Bandeirantes, que ela havia denunciado colegas de serviço que estariam envolvidos com roubos a caixas eletrônicos.

 Ele ressaltou que a investigação não chegou a uma conclusão e nenhum policial acabou preso. Porém alguns agentes foram transferidos. O coronel garantiu que Andreia nunca lhe relatou que sofresse qualquer tipo de ameaça e que as denúncias contra os demais soldados eram sigilosas.

 O coronel afirmou durante a entrevista não estar convencido na versão apresentada até agora pela polícia de que o garoto Marcelo Eduardo tenha sido o autor da morte das quatro pessoas de sua família e depois se suicidado. O comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar não descartou a possibilidade de o crime ter ligação com a denúncia feita pela policial.

  Por causa da entrevista, o oficial foi convocado à corregedoria da PM para prestar esclarecimentos e dizer quais as razões que o levaram a fazer tais afirmações ao programa da Rádio Bandeirantes. O comando geral da Polícia Militar de SP pediu que o teor dessa entrevista fosse desconsiderado pela população, mantendo a tese dos quatro homicídios seguido de suicídio.

                                 Perguntas ainda sem respostas
 
1) Se o menino Marcelo Eduardo era gentil, atencioso com a família (de acordo com o tio de Andreia, ele adorava os pais e as avós, inclusive tinha sonho de trabalhar na Rota), quais as razões para matar toda a família? 2) Qual o motivo para o casal de Pms (ele sargento da Rota, tropa de elite da polícia paulista) deixar aberta a porta da sala, inclusive com a chave do lado de fora? 3) Por que o cachorro não latiu ao ouvir o barulho dos tiros (os assassinos não teriam usado silenciadores nas armas). Seria alguém conhecido do casal e talvez por isso o cão o recebeu sem latir?

4) Qual a razão para o garoto Marcelo (apontado como autor dos quatro homicídios) deixar a mochila, em que aparece andando às 6h23 a caminho da escola, na garagem; quando o correto era entrar com ela? 5) Segundo o tio de sua mãe, na entrevista ao Cidade Alerta, o garoto morreu vestido com uma camisa branca e calça moletom de pijama. Ou seja, não trajava o uniforme escolar. Significa que ele tomou banho e trocou de roupa. Qual a razão para um suicida fazer isto, se de fato tirou a própria vida? 6) Quem era a pessoa que o trouxe da escola na segunda-feira e o deixou na porta de casa, quando o costume era vir com a mãe ou de perua contratada, que o entregava no portão onde sua avó Benedita o recebia.

7) A polícia sustenta que existia nos dedos da mão de Marcelo fios de cabelos de sua mãe, que foi executada de joelhos. Eles tinham sangue? Como ele ficou mais de dez horas com os fios de cabelos nos dedos, se durante esse período teve de ir ao banheiro, lavar o rosto e as mãos para comer? 8) Por que não existia rastro de sangue no local ou mesmo de massa encefálica na roupa usada por ele? Onde ficaram elas? 9) Existem vestígios de sangue ou massa encefálica nas pias da casa, onde Marcelo (se de fato foi o autor do crime) lavou o rosto e mãos? 10) Na escola ninguém percebeu que ele tinha fios de cabelos nas mãos e sinais de que não dormiu bem? 11) Por que no carro onde ele ficou, segundo a polícia por quase cinco horas, não havia vestígios de sangue ou massa encefálica?




terça-feira, 6 de agosto de 2013

Variedades: trilhas sonoras inesquecíveis



Malu Mader era a estrela principal na minissérie Anos Dourados

O ator Robert Blake (o Baretta), acusado de matar a esposa, foi parar na cadeia anos depois

Jeannie ao lado do seu amo, major Nelson, ficção criada pelo escritor Sidney Sheldon

O repórter Waldomiro Pena retratava a rotina da reportagem policial, na época em que não havia computador nos jornais

Claudio Marzo e Marília Pêra formavam o casal principal em "Quem ama não mata", na década de 1980


Luís Alberto Caju


   Existem minisséries que ficam na memória do público. "Anos Dourados" é um exemplo. Produzida pela Globo e exibida pela primeira vez em 1986, foi escrita por Gilberto Braga. A atriz Malu Mader era a musa. Dos personagens poucas pessoas se lembram, mas não sai da memória delas o bolero "Anos Dourados”, composto por Tom Jobim e Chico Buarque, que era o tema de abertura. O curioso é que a letra veio depois. Com o tempo estourado, Tom entregou a música sem letra.

  Ela ficou a cargo de Chico Buarque. É inesquecível a introdução feita com piano.
Entre 1975 e 1979, fazia sucesso nas noites de domingo as peripécias do detetive "Baretta", interpretado por Robert Blacke. Era o policial durão que vivia nas ruas, circulava entre as garotas de programa, drogados e traficantes. Os seus disfarces conquistaram a simpatia do público. O tema de abertura era interpretado de forma magnífica por Sammy Davis Jr. Ele casava bem com o bom humor e cenas de ação do filme. Anos depois, Robert Blacke foi acusado de matar a própria mulher. Condenado, acabou na cadeia.

 Outra minissérie inesquecível é "Jeannie é um Gênio". Ela estreou em 1964 nos Estados Unidos e fez muito sucesso no Brasil. Época em que a televisão tinha poucos recursos técnicos, mas a imaginação dos produtores era grande. O responsável pelo roteiro era o escritor Sidney Sheldon. As histórias giravam em torno da personalidade forte de Jeannie (Barbara Eden). Sua personagem se atrapalhava ao ajudar seu amo, Major Nelson (Larry Hagman). Mais tarde ele ficou famoso no seriado "Dallas", no papel de JR. O tema de abertura, composto por Hugo Montenegro e Buddy Kaye, nunca mais foi esquecido.

  O arranjo de flauta serviu para o grupo de pagode Negritude Junior fazer a introdução do hit "Tanajura”, quando ainda contava com o vocalista Netinho de Paula.
De 1979 a 1981, outra minissérie marcou época na Globo: "Plantão de Polícia". O ator Hugo Carvana era o jornalista policial "Waldomiro Pena", funcionário da fictícia "Folha Popular". Boêmio e descontraído, dono de um texto brilhante, "Pena" era engajado, opinativo e capaz de passar meses elaborando uma matéria.

 Sempre às 22h das sextas e depois às quintas-feiras, o samba-rock de Jorge Benjor (na época Jorge Ben) anunciava que Waldomiro Pena estava chegando. Em 1982, o casal Jorge e Alice, interpretado por Claudio Marzo e Marília Pêra, levou para a televisão a discussão a respeito da violência contra a mulher na minissérie "Quem Ama não Mata". Narrada em flash back, logo no primeiro capítulo o público fica sabendo que alguém morreu assassinado: Jorge ou Alice? O misterioso crime era o elo entre as diversas histórias de amor. O tema de abertura era "Se Queres Saber", autoria de Peter Pan, na voz magistral de Nana Caymmi. É lindo.



Túnel do Tempo: Bomba atômica sobre Hiroshima, Repórter Esso perde sua voz, morte do sociólogo Florestan Fernandes


A cidade japonesa de Hiroshima foi o primeiro alvo da bomba atômica produzida pelos Estados Unidos

Durante muitos anos Heron Domingues ganhou o apelido de "A testemunha ocular da história"

Durante a Ditadura Militar, o sociólogo Florestan Fernandes foi obrigado a deixar o Brasil


Luís Alberto Caju

EUA lançam bomba atômica no Japão: no dia 6 de agosto de 1945 os Estados Unidos jogaram a primeira bomba atômica em cima da cidade japonesa de Hiroshima. Morreram 100 mil pessoas. A Little Boy, como foi apelidada pela Força Aérea Norte-Americana, caiu às 8h15 da manhã. Como o horário comercial começava às 8h, a maioria das vítimas foi atingida em fábricas e escritórios. Mais de cem japoneses que sobreviveram aos dois bombardeios (o segundo foi em Nagasaki dois dias depois) moram no Brasil.

Repórter Esso perde sua voz: em 9 de agosto de 1974 morria aos 50 anos o radialista Heron Domingues. Ele trabalhou 18 anos, sem folga, apresentando o programa jornalístico Repórter Esso. Noticiou o bombardeio de Pearl Harbour, no Havaí, que colocou de vez os EUA na 2ª Guerra Mundial, em 1941; a morte da cantora Carmem Miranda nos Estados Unidos, o suicídio do presidente Getúlio Vargas, entre outras manchetes famosas. Ficou conhecido pelo público como a testemunha ocular da história. Foi o primeiro apresentador de noticiário na televisão brasileira, na TV Tupi em 1961. Quando morreu era apresentador do Jornal Nacional, ao lado de Cid Moreira.

Sociologia perde Florestan Fernandes: em 10 de agosto de 1995 morria o sociólogo Florestan Fernandes, duas vezes deputado federal pelo PT. Entrou na USP em 1941 formando-se em Ciências Sociais. Começou a carreira quatro anos depois como assistente do professor Fernando de Azevedo. Logo obteve o título de mestre. É autor da tese “A Integração do Negro na Sociedade de Classes”.

 Produziu diversos estudos identificando os obstáculos históricos e sociais ao desenvolvimento da ciência e cultura na sociedade brasileira. Em 1969 acabou aposentado compulsoriamente pela Ditadura Militar, exilando-se nos Estados Unidos. Retornou ao país dez anos depois com a Lei de Anistia aos Presos Políticos. Seu lema de campanha quando se elegeu deputado duas vezes (1986 e 1990) era: “Contra a idéia da força, a força das idéias”.


Radiografia de Sampa: Avenida Luiz Dumont Villares


A Avenida Luiz Dumont Villares fica no bairro paulistano de Vila Guilherme

Luís Alberto Caju

 Luiz Dumont Villares nasceu em Porto, Portugal, no dia 28 de dezembro de 1899 e morreu em 14 de junho de 1979 no Brasil. Principal nome das Indústrias Villares, fabricante de elevadores Atlas, situada no bairro do Canindé, região central de SP. Era sobrinho de Alberto Santos Dumont, inventor do avião, irmão de sua mãe.

 Villares idealizou a primeira garagem automática do Brasil, a Garagem Araújo, construída na década de 1960, no Centro da capital paulista, com 25 andares e capacidade de abrigar 322 automóveis. Foi pioneiro, também, na fabricação de trólebus no Brasil. A Avenida Luiz Dumont Villares fica na Vila Guilherme, Zona Norte de SP.


Geral: Cuidado; o perigo está dentro de sua casa


A maioria das plantas contém substâncias tóxicas, que provocam sérios danos ao organismo

A Bico de Papagaio solta líquido igual ao leite; ele provoca queimação e coceira,entre outros sintomas

A bela Copo de Leite é extremamente tóxica, sua beleza esconde o perigo

Os caroços da Mamona, quando ingeridos, provocam coma e até a morte

Um dos efeitos da Tinhorão é a tontura, acompanhada de vômito, diarreia, falta de ar, irritação e lesão da córnea


Luís Alberto Caju

  O pior perigo é aquele existente dentro de nossas casas. Em várias residências existem diversos tipos de plantas, a maioria venenosa, como Taioba Brava, Comigo-Ninguém-Pode, Copo de Leite, Coroa de Cristo, além dos temíveis produtos de limpeza em garrafas de refrigerantes  e detergentes com sabor de frutas. Todos ao alcance das crianças. A Tinhorão, de folhas verdes, estampada de vermelho e branco, é bonita aos olhos e temível ao organismo. Quando ingerida provoca sensação de queimação, inchaço dos lábios, língua, tontura, vômito, diarreia, dificuldade de engolir, falta de ar. Em contato com os olhos, causa irritação e lesão da córnea.

  Segundo o Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas de São Paulo) outra temível ameaça é a famosa Comigo-Ninguém-Pode. Ela causa os mesmos sintomas da Tinhorão, citada acima. O mesmo ocorre com a Taioba-Brava, que muitas crianças e até adultos usam como salada. Provoca vários problemas quando ingerida, principalmente salivação excessiva. Outra planta temível é a famosa Copo-de-Leite, extremamente tóxica.

 A Saia-Branca, conhecida como Trombeta, Trombeta-de-Anjo, Cartucheira ou Zabumba, nos casos mais graves, pode levar à morte quando ingerida. Essa planta deixa a boca e pele secas, dilata as pupilas, causa agitação, alucinação hipertemia e rubor do rosto. Outra bomba ambulante é a Bico-de-Papagaio, conhecida como Rabo-de-Arara. Ela solta liquído semelhante ao leite, que causa lesão na pele e mucosas, inchaço de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira. Nos olhos provoca dificuldades de enxergar e lacrimejamento, além de vômitos e diarreia. O mesmo efeito provoca a Coroa-de-Cristo.

  Crianças e adultos não devem brincar com a Espirradeira. Sua ingestão ou contato com o seu líquido, igual leite, causam vômitos intensos, cólicas abdominais, diarreia, tonturas, distúrbios no coração que podem provocar a morte. O mesmo ocorre com a Mandioca-Brava. Quando consumida, raiz ou folhas, ela provoca cansaço, falta de ar, fraqueza, taquicardia, agitação, confusão mental, convulsão, coma e morte. A inocente Mamona é perigosa também. Comer suas sementes abre caminho para tonturas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia com sangue, convulsões e até coma e morte.

  O Ceatox alerta que esse tipo de planta deve ficar fora do alcance das crianças. Elas jamais podem utilizá-las como brinquedos. Se ocorrer o consumo, não aconselhável dar leite à vítima porque muitas substâncias dependem de gordura para maior absorção. Visto que a gordura do leite vai aumentar o prejuízo ao organismo. Para crianças que tomaram desinfetantes (desses vendidos em garrafas usadas de refrigerantes) não é recomendável provocar vômito para livrar o corpo da substância tóxica, porque o tubo digestivo é queimado e com o vômito a lesão aumenta de tamanho.

 Ao fazer faxina nunca misture produtos de limpeza, como detergentes para máquina de lavar louça e amaciantes de roupa. Ambos contêm amoníaco, cuja substância libera o gás de amônia quando fica quente. Já o amaciante pode causar irritações nos olhos e pele, afetando o sistema respiratório. Outra bomba ambulante é a água sanitária. Por conter hipoclorito de sódio, mesmo em baixa concentração, libera o gás cloro, provocando irritação das vias aéreas, lágrimas e dores de cabeça. 

Em lugares fechados, como boxes de banheiros, respirar o produto pode provocar intoxicação. O cuidado precisa ser redobrado com desentupidores de ralo e pia, pois trazem a mistura corrosiva de soda cáustica e nitrato de potássio. São inflamáveis e causam irritação na pele e olhos. Mesmo os sprays usados para deixar um cheiro agradável dentro de casa é preciso ser cauteloso. O produto contém na composição paradiclorobenzeno. Em excesso, ele irrita pele e mucosas, provoca alergias respiratórias e causa danos ao fígado e sistema nervoso.


Jiló com Pimenta: Caixa eletrônico que facilita saidinha de banco; Tricolor e Peixe em decadência; “sumiço” do pedreiro Amarildo



Se o criminoso encostar na janela, ele saberá quem sacou muito dinheiro e depois fazer a temível saidinha de banco


Luís Alberto Caju

Milho pra bode: é um convite aos bandidos a agência da Caixa Econômica Federal, na Avenida Parada Pinto, diante do Hipermercado Andorinha, Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de SP. Os caixas eletrônicos, todos virados para a rua, no interior do banco, não tem vidros escuros nas janelas. Basta o criminoso, do lado de fora, olhar quem saca o dinheiro e depois fazer a temível saidinha. Funcionários da Caixa prometeram que logo o problema será solucionado. Espero que não fechem a porta depois de quebrada, como é hábito neste País.

Decadência: São Paulo e Santos estão na ribanceira. O Tricolor mergulhou numa crise e virou saco de pancadas no Brasileirão. O presidente “trapalhão” Juvenal Juvêncio é o típico dirigente esportivo que jamais deveria ocupar este tipo de cargo em qualquer clube. Com ele, o São Paulo corre o risco de cair para a Série B. Já o Santos, após a saída de Neymar, perdeu mais de 50% da eficiência. Mostra que o Peixe dependia do seu talento. Também é sério candidato a despencar na tabela.


Amarildo: Até agora o governo Sergio Cabral, no Rio de Janeiro, não deu nenhuma resposta positiva quanto ao desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, sumido desde o dia 14 de julho, após ser levado por Pms à sede da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha. O comandante da UPP, major Edson dos Santos, garantiu que Souza saiu do local andando. Mas até hoje ele não chegou até sua casa. Como se fala no interior, embaixo dessa fumaça tem fogo.