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Crônica: Surpresas desagradáveis pregadas pelo tempo

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Raio X de Sampa: Conheça a história da Rua Tutóia



Luís Alberto Alves/Hourpress

Tutóia é um município brasileiro do Estado do Maranhão. Composto por belas praias, mangues, dunas, lagos e rios. Também é conhecido como um dos portais de entrada para quem quer conhecer o Delta do Parnaíba.

A Povoação foi edificada na margem esquerda do rio Tutóia, no lugar onde ele se lança no canal do mesmo nome, formado pelo braço ocidental do rio Parnaíba. Em tupi- guarani, esse nome significa "lençol de areia" ou "que encanto".

Os primeiros habitantes da região foram os índios Trememês, considerados valentes e prestimosos. Em 1727, havia duas dates de seis léguas, medidas e demarcadas pelos indígenas. Desde 1758 é conhecida como Tutóia.
A Rua Tutóia (foto) fica na Vila Mariana (Zona Sul). Na época do Regime Militar ficou tristemente conhecida porque na esquina com a Rua Tomaz Carvalhal, funcionava a casa de horror da Ditadura de 1964, o DOI/Codi, onde muitos opositores morreram sob tortura. 

Variedades: Brás Pereira Banda Show na era da eletrônica sacode o bairro do Imirim



Luís Alberto Alves/Hourpress

Integrantes portugueses da Ilha da Madeira distribuíram bolinhos de bacalhau durante o desfile

O puxador do Samba, Luizão Perna segurou o ritmo até o final do desfile

Mulher bonita não faltou

No  desfile da Brás Pereira Banda Show, o artista foi o morador do Imirim, como era antigamente


No sábado (15), a Brás Pereira Banda Show sacudiu as ruas do bairro Imirim, Zona Norte, afinada com a eletrônica. Ao contrário das concorrentes, neste ano os músicos cederam espaço à tecnologia. Num carro de som, um pendrive espetado no notebook trouxe para as ruas o volume equivalente à bateria de uma escola de samba com mais de 200 ritmistas.
Ricardo (violão de 7 cordas) e Diogo (cavaquinho) na era da banda com bateria eletrônica

Cada folião participou do desfile do seu jeito

Sem assédio, mulher bonita desfila tranquilamente

Rainha e princesas da Brás Pereira Banda show com misses do Corinthians

A cantora Wal Serra, o puxador Luizão Perna  e o samba no pé, hoje raro nos desfiles de carnaval



O jornalista Brás Pereira e membros portugueses da Ilha da Madeira, homenageados neste ano

Traje à rigor dos componentes portugueses da Ilha da Madeira

Mais excesso de beleza da corte de carnaval  Brás Pereira Banda Sshow

Herdeiro da Ilha da Madeira e a rainha e princesa de Carnaval da Brás Pereira Banda Show

Perna de pau, como nos carnavais de antigamente

Renato Cury (Agência Sport Models) também brilhou no desfile da Brás Pereira Banda Show

Jornalista Brás Pereira, ao lado da corte do Carnaval, esquentando as baterias para o desfile

O samba enredo deste ano, “Vai de Fado a Carnaval”, na voz do puxador Luiz Perna e a cantora Wal Serra, auxiliado pelo futuro da música, Davizinho, garotinho de nove anos, incendiou os foliões, contagiados pelos acordes do cavaquinho de Diogo       e do violão de 7 cordas, Ricardo, dedilhado com grande competência.

Num trecho do desfile, membros da comunidade da Ilha da Madeira presentearam os passistas com bolinhos de bacalhau. Para deixar o desfile mais bonito, a rainha da Banda Brás Pereira, Mayara Silene e as quatro princesas espalharam charme e beleza pelas ruas do Imirim.

 Como nos carnavais antigos, vários moradores do bairro participaram do evento, vários deles ao lado de esposa, filhos e netos. O desfile de carnaval, onde a celebridade são pessoas que não precisam dos holofotes da televisão para se tornar famosas. O importante é se alegrar respeitando a liberdade do próximo, sem qualquer tipo de exagero.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Variedades: John e Mary, a saga de dois irmãos malucos que trocaram Estados Unidos pelo Brasil


Mais um capítulo da tirinha que está sacudindo a geração millennials


Luís Alberto Alves/Hourpress

Para você que acompanha a saga dos irmãos John e Mary, mais uma tirinha contando o passado desta família de malucos, que viveu a quentíssima década de 1960 nos Estados Unidos. 
 

Internacional: Sobem para 44 novos casos de coronavírus a bordo de cruzeiro no Japão


Vinte nove infectados são japoneses


Agência Brasil 

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão afirmou que outros 44 casos de infecção pelo coronavírus foram confirmados a bordo do navio de cruzeiro Diamond Princess.
Inclui-se um tripulante. Vinte nove infectados são japoneses.
O aumento no total de passageiros e tripulantes infectados pelo vírus chega a 218.
Atualmente, a embarcação encontra-se sob quarentena, atracada no porto de Yokohama, nas proximidades de Tóquio.

Idosos

O governo do Japão decidiu permitir que algumas pessoas a bordo do cruzeiro Diamond Princess, afetado pelo surto de coronavírus, desembarquem na sexta-feira (14). Entre essas pessoas estão idosos que possuem problemas crônicos de saúde.
Cerca de 3.500 pessoas  estão confinadas na embarcação. O Ministério da Saúde tem pedido que passageiros permaneçam em suas cabines até a próxima quarta-feira (19), período que marca o fim de uma quarentena de duas semanas imposta após a confirmação do primeiro caso.
Como há preocupação de que a saúde de alguns passageiros esteja se deteriorando, o ministério decidiu na quinta-feira (13) permitir que o desembarque de alguns deles.
Funcionários da pasta informam que pessoas de 80 anos ou mais com problemas crônicos de saúde, e aquelas em cabines sem janelas, terão prioridade.
As autoridades dizem que aqueles que preencherem os requisitos e que desejarem desembarcar, terão permissão para fazê-lo amanhã, caso testem negativo para o vírus. Após deixar o navio, eles serão transferidos para instalações designadas pelo governo.

Internacional: Coronavírus: subida exponencial de mortes e casos. O que mudou?


Mudança na metodologia do diagnóstico explica aumento dos números


Agência Brasil 

Só nas últimas 24 horas foram registradas 242 mortes na província chinesa de Hubei, epicentro do novo coronavírus. O dia mais mortífero desde o início do surto foi o mesmo em que houve uma subida vertiginosa no número de casos diagnosticados, com registro de mais 14.840 pessoas infectadas. As mudanças de metodologia na identificação dos casos explicam o rápido aumento, quando os números estavam se estabilizando.
É uma subida dramática e inédita no número de mortes e casos registados desde o início do surto na província de Hubei. As autoridades de saúde locais explicam que esses números elevados surgem devido a uma “definição mais ampla” da infecção, com mudanças nomeadamente na forma de diagnóstico.
Na quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tinha mencionado que o número de infecções na China estava a se estabilizar, mas que era ainda cedo demais para apurar se a epidemia estaria a se abrandar.
Mas se antes o número de casos e mortes era calculado tendo em conta apenas os casos confirmados com os kits de diagnóstico, com os testes padrão de ácido ribonucleico (RNA), agora passa a ser suficiente um diagnóstico do vírus por meio  de uma tomografia computadorizada (TAC) dos pulmões.
Esses casos “clinicamente diagnosticados”, que são confirmados apenas por tomografia computadorizada, não constavam em contabilizações anteriores.
Das 242 mortes registadas em Wuhan, 135 foram contabilizadas segundo a nova metodologia. Em relação aos novos casos, dos 18.840 que foram registados nas últimas horas, 13.332 foram diagnosticados segundo os novos critérios.
A Comissão Provincial de Saúde de Hubei explicou que as mudanças ao nível de diagnóstico vão permitir um tratamento mais rápido. Mas a nova metodologia poderá também afetar a credibilidade dos números apresentados ao longo das últimas semanas e amplificar as críticas à China.
O país tem sido acusado de limitar informações e esconder a dimensão completa do surto, sobretudo após a morte de um médico oftalmologista que denunciou o início da epidemia, o que lhe valeu uma repreensão da polícia.
"Do ponto de vista da transparência médica, esta medida é positiva, mas vem levantar novas questões. Qual é que foi a taxa real de infeção desde o início de janeiro? As outras cidades e províncias também vão rever os números apresentados? (...) Suspeito que muitos na China vão olhar para isto como uma nova razão para não acreditar no governo", diz Sam Crane, professor de política e filosofia chinesa, ao jornal The Guardian.
David Heymann, professor de epidemiologia de doenças infecciosas na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, esclarece, em declarações à BBC, que a China veio alterar a própria definição de doença.
“As mortes são preocupantes e há de fato um aumento no número de mortes registadas, mas se olharmos para a totalidade do número de mortes e de casos, a taxa de mortalidade continua a ser o mesmo que tem sido”, acrescentou.
A mudança no método de diagnóstico poderá também ter origem num problema prático: nas últimas semanas, os profissionais de saúde da província no epicentro do surto do novo coronavírus têm denunciado a escassez de kits de diagnóstico por meio dos testes padrão.
Essa carência material tem impedido o acesso de vários doentes aos tratamentos, e os responsáveis de saúde já tinham apelado às autoridades para que os parâmetros de diagnóstico do vírus fossem alargados de forma a diagnosticar e tratar mais pacientes.
Outro problema com os testes estava relacionado com a morosidade do processo de identificação do vírus. Os testes padrão de RNA poderiam demorar vários dias até um diagnóstico, enquanto a tomografia computadorizada pode mostrar mais rapidamente infecções nos pulmões.
Em declarações à agência Reuters, Qi Xiaolong, professor de medicina em Gansu, China, considera que a mudança de metodologia a nível local poderá ajudar a uma detecção e consequentemente o isolamento mais rápido e efetivo, não só devido à falta de kits e de pessoal médico para realizar os testes, mas também por possíveis erros de diagnóstico nas amostras recolhidas para análise.
"Uma pessoa que tenha acusado negativo nos testes pode ser uma fonte de infecção para uma comunidade", apontou. 
* RTP é a emissora pública de televisão de Portugal

Veículos: Nova Fiat Strada: design e tecnologia que vão revolucionar (de novo) o segmento


Luís Alberto Alves/Hourpress


Nova Fiat Strada, no visual lembra um pouco a Toro. 

Artigo: Ao paciente, amor e respeito



*Antonio Carlos Lopes

Ganhar a confiança de quem precisa ser tratado é tão importante como auscultar o coração e medir a pressão arterial. Especialmente em tempos difíceis, como os de hoje, em que a Medicina está contaminada pelo tecnicismo e escolas médicas ruins injetam, todos os anos, no mercado, mais e mais “profissionais” de formação insuficiente, em iminente risco aos cidadãos.

Exercer uma anamnese centrada no humanismo, dar atenção ao paciente e ampará-lo em todas as suas necessidades tornam-se aos poucos exceções absolutas em consultórios suntuosos. Lamentavelmente, a engrenagem do sistema é azeitada pela doença em um Brasil que opta pelas mazelas, pela dor e pelo sofrimento das pessoas, desde que deem lucro.

Deveríamos conceber toda a rede de assistência direcionada firmemente para a saúde, para a qualidade de vida e o bem estar individual e coletivo. Ocorre que não é assim que pensa boa parte dos laboratórios, hospitais, planos e operadoras suplementares, médicos, equipes multidisciplinares, entre outros.

Por aqui, prevalece a cruel e equivocada visão de aguardar a doença para intervir. Não existem políticas consistentes e consolidadas para a promoção e prevenção em saúde. Nem esforços vemos voltados honestamente nesse sentido.

O lado iluminado da Medicina é sobrepujado pelo fator negócio. São cada vez mais numerosos aqueles que se distanciam do compromisso de Hipócrates para fazer da saúde um meio exclusivo de enriquecimento.

O tato e a inteligência natural dos bons médicos e cuidadores são desqualificados. Profissionais são robotizados e protocolos sedimentam a ditadura financeira de generosa parcela dos hospitais. Se um paciente entra com uma queixa de unha encravada, já é encaminhado para exames laboratoriais, de imagem, ressonâncias. Ninguém opta pela simplicidade de apará-la, de passar um anticéptico, de orientar como cortá-la e a usar calçados confortáveis.

Enquanto protocolos injustificáveis propiciam a certos hospitais amealhar dinheiro a rodo, pequenas enfermidades transformam-se em casos gravíssimos. A unha encravada vira um episódio de amputação dos dedos. É prejuízo e desequilíbrio ao sistema e um ataque à dignidade humana.

Jamais deixarei de propagar a meus alunos a essência da boa prática. Um médico com M maiúsculo deve dedicar amor ao doente, amar a Medicina e se opor, sempre, à exclusão social no atendimento em saúde.

Volto a frisar: de nada adiantam recursos tecnológicos em profusão sem e presença de um médico que ouça o paciente à luz da ciência e do coração, apto a identificar o mal que o aflige.

Tudo começa com um aperto de mão. Um momento básico, que diz muita coisa, para quem exerce o ofício com amor. Mãos quentes podem revelar um estado febril. Ou quem sabe um hipertireoidismo. Se frias, um estresse, quem sabe. Já o suor excessivo nas palmas das mãos bom sinal não é: talvez seja uma reação corporal de um paciente que não está confiante e/ou confortável com aquele que está à sua frente. Fica a dica.

Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica