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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Variedades: O drama de ringue Nocaute estreia nos cinemas nesta quinta (9)




Drama na dose certa

Redação
No filme Nocaute, o boxeador Billy “The Great” Hope (Jake Gyllenhaal) tem tudo o que sempre sonhou: o cinturão de campeão, uma esposa dedicada e companheira (Rachel McAdams), sua linda e precoce filha Leila (Oona Laurence), uma mansão com piscina, carros, dinheiro. Até que um terrível golpe do destino lhe rouba tudo, até a guarda da filha. Atrás de uma nova chance, ele pede ajuda ao rigoroso treinador Tick (Forest Whitaker) que pode lhe ensinar não apenas a se portar melhor no ringue, mas também na vida.

Dirigido por Antoine Fuqua (Invasão à Casa BrancaDia de Treinamento), Nocaute(Southpaw, EUA, 2015) é um dos filmes de esporte mais realistas já filmados. Fuqua dispensou dublês, acompanhou o ator Jake Gyllenhaal (O AbutreOs Suspeitos) em boa parte de seu árduo treinamento físico e técnico e dirigiu suas câmeras inteligentes e inovadoras para o suor e os sonhos do boxeador dentro do ringue e fora dele. Em novo featurette, o diretor conta o admirável trabalho de Gyllenhaal e Rachel McAdams em sua mais recente produção (confira no link abaixo).

Jake Gyllenhaal, numa performance extraordinária que já está sendo considerada como uma das apostas certas para indicação ao Oscar de Melhor Ator, compartilha o espaço atrás das câmeras com atuações poderosas de Rachel McAdams (Sherlock HolmesO Homem Mais Procurado), Forest Whitaker (O Mordomo da Casa Branca e O Último Rei da Escócia) e o rapper empresário 50 Cent (Rota de FugaFogo Contra Fogo). Para o ator, como ele conta no novo featurette (confira no link abaixo), além de todo o exaustivo preparo físico e emocional de vários meses, foi muito desafiador participar de um filme que trata abertamente das vulnerabilidades que tornam cada um de nós seres humanos.

O roteiro de Nocaute, em igual medida brutal, emocionante, violento e comovente, foi escrito por Kurt Sutter (da série Filhos da Anarquia). Na trilha sonora, quem assina a produção executiva é o astro do hip hop Eminem, também coautor de duas composições inéditas para o filme, “Phenomenal” e “Kings Never Die”.


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Túnel do Tempo: D. Paulo Evaristo Arns renúncia





Luís Alberto Alves


: Em 3 de setembro de 1996, D. Paulo Evaristo Arns pede renúncia à arquidiocese de São Paulo. Defensor dos direitos humanos e criador da Comissão de Justiça e Paz, tornou-se arcebispo de SP em 1970 e cardeal em 1973.

Radiografia de Sampa: Rua Neves de Carvalho


  
Luís Alberto Alves

Luiz Antonio Neves de Carvalho nasceu na cidade do Porto - Portugal, e veio para o Brasil como oficial do exército português. Serviu no exército de Santos como secretário do capitão general Antonio José da Franca e Horta, foi reformado em 1822, no posto de coronel.


 Proclamada a Independência, prestou seu apoio sendo o primeiro vice-presidente da Província de São Paulo, cujo cargo serviu duas vezes: de 22 de abril a 22 de setembro de 1826, e de 5 de abril a 19 de setembro de 1827. A Rua Neves de Carvalho (foto) fica no Bom Retiro, Centro.

Geral: PM fará segurança da USP a partir de segunda-feira




PM será responsável pelo policiamento na USP


O secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, informou ontem (2) que o novo policiamento comunitário, feito pela Polícia Militar (PM) na Universidade de São Paulo (USP), começará na próxima segunda-feira (7). O anúncio ocorre após um estudante ter sido baleado em tentativa de assalto perto do prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.

Moraes disse que o modelo é inspirado no método japonês Koban. “Vamos utilizar esse método, cuja principal base é a proximidade entre alunos, professores, funcionários e policiais”, explicou o secretário. A ideia é que a comunidade acadêmica conheça o policial e que não haja rotatividade na equipe. “[É necessário] que a própria Cidade Universitária aceite a participação da polícia, a proximidade com a polícia. Isso vai melhorar muito a segurança no campus.

Segundo Moraes, o convênio entre a secretaria e a reitoria da USP será assinado até amanhã (3). Ele informou que a USP terá um conselho de segurança, com participação paritária de alunos, professores, funcionários e policiais e que estão previstos cursos defensivos contra assédio para as estudantes. Mensalmente, haverá reuniões abertas a toda a comunidade acadêmica para que se possam sugerir novas regras e discutir questões para aperfeiçoamento do modelo de policiamento.

Sobre o papel da Polícia Militar na USP, o secretário disse que será "proteger os alunos, os professores e os funcionários”. Não há, nesse projeto, nada relacionado ao que aconteceu durante a ditadura militar, quando “a polícia da ditadura vinha à Cidade Universitária para tudo, menos para proteger os alunos”, afirmou Moraes.

Na manhã desta quarta-feira, viaturas da Força Tática da Polícia Militar rondavam as vias docampus, por causa do caso do estudante baleado, Alexandre Simão de Oliveira Cardoso, de 28 anos. No entanto, o movimento de funcionários e universitários parecia não ter sido abalado. Advogado formado pela Universidade Mackenzie, Alexandre cursa atualmente o quarto ano de letras. Após ser submetido a cirurgia, no Hospital Universitário, dentro do próprio campus, ele apresenta boa recuperação, diz nota divulgada pela reitoria.

Alexandre tinha saído mais cedo da aula na noite de ontem (1º), quando foi surpreendido por três jovens. Ele levou três tiros, um dos quais atravessou o tórax. Três adolescentes suspeitos do crime foram apreendidos. Em nota, a reitoria da USP informou que a polícia tenta ouvir testemunhas para esclarecer o caso, registrado no 91º Distrito Policial.

No final da manhã, a sogra do estudante, Cinira Andrade, de 56 anos, e a cunhada, Sara Andrade, de 23 anos, estavam na porta do hospital e informaram que Alexandre deve permanecer hospitalizado em observação por pelo menos mais cinco dias. Segundo Sara, o estudante não chegou a ir para a unidade de terapia Intensiva (UTI): da sala de cirurgia, seguiu para um quarto, onde está em recuperação.

Abordados pela reportagem da Agência Brasil, alguns estudantes da Faculdade de Letras preferiram não comentar as denúncias de violência no campus, dizendo que ainda não sabiam da tentativa de assalto. Os que concordaram em falar no intervalo das aulas manifestaram-se contra a presença ostensiva da PM na universidade.

Guilherme Kranz, que está no último ano do curso de letras e não conhecia a vítima, contou que, casualmente, estava no local quando tudo ocorreu. Ele disse que não ouviu os tiros, apenas viu a movimentação e correu para saber o que tinha acontecido. De acordo com Krans, como não havia ambulância disponível no hospital, a própria guarda da USP levou o ferido para o pronto-socorro. “É um episódio lamentável que, infelizmente, acontece na USP, mas também [acontece], diariamente, em todos os lugares, não só em São Paulo, mas no Brasil inteiro”, lamentou.

Na opinião de Kranz, a criminalidade é decorrente da desigualdade social. Ele disse que estar na USP causa tanto medo quanto andar em qualquer rua da cidade. Sobre a questão de recorrer ao policiamento ostensivo como forma de combate à violência no campus, o estudante foi taxativo: “não é a solução”. Krans ressaltou que o fato tem caráter mais político do que pragmático e disse que é necessário haver mais movimentação de pessoas entre os prédios, maior iluminação e poda frequente das árvores para evitar a escuridão.

Aluno do primeiro ano do curso de letras e professor da rede pública do estado de São Paulo, Antônio Pereira da Silva é "absolutamente contra" o policiamento no campus. Ele disse que se sente inseguro com a corporação e lembrou a chacina ocorrida em Barueri e em Osasco, na qual policiais são suspeitos da morte de 19 pessoas. “A gente deveria procurar medidas dentro da própria instituição, por exemplo, a questão da iluminação. Já fiquei aqui uma vez à noite e me assustou o quanto é escuro”, afirmou Silva.

O estudante destacou que é preciso pensar também na segurança interna, que considera muito limitada. Quanto às câmeras de segurança, Silva disse que é uma medida que deve ser tomada com cautela para evitar o crescimento da participação do setor privado na universidade. Ele se referia à decisão da USP de instalar câmeras no campus.

Desde o começo do ano, a Secretaria de Segurança Pública e a reitoria, com participação da Comissão de Direitos Humanos, trabalham juntas no modelo de policiamento comunitário, batizado de USP Segura. Segundo nota da reitoria, o projeto prevê a participação de policiais com perfil próximo ao dos estudantes, com idade até 26 anos e formação universitária.

 O objetivo é integrar os policiais e a comunidade e trabalhar em conjunto com a Guarda Universitária. A nota informa que foi implantado um novo sistema de iluminação e que está em licitação o sistema de monitoramento das áreas comuns do campus, com a instalação de mais de 450 câmeras.


Geral: Liberada venda de spray de pimenta para defesa pessoal




 
Hoje spray de pimenta é de uso exclusivo da polícia
Luís Alberto Alves
Pela proposta aprovada, o adquirente deve apresentar certificado de compra durante todo o período em que portar o spray, devendo apresentá-lo sempre que requerido por autoridade policial.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou na quarta-feira (26) o Projeto de Lei7785/14, do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que autoriza a comercialização de spray de pimenta para uso exclusivo de defesa pessoal. Atualmente, o spray de pimenta é controlado pelo Exército e só pode ser usado por forças de segurança.
substitutivo apresentado pela relatora, deputada Conceição Sampaio (PP-AM), exige que, além da obrigação do estabelecimento autorizado a comercializar o produto de manter um cadastro de adquirentes, conforme previsto na proposta original, esse mesmo estabelecimento emita certificado de compra do spray contendo dados pessoais, informações da autorização para aquisição, n° de lote e/ou código de barras individual do produto.
                                                              Certificado 
Pela proposta aprovada, o adquirente deve apresentar este certificado durante todo o período em que portar o spray, devendo apresentá-lo sempre que requerido por autoridade policial. Não apresentando o certificado, o produto será recolhido até que o portador leve este documento à polícia para recebê-lo de volta.
Outra alteração determina que o Exército seja o responsável pela autorização da venda e pela fiscalização dos estabelecimentos que comercializem o produto, em vez das Secretarias de Segurança Pública dos estados e municípios, como previsto no texto original.
O substitutivo mantém, contudo, a responsabilidade das secretarias de segurança pública estaduais e distrital de emitir autorização para aquisição do spray de pimenta e com prazo máximo de 30 dias. Segundo Conceição Sampaio, a avaliação dos riscos de mau uso por cidadãos específicos deve contar com informações locais de mais fácil acesso às Secretarias de Segurança Pública do que ao Exército.
                                                              Demonstração
A proposição também torna obrigatória a demonstração por parte do estabelecimento comercial da forma correta e segura de utilização do produto. Essa exigência não estava prevista no texto original.
Por último, o substitutivo reduz o número de documentos requeridos para a aquisição do gás de pimenta. Serão mantidas as certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pelas Justiças Federal e Estadual e dispensadas a exigência da certidão negativa militar e o comprovante de ocupação lícita. “Um desempregado, uma dona de casa ou um autônomo sem vínculo empregatício formal podem acabar tendo dificuldades em conseguir a autorização apenas por causa desta exigência”, explicou a relatora.
Conceição Sampaio justificou ainda que a exigência criaria dificuldades para as mulheres, potenciais beneficiárias dessa legislação. “Entendemos que a liberalização do uso do spray de pimenta não pode correr o risco de ser mais uma ferramenta na mão dos bandidos; tem de ser uma forma legítima de defesa do cidadão de bem. Assim, acreditamos que faz sentido cuidar para reforçar o controle da venda do gás de pimenta de forma a garantir o seu uso responsável”, defendeu a parlamentar ao recomendar a aprovação do projeto.
                                                             Tramitação 
O projeto, que tramita em 
caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Economia: Levy defende vetos para manter equilíbrio da economia




 
Proposta é reduzir volume de dinheiro no mercado
 Luís Alberto Alves
Vetos presidenciais a projetos de lei devem ser analisados nesta quarta-feira (2) em sessão conjunta do Congresso Nacional marcada para as 11 horas.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu nesta terça-feira (1) a manutenção dos vetos presidenciais a projetos de lei, que devem ser analisados nesta quarta-feira (2) em sessão conjunta do Congresso Nacional marcada para as 11 horas.
“A manutenção dos vetos amanhã é um fator muito importante para se manter o nível de equilíbrio da economia brasileira. Acho que a turbulência a ser criada iria agravar o quadro. Evitar a turbulência política é evitar o desemprego. Amanhã, sustentar o veto é manter o emprego.”
                                                       Fator previdenciário
Entre os vetos pautados está o que fornece alternativa ao fator previdenciário, mecanismo usado para calcular a aposentadoria (Veto 19/15). Na maior parte das vezes, o fator diminui o valor dos proventos do aposentado. Pela regra vetada, poderia se aposentar com o salário integral quem conseguisse atingir uma soma mínima de idade e tempo de contribuição. Para os homens, essa soma é de 95 e, para as mulheres, 85.
A presidente Dilma Rousseff vetou a regra com o argumento de que prejudicaria a Previdência Social em médio e longo prazos.
                                                       Reajuste do Judiciário 
Outro veto polêmico é o reajuste do Judiciário, proposto para ser de até 78,56% (Veto 26/15). Segundo a Presidência, o projeto geraria impacto financeiro de R$ 25,7 bilhões para os próximos quatro anos.
O ministro participou de audiência pública da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados sobre a situação financeira dos estados, particularmente do Rio Grande do Sul.

Política: Câmara aprova criação de cadastro de alunos superdotados





O Brasil tem 2,5 milhões de alunos com altas habilidades

Luís Alberto Alves
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou há pouco o Projeto de Lei 4700/12, do Senado, que determina a identificação e o atendimento dos alunos com altas habilidades ou superdotação na educação básica e superior. Como tramitava em caráter conclusivo, mas foi modificada, a proposta está aprovada pela Câmara e deve retornar ao Senado.
Estima-se que, no Brasil, existam 2,5 milhões de alunos com altas habilidades ou superdotação só nos ensinos fundamental e médio. No entanto, apenas 11 mil estudantes estão cadastrados no censo escolar.
Os governos deverão criar um cadastro nacional desses estudantes. Caso o projeto vire lei, os detalhes do cadastramento serão definidos em regulamento posterior.
A proposta foi aprovada na Comissão de Educação, onde foi modificada. Os deputados mudaram o texto para assegurar expressamente a possibilidade de aceleração de estudos para os alunos identificados como superdotados. A alteração fará parte da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
                                      Profissionais não preparados

A presidente do Conselho Brasileiro da Superdotação, Suzana Pérez, reconhece que é necessário identificar os estudantes com altas habilidades, mas faz uma ressalva ao projeto. Ela afirma que não é suficiente definir que é obrigatória a identificação desses alunos se não existem profissionais preparados para fazer esse reconhecimento, e seria preciso melhorar seu treinamento. "Não adianta definir que é obrigatória a identificação se não tem ninguém para identificar.”