O transporte rodoviário também foi incluído no deslocamento de turistas |
Luís Alberto Alves
Apenas com deslocamentos,
os brasileiros gastaram R$ 102,6 milhões nas cidades-sede da Copa das Confederações.
Estudo de Impactos Econômicos do Ministério do Turismo estima que o evento
gerou movimentação de R$ 20,7 bilhões na economia e incremento de 9,7 bilhões
ao PIB.
As despesas com transportes foram as mais
expressivas na composição de gastos do turista brasileiro durante a Copa das
Confederações, em junho do ano passado. Somente com deslocamentos para as seis
cidades-sede da competição foram desembolsados R$ 102,6 milhões do total de R$
346 milhões gastos para cobrir todas as despesas de viagem, segundo estimativas
do Ministério do Turismo.
Os turistas que se deslocaram para o Rio de
Janeiro gastaram R$ 35,8 milhões, o maior volume entre as seis sedes e quase o
dobro do registrado em Fortaleza, R$ 18,9 milhões, e Salvador, com cerca de 18
milhões.
A alimentação foi o segundo item na planilha
de gastos do turista doméstico nas cidades-sede. No total, foram quase R$ 70,2
milhões movimentados em bares, restaurantes e outros estabelecimentos, ficando
o Rio de Janeiro mais uma vez na dianteira, com a arrecadação de R$ 23,3
milhões. Fortaleza, com R$ 15,6 milhões, foi o segundo; e Salvador, com R$ 14,9
milhões, o terceiro.
Deslocamentos
O turista aproveitou a
estada nas seis capitais para fazer compras, um volume que chegou a R$ 54,8
milhões nos 15 dias do torneio. Gastos expressivos ocorreram também com o
pagamento de hospedagem (R$ 46 milhões); com passeios e atrações turísticas (R$
28,6 milhões), e com diversão noturna (R$ 18,9 milhões). Deslocamentos dentro
das cidades consumiram R$ 14,3 milhões - e outras despesas somaram R$ 10,4
milhões.
De acordo com o estudo, 247,6 mil brasileiros
e 25,6 mil estrangeiros circularam pelas cidades-sede do evento. O gasto per
capita médio do turista doméstico foi de R$ 728,61, enquanto que em toda a
viagem foi de R$ 1,34 mil. Já os estrangeiros gastaram R$ 253,9 por dia,
ficaram 15,7 dias, em média no país, e deixaram R$ 82,8 milhões nas seis
capitais.
O gasto do turista doméstico e do
internacional foi um dos indicadores utilizados; junto com dados sobre geração
de empregos, investimentos em infraestrutura, entre outros; para a realização
do estudo Copa da Confederações Fifa Brasil 2013 – Estimativas dos Impactos
Econômicos e Sociais. Realizado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas) em Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e
Salvador, a pesquisa avaliou o impacto do evento nessas cidades e no restante
do país.
Gastos de estrangeiros
Gastos de estrangeiros
Na composição dos gastos do turista internacional nas cidades-sede da Copa das Confederações destacam-se as despesas com hospedagem, R$ 26 milhões, e alimentação, R$ 20,6 milhões. A soma dos gastos realizados no Brasil durante a viagem é de R$ 102,17 milhões, incluindo os R$ 4,5 milhões com a compra de ingressos para os jogos.
Como foram considerados apenas os gastos realizados dentro do país, a conta dos estrangeiros não inclui o transporte do país de origem para o Brasil. Assim, os estrangeiros gastaram com deslocamentos R$ 13,8 milhões na viagem e R$ 11,25 milhões nos limites das seis sedes do campeonato.