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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Geral: Belo Horizonte ainda pode ter chuva forte hoje




A chuva de ontem alagou o Aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte (MG)

Luís Alberto Alves

 Calor, umidade alta e a chegada de uma frente fria ao litoral do Rio de Janeiro foram os responsáveis pelo crescimento de nuvens muito carregadas sobre Belo Horizonte, que provocaram novos temporais no fim da tarde de ontem (2). A imprensa local noticiou que o aeroporto da Pampulha foi alagado, córregos transbordaram e carros foram arrastados pela enxurrada.

 Em apenas 3 horas, entre às 16h e às 19h, choveu 62,8 mm na região da Pampulha, pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia. Entre às 17h e às 18h, choveu 46,6 mm, o que tecnicamente caracteriza uma chuva muito intensa. A média de chuva em abril na região de Belo Horizonte fica em torno dos 61 mm. Na hora em que começou o temporal, a visibilidade no aeroporto baixou repentinamente para 500 metros.

 Por volta das 19 horas, a quantidade de descargas elétricas já havia diminuído bastante, indicando o enfraquecimento da instabilidade. Porém, estas nuvens carregadas ainda podem voltar a se formar nesta quinta-feira (3) e a capital mineira ainda poderá ter chuva de moderada a forte.


Geral: Polícia apoia obrigatoriedade de empresas de telefonia informarem localização de celular



O rápido rastreamento do celular permite encontrar logo a vítima
Luís Alberto Alves
 Representantes das polícias Federal e Civil e do Ministério Público Federal manifestaram apoio à proposta que obriga as operadoras de telefonia celular a informarem a delegados de polícia, no prazo máximo de duas horas, a localização dos aparelhos dos clientes - PL6.726/10, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).
 Um dos objetivos do projeto é permitir o resgate mais rápido, por exemplo, de pessoas que sofreram sequestro-relâmpago, a partir do sinal emitido pelo aparelho na rede de telefonia móvel.
 A proposta foi discutida nesta terça-feira (1º), em audiência pública promovida pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, a pedido da relatora do projeto, deputada Margarida Salomão (PT-MG).
 De acordo com o texto, o delegado de polícia poderá pedir, verbalmente ou por mensagem eletrônica, diretamente à operadora de telefonia celular, a localização do aparelho. A solicitação só poderá ser feita nos casos de restrição da liberdade ou iminente risco para a vida de alguém; de desaparecimento de pessoa; ou de investigação criminal que dependa do imediato conhecimento da localização do infrator.
                                                                Autorização
 Segundo o diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Jorge Luiz Xavier, atualmente, a polícia só tem acesso à localização do celular de uma pessoa, em média, depois de oito horas em que o pedido é feito. Isso porque a solicitação é apresentada a um juiz, que ouve a opinião do Ministério Público. Depois, a autorização do juiz segue para a operadora, que ainda leva duas ou três horas para oferecer a localização do aparelho.
Jorge Xavier explicou que a demora dificulta muito a investigação, principalmente nos casos de sequestro-relâmpago.

  "Os roubos com restrição de liberdade duram, em média, duas horas. Aqui no Distrito Federal, pelo menos, o prazo médio da restrição de liberdade da vítima vai de uma hora e meia a duas horas. Então, ainda que a vítima esteja com o celular, ou ainda que ela tenha o celular dentro do carro, ocultado, quando a gente consegue a autorização judicial, já é tarde demais para interromper a ação delituosa. Infelizmente, já tivemos casos em que houve morte sem que a gente pudesse interferir."
 O projeto original, que dava prazo de até quatro horas para que o juiz decidisse sobre o pedido da autoridade policial ou do Ministério Público, foi modificado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, que já analisou a matéria.
 A deputada Margarida Salomão recomendou a aprovação do texto alterado, que permite ao delegado pedir diretamente à operadora a localização do celular.
                                                                  Abuso
 A maior ressalva apresentada pelos participantes da audiência pública em relação ao projeto é o risco de alguma autoridade policial cometer abusos por ter a permissão de pedir informações diretamente à operadora de telefonia, como explicou o gerente de Regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Nilo Pasquali.
  "É muito mais a questão de ter certeza de que a solicitação é legítima, é para um caso de fato, para evitar abuso. O acesso rápido à informação é muito útil para o propósito dela, mas ela pode também causar desvios. A única preocupação que se tem é ter mecanismos claros de poder saber, desde a origem, onde foi feita a solicitação, quem fez - o processo de responsabilização estar bem mapeado."
 Para controlar os pedidos de localização dos celulares feitos pelos delegados, o substitutivo da Comissão de Segurança Pública determina, entre outros pontos, que os delegados informem à própria Corregedoria da Polícia e ao juiz, no prazo máximo de 24 horas, que fizeram a solicitação à operadora de telefonia celular.


Geral: Especialistas descartam solução de curto prazo no abastecimento de água em SP



A água está virando produto raro em São Paulo

Luís Alberto Alves
 Especialistas constataram que não há solução de curto prazo para o risco de colapso no abastecimento de água em São Paulo. Autoridades públicas paulistas e do governo federal discutiram o problema da escassez de água no estado, em audiência pública nesta quinta-feira (3) da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados.
 O intenso calor e a falta de chuvas no primeiro trimestre do ano provocaram queda inédita nos níveis dos reservatórios de água abastecidos pela bacia hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, em São Paulo.
 O maior reservatório de água do Estado, o Cantareira, abastece quase 9 milhões de pessoas na Região Metropolitana e nas regiões de Piracicaba e Campinas e pode entrar em colapso já no mês de julho, segundo relatório do Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão (Gtag), criado para acompanhar a crise.
 Na série histórica da pior seca de São Paulo, no início dos anos 50 (1952/53), a vazão registrada foi 26,53 metros cúbicos por segundo. De outubro a março a vazão registrada era de 16,4 metros cúbicos por segundo.
 Se houver o colapso, haverá necessidade de usar o chamado "volume morto" de água, que necessita de bombeamento para ser captado. O Gtag liberou o aumento da vazão no sistema Cantareira, e hoje alcança pouco menos do que 25 mil litros de água por segundo.
                                                                 Rio
Segundo o coordenador do programa Mananciais da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo), Ricardo Guilherme Araújo, a solução emergencial é a captação de parte das vazões do Rio Paraíba do Sul para São Paulo para a recuperação dos níveis normais das represas que formam o sistema Cantareira.

 A bacia do Rio Paraíba do Sul, no entanto, é a principal fonte de captação de água para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e de algumas cidades paulistas da região. "É preciso um acerto político firmado em bases técnicas. Nós acreditamos que, sob o ponto de vista técnico, essa solução é plenamente justificada e não prejudica ninguém.
 A ideia é fazer uma interligação no reservatório do Jaguari, afluente do Paraíba do Sul, para Atibainha, que faz parte do sistema Cantareira. Isso daria uma segurança maior.
 
O assessor da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Rui Brasil Assis, garantiu que ninguém vai ser prejudicado. "Essa é uma questão muito polêmica, mas temos convicção que não prejudica nem o Vale Paulista nem o estado do Rio porque todas as vazões normatizadas pela ANA deverão ser observadas."
 O diretor da Ana (Agência Nacional de Águas ), Vicente Andreu Guillo, afirmou que em uma situação de crise devem ser consideradas todas as alternativas que ofereçam segurança à população. Mas assinalou que o assunto precisa ser negociado à luz dos diversos interesses e impactos que podem causar.
 Guillo apontou a necessidade de reformar a Constituição no trecho que trata da dominialidade das águas. O texto estabelece trechos de rio com propriedade federal e estadual, o que dificulta a solução de forma integrada dos problemas de recursos hídricos, como o caso atual.
 "Quem consigue entender. Se pegar o Paraíba do Sul, é um rio federal, o afluente Jaguari é estadual. Fazer uma transposição do Jaguari, que é estadual, para um reservatório, que é federal, que dá origem a um rio estadual, pequenininho, que depois vai formar um rio estado-federal, que é o Atibaia, que depois vai formar um rio federal, que é o Piracicaba, que depois vai desaguar no rio Tietê, que é um rio estadual, que depois vai desaguar em um rio federal, que é o Paraná. Quem entende isso?"
                                                                 Soluções  
 Entre as soluções emergenciais já adotadas em São Paulo está a concessão de bônus aos consumidores que economizarem energia elétrica. Segundo dados da Secretaria de Recursos Hídricos do estado de São Paulo, a campanha fez com que 76% dos consumidores paulistas reduzissem o consumo.


Geral: Poluição mata quase cem mil em SP



A poluição no Estado de SP já matou 99 mil pessoas 

Luís Alberto Alves
 A poluição do ar foi responsável pela morte de 99 mil pessoas no Estado de São Paulo, entre os anos de 2006 e 2011, de acordo com estudo apresentado nesta quinta-feira (3) em audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. “É como se uma cidade de 100 mil pessoas tivesse sido dizimada em apenas cinco anos”, declarou a pesquisadora do Instituto Saúde e Sustentabilidade, Evangelina Vormittag.
 Segundo o levantamento “Mobilidade Urbana e Poluição do Ar: A Visão da saúde”, realizado pelo instituto em parceira com a Câmara Municipal de São Paulo, no ano de 2011, mais de 17 mil pessoas morreram só no Estado mais rico do País em decorrência de doenças provocadas pela inalação de ar poluído, como as cardiovasculares, pulmonares e câncer de pulmão. “Ainda há uma forte correlação entre a incidência do câncer de mama com as partículas poluentes”, afirmou a professora.
 Vormittag chamou atenção ainda para outros dados que colocam a poluição como uma das maiores causas de mortes nas grandes metrópoles: em todo o mundo, a má qualidade do ar está associada a 7 milhões de falecimentos, informou. A especialista afirmou não ver esforços dos governos para enfrentar esse problema de maneira mais enérgica. “Não é só uma questão de fiscalização ou uma legislação mais eficiente. Faltam políticas públicas que, de fato, impactem a redução de poluentes e melhorem a vida das pessoas”, sustentou.
 Ela destacou que, de 2006 a 2011, apenas com internações decorrentes de doenças respiratórias e cardiovasculares provocadas pela poluição do ar, os gastos públicos e suplementar privados foram de, aproximadamente, R$ 246 milhões no estado de São Paulo.
                                                               Catastrófica
 O presidente do Proam (Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental), Carlos Bocuhy, ressaltou que o quadro é catastrófico e a qualidade de vida nas grandes metrópoles é cada vez mais adversa. Ele também cobrou medidas mais efetivas do poder público, como reduzir a quantidade de enxofre na gasolina; restringir a circulação de veículos em áreas urbanas; implantar a inspeção veicular em todas as grandes cidades brasileiras; fiscalizar as frotas mais antigas; entre outras.
 Para o dirigente, é necessário mudar o modelo civilizatório. “O Banco Mundial, por exemplo, repassou 6,5 bilhões de dólares para projetos que se baseiam em energia suja, e apenas 3,5 bilhões para iniciativas sustentáveis. O grande fluxo de capital não privilegia a sustentabilidade”, argumentou o presidente do Proam.
                                                                     Impactos
 A coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, Daniela Buosi, disse que o governo federal tem adotado estratégias para diminuir o impacto da poluição na saúde da população, como o programa Vigiar. Essa iniciativa busca desenvolver ações que busquem a redução e prevenção dos agravos à saúde nas populações expostas aos poluentes atmosféricos.
 O Instrumento de Identificação de Municípios de Risco (IIMR), que faz parte do programa, é um cadastro on-line que estabelece um ranking dos municípios de alto risco, médio risco ou baixo risco, para uma intervenção específica. Buosi citou o exemplo do estado de Mato Grosso que conseguiu reduzir as despesas e as internações no Sistema Único de Saúde (SUS) provocadas por queimadas. “O governo determinou que o processo de fiscalização para combate ao incêndio fosse intensificado e conseguiu reduzir os gastos do SUS com óbito, internação e doenças.”
 O deputado Adrian (PMDB-RJ), que solicitou a audiência pública, afirmou que hoje estamos sofrendo as consequências de algumas medidas do capitalismo industrial. “O capitalismo não se preocupou com o meio ambiente, a águas, o ar”, observou o parlamentar. Para ele, é importante que todos mudem: governos, empresas e a sociedade.


Variedades: Nat Geo estreia Ciência do Absurdo




Paulo Bonfá é o apresentador do Nat Geo

Luís Alberto Alves

 Na era das mídias sociais não é incomum que acrobacias amadoras que deram errado se tornem sensações globais. Sem o talento de um ginasta olímpico ou habilidades de um concorrente do "X Games", aventureiros tentam manobras perigosas, gravando e postando os resultados, mesmo que frustrantes, em busca de fama na internet. Inúmeros vídeos virais de acidentes de moto, de trampolim, e explosões inesperadas são curtidos e compartilhados todos os dias.

 O Nat Geo revê alguns dos exemplos mais espetaculares de loucura na nova série "Ciência do Absurdo", que estreia no sábado (5), às 22h30 com episódio triplo. Apresentada por Paulo Bonfá, esta série de 14 episódios revisa as ousadas façanhas de alguns desafortunados e então explica os erros físicos, biológicos e a engenharia por trás de cada tentativa fracassada.

 "O conteúdo do programa tem muito a ver comigo e com minha trajetória de comunicador, pois sempre pus a curiosidade a serviço do entretenimento e do bom humor. E o "Ciência do Absurdo" é curiosidade pura", afirmou o apresentador.

 No ano passado, um vídeo viral de um homem tentando ser arremessado como uma bola de canhão em uma piscina com água congelada acumulou mais de 2 milhões de visualizações no Youtube. Ele não foi capaz de quebrar a superfície de gelo, mas a "Ciência do Absurdo" mostra o que deu errado. Com sua sagacidade, Bonfá orienta os telespectadores sobre cada vídeo viral, com piadas e uma dose perspicaz de informações factuais.

  Ele oferece um curso intensivo em aeronáutica, revendo vídeos de parapentes colidindo em árvores, em um caminhão em movimento e até na Estátua da Liberdade. Já os efeitos biológicos sobre a boca humana são explicados após várias pessoas se atreverem a comer as pimentas mais picantes do mundo ou tentarem engolir uma colher de canela.

 O programa também mostra o que acontece quando madeireiros amadores fornecem um tutorial em primeira mão sobre os efeitos do corte de uma árvore sem calcular corretamente o centro da massa.

 Bonfá conta que nunca tentou fazer nenhum tipo de acrobacia que poderia o colocar entre os acidentes revisados no programa. "Felizmente eu nunca cometi nenhuma estupidez da qual pudesse me arrepender, mas é impressionante ver como o ser humano pode ser completamente sem noção", divertiu-se.  

Em cada episódio, "Ciência do Absurdo" analisa alguns dos melhores vídeos para explicar como e por que as pessoas não conseguem completar suas tarefas. Uma coisa é certa: se eles não entendem a ciência, eles certamente vão se machucar. 

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Túnel do Tempo: Jango se refugia no Uruguai



No dia 30 de março de 1964, o último comício do presidente João Goulart, no Automóvel Club do Rio de Janeiro

Luís Alberto Alves


Asilo no Uruguai: No dia 2 de abril, o presidente  brasileiro João Goulart, deposto por um Golpe de Estado em 1º abril se refugia no Uruguai. Os revoltosos implantariam uma ditadura militar que duraria 21 anos, deixando inúmeros mortos, presos e desaparecidos. 

Radiografia de Sampa: Rua das Palmeiras



A Rua das Palmeiras fica no bairro de Santa Cecília, Centro de SP


Luís Alberto Alves

 Palmeiras era o nome da antiga chácara que pertenceu a Domingos Marques da Silva Ayrosa, na região onde são abertas diversas ruas paralelas e perpendiculares à Avenida Angélica, no atual bairro de Higienopólis, Centro de SP. A Rua da Palmeiras fica em Santa Cecília, próxima ao viaduto Minhocão, região central da cidade.