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Livro retrata as grandes conquistas da seleção brasileira |
Redação
O livro Deuses da Bola – 100 Anos
da Seleção Brasileira, lançamento da
Editora DSOP, conta diversas histórias que antecederam as vitórias do Brasil em
Copas do Mundo. Veja alguns momentos interessantes contidos na obra e que
marcaram os caminhos para que nos tornássemos os únicos pentacampeões.
Copa de 1958
Antes da vitória de
58, uma data marcante foi o dia 18 de maio, quando o Brasil venceu por 3 × 1 a
Bulgária, no Pacaembu. Isso porque foi a primeira vez que Pelé e Garrincha
atuaram juntos. E, com esses dois jogadores lado a lado, a Seleção nunca sofreu
um revés, era um time simplesmente invencível.
Copa de 1962
O livro também
conta que, em 62, quase raptaram Pelé, quando o Brasil fez uma escala em
Beirute. A multidão que esperava os atletas implorava para que eles jogassem no
Líbano. O jornal local Le Soir publicou
que, em desespero de causa, Pelé foi quase sequestrado, a fim de forçar a
realização da partida.
Copa de 1970
Já em 70, antes de
ganhar mais um título, a Seleção teve que reverter a opinião pública, que vaiou
seguidamente o time. No Mineirão, por exemplo, num jogo disputado contra a
seleção mineira, Gérson e Jairzinho foram hostilizados pela torcida local, que
queria jogadores de Minas no lugar dos dois. Contra a Bulgária, no Morumbi, e
contra a Áustria, no Maracanã, o clima de descontentamento continuou. A
indignação popular era tanta que o jornalista Nelson Rodrigues, árduo defensor
do time, desabafou ao ver a delegação brasileira partir para o México num
Boeing da Varig. “Finalmente, a Seleção deixou o seu exílio”, comentou.
Copa de 1994
Na Copa de 94, o
grande debate girou em torno de Romário, o atacante era uma unanimidade
nacional, mas, antes da Copa, era preterido por atritos com o coordenador
técnico Zagallo. Romário foi convocado, fez seis gols no primeiro coletivo e,
desde a sua chegada, caminhou para se tornar o herói do título.
Copa de 2002
Por fim, o livro
conta que, em 2002, a base para o “encaixe” foi o trabalho extracampo.
Auxiliado pela psicóloga Regina Brandao, Felipão traçou um perfil dos
jogadores, mapeando a equipe. Entendeu melhor as peculiaridades de cada um, o
que ajudou na formação da chamada “Família Scolari”, termo referente à união do
grupo, que contribuiu para o êxito naquele Mundial. Até mesmo o estilo
truculento do treinador com a imprensa deu lugar a uma postura mais diplomática.
Se o Brasil ganhará
ou não em 2014, ainda não sabemos, mas já estamos vivendo o que será a história!
Sobre o livro
O livro Deuses da Bola – 100 Anos da Seleção
Brasileira, dos escritores Eugenio Goussinsky e João Carlos Assumpção
traz uma coletânea raríssima dos momentos mais marcantes dentro e fora de
campo, com foco no “caso de amor” entre a Seleção e o povo brasileiro. Uma
viagem no tempo e um registro para se ter à mão, ainda mais neste ano de Copa
do Mundo, quase como um amuleto.
A riqueza de
informações e curiosidades reunidas no livro é tão grande que, ao passar por
cada uma das páginas, a sensação é de estar lendo um romance ou livro de contos
cheio de personagens e aventuras, não uma história real. Ao mesmo tempo,
entretanto, a precisão do resgate histórico é garantida pela ampla e cuidadosa
pesquisa realizada pelos autores para a concepção da obra.
A narrativa vai do
primeiro jogo do time, em 1914, até a era atual do futebol, como “business”, e
a recente goleada contra a África do Sul, em 2014, passando por momentos
emblemáticos, como a derrota no Mundial de 1950, a conquista do tri no México
em 1970 e o chute para fora de Roberto Baggio na conquista do tetra em 1994,
contando também um pouco da História do País. Fala ainda do surgimento de
deuses como Garrincha, Pelé e Zico, que marcaram época e contribuíram para
mudar a imagem do esporte brasileiro no Exterior, até os mais recentes, como
Romário, Ronaldo e Neymar.
“Nossa entrada no
segmento de não-ficção não poderia acontecer num momento mais propício. Estrear
com os 100 anos da Seleção em ano de Copa do Mundo é fantástico – embora nossa
história com o futebol seja tão incrível, tão cheia de dramas, emoções e peripécias
que, no fundo, pareça uma linda ficção”, enfatiza a diretora editorial Simone
Paulino.