Postagem em destaque

Crônica: A construção de um grande amor

Não sabia como falar de amor com uma mulher Astrogildo Magno Natalino era autodidata. Escolado pela universidade da vida, aos 12 anos de ida...

segunda-feira, 15 de março de 2021

Saúde: Comitê de Blitze autua no fim de semana 58 estabelecimentos comerciais da capital

 

Por descumprimento às regras do Plano SP, ação mobilizou mais de 3.600 agentes de órgãos estaduais e municipais de fiscalização

Redação/Hourpress

Governo de SP

No primeiro fim de semana após o anúncio da criação do Comitê de Blitze, 58 estabelecimentos comerciais da capital foram autuados em flagrante descumprimento às normas sanitárias e de restrição de circulação do Plano São Paulo. A força-tarefa é composta por agentes de órgãos do Estado e da Prefeitura de São Paulo para reforçar o trabalho de fiscalização na capital e o cumprimento das regras previstas no Plano São Paulo. O objetivo é coibir festas clandestinas e aglomerações em estabelecimentos comerciais irregulares.

O Comitê de Blitze envolve a atuação da Guarda Civil Metropolitana e da Covisa (Coordenadoria da Vigilância Sanitária) pela Prefeitura de São Paulo. O Governo do Estado integra o grupo com profissionais da Vigilância Sanitária, Procon e das Polícias Civil e Militar.

Às vésperas do Estado todo entrar na fase emergencial, que determina restrições mais severas em função do aumento de casos, internações e óbitos em função do novo coronavírus, o número de denúncias saltou, com ligações e envio de mensagens para a Vigilância Sanitária, o Procon e a Polícia Militar. As ações ocorrem em diversos pontos da capital para evitar possíveis ações irregulares. O reforço da fiscalização tem como objetivo evitar a propagação do coronavírus.

De sexta à noite (12) a domingo de madrugada (14), a Polícia Militar atuou de forma preventiva em diversos pontos da capital, com orientações para dispersão de aglomerações. Neste período, foram abordadas 20.028 pessoas, sendo 14 delas detidas. Além de vistoriar mais de 31.076 mil veículos, a PM também conseguiu capturar 33 procurados e localizar/recuperar 402 veículos.

No mesmo período, a Vigilância Sanitária Estadual inspecionou 76 estabelecimentos comerciais, dos quais 15 deles foram autuados. As ações ocorreram nos bairros Vila Nova Conceição, Capão Redondo, Ibirapuera, Paraíso, Vila Mariana, Jaguaré, Freguesia do Ó, Pompeia, Perdizes, Vila Olímpia, Centro/ República, Brooklin, Alto de Pinheiros e Panamby. Desde julho de 2020, quando a Sanitária começou as ações de campo, já foram realizadas mais de 213,3 mil inspeções e de 4,3 mil autuações em todo o Estado.

O Procon-SP vistoriou 434 estabelecimentos comerciais nos bairros do Butantã, Vila Suzana, Jardim Londrina, Morumbi, Vila Andrade, Vila Mariana, Chácara Inglesa, Bosque da Saúde, Mirandópolis, Praça da Árvore, Vila Prudente, Vila Lúcia, Vila Alpina, Vila Califórnia, Vila Independência, Vila Ema, Vila Celeste, Água Rasa, Parque da Mooca, Tatuapé e Jardim Vista Linda (Estrada de Itapecerica). Destes, 29 locais foram autuados por desrespeito à regra de restrição de circulação, uso obrigatório de máscaras e distanciamento social.

Desde o início das fiscalizações, em 26 de fevereiro deste ano, foram fiscalizados 1070 estabelecimentos na capital, dos quais 129 (12,06%) estavam abertos indevidamente ao público consumidor, contrariando o decreto estadual.

Saúde: Cuidados com a audição na rotina do home office e das aulas virtuais

 

Saiba quais são os perigos e como proteger a audição de sua família do barulho dentro de casa

Redação/Hourpress

Arquivo
Em época de maior convívio por causa da pandemia, nada melhor do que prestar atenção ao risco do barulho em excesso no ambiente doméstico, causado inclusive por certos brinquedos sonoros que as crianças e adolescentes adoram, mas que podem ser perigosos para a audição. O barulho vem dos videogames com o som "nas alturas", guitarras, aviões, carrinhos com sirenes, telefones, dinossauros que rugem, jogos com explosões e até mesmo da música em volume alto nas aparelhagens de som. Brinquedos sonoros "piratas" comprados em camelôs, por exemplo, que não têm o selo do Inmetro, são um perigo, pois podem emitir sons de até 120 decibéis, bem acima do permitido por lei (85 decibéis).

O barulho está presente também no aspirador de pó, liquidificador, secador de cabelos, furadeira, martelo, obra, reforma, latido de cachorro. É fato que os ruídos sonoros estão cada vez mais presentes dentro de casa, principalmente nesta fase em que muitos pais e filhos permanecem em home office e aulas virtuais. A pandemia obrigou muitas pessoas a transformar a casa em escritório e o quarto das crianças em uma escola adaptada. E quanto mais horas dentro do lar, mais barulho.

"Se a perda auditiva é provocada pela exposição a nível de pressão sonora elevado, o dano auditivo tende a se estabilizar se a pessoa mudar seus hábitos e evitar situações e ambientes com sons abusivos. No entanto, é importante lembrar que a audição perdida não pode ser recuperada e que se não houver uma conscientização, o barulho em excesso, ao longo do tempo, pode causar prejuízos cada vez maiores à audição. Dependendo da intensidade, o ruído pode provocar, inclusive, como primeiro sintoma, o zumbido nas orelhas", explica a Fonoaudióloga Marcella Vidal, Gerente de Audiologia Corporativo, Telex Soluções Auditivas.

É importante prestar atenção também no volume da televisão, que as crianças e adolescentes, muitas vezes, aumentam com frequência. É necessário diminuir o som, explicar que o volume alto é prejudicial e observar a reação deles.

"Aconselho aos pais que suspeitam que seus filhos têm dificuldades auditivas que procurem um médico otorrino-pediatra e fonoaudiólogo. A partir do resultado das avaliações audiológicas, é indicado o tratamento mais adequado para a (re)habilitação auditiva. Uma das opções é a adaptação de aparelhos auditivos, que adaptados seguindo as boas práticas da adaptação pediátrica, dão suporte à reabilitação auditiva e ao aprendizado escolar, garantindo um desenvolvimento saudável", afirma a Fonoaudióloga, que é especialista em audiologia infantil.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sons que atingem 70 decibéis já são desagradáveis para o sistema auditivo humano e, acima de 85 decibéis, podem começar a danificar o mecanismo da audição, dependendo do tempo e da frequência da exposição sonora. O manejo contínuo de um brinquedo com esse volume pode prejudicar para sempre a audição das crianças. As menores, de até três anos, são as mais afetadas. E se elas têm a audição comprometida, isso pode afetar todo o seu desenvolvimento, inclusive o desempenho escolar.

É importante o envolvimento de toda a família na busca de um ambiente doméstico mais silencioso.

Túnel do Tempo: Estreia de O Poderoso Chefão

               Magalu


Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 15 de março de 1972, o  filme “O Poderoso Chefão”, de Francis Ford Coppola, baseado em um romance de Mario Puzo de mesmo nome e com adaptação para o cinema do próprio Puzzo e de Coppola, estreia nos cinemas. Ele seria considerado um dos melhores filmes de todos os tempos.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Rua do Arouche

    Prefeitura/SP


Luís Alberto Alves/Hourpress

No início do século XIX, toda a área hoje conhecida como "Vila Buarque" era de propriedade do Tenente General José Arouche de Toledo Rendon. Por volta de 1810, ele foi autorizado a abrir as primeiras ruas em sua propriedade, quando apareceu a Rua do Arouche, porém só em 1890 que ela aparece com esse nome. Rendo morreu em 1834, e era comandante militar das vilas do norte de São Paulo, participou das lutas pela Independência do Brasil, foi deputado constituinte e primeiro diretor da Faculdade de Direito de São Paulo. A Rua do Arouche (foto) fica no Centro de SP`. 



quinta-feira, 11 de março de 2021

Variedades: Big Brother e sua inspiração na literatura

 


O Grande Irmão que tudo vê foi apresentado no livro 1984 de George Orwell

Redação/Hourpress

O sucesso do programa Big Brother é indiscutível, sendo um dos realities de destaque nas televisões de quase todo o mundo. Aqui no Brasil, o triunfo do Big Brother Brasil é enorme também, alcançado índices invejáveis na audiência.


O que muitos não sabem é que o formato do programa teve inspiração no livro 1984, de George Orwell, lançado em 1949. O livro narra a história de um funcionário público que vive durante uma ditadura, onde existe as teletelas que vigiam a população durante todo o tempo, sendo nas ruas, no trabalho e até dentro de casa. Outra referência a obra de Orwell, é que o soberano do tal sistema político se chama Grande Irmão.


O livro é considerado um dos clássicos do autor e essencial para trazer à tona reflexões sobre regimes autoritários. O título é destaque no Skeelo, maior app de e-books do país e pode ser acessado por seus assinantes pelas plataformas Android e iOS, nas lojas Google Play e App Store, ou pelo site www.skeelo.app.

 

Internacional : Congresso do México aprova lei que legaliza a maconha

 


Serão permitidos usos recreativo, científico, médico e industrial


Agência Brasil 

A Câmara dos Deputados do México aprovou nessa quarta-feira (10) lei que descriminaliza a maconha no país para uso recreativo, científico, médico e industrial,. A medida é considerada um marco em um país que enfrenta a violência ligada aos cartéis de drogas.

A legislação, que deve retornar ao Senado para revisão e aprovação final, pode criar o maior mercado de cannabis do mundo em população.

Nos próximos dias, o Senado deverá aprovar a lei, que entrará em vigor assim que for publicada no Diário Oficial. Porém, para seu pleno funcionamento, o Executivo ainda precisa publicar o regulamento em um prazo máximo de 180 dias.

“Com isso, fica para trás a falsa avaliação de que cannabis é parte dos graves problemas de saúde pública do México. Ao contrário, a regulamentação proibicionista só conseguiu agravar o problema e gerou um aumento do tráfico de drogas e das mortes", disse a deputada Simey Olvera, do partido governista Morena.

“Hoje estamos fazendo história”, acrescentou a deputada, usando uma máscara de folhas de maconha.

Em novembro, o Senado aprovou a lei sobre a maconha. No entanto, a Câmara adiou a discussão da medida polêmica, argumentando que precisava de mais tempo para analisá-la.

No final de 2013, o Uruguai se tornou o primeiro país do mundo a legalizar a produção e a venda de maconha. Outros países da região como a Argentina, o Chile, a Colômbia e o Peru permitem o uso de cannabis medicinal.

Artigo: O discurso de Lula e as bases da campanha presidencial de 2022

 


Lula chamou Bolsonaro para pelejar. O capitão vai encarar?

Rodrigo Augusto Prando


Há pouco, em 10 de março, Lula fez um discurso na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, de São Bernardo do Campo. Na segunda-feira, 08 de março, o Ministro Edson Fachin, do Superior Tribunal Federal (STF), anulou as condenações da Operação Lava Jato e tornou, novamente, Lula dotado de direitos políticos e apto a ser candidato. Se havia, antes, dúvidas se Lula estaria de volta ao jogo político, agora, as questões se dissipam. Sua fala e sua postura foram de candidato, de se colocar como alternativa a Bolsonaro e ao bolsonarismo.

O Partido dos Trabalhadores (PT) e Lula, direta ou indiretamente, estão presentes em todas as eleições presidenciais desde 1989. No balanço do histórico eleitoral para a presidência, o PT ganhou quatro (duas com Lula e duas com Dilma) e perdeu quatro (três com Lula e uma com Haddad). Essa trajetória não pode ser desprezada.

Vamos, contudo, ao discurso de Lula. Em primeiro lugar, Lula é possuidor de carisma e domina a oratória política como poucos. A base discursiva esteve alicerçada sobre: 1) sua condenação pela Lava Jato que, segundo ele, foi injusta; 2) demonstração de que não há, por parte dele, ódio e, por isso, não precisam ter medo dele; 3) preocupações com a pandemia, vacinas e empatia com as vítimas; 4) agradecimentos a líderes nacionais e estrangeiros; e, finalmente, 5) críticas e ataques ao Governo Bolsonaro. Claro que uma fala de quase duas horas teve mais pontos que podem - e devem - ser indicados e discutidos, todavia, fiquemos, por enquanto, nestes destacados.

Embora tenha se apresentado como livre e inocente, juridicamente, isso não é fato, já que novo julgamento será conduzido pela Vara do Distrito Federal, considerada competente por Fachin. De qualquer forma, após investigação, condenação e prisão, a decisão de Fachin é fato político, simbólico, de grande envergadura e, obviamente, seria e será explorado por Lula. Em breve, o STF julgará a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e, se confirmado, dará mais munição a Lula na construção da narrativa da perseguição política e injustiça. Inteligente que é, Lula pode modular seu discurso para uma posição mais contundente, de ataques, radical ou, então, reviver o "Lulinha paz e amor".

Ao que tudo indica, Lula quer, ainda, permanecer hegemônico no campo da esquerda, mas faz acenos ao centro político, até mesmo afirmando que é necessário dialogar com o Congresso Nacional, com líderes empresariais, movimentos sociais, sindicatos. Com isso, quer afastar-se da confrontação e do ódio presentes na visão bolsonarista de política. Neste caso, a polarização que se apresenta nos dias que correm teve, cabe lembrar, grande contribuição do lulopetismo, especialmente, ao propagar a narrativa de que o Governo FHC havia legado, ao Brasil, uma "herança maldita", bem como de se colocar na arena política a partir da divisão entre "nós" x "eles", como petistas fizeram durante seus governos.

No que tange à pandemia, Lula fez questão de apresentar, em primeiro lugar, empatia pelas vítimas da doença e, com isso, abriu a caixa de ferramentas para criticar Bolsonaro e sua desastrosa condução da crise pandêmica. Nos variados agradecimentos, essencialmente, às lideranças políticas internacionais, a intenção foi apresentar-se como um estadista, com interlocutores e aliados mundo afora, portanto, distante do isolacionismo atual. Nas variadas críticas ao atual governo, destacou a péssima gestão da saúde, educação, geração de emprego e renda, atacou os decretos de facilitação da compra de armas.

Em síntese, a ação discursiva de Lula foi capaz de realizar a maior e mais bem articulada crítica ao conjunto da obra do governo bolsonarista. E, no campo da retórica, no manejo dos cenários sociais, econômicos, políticos e governamentais, Lula, sempre apresenta o tema, indica exemplos concretos do cotidiano do brasileiro, faz suas críticas e aponta possíveis soluções a partir de sua experiência política e presidencial. Houve, até, na apresentação de Lula, críticas à mídia e à política de preços da Petrobrás e estas críticas são, quase sempre, presentes no bolsonarismo.

Ao citar a Petrobrás, relembrou da relevância da empresa no seu governo, no entanto, calou sobre a corrupção na empresa durante os anos petistas. Dirigiu críticas a Paulo Guedes, pois este só quer privatizar, vender e vender (aqui, também, Bolsonaro e Lula se aproximam nos aspectos estatizantes). Explicando a necessidade de retomada econômica, deixou claro que não é necessário ler Marx ou Delfim Neto, mas que a população e o empresariado sabem que renda gera consumo e, no conjunto, crescimento econômico (simplificação, claro, mas fixa a ideia entre os ouvintes). Dilma Rousseff, por sua vez, foi lembrada por ter sofrido um golpe, sendo relacionada à questão do petróleo no Brasil e aos interesses internacionais, mormente, dos EUA, que não querem nossa autonomia. Da crise econômica no bojo do Governo Dilma, nem uma palavra. Até o Zé Gotinha foi elogiado, como personagem suprapartidário e, no limite, um humanista, segundo Lula.

Simbolizando e acenando para o futuro próximo - 2022 - Lula fez referência que não possui o sentimento de ódio e que a Lava Jato desapareceu de sua vida. Termina com um chamamento à luta, por vacina, salário, auxílio emergencial, emprego, infraestrutura. Analistas afirmam que discursos polarizadores se retroalimentam e que o lulopetismo e bolsonarismo são próximos em muitos aspectos. Há boa dose de verdade nisso.

Todavia, algo é certo: Bolsonaro é, para Lula, o melhor adversário; mas Bolsonaro, por sua vez, desejaria, por exemplo, Haddad e não Lula. Lula chamou Bolsonaro para pelejar. O capitão vai encarar? Em 2022, Bolsonaro não será novidade, terá o desgaste de seus erros no governo, de suas falas e ações, de uma economia patinando, das milhares de mortes da covid-19 em sua gestão e será pressionado a debater, não tendo, apenas, a segurança do ambiente controlado das redes sociais.

Rodrigo Augusto Prando é professor e pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Graduado em Ciências Sociais, Mestre e Doutor em Sociologia, pela Unesp.