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terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Economia: Governo pode fazer novos ajustes nas regras do BPC

      Pixabay


Radiografia da Notícia

* Alterações não deverão ter impacto na economia de recursos

Segundo ele, os ajustes serão pequenos

No pacote de corte de gastos anunciado no fim de novembro, o governo quer aumentar os critérios para calcular a renda das famílias

Agência Brasil 

O governo federal pode ajustar as propostas de mudança nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para viabilizar a votação do pacote de corte de gastos, disse nesta terça-feira (10) o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Segundo ele, os ajustes serão pequenos e não deverão ter impacto na economia de recursos esperada.

“A preocupação é legítima. A gente fez um debate dentro do governo, envolvendo uma série de ministérios, de atores políticos, e a gente chegou a um consenso. O BPC tem uma preocupação da bancada do PT que a gente entendeu e vai internalizar”, explicou Durigan após almoço com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).

Na segunda-feira (9), Durigan reuniu-se com a bancada do PT na Câmara dos Deputados, onde ouviu as preocupações do partido com o projeto que endurece as regras de acesso ao BPC. No fim de semana, o PT divulgou um texto em que elogia a taxação de super-ricos, mas pede debate dentro do governo em relação às mudanças no BPC.

Espaço

“[Serão] ajustes menores, que podem preservar, do ponto de vista conceitual e da lógica do BPC, sem que a gente tenha perda de impacto fiscal. Se, de fato, tiver um medo de perda de direitos [de beneficiários], a gente pode rever. Não tem problema”, declarou.

O secretário-executivo da Fazenda não adiantou os pontos que podem ser revistos, mas admitiu que parlamentares PT e de outros partidos “ficaram incomodados” com o endurecimento do conceito da família que coabita, com filhos que moram fora, que podem gerar perda de direitos. “Eles reconhecem que tem espaço para fraude, mas ao mesmo tempo [a proposta] pode impactar pessoas que de fato teriam direito”, disse.

No pacote de corte de gastos anunciado no fim de novembro, o governo quer aumentar os critérios para calcular a renda das famílias e proibir a retirada de rendas não previstas em lei. A medida, na prática, pode retirar o acesso de pessoas ao benefício por ultrapassar a renda de um quarto do salário mínimo.

Emendas

Mais uma vez, Durigan fez um apelo para que o Congresso vote o pacote ainda este ano. O principal entrave até agora é a liberação de emendas parlamentares após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino rejeitar pedido da Advocacia-Geral da União para reconsiderar parte da decisão que endureceu a liberação de emendas.

Segundo o secretário, o governo deve editar, ainda nesta terça-feira (10), uma portaria para viabilizar o pagamento de emendas. Também nesta terça-feira, a AGU deve publicar um parecer com força executória para orientar a liberação de emendas até o fim do ano.

“Eu espero que sim. A forma como a gente tem tratado é sempre com muita transparência. Vamos fazer um acordo, tem um acordo com o Congresso para tratar as emendas”, declarou Durigan. “Nós estamos só com uma questão de timing. O timing está apertado. Estamos correndo com definições no mesmo dia porque a decisão foi de ontem [segunda-feira].”

Antes da cirurgia na cabeça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se na segunda-feira com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, para tratar da liberação de emendas parlamentares após a decisão de Flávio Dino. O governo pretende liberar R$ 4,1 bilhões em emendas de comissão e R$ 2,3 bilhões em emendas de bancada para permitir a votação do pacote de corte de gastos ainda este ano.

liberação das emendas pretende ajudar o governo a destravar o pacote fiscal, considerado um tema sensível no Congresso. O governo quer cortar R$ 327 bilhões de gastos até 2030, economizando R$ 71,9 bilhões apenas em 2025 e 2026.

Imposto de Renda

Apesar do atraso na aprovação do pacote, Durigan reiterou que o governo pretende enviar ainda este ano o projeto de lei que amplia a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, acompanhado da criação de uma alíquota para quem recebe mais de R$ 50 mil por mês.

O secretário também disse que o projeto de lei que altera as regras para a previdência dos militares será enviado ainda esta semana ao Congresso Nacional. Embora tenham sido anunciadas com o pacote de corte de gastos no fim de novembro, as propostas até agora estão paradas na Casa Civil e não foram enviadas ao Congresso.

Economia: Vendas de veículos financiados crescem 12,4% em novembro

    Marcelo Casall Jr./Agência Brasil


Radiografia da Notícia

Houve queda de 9,7% diante dos números de outubro deste ano, diz B3

No acumulado do ano até novembro, as vendas financiadas de veículos somaram 6,5 milhões de unidades

Em novembro, os financiamentos chegaram a 31,8 mil unidades

Agência Brasil 

Os financiamentos para compra de veículos novos e usados no Brasil cresceram 12,4% em novembro, conforme levantamento da B3 (Bolsa de Valores do Brasil), em comparação ao mesmo período do ano passado. No entanto, houve queda de 9,7% diante dos números de outubro deste ano.

No acumulado do ano até novembro, as vendas financiadas de veículos somaram 6,5 milhões de unidades. Uma alta de 21,8% em relação aos mesmos 11 meses de 2023, o que soma aproximadamente 1,1 milhão de veículos vendidos a mais.

Unidades

Já a queda em relação a outubro pode ser explicada, segundo Gustavo de Oliveira Ferro, gerente de planejamento e inteligência de mercado da B3, por causa dos quatro dias úteis a menos que teve o mês. Em novembro, os financiamentos chegaram a 31,8 mil unidades.

Nas comparações entre novembro deste ano e o mesmo mês em 2023, a maior alta nos financiamentos foi com os veículos leves (12,4%), já com os veículos pesados o crescimento foi de 0,6% e, por fim, o segmento das motocicletas avançou 15,1%.

Artigo: Será que você está protegendo sua pele do Sol corretamente?

 

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A evolução contínua da indústria cosmética facilita o acesso a novos produtos

* Mas o segredo é saber quais e como usar. Dermatologista fala tudo sobre proteção solar e cuidados com a pele

Mesmo assim, as novidades e descobertas da indústria exigem uma renovação de aprendizado

Dra.Viviane Scarpa

Já faz tempo que o protetor solar ganhou espaço nas necessaires femininas. Mesmo assim, as novidades e descobertas da indústria exigem uma renovação de aprendizado constante, para seguir a evolução dos produtos. A Dra. Viviane Scarpa, Dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), aborda o que há de mais importante agora para manter a pele protegida do sol e usufruindo de todos os benefícios cosméticos que os protetores atuais têm a oferecer.

 

"A proteção solar é essencial para nos proteger dos raios solares que, sabidamente, são a principal causa do câncer de pele, e também da luz de aparelhos eletrônicos e lâmpadas. Junto com os raios solares, elas são responsáveis pelo aparecimento de manchas e pelo envelhecimento precoce", resume a médica.

 

Texturas ideais para cada pessoa - Nas mais variadas formas de apresentação, hoje os protetores atendem a uma gama vasta de tipos de pele e suas preferências. Gel, gel-creme, loção e creme, para escolher conforme o tipo de pele. "Podemos personalizar a prescrição do filtro solar para cada tipo de pele e para cada patologia que o paciente apresenta", reforça ela. Outra vantagem que a Dra. Viviane percebe na evolução dos filtros solares é a proteção contra os raios UVA. "Antigamente nem existia e, agora, é obrigatória para os filtros solares vendidos no Brasil", informa a dermatologista.

 

A proteção extra da cor - Os filtros solares com cor e vários tons diferentes, além dos que se adaptam ao tom de pele também são uma evolução a destacar nesse segmento. "Já que sabemos que os filtros solares com cor protegem mais que os sem cor", informa a Dra. Viviane.

 

Proteção solar e muito mais - "Muitos filtros, hoje, possuem outros ativos na composição, como antioxidantes, clareadores e ativos que tratam queratoses actínicas (lesões pré-malignas)", indica a dermatologista.

 

Existe fator ideal para cada tipo de pele?

 

Dra. Viviane enfatiza que todos os tipos de pele precisam de proteção solar, mesmo que o fator varie. "Quanto mais clara a pele, maior deve ser a proteção", resume a médica, ao indicar dessa forma:

 

  • Pele clara e muito clara: FPS 50 e PPD +++
  • Pele morena clara: FPS 40 PPD ++/+++
  • Pele morena escura: FPS 30 PPD +/++
  • Pele negra: FPS 30 PPD +

 

O Sol e os problemas de pele

 

A luz solar, segundo a dermatologista, pode ser tanto o fator desencadeante, como fator de piora de lesões como melasmas e manchas. "O melanócito é a célula que produz melanina, que dá a coloração acastanhada do melasma e das manchas. Este melanócito está presente na camada mais inferior da epiderme e é estimulado a produzir mais pigmento quando a pele é exposta ao Sol, como um mecanismo de defesa para proteger o núcleo das nossas células. Quanto mais melanina uma pele tem, mais proteção contra o sol essa pele terá", explica.

 

Nesse contexto, a Dra. Viviane alerta que a proteção contra o Sol em quem tem essas condições deve ser ampliada. "Os cuidados devem envolver a proteção solar tópica, com filtros solares de preferência com cor e fator acima de 50, com reaplicação ao longo do dia. Além disso, evitar os horários em que a radiação solar é mais intensa, entre 10h e 16h", recomenda a especialista, adicionando o uso de chapéus ou boné com fator e proteção como uma prática importante nesses casos.

 

A quem se pergunta se a proteção solar defende a pele contra o aparecimento de manchas e melasmas, a Dra. Viviane diz que sim, desde que essa proteção seja a soma de filtro solar reaplicado ao longo do dia, não exposição nos horários de pico de sol e uso de chapéus e bonés com fator de proteção. "Para essa prevenção, o melhor é escolher os filtros com cor e com fator de proteção acima de 50", indica.

 

Como hidratar a pele devidamente?

"A pele é o maior órgão do corpo e, por estar em contato com o meio externo, sofre com os dias mais quentes e secos", lembra a dermatologista, ao associar uma pele mais seca à possibilidade de aparecimento de coceira (também chamado de prurido) ou de eczemas e, ainda, a piora em quadros de dermatite atópica.

 

Para evitar situações assim, a Dra. Viviane reforça a dose diária de ingestão de água de 35 ml por Kg por dia. "Outras ações que ajudam são: banhos mornos e rápidos, não usar buchas, dar preferência para sabonete syndets, que tiram menos gordura da pele e sempre passar hidratantes logo após o banho, pois neste momento a absorção do produto é maior", lista ela.

 

A alimentação como cuidado para a pele

 

Uma dieta rica em frutas, legumes e verduras é a indicação da Dra. Viviane para complementar o cuidado com a pele. Além disso, evitar frituras e alimentos com alto teor de açúcar também somam para uma pele bem tratada. "Sabemos, hoje, que uma dieta rica em açúcar leva ao envelhecimento precoce e que uma dieta rica em antioxidantes melhora o melasma e auxilia na prevenção desse envelhecimento", ressalta a médica, acrescentando que acertar na dose diária de proteínas também responde pela produção do colágeno na pele, que é uma proteína.


Dra.Viviane ScarpaMédica Formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas em 2004, Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em 2009.

Geral: Morre médica militar baleada em hospital da Marinha no Rio

                     Reprodução


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Gisele Mendes de Souza e Mello não resistiu à gravidade dos ferimentos

Ela foi atingida na cabeça dentro do complexo do Hospital Naval Marcílio Dias

Em nota, a Marinha lamentou a morte, prestou solidariedade a amigos e familiares

Agência Brasil 

Baleada dentro do hospital em que trabalhava, a capitão de mar e guerra e médica geriatra Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, morreu na tarde desta terça-feira (10), informou a Marinha do Brasil em nota distribuída à imprensa. Ela foi atingida na cabeça dentro do complexo do Hospital Naval Marcílio Dias, na zona norte do Rio de Janeiro, enquanto participava de um evento no auditório da Escola de Saúde da Marinha do Brasil.

O tiro que atingiu a médica foi disparado durante uma operação policial na Comunidade do Gambá, que é vizinha do hospital. Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar, agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Lins foram atacados quando chegaram ao local.

Gisele foi atendida no próprio hospital, no qual atuava como superintendente de Saúde. Ela precisou passar por um procedimento cirúrgico de urgência, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos.

Em nota, a Marinha lamentou a morte, prestou solidariedade a amigos e familiares e afirmou que está prestando todo o apoio.

Indignação

A morte da médica, baleada dentro do hospital em que trabalhava, causou indignação no Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). Em nota, o Cremerj citou que o Hospital Naval Marcílio Dias é referência em atendimentos, da baixa à alta complexidade, e lamentou que "uma unidade tão conceituada tenha sido palco de uma violência tão estarrecedora".

"O Conselho se solidariza com a médica, a família e os amigos que estão vivendo este momento terrível e pede às autoridades celeridade na apuração dos fatos, responsabilização dos culpados e um plano para evitar efeitos colaterais da violência urbana e de operações policiais realizadas nas proximidades de estabelecimentos de saúde."

Geral: Entenda o que é trepanação, procedimento pelo qual Lula passou

    Marcelo Camargo/Agência Brasil


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Após dor de cabeça, exame revelou hemorragia intracraniana

O procedimento foi consequência de um acidente doméstico sofrido pelo presidente 

*  Os orifícios feitos no crânio de Lula são pequenos e terão cicatrização espontânea

Agência Brasil 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, passou por uma trepanação para drenar uma hemorragia intracraniana nesta segunda-feira (10). O procedimento foi consequência de um acidente doméstico sofrido pelo presidente em 19 de outubro, quando ele caiu no banheiro da residência oficial e bateu com a cabeça 

Entenda:

O que é trepanação?

São perfurações feitas no crânio. No caso do presidente, foram feitas entre duas lâminas da meninge, seguidas da colocação de um dreno, por onde sai o sangue acumulado após a hemorragia.

De acordo com o médico do presidente, Roberto Kalil, os orifícios feitos no crânio de Lula são pequenos e terão cicatrização espontânea, sem necessidade de intervenção futura. 

Inicialmente, o boletim médico do hospital falava que o presidente passaria por uma craniotomia. Porém, os médicos esclareceram que foi uma trepanação.

O que aconteceu com o presidente?

Lula teve mal-estar semelhante a um quadro gripal, acompanhado por dores de cabeça, e então foi ao Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, na noite desta segunda (9). Como teve uma queda recente, passou por uma ressonância magnética, que detectou uma hemorragia intracraniana de um hematoma decorrente do acidente em 19 de outubro. O presidente foi transferido para a unidade do hospital, em São Paulo, onde passou pelo procedimento cirúrgico.

Kalil explica que não houve machucado no cérebro, já que o hematoma estava localizado entre o osso cranial e o cérebro.

Desta forma, para evitar que o hematoma comprima o cérebro, o presidente passou pela trepanação na manhã de hoje, no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

Qual o estado de saúde do presidente?

De acordo com o médico, Lula reagiu bem ao procedimento, está lúcido, acordado, se alimentando e se comunicando bem e não teve qualquer comprometimento cerebral. 

O presidente está acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, e, por precaução, ficará internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por 48 horas.

A expectativa da equipe médica, liderada por Roberto Kalil, é que Lula volte às atividades na próxima semana.

Geral: Câmeras corporais de São Paulo não atendem especificação do STF

    Paulo Pinto/Agência Brasil


Radiografia da Notícia

COPs não preveem acionamento automático das gravações, diz estudo

A análise de Edler cita a possibilidade de se fazerem aditivos ao contrato

Na decisão, Barroso citou casos recentes de violência policial contra pessoas que não ofereciam risco

Agência Brasil

Nota técnica do Núcleo de Estudos da Violência (NEV), da Universidade de São Paulo (USP), aponta problemas no edital de compra de câmeras corporais do governo de São Paulo. O principal problema, conforme o estudo, estava na especificação das câmeras corporais (COPs) que não previam o acionamento automático das gravações.

“Sem a gravação de todo o turno de patrulha, o programa Olho Vivo deve ter seus efeitos reduzidos”, conclui a nota técnica, assinada pelo pesquisador Daniel Edler.

A análise de Edler cita a possibilidade de se fazerem aditivos ao contrato. Mas, mesmo assim, tais ajustes na contratação podem não resolver o problema: “Mesmo com aditivos no contrato, algumas formas de acionamento automático podem não ser viáveis devido às limitações da infraestrutura de comunicação do estado de São Paulo”.

Ainda de acordo com o estudo do NEV, quando os policiais têm a capacidade de desligar as câmeras, são gerados menos registros e há um número maior de casos de uso ilegal da força. "Mesmo quando protocolos de operação são claros em relação às dinâmicas que devem ser gravadas, os policiais tendem a não cumprir as diretrizes”.

A Secretaria de Segurança foi procurada para comentar o estudo do NEV, mas não retornou até a conclusão desta matéria.

Obrigatoriedade

Ontem (9), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, determinou a obrigatoriedade do uso de câmaras corporais pelos policiais militares do estado de São Paulo. A decisão também obriga o uso de equipamentos com gravação ininterrupta.

A decisão foi tomada diante de um pedido feito pela Defensoria Pública estadual para obrigar a Polícia Militar a utilizar o equipamento. O pedido tramitava na Corte desde dezembro do ano passado.

Na decisão, Barroso citou casos recentes de violência policial contra pessoas que não ofereciam risco ou resistência e de desligamento proposital das câmeras.

Histórico

O governo de São Paulo se comprometeu com o STF, em abril deste ano, a usar câmeras corporais em operações policiais no estado e apresentou cronograma que estabelecia a implementação do sistema. O estado previa nova licitação e aquisição de novas câmeras.

Em setembro, o governo anunciou assinatura de contrato com a empresa Motorola para a compra de 12 mil câmeras corporais. A compra foi criticada, no entanto, por prever mudanças na forma de acionamento do equipamento. Pelas regras do edital, o acionamento do equipamento de gravação poderia ser feito pelo próprio policial ou por uma central de operações da Polícia. Dessa forma, a gravação pode ser interrompida durante as operações.

O modelo previsto no contrato não faz gravação ininterrupta, ou seja, o policial, ou a corporação, acionará o equipamento quando desejar, ponto criticado por entidades de direitos humanos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), isso é compensado por outras funcionalidades, como o acionamento automático, por software, à distância pelo Centro de Operações da PM (Copom) e o acionamento manual pelo próprio policial.

Geral: O Impacto Silencioso de uma Epidemia Global

    EBC


Radiografia da Notícia

* A dor crônica não é apenas uma questão médica, mas um problema de saúde pública

Apesar de sua prevalência, mitos e desinformação ainda dificultam o diagnóstico e o tratamento eficaz da condição

 Ela limita atividades diárias, interfere no sono, aumenta os riscos de transtornos emocionais

Redação/Hourpress

A dor crônica afeta mais de 2 bilhões de pessoas no mundo, sendo responsável por limitar a funcionalidade, causar sofrimento emocional e gerar altos custos econômicos. No Brasil, cerca de 35% dos adultos convivem com essa condição, que atinge mais da metade dos idosos, mas que também pode afetar jovens. Para o Dr. André Mansano, médico intervencionista da dor, entender e desmistificar essa condição é essencial para enfrentá-la de forma eficaz.
 

A dor crônica, caracterizada por sua persistência por mais de três meses, vai muito além de um desconforto físico. Ela limita atividades diárias, interfere no sono, aumenta os riscos de transtornos emocionais como depressão e ansiedade, e gera um impacto social profundo, contribuindo para absenteísmo no trabalho e aposentadorias precoces.
 

Entre as causas mais comuns estão problemas osteomusculares, como hérnias de disco e artrose, dores neuropáticas, fibromialgia, traumas mal cicatrizados e doenças inflamatórias. Ansiedade e depressão também podem intensificar a percepção da dor, criando um ciclo difícil de romper.
 

Mitos sobre a dor crônica que precisam ser superados

Mitos comuns ainda dificultam o enfrentamento da dor crônica. Entre eles:

  • “Se a dor não aparece em exames, ela não existe”: Muitas dores crônicas, como as neuropáticas, não apresentam alterações visíveis em exames de imagem.
  • “Repouso é sempre a melhor solução”: Na maioria dos casos, o repouso prolongado pode piorar a condição, enquanto a atividade física controlada é fundamental para o manejo.
  • “A dor crônica afeta apenas idosos”: Jovens também podem ser acometidos, especialmente em casos de traumas ou doenças autoimunes.

Tratamento e prevenção: uma abordagem multidisciplinar


O tratamento da dor crônica exige uma abordagem integrada. Dr. Mansano destaca o uso de medicamentos, como analgésicos e antidepressivos, aliados a terapias físicas, psicológicas e intervenções minimamente invasivas, como bloqueios nervosos e radiofrequência. Além disso, o especialista reforça a importância de prevenir a cronificação da dor por meio de exercícios regulares, boa postura, controle do peso e manejo adequado de dores agudas.

“A conscientização e o acesso a tratamentos especializados são essenciais para que os pacientes possam recuperar a qualidade de vida e romper com os estigmas que envolvem a dor crônica,” finalizou o médico.