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sexta-feira, 8 de julho de 2016

Economia: Comissão aprova obrigação de postos exibirem diferença de preços entre álcool e gasolina



Reunião Ordinária. Dep. Guilherme Mussi (PP-SP)
Luís Alberto Alves/Agência Câmara
Mussi: muitas vezes, por falta de informação sobre a relação entre os preços dos dois combustíveis, o consumidor acaba optando pelo combustível menos econômico

A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou na quarta-feira (6) proposta que obriga postos de gasolina a exibirem, em local visível no painel de preços, a diferença percentual de preços entre álcool e gasolina. A medida está prevista no Projeto de Lei 4525/16, do deputado Arthur Virgílio Bisneto (PSDB-AM).

O autor argumenta que atualmente a maior parte dos veículos no Brasil é do tipo flexfuel, aceitando tanto gasolina quanto etanol hidratado. Segundo testes de eficiência, é mais vantajoso abastecer com etanol quando o preço desse combustível representa, no máximo, 70% do preço da gasolina.

Relator na comissão, o deputado Guilherme Mussi (PP-SP), defendeu a aprovação do projeto. “Muitas vezes, por falta de informação sobre a relação entre os preços dos dois combustíveis, o consumidor acaba optando pelo combustível menos econômico”, avaliou Mussi, concordando com a opinião do autor, segundo a qual o projeto “ajuda os consumidores a decidir pelo combustível mais econômico antes do abastecimento”.

Tramitação
O projeto ainda será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo.
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Política: Câmara facilita pesquisa sobre despesas de deputados



Luís Alberto Alves/Agência Câmara

Nova ferramenta será lançada na terça-feira (12), às 11 horas.
 
A Câmara dos Deputados aprimorou a ferramenta que permite ao cidadão consultar as despesas dos deputados. O novo sistema de pesquisa sobre o uso da cota para o exercício da atividade parlamentar será lançado na próxima terça-feira (12), às 11 horas. “A nova ferramenta vai ampliar a transparência da Câmara e permitir um maior controle social pelos cidadãos”, declarou o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão.

Com o novo sistema, o cidadão poderá pesquisar as despesas de vários deputados ao mesmo tempo e poderá definir um período de consulta – um ano, por exemplo. Até agora só era possível pesquisar o uso da cota em um mês específico e de um deputado determinado. A cota para o exercício da atividade parlamentar varia entre R$ 30 mil e R$ 45 mil por mês, a depender do estado do deputado.

O coordenador de soluções de tecnologia da informação e da comunicação das áreas políticas e administrativas do Centro de Informática (Cenin), André Atrock, explica que, com o novo serviço, o cidadão também poderá filtrar sua pesquisa por tipo de despesa, como gastos com locação de veículos, com passagens aéreas ou com alimentação e hospedagem, por exemplo. E ainda poderá fazer a consulta pelo nome ou CNPJ das empresas que prestaram serviço aos parlamentares. Além disso, a pesquisa dos gastos poderá ser feita por partido e por unidade da federação.

“O Brasil mudou, e a população está muito mais exigente em relação aos serviços públicos. Não há alternativa que não seja ampliar ao máximo a transparência dos órgãos oficiais”, acrescentou o presidente da Casa.

Acesso fácil
A demanda pelo aprimoramento da ferramenta partiu do Centro de Documentação e Informação (Cedi) da Câmara, que recebe os pedidos de informação dos cidadãos. “Devido ao alto interesse da sociedade por saber dos gastos dos deputados, nós percebemos a necessidade de melhorar o sistema de busca dessas informações no portal da Câmara”, afirmou a diretora da Coordenação de Relacionamento, Pesquisa e Informação do Cedi, Katiúcia Araújo.

Ela explica que hoje todos os dados já estão disponíveis no portal, mas a busca exige conhecimento mais avançado de informática. “O que estamos fazendo é proporcionar à sociedade o acesso imediato e fácil às informações, por meio de recursos de pesquisa mais simples”, ressaltou.

Lei de Acesso à Informação
Segundo a coordenadora de Gestão da Cota Parlamentar (Cogep), Rose Lopes, a maior parte dos pedidos de informação do público à Câmara refere-se ao uso da cota para o exercício da atividade parlamentar. “Essas demandas eram frequentes e os pedidos muitas vezes iguais, por isso, a Casa buscou implantar uma solução moderna, que pudesse servir de interface amigável ao cidadão, para que ele tivesse acesso à informação de maneira mais ágil e mais precisa”, destacou.

Para Rose, com o novo sistema, será possível atender de forma mais eficaz à Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/11). Pela lei, quando não é possível fornecer a informação pedida pelo cidadão no momento em que é solicitada, o órgão que receber o pedido deve atendê-lo no prazo máximo de 20 dias. “Muitas vezes, a gente demorava bastante tempo para conseguir fazer os levantamentos. Com o novo sistema, a solicitação de informação será atendida de forma imediata”, disse.

A coordenadora do Cogep acrescenta ainda que haverá redução de recursos humanos no atendimento desse serviço, por conta da automatização do processo, já que não será preciso designar funcionários para atender às solicitações.

Como acessar
A partir da página principal do portal (www.camara.leg.br), vá até a abra “Transparência” e clique em “Cota para exercício da atividade parlamentar”. Na página de pesquisa, você escolhe o nome do deputado ou dos deputados a serem pesquisados, o período, o tipo de despesa, entre outras opções.

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Variedades: Mestres da cultura popular transformam feira de artesanato em galeria de arte

  • Recife
Sumaia Villela - Correspondente da Agência Brasil
Recife Esculturas do mestre Cunha, de Jaboatão dos Guararapes, na 17 edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)
Recife – Esculturas do mestre Cunha, de Jaboatão dos Guararapes, na 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)Sumaia Villela/Agência Brasil
“Se eu fizer um caminhão igual a um de verdade, vai ser igual a todos os outros e ao de todo mundo. Então, fiz a minha regra”. É assim que José Francisco da Cunha Filho, o mestre Cunha, de Jaboatão dos Guararapes (PE), explica de onde tira a ideia de fazer máquinas e pessoas misturadas a bicho.

É realmente difícil encontrar um trabalho parecido em feiras de artesanato no país. Os seres antropomórficos (características humanas aliadas a outros seres e coisas) de Cunha são bem características. E é tudo feito à mão – cada peça é única, mesmo que sejam irmãs em conceito. O trabalho autoral e o talento manual o fazem um dos mestres do artesanato pernambucano, cujas obras estão expostas desde ontem (7) na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), realizada no Recife até o dia 17 de julho.

Além de Cunha, mais de 40 mestres – e discípulos - apresentam seus trabalhos na feira. As peças são comercializadas, mas até os visitantes sem recursos saem de lá ganhando. Instalados na galeria principal do galpão, que conta com mais de 3 mil expositores, esses artesãos transformam a Fenearte em uma galeria de arte.

Os mestres, em sua maioria, estão presentes na feira. Mesmo com 93 anos, dona Maria Amélia da Silva não perdeu até hoje uma edição da Fenearte, que já dura 17 anos. Também não perde a oportunidade de produzir. “As mãos já estão ruins, mas eu continuo mesmo assim”, garante, com a voz baixa, sentada em uma cadeira de rodas ao lado de um Francisco de Assis de barro, obra sua.
Recife Mestra Maria Amélia, na 17 edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)
Recife – Mestra Maria Amélia, na 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)Sumaia Villela/Agência Brasil
A artesã de Tracunhaém estabeleceu o norte da vida dela e da família a partir de um brincadeira de criança. Começou modelando bonecos, aos 10 anos. Com o avançar da idade e do ofício criou um traço característico, de temática católica, sobretudo. Hoje, o conceito foi passado para outras gerações, que já incorporam novos elementos à obra da mestra. O neto Ricardo Felix da Silva Júnior, de 17 anos, resolveu esculpir também outros integrantes da sociedade: agricultor, médico, músico. “Todo ano a gente trazia a mesma coisa. Só santo, santo. Então resolvi variar um pouco”, conta.

O tema religioso pode ser visto em muitos dos mestres expostos na Fenearte. É histórico, assim como a cultura da resistência. Brincadeira que encanta crianças até hoje, o mamulengo parece inofensivo, mas sempre foi ligado ao protesto e à libertação. É o que ensina o mestre José Lopes, de Glória do Goitá. “Esses bonecos vieram de Portugal para catequizar os índios, com os padres. Só que a senzala se apropriou disso e usava o mamulengo para inverter os papéis. O senhor de engenho, o fazendeiro, é que ia para o tronco levar chicotada”, diz.
Recife Mamulengos do mestre José Lopes, na 17 edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)
Recife – Mamulengos do mestre José Lopes, na 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)Sumaia Villela/Agência Brasil
O teatro de mamulengo é feito com bonecos de “vara” ou “pau”, que são os manuseados por varetas, e também pelos “mão-molengas”, nas palavras de José Lopes – os fantoches que ganham vida com uma mão humana em seu interior. A arte dele se relaciona ao tema deste ano da Fenearte, que destaca os brinquedos – como o mamulengo – e os folguedos populares. “A gente brinca, mas educa. Sempre foi uma arte de protesto, contra a miséria, contra o preconceito racial. Hoje também”, garante o mestre.

Os mestres têm destaque na programação da feira, mas o espaço reúne uma variedade de mais de 5 mil expositores. A organização atribui à Fenearte o título de maior feira da América Latina. Setenta e cinco por cento dos artesãos são de Pernambuco. O restante é dos demais estados do Brasil e também de outros países. O espaço conta ainda com apresentações de grupos de cultura popular. A programação completa da Fenearte está na internet.
Dólar em alta

A expectativa de movimentação financeira da Fenearte é de cerca de R$ 40 milhões, com um público de 330 mil pessoas. De acordo com o coordenador da feira, Thiago Angelus, o cálculo repete a estimativa do ano passado, já que a crise econômica pode frear o consumo dos visitantes. Ele argumenta, no entanto, que o mercado de artesanato vive um bom momento.

“Além da Fenearte, também fazemos a gestão dos centros de artesanato de Pernambuco. E a gente tem percebido crescimento, por incrível que pareça, na venda de artesaanto. Com essa alta do dólar, do euro, muitos estrangeiros têm vindo ao Nordeste e comprado. E hoje, faltando 15 minutos para a abertura do evento, decidimos abrir o portão, proque tinha muita gente na fila”, afirma Angelus. “E os artesãos se prepararam, eles percebem o momento, trouxeram também peças menores, com preços mais acessíveis”.

Já os artesão se dividem sobre os efeitos da crise. A mestra Maria Amélia não tem problema com cliente: suas obras são encomendadas por gente do estado e de fora de Pernambuco. Em menos de três horas de feira já havia vendido quatro peças das mais caras, de cerca de R$ 400. Já o mestre do mamulengo garante a renda com apresentações. Por enquanto, José Lopes avalia que as vendas estão menores do que em anos anteriores.
Recife 17 edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)
Recife – 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)Sumaia Villela/Agência Brasil
Expositores de outras áreas do pavilhão, como Edgard Viana, do Recife, se supreenderam com o movimento. “Eu estou admirado. Em se tratando de crise, eu vim um pouco temoroso, mas fiquei supreendido com o movimento bom, como tem sido bem aceito. As pessoas estão gostando, estão comprando”, comemora.

A Pernambucana Bernadete Farias e o holandês Danny van Maarseveen estão aproveitando também para fazer o maior número de contatos possíveis. A estratégia é distribuir amostras grátis do stroopwafel, um biscoito típico da Holanda, tudo feito na hora. “Nós vendemos para padarias, delicatessens, restaurantes. Agora queremos chegar ao supermercado e aumentar a clientela”, diz Bernadete.

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quinta-feira, 7 de julho de 2016

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Túnel do Tempo: Viagem no espaço de 190 milhões de quilômetros



Luís Alberto Alves

Espacial: No dia 7 de julho de 1988, a sonda soviética Fobos 1 parte de Baikonur, no Casaquistão, para uma viagem de 190 milhões de quilômetros até Fobos, uma das luas de Marte.

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Radiografia de Sampa: Avenida Adolfo Pinheiro



Luís Alberto Alves

Adolfo Alves Pinheiro de Paiva, foi poeta, tenente, presidente da Câmara, primeiro Coletor Federal em 1840, e eleito vereador três vezes. Em 1841 veio para o então município de Santo Amaro, onde foi escrivão, juiz de paz, delegado, fiscal, tesoureiro e provedor da Irmandade do Santíssimo, fabriqueiro da Matriz, inspetor de ensino, diretor da Sociedade Musical, coletor de rendas gerais e províncias, vereador, procurador e chefe político de prestígio, representando o Partido Liberal. A Avenida Adolfo Pinheiro (foto) fica em Santo Amaro, Zona Sul de SP.

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Geral: PF diz que investigados na Lava Jato usavam banco para lavar dinheiro




 Brasília
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

A procuradora da República Jerusa Burmann Viecili disse hoje (7) que há uma “terceirização” e uma “dupla camada” de lavagem de dinheiro obtido por atos de corrupção no Brasil. A Operação Caça-Fantasma, 32ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia Federal (PF), investiga a atuação do banco panamenho FPB Bank, que atuava no Brasil e mantinha “uma parceria” com a empresa panamenha Mossack Fonseca, responsável pela abertura de empresas offshore [empresas abertas em paraísos fiscais] de pessoas investigadas por desvios de dinheiro na Petrobras.

“O destaque da fase de hoje é essa sofisticação do método utilizado para ocultação de recursos ilícitos nas contas desse banco. A utilização das offshores [de operadores pessoa física] já é por si só a colocação de uma máscara, de uma sombra no dinheiro, porque são empresas que conseguem manter o beneficiário do dinheiro de maneira anônima. Com esse outro nível de sofisticação, com a utilização de um banco clandestino, tem-se essa dupla camada de lavagem, uma nova modalidade de ocultação e dissimulação das titularidades das contas”, disse a procuradora.

O FPB Bank, segundo a investigação, funciona de maneira oficial no Panamá, mas atuava no Brasil sem autorização do Banco Central. Os funcionários da instituição captavam clientes, realizavam serviços bancários e atendiam essas pessoas em suas residências ou em escritórios clandestinos do banco. “Era um pacote completo. A instituição registrava a offshore, cuidava da parte gerencial e da estruturação da conta lá fora para possibilitar o fluxo de dinheiro. Não é razoável que uma pessoa busque uma instituição clandestina se não para fins ao menos duvidosos”, disse o delegado da PF, Rodrigo Sanfurgo.

Celular criptografado
A parceria entre o FPB Bank e a Mossack Fonseca foi descoberta durante a 22ª fase da Lava Jato, quando foi encontrado um celular criptografado utilizado para comunicação entre os representantes das duas empresas. “A força tarefa investiga uma rede que se vale de uma estrutura complexa para proporcionar o fluxo de dinheiro para fora do país”, disse Sanfurgo.

Segundo o Ministério Público Federal, foram identificadas 44 offshores constituídas pela Mossack Fonseca por solicitação dos funcionários do banco, mas ainda não foram identificados todos os clientes da instituição financeira. A investigação apontou que quatro pessoas já investigadas na Lava Jato movimentaram dinheiro com quase 20 empresas offshores ligadas à Mossack, Pedro Barusco e Renato Duque, ex-gerentes da Petrobras, o empresário Mario Goes e Roberto Trombeta. Mas ele não necessariamente têm conta no PFB Bank.

Mas, segundo a Polícia FederalF, a estrutura para a lavagem de dinheiro não era exclusiva para atender investigados na Lava jato, e estava disponível para qualquer pessoa. Ainda não se sabe há quanto tempo a instituição financeira panamenha atuava no Brasil, mas “os representantes no Brasil possuem uma relação de alguns com o banco. Não é algo recente”, explicou Sanfurgo.

Mandados
Foram cumpridos hoje sete mandados de condução coercitiva para representantes do banco que atuavam no Brasil, todos brasileiros, segundo o delegado. Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa desses investigados e nos locais onde há indícios que funcionavam os escritórios do banco em Santos, São Bernardo do Campo e São Paulo.

Um dos alvos de condução coercitiva é Edson Paulo Fanton, que consta como representante do banco panamenho no Brasil. Ele é sobrinho do delegado da PF Mário Renato Fanton, mas, segundo De Paula, não há nenhuma relação do delegado com o FPB Bank.

Para o delegado da PF Igor de Paula, essa complexa rede surge diante da fartura de dinheiro sujo que existe no país. "Dinheiro que precisa ser lavado. É nesse espaço que crescem situações como essa", disse, explicando que não é ilegal ter empresa offshore ou recursos no exterior. “Mas a Mossack tinha uma forma de atuação que deixava bem claro que os clientes não queriam ser conhecidos e a documentação era manuseada de forma que não pudesse ser acessada. E esse banco, atuando de forma clandestina, leva a crer que a maioria dos clientes movimenta recursos de origem ilícita”, completou.

De Paula explicou que não há como precisar o montante de dinheiro movimentado pelo banco e que o segundo momento da investigação será mapear quem e porquê utilizou os serviços da instituição. “[O Panamá] de fato não é dos lugares mais fáceis para conseguir cooperação”, disse o delegado, citando o caso Panamá Papers.

A panamenha Mossack Fonseca também está no centro do escândalo mundial, chamado de Panamá Papers, um esquema de ocultação de recursos usado por centenas de autoridades e celebridades de dezenas de países, revelado este ano por um consórcio internacional de jornalistas.

Segundo o delegado De Paula, os recursos extraídos de forma ilícita da Petrobras são “gigantes” e, pelo que se observa no esquema Panamá Papers, a Mossack atendia todo o tipo de cliente, o que deve se repetir no modelo brasileiro. Daí a atuação do FPB Bank no contexto da corrupção da Petrobras. Nesta fase da Lava Jato, a PF apura crimes contra o sistema financeiro nacional, a lavagem de ativos e a formação de organização criminosa internacional.
Triplo X
A 22ª fase da Lava Jato, Operação Triplo X, foi realizada no dia 27 de janeiro deste ano e tinha como alvo apartamentos da empreiteira OAS que, segundo investigações, podem ter sido usados para repasse de propina do esquema de corrupção da Petrobras.

Segundo a Polícia Federal, a empresa Mossack Fonseca é responsável pela offshore Murray, que adquiriu um condomínio imobiliário no Guarujá, litoral paulista, inicialmente construído pela Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), presidida entre 2005 e 2010 pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso em abril do ano passado, numa das fases da Lava Jato. O empreendimento foi repassado para a empreiteira OAS em 2009, em função de uma crise financeira da cooperativa.

Offshore, que significa "afastado da costa" em inglês, é um termo utilizado para se referir a contas bancárias ou empresas abertas no exterior, geralmente em paraísos fiscais, onde os titulares buscam melhores condições em relação ao seu país de origem, como isenção de impostos e sigilo fiscal. A abertura de uma empresa offshore e a manutenção de recursos no exterioir são permitidas pela legislação brasileira, desde que declaradas à Receita Federal e ao Banco Central.

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