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Crônica: O preço do sucesso
EBC Captava rápido o conteúdo das aulas e adorava questionar os professores Astrogildo Magno Milhões de pessoas ao redor do mundo correm em ...

segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Radiografia de Sampa: Rua Professor Vahia de Abreu
Luís
Alberto Alves
O
professor Eduardo Aureo Vahia de Abreu nasceu em 1875. Era educador, professor
de História Natural da Associação Instrutiva José Bonifácio, em Santos, prestou
também relevantes serviços as instituições de caridade de São Paulo. Faleceu no
ano de 1944. Foi também um dos fundadores da Sociedade de Farmácia e Química de
São Paulo. A Rua Professor Vahia de Abreu (foto) fica na Vila Olímpia,
Zona Sul de SP.
Geral: Pesquisa da Volvo mostra que motorista de caminhão está cada vez mais conectado
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Motoristas estão cada vez mais plugados |
Redação
Pesquisa recente desenvolvida a
pedido do Grupo Volvo Latin America mostrou que 38% dos caminhoneiros que rodam
pelas estradas brasileiras possuem smartphones. “É um índice bastante alto e
indica que o motorista e o transportador estão cada vez mais adotando novas
tecnologias no ambiente de trabalho”, afirma Daniel Homem de Mello, gerente de
marketing da Volvo no Brasil. “Um dado curioso é que, quanto mais longo o
trecho, mais conectado é o caminhoneiro. A utilização do smartphone chega a 50%
para caminhoneiros que fazem distâncias mais longas”, ressaltou Mello.
O
levantamento revela outros dados que chamam a atenção: 62% dos ouvidos informam
ter desktop (computador de mesa) em casa; 24% dizem ter tablet em casa e 4%
afirmam usar tablet nas viagens de caminhão; 38% têm notebook em seu domicílio
e 4% declaram que usam notebook na estrada. “Quando olhamos exclusivamente para
o caminhoneiro que faz viagens de longa distância, 60% indicam ter notebook em
casa”, destaca Mello, lembrando que o motorista de rotas longas é, de uma maneira
geral, um profissional que apela mais para a internet.
O
levantamento mostra ainda que, dos 38% de motoristas que têm smartphones, 67%
usam os aparelhos para fazer ligações, 62% para acessar a internet e 55% para
conversar no WhatsApp. “O smartphone do caminhoneiro é usado como uma
multiplataforma: além de ferramenta de trabalho, é fundamental para mantê-lo
próximo da família e amigos enquanto viaja”, diz Mello. De acordo com a
pesquisa, 54% dos motoristas estão no Facebook, 33% usam o aparelho para enviar
mensagens e 44% para transmitir fotos.
O
estudo revelou também que 31% dos caminhoneiros, ou cerca de um terço do total
de pessoas ouvidas, acessam a internet diariamente. “E isto tudo comprova que
estamos no caminho certo, pois oferecemos a linha de caminhões mais conectada e
mais avançada que existe no mercado”, observou o gerente.
Geral: Câmara rejeita padronização de carregador de celular
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Celulares continuarão sem carregadores padronizados |
Luís Alberto Alves
A Comissão de Ciência e Tecnologia,
Comunicação e Informática rejeitou, na última quarta-feira (26), o Projeto de Lei 32/15, do deputado Sergio Vidigal (PDT-ES), que
torna obrigatória a padronização dos carregadores de celular fabricados e
comercializados no Brasil.
Pela proposta, caberia à Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações) definir tal padrão. O não cumprimento da regra
sujeitaria o infrator a multa de até R$ 1 milhão.
Apesar de entender a preocupação de
Vidigal com a profusão de modelos de carregadores, o relator na comissão,
deputado Roberto Alves (PRB-SP), recomendou a rejeição do projeto com o
argumento de que a medida impossibilitaria as inovações tecnológicas.
“Se um fabricante nacional viesse a
desenvolver uma nova modalidade de carregador, com vantagens em relação aos
então existentes, haveria uma proibição legal para a sua adoção”, observou
Alves.
Ainda segundo o relator, a
diversidade de modelos não configura ofensa aos direitos dos consumidores. Ela
decorre, disse, da diversidade de marcas de fabricantes que utilizam soluções
próprias para seus carregadores.
“Finalmente, a imposição de um
carregador padronizado para os telefones fabricados ou comercializados no Brasil
colocaria o País em uma condição inferior ao restante do mundo. Haveria um
custo adicional imposto ao setor, o que redundaria em perda de
competitividade”, afirmou ainda Roberto Alves.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado ainda pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado ainda pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Economia: Governo vai mudar meta de superavit primário de 2016, diz ministro
Luís Alberto Alves
O governo deverá alterar a
meta de superavit primário para 2016, prevista no projeto da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO), que tramita na Comissão Mista
de Orçamento (CMO). A
informação foi dada há pouco pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que
participa de entrevista coletiva para falar da proposta orçamentária que o
governo enviou hoje ao Congresso.
A proposta foi enviada com
um deficit primário de R$ 30,5 bilhões para o governo federal. O ministro não
informou o resultado esperado para estados, Distrito Federal e municípios.
Relatório
O parecer final da LDO, apresentado pelo deputado Ricardo Teobaldo (PTB-PE), prevê, para 2016, superavit de R$ 43,8 bilhões para o conjunto do setor público, conta que será dividida entre o governo federal (R$ 34,4 bilhões) e estados, Distrito Federal e municípios (R$ 9,4 bilhões). O parecer está pronto para votação no colegiado.
O parecer final da LDO, apresentado pelo deputado Ricardo Teobaldo (PTB-PE), prevê, para 2016, superavit de R$ 43,8 bilhões para o conjunto do setor público, conta que será dividida entre o governo federal (R$ 34,4 bilhões) e estados, Distrito Federal e municípios (R$ 9,4 bilhões). O parecer está pronto para votação no colegiado.
A alteração que será
enviada pelo Planejamento será a segunda na meta do próximo ano. O projeto
original da LDO, encaminhado em abril, previa R$ 104,5 bilhões de superavit
para o governo federal e R$ 22,2 bilhões para estados, Distrito Federal e
municípios, totalizando R$ 126,7 bilhões para o setor público, sem
possibilidade de abatimento.
Em julho, veio a primeira
mudança, para R$ 43,8 bilhões. Nelson Barbosa não informou quando enviará a
segunda alteração na meta fiscal do próximo ano.
Política: Aprovado seguro-desemprego para trabalhador temporário
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O trabalhador temporário também terá direito o benefício |
Luís Alberto Alves
A Comissão de Trabalho, de Administração
e Serviço Público aprovou, no último dia 19, o Projeto de Lei 271/11, do
deputado Ricardo Izar (PSD-SP), que inclui como beneficiários do
seguro-desemprego trabalhadores rurais e urbanos com contrato temporário ou por
prazo determinado.
Pela proposta, o número de parcelas
do benefício a que o desempregado terá direito dependerá da quantidade de meses
trabalhados. Receberá duas parcelas quem esteve empregado por 9 meses nos 12
anteriores ao fim do contrato. Terá direito a três parcelas quem tiver
trabalhado por 12 meses nos 18 anteriores.
Já quem trabalhou 15 meses nos 24
anteriores ao fim do contrato terá direito a receber quatro parcelas. O período
trabalhado não precisa ser contínuo.
O relator na comissão, deputado
Benjamin Maranhão (SD-PB), recomendou a aprovação da proposta. Ele entendeu
que, apesar de recentemente o Congresso Nacional ter analisado regras que
dificultam a concessão do benefício, a discussão não mencionou o objeto do
projeto de lei de Izar.
Na opinião do relator, “tal silêncio”
decorre do fato de o benefício se destinar a setores da economia que não estão
sujeitos a ciclos, diferentemente do trabalhador temporário rural, por exemplo,
que atua em diferentes momentos na preparação do solo, no plantio e na
colheita.
“Neste sentido, é necessário estender
a proteção do seguro-desemprego para abraçar os trabalhadores que se submetem
ao trabalho por prazo determinado”, disse Benjamin Maranhão.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado ainda pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado ainda pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
A proposta já havia sido aprovada anteriormente
pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.
Variedades: As Galvão encerram Festa de Bonsucesso, Guarulhos (SP)
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A dupla cantou sucessos inesquecíveis do Sertanejo de raíz |
Redação
Esbanjando simpatia, a dupla As Galvão fez o
show de encerramento, no último domingo, 30, da 274ª Festa em Louvor a
Nossa Senhora do Bonsucesso; o maior evento religioso de Guarulhos. A
apresentação foi precedida pela performance da Orquestra de Violeiros Coração
da Viola.
“É muito
especial para nós participarmos de uma festa tão tradicional como esta e uma
honra ainda sermos solicitadas; afinal, estamos próximas de completar 70 anos
de carreira (em 2017)”, disseram as artistas, que animaram o público cantando
sucessos de sua carreira como “Beijinho Doce”, “Chalana” e
“No Calor dos Teus Abraços”.
A autônoma
Meire Amedea Régis dos Santos, 42, e o chef de cozinha José Cláudio da Silva,
38, aguardavam, ansiosos, pelo show da dupla. Enquanto esperavam, visitaram o
Centro de Cultura Popular Carpição, inaugurado antes do show, e se encantaram
com o local.
Moradores do
bairro há mais de 30 anos, os amigos contaram que prestigiam a Festa de
Bonsucesso desde crianças, aprendendo a devoção com a família. “Eram duas
ocasiões que a gente comprava roupa nova: uma era no Natal e a outra era para
vir na Festa de Bonsucesso. Tinha que aparecer bem vestida”, relembrou Meire.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Radiografia de Sampa: Alameda Franca
Luís Alberto Alves
A
existência de uma capela construída sob a invocação de Nossa Senhora da
Conceição, próxima à estrada de rodagem para Goiás, na região conhecida por
Sertão Mimoso, deu origem a atual cidade de Franca. Em 1804 foi criada
freguezia por ordem do Capitão General Antonio José da Franca e Horta, com a
denominação de Franca, em homenagem a esse Capitão, e elevada à vila em 28 de
outubro de 1821 com o nome de Vila Franca d'El-Rei, nome esse substituído pelo
de Franca do Imperador em 1824. Virou cidade em 1856.
A Alameda Franca (foto) fica no Jardim
Paulista, Centro.
Geral: CVV promove V Simpósio Internacional e II Debate sobre suicídio na mídia
Redação
O CVV é a entidade atua há mais tempo na
prevenção do suicídio no Brasil e uma das mais antigas no mundo, com 53 anos
completos no início de 2015. Com esse histórico, a instituição sem fins
lucrativos e atuação nacional organiza dois eventos com o intuito de gerar
discussão e consequente conscientização da população a respeito do assunto na
semana de 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
V Simpósio Internacional
de Prevenção do Suicídio
Pelo quinto ano
consecutivo ocorre o Simpósio Internacional de Prevenção do Suicídio, neste ano
na cidade do Rio de Janeiro. As edições anteriores foram realizadas em
Guarulhos (SP), São Paulo capital, Florianópolis (SC) e Brasília (DF). Robert
Gellert Paris Junior, presidente do CVV - Centro de Valorização da Vida,
comenta que essa alternância de localidades é uma das formas encontradas para
aumentar a abrangência do debate.
“O silêncio tem se mostrado o maior vilão do
aumento dos casos de suicídio em todo o mundo”, comenta Robert que também é
membro do Befrienders Worldwide, entidade que congrega iniciativas pela
prevenção do suicídio em diversos países. “É preciso quebrar esse tabu, mostrar
que suicídio tem prevenção em pelo menos 90% dos casos e estimular que o
assunto seja abordado pela imprensa, em escolas, consultórios médicos,
instituições religiosas, rodas de amigos e dentro dos lares.”
O V Simpósio
Internacional de Prevenção do Suicídio ocorre em 11 de setembro com a presença
de um representante da Dinamarca, além de profissionais brasileiros com
experiência internacional. Formam a mesa: o educador Jeppe Kristen Toft diretor do Livslinien Institute da
Dinamarca; Dr. Neury José
Botega, psiquiatra da Unicamp – Universidade de Campinas; Dr. Humberto Corrêa, psiquiatra da
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais e vice-presidente da Associação
Latinoamericana de Suicidologia; Dr. Carlos
Felipe D’Oliveira, psiquiatra, ex-coordenador da Estratégia
Nacional de Prevenção do Suicídio; e Robert Gellert
Paris Junior, presidente do Centro de Valorização da Vida.
Economia: Como abordar o tema ‘crise’ com as crianças e jovens?
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O governo enfrenta grave crise política e econômica |
*Reinaldo
Domingos
Estamos no meio de uma crise que não apresenta expectativas curtas de fim, é claro que as crianças percebem que algo está errado, e aí fica a pergunta por parte dos pais e professores: Como falar sobre o tema com as crianças de uma forma que haja entendimento?
Inevitavelmente esse tema deve ser abordado, até mesmo para que não ocorram entendimento errôneos, nem mesmo preocupações exacerbadas dos pequenos. Ocorre que qualquer criança está inserida em um sistema social e desde o seu nascimento é percebida como atuante nas relações de consumo.
A partir dos 3 anos já tem discernimento para compreender as movimentações que acontecem ao seu redor, principalmente, no âmbito familiar e nisso se inclui as questões financeiras, com as primeiras percepções do impacto que uma crise pode ocasionar em sua vida, exemplos são simples, como: espera maior por um brinquedo, troca de marcas de seus alimentos favoritos, impossibilidade de aquisição de equipamentos eletrônicos, dentre outras ações normais.
Mas a abordagem desse tema deve levar em conta principalmente a faixa etária, para que se utilize uma linguagem apropriada para melhor absorção e considerando os recursos adequados para transmissão dessas informações.
Assim, na idade de 3 a 6 anos a criança não consegue ainda postergar desejos, tudo o que vê quer comprar e não estabelece relação entre dinheiro e compra de bens. Assim como da relação entre querer e poder, por este motivo frustra-se com facilidade. Por isso, nesse momento para entendimento são necessárias ferramentas ilustrativas, pictóricas, lúdicas que trabalhem o eixo entre o real e o fantasioso.
O pai ou educador deve atentar-se a estas características e condições para debater a temática. Pode iniciar com conversas amigáveis, evitando fazer o famoso “terrorismo”, que tende a gerar traumas. Na sala de aula é interessante um levantamentos prévios utilizando tirinhas ou quadrinhos que abordem uma situação de crise financeira e a partir daí resgatar as informações que o grupo tem sobre o assunto.
Com base nas respostas, poderá desenvolver possíveis soluções não só para o problema apresentado, como também para situações do cotidiano. Nesse momento, será possível abordar a necessidade de educar-se financeiramente por meio dos pilares DSOP (Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar), o que levará a ter um ensinamento extra, que possibilitará a aprender a priorizar os sonhos.
Já a criança de 7 a 12 anos é capaz de compreender o que ocorre no meio e já lida de maneira revogável com as perdas. Nessa idade já é possível estabelecer relações entre o dinheiro ou a falta dele, o trabalho, as despesas e as aquisições, dentro do padrão de vida que está inserida.
Nesse caso a conversa focando em objetivos para vencer a crise é interessante e, também, o tema pode ser trabalhado por meio de reportagens, leituras complementares, tirinhas, recortes que permitam a construção de conhecimento. Na escola se deve solicitar pesquisas e comparativos, além de produções de texto, estimulará a discussão e desenvolverá de maneira autônoma soluções para as próprias vivências. O professor poderá fazer inferências e aplicar o programa DSOP de Educação Financeira para mediar tais reflexões.
Lembrando que o termo crise financeira não será um conceito aprendido como definição, mas suas características e consequências poderão ser entendidas pelas crianças por meio das ações sugeridas, bem como as possibilidades de equilíbrio e sustentabilidade financeira.
Enfim, o tema crise deve ser assunto nas casas e sala de aula, lógico que dentro de um planejamento prévio. Mas, o mais importante é ter em mente que mesmo perante as dificuldades existentes é possível tirar algo bom, que é o conhecimento.
Mas cuidado, pois devido à dificuldade do tema é necessária muita atenção e, principalmente, mostrar naturalidade perante ao tema, não associando o momento às respostas agressivas que ocorrem por parte da sociedade, pois o papel como educador é criar jovens capazes que interpretarem o mundo que vivem e tomarem suas próprias conclusões.
*Reinaldo Domingos é educador e terapeuta financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), DSOP Educação Financeirae Editora DSOP, autor do lançamento do livro Mesada não é só dinheiro – Conheça os 8 tipos e construa um novo futuro e do best-seller Terapia Financeira.
Economia: Donos de veículos elétricos de São Paulo receberão de volta metade do IPVA
Luís Alberto Alves
O
decreto que regulamenta a isenção de metade do IPVA para os veículos elétricos
da cidade de São Paulo, assinado hoje pelo prefeito Fernando Haddad, é um
importante passo para a popularização desta tecnologia na avaliação da
ABVE-Associação Brasileira do Veículo Elétrico. Para Island Faria Costa, um dos
diretores da entidade presentes na cerimônia, realizada na manhã desta sexta,
21 de agosto, na Prefeitura de São Paulo, a lei poderá gerar um efeito cascata,
levando outras prefeituras e os governos estaduais e federal a reverem a carga
tributária que incide sobre os veículos elétricos.
“O
custo de aquisição é um dos grandes impeditivos da disseminação desta
tecnologia, que, por outro lado, é muito mais barata no abastecimento e
manutenção”, explica. “Além de custar menos no uso, o veículo elétrico
contribui com a saúde pública, pois não gera poluição sonora e do ar”,
ressalta.
Durante o evento, representantes do setor
apresentaram ao prefeito a proposta de liberar os veículos elétricos do rodízio
municipal. “Dada a pequena frota existente na cidade, não haveria impacto
sobre o trânsito, mas sim sobre a prática de ter dois carros para driblar o
rodízio, já que muitas vezes o segundo carro é um modelo mais antigo e mais
poluente”, explica. “Além de reduzir a poluição, a troca por um único
veículo de tecnologia muito mais econômica proporcionará uma redução
significativas de gastos para os consumidores”, completa.
A isenção do IPVA deve ser um estímulo para
que os paulistanos procurem saber mais sobre o veículo elétrico. Quem
quiser conhecer as novidades do setor poderá visitar gratuitamente a 11a edição
do Salão Latino Americano de Veículos Elétricos, que acontece de 24 a 26 de
setembro no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo. Além de
carros, o evento terá lançamentos em motos, bikes, patinetes, skates e até
ônibus – todos movidos a eletricidade.
Atualmente, 5% da frota mundial é elétrica,
sendo que o Brasil está muito aquém desse número: estimativas da ABVE indicam
que no Brasil há cerca de 3000
veículos elétricos em circulação. “O crescimento da demanda é fundamental para
gerar a escala necessária para termos produção local de carros elétricos”,
lembra Island. “A tecnologia do carro elétrico tem potencial para estimular a
substituição da atual frota, com tremendos efeitos sobre toda a cadeia
automotiva, incluindo uma forte geração de empregos”, destaca.
Embora seja um tributo estadual, o IPVA tem
metade de seu valor repassado às prefeituras dos municípios onde os veículos
são emplacados. É dessa parte que a Prefeitura de São Paulo está abrindo
mão para estimular a migração para uma tecnologia não poluente. Este ano,
o requerimento da isenção deverá ser feito manualmente, mas a partir de 2016 o
sistema estará totalmente automatizado, em formato semelhante ao da nota fiscal
paulistana.
“Os carros elétricos são tão eficientes que o valor gerado
pela economia com abastecimento e manutenção chega a cobrir parte significativa
de seu financiamento. Mesmo com o aumento da conta da luz, abastecer um
veículo elétrico custa menos que um modelo convencional”, detalhou
Island.
Política: Aprovada regra sobre inversão do ônus da prova para consumidor
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A bomba fica nas mãos do consumidor |
Luís Alberto Alves
A Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania aprovou de forma conclusiva na quarta-feira (19) projeto (PL 6371/13) que acrescenta um artigo ao Código de Defesa do
Consumidor (Lei 8.078/90) para determinar que o juiz ordenará a inversão do
ônus da prova no mesmo despacho em que marcar a audiência de instrução e
julgamento.
De autoria do deputado Eli Correa Filho
(DEM-SP), a proposta segue agora para o Senado.
Atualmente, o código permite que, nas ações de
direito do consumidor, o ônus da prova se inverta, fazendo com que a obrigação
de provar recaia sobre o fornecedor, e não sobre o consumidor.
O relator na
comissão, deputado Felipe Maia (DEM-RN), defendeu a aprovação da matéria.
Segundo ele, a proposta atende aos pressupostos de constitucionalidade e
juridicidade. Maia apenas apresentou substitutivo corrigindo a técnica
legislativa, pois a proposição original não traz artigo inaugural com o objeto
da lei e contém cláusula de revogação genérica. “O projeto consagra o
equilíbrio desejado pelo Código de Defesa do Consumidor e prestigia os
princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório”, afirma o
parlamentar.
Política: Câmara aprova projeto que torna Dom Helder Patrono dos Direitos Humanos
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Don Hélder combateu o Regime Militar de 1964 |
Luís Alberto Alves
A
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou em caráter conclusivo, na
quarta-feira (12), projeto do deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) que declara Dom
Helder Câmara "Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos" (PL 7230/14).
A proposta segue agora para votação no Senado.
O relator, deputado Luiz Couto
(PT-PB), apresentou parecer pela constitucionalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposta. “Dom Hélder ficou conhecido por ter se tornado um
líder contra o autoritarismo e os abusos aos direitos humanos, frequentemente
praticados pelos militares”, disse o parlamentar.
Dom Helder foi líder católico que
lutou em benefício de melhores condições de vida para os mais pobres e defendeu
os direitos humanos durante o regime militar. Ele morreu em 1999 e, por ter
tido o trabalho reconhecido pelo mundo, chegou a ser indicado para o prêmio
Nobel da Paz em 1972.
O patrono de determinada categoria ou ramo da
ciência e do conhecimento deve ser aquele cuja excepcional atuação serve de
paradigma e inspiração a seus pares. “Mais que uma liderança religiosa, Dom
Helder Câmara era referência na luta pela paz e pela justiça social. Pregava
uma igreja simples, voltada para os pobres, e a não-violência”, destacou Jordy.
Variedades: Cracks Of Soul "Fendas da Alma", de Janssen Hugo lage, tem reestreia em 13 de setembro
Redação
Sinopse -
Sucesso de público em sua primeira temporada, Osho – Cracks Of Soul “Fendas da
Alma” é um mergulho no misterioso universo vazio existencial do homem
contemporâneo. Uma aprofunda reflexão sobre crenças, ações, sentimentos,
delírios, enganos, erros, acertos, dúvidas, certezas e incertezas, que nos
levam aos confins da alma.
Um ensaio
sobre o abandono, o retorno, a iluminação e a jornada, livremente inspirado na
herança literária e espiritual deixada por Rajneesh (Osho) – Seus pensamentos descritos em textos, ensaios, discursos e palestras.
Durante a
narrativa, Janssen Hugo Lage nos oferece, em seus ritos de linguagem, o
controle do tempo de todas as coisas, de situações que são inerentes aos
desejos e anseios, jogados à sorte na existência de soluções efêmeras,
abominavelmente dependentes e trágicas, ausência de espiritualidade que, de
certa forma, atinge grande parte da população mundial.
Então, segundo Rajneesh: “A felicidade só existe quando pode
ser compartilhada. Se por alguma razão não conseguimos compartilhar, entre
amigos, familiares, chegados ou estranhos, estamos mergulhados em Maya,
ilusão”.
Elenco
Jorge Mesquita, Marjorie Gerardi, Gustavo Merighi, Lucas Scalco, Arthur
Alavarse, Leandro Borges, Michele Mitsue, Maurício Belfante, Gabriel Muglia e
Rai Teichmann.
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Radiografia de Sampa: Avenida Nadir Dias de Figueiredo
Luís Alberto Alves
Pioneiro
da industrialização de São Paulo. Nadir Dias de Figueiredo, nasceu em 1891.
Iniciou sua atividade empresarial no início do século XX, depois de ter
trabalhado como empregado nas oficinas da Casa Guinle. Seu primeiro
estabelecimento foi instalado no bairro da Liberdade, onde juntamente com seu
irmão Morvan Dias de Figueiredo, se especializou na eletrificação de luminárias
a gás.
A guerra
de 1914, abriu um novo mercado, permitindo a substituição das importações de
equipamentos elétricos. A empresa só se consolidou no ramo de vidros em 1932,
com a compra de uma indústria falida, a Cristaleira Baroni, até então a
principal fornecedora de peças para os lustres produzidos por Figueiredo.
Durante a II Guerra Mundial, compra a Fábrica
de Louças Santa Rita, e juntamente com Roberto Simonsen, Eduardo Jafet e Manuel
Barros Loureiro, funda a Companhia Bandeirantes de Seguros Gerais. Foi posteriormente
indicado para presidente da Fiesp, e nomeado líder Número Um da indústria
brasileira. Faleceu em abril de 1983. A Avenida Nadir Dias de Figueiredo
(foto) fica na Vila Maria, Zona Norte de SP.
Geral: Aumenta em 33% ocorrências de incêndios no primeiro semestre
Redação
Durante o primeiro semestre deste ano houve um
aumento de 33% no número de ocorrências de incêndio reportadas pela imprensa
brasileira, quando comparado ao mesmo período de 2014. Foram 711 casos contra
534 contabilizados de janeiro a junho do ano anterior. As informações são do
Instituto Sprinkler Brasil (ISB), que desde 2012 monitora diariamente os
reportes de incêndio estrutural no País veiculados pela imprensa.
A pesquisa mostra
que o maior número de ocorrências de incêndio no País neste primeiro semestre
aconteceu em edifícios comerciais (31% em lojas, shopping centers e
supermercados), seguido por indústrias (18%) e imediatamente pelos sinistros em
depósitos (12%). Outro percentual bastante expressivo vem dos chamados locais
de reunião de público (igrejas, teatros, aeroportos, clubes, estádios, casa
noturnas, escolas de samba, restaurantes e bibliotecas), em que foram
registrados 11% do número total de incidentes.
O diretor geral do
ISB, Marcelo Lima, explica que a pesquisa considera os incêndios que ocorreram
em diversos tipos de construções, como instalações industriais e comerciais, depósitos,
bibliotecas, escolas, hospitais e hotéis, excluindo os incidentes em
residências.
"O levantamento tem o objetivo de desenvolver uma
estatística sobre ocorrências de incidentes causados por fogo no País,
excetuando os residenciais e florestais. Os dados representam entre 2% e 3% dos
incêndios que ocorrem de fato devido à indisponibilidade de números oficiais
divulgados com regularidade por diversos Corpos de Bombeiros e à inexistência
de um órgão nacional que compile esses dados", avaliou.
Para efeito de
comparação, no mesmo período de 2014, o instituto registrou 534 notícias sobre
incidentes do gênero, o que representa uma média mensal de 89 matérias sobre o
tema. Em 2015, a média de ocorrências registradas pela imprensa brasileira foi
de 118 por mês.
O
levantamento aponta ainda que o Estado de São Paulo lidera as ocorrências de
incêndio divulgadas pela imprensa, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul,
Paraná e Santa Catarina.
Para cada
ocorrência foi contabilizada apenas uma notícia, inclusive nos casos de
incêndio de grandes proporções e impactos que tiveram ampla repercussão em
vários veículos de comunicação.
Economia: Em tempo de crise, empresas investem na transmissão online
Luís Alberto Alves
Produtos, serviços, soluções tecnológicas e
infraestruturas hoteleiras dedicadas a eventos corporativos aproveitam a
visibilidade provocada pré- Olimpíadas para mostrar as principais tendências do
mercado.
Em tempos de crise muitas empresas estão
reduzindo custos, se reinventando e apostando por realizar cada vez mais
eventos online.
A Cross Host será uma das empresas expositoras
neste evento e destacará os benefícios de realizar eventos online, além de
apresentar as novidades de transmissão ao vivo.
Atualmente, a empresa realiza cerca de 80
eventos por ano. “As transmissões de vídeo estão se tornando cada vez mais
comuns e sofisticadas, oferecendo um suporte maior e segmentando o conteúdo de
forma mais efetiva. A cada ano, mais e mais empresas estão optando por serviços
online. Naturalmente, um número maior de empresas está se adaptando e
segmentando seus conteúdos no ambiente online também”, acrescentou Jaílton dos
Santos, sócio da empresa.
Ainda de acordo com Santos, fazer uma
transmissão online é uma ótima ferramenta para atingir um maior número de
pessoas em palestras, workshops, treinamentos e convenções com baixo custo.
O público estimado da exposição é de 300
visitantes e o credenciamento é qualificado e criterioso para beneficiar os
cerca de 40 expositores. “Esperamos propiciar bom volume de negócios entre
profissionais de marketing e eventos, de RH e de compras, que buscam realizar
congressos, treinamentos, cursos e outros encontros de equipes de colaboradores
com qualidade e conforto”, afirmou Marcello Baranowsky, diretor do Grupo
EventoFacil e organizador da exposição. Segundo ele, é previsto um aumento de
15% no volume de negócios na comparação com a última edição.
Internacional: Repórter fotográfico mexicano é morto com marcas de tortura
Luís Alberto Alves
Rubén
Espinosa, repórter fotográfico mexicano, acabou de ser encontrado morto, e seu corpo tinha marcas de
tortura. Junto com ele estavam Nadia Vera, ativista de direitos humanos, e três
outras mulheres.
A liberdade de expressão está sob ataque em uma das mais antigas democracias da América Latina. Rubén é o 14º jornalista assassinado no estado sulista de Veracruz, cujo governador Javier Duarte tem feito ameaças abertas contra jornalistas. Praticamente nenhum destes crimes foi solucionado.
Este caso, porém, levou milhares de pessoas às ruas e detonou uma bomba na imprensa nacional e internacional. Agora pessoas como o ator Gael García Bernal, o jornalista Caco Barcellos, o escritor John Green e centenas de outros jornalistas, escritores e artistas assinaram uma carta aberta pedindo justiça para os jornalistas assassinados no México por causa do seu trabalho.
A carta já está causando repercussão dentro do governo, mas se a gente acrescentar mais de um milhão de assinaturas e publicá-la nas primeiras páginas dos jornais mexicanos, será possível conseguir justiça e mostrar que pessoas de todo o mundo estão do lado da liberdade de expressão no México. Adicione sua voz agora:
https://secure.avaaz.org/po/ruben_global_l/?bnOxdeb&v=63680
O México aparece como um dos países mais perigosos do mundo para exercer a profissão de jornalista, em pé de igualdade com nações arrasadas pela guerra, como o Iraque, Afeganistão e Somália. E desde que o presidente Peña Nieto assumiu o poder, os ataques contra a imprensa aumentaram em 80%.
O país é assolado por um nível de violência inacreditável há mais de uma década. Cartéis travam uma verdadeira guerra pelo controle do lucrativo tráfico de drogas. Uma quantidade enorme de jornalistas foi assassinada por denunciar esses grupos criminosos, embora especialistas afirmem que muitas das mortes podem ser atribuídas a denúncias contra a corrupção política. Eu sofri isso na minha própria pele. Após ameaças de morte por causa da minha cobertura política no México, fui forçada a fugir do país mais de uma vez. Já fui torturada e presa por políticos corruptos.
Em Veracruz, estado ao sul do país onde Rubén trabalhou por anos, outros 13 jornalistas foram assassinados recentemente, sob o governo detestável de Javier Duarte. Conhecido por ameaçar jornalistas constantemente, aparentemente ele ficou tão chateado por causa de uma foto tirada por Rubén que mandou tirar a revista onde ela foi publicada de circulação em toda a capital.
Em junho, Rubén Espinosa disse a colegas que ele tinha começado a ser seguido e ameaçado por homens usando uniformes da segurança do estado de Veracruz. Ele também afirmou que alguém no governo do estado o ameaçou diretamente, dizendo que ele devia "parar de tirar fotos se não quisesse acabar como a Regina", referindo-se a Regina Martinez, jornalista assassinada em 2012.
Mas a trágica morte de Rubén pode ser um marco contra toda essa violência, pois milhares de pessoas se uniram na Cidade do México, lamentando o assassinato e exigindo justiça. Se ficarmos ao lado dessas pessoas e publicarmos esta carta impactante, vamos mostrar ao governo mexicano que ele está no centro das atenções e que o mundo inteiro pede justiça e medidas urgentes para acabar com esses assassinatos.
A liberdade de expressão está sob ataque em uma das mais antigas democracias da América Latina. Rubén é o 14º jornalista assassinado no estado sulista de Veracruz, cujo governador Javier Duarte tem feito ameaças abertas contra jornalistas. Praticamente nenhum destes crimes foi solucionado.
Este caso, porém, levou milhares de pessoas às ruas e detonou uma bomba na imprensa nacional e internacional. Agora pessoas como o ator Gael García Bernal, o jornalista Caco Barcellos, o escritor John Green e centenas de outros jornalistas, escritores e artistas assinaram uma carta aberta pedindo justiça para os jornalistas assassinados no México por causa do seu trabalho.
A carta já está causando repercussão dentro do governo, mas se a gente acrescentar mais de um milhão de assinaturas e publicá-la nas primeiras páginas dos jornais mexicanos, será possível conseguir justiça e mostrar que pessoas de todo o mundo estão do lado da liberdade de expressão no México. Adicione sua voz agora:
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O México aparece como um dos países mais perigosos do mundo para exercer a profissão de jornalista, em pé de igualdade com nações arrasadas pela guerra, como o Iraque, Afeganistão e Somália. E desde que o presidente Peña Nieto assumiu o poder, os ataques contra a imprensa aumentaram em 80%.
O país é assolado por um nível de violência inacreditável há mais de uma década. Cartéis travam uma verdadeira guerra pelo controle do lucrativo tráfico de drogas. Uma quantidade enorme de jornalistas foi assassinada por denunciar esses grupos criminosos, embora especialistas afirmem que muitas das mortes podem ser atribuídas a denúncias contra a corrupção política. Eu sofri isso na minha própria pele. Após ameaças de morte por causa da minha cobertura política no México, fui forçada a fugir do país mais de uma vez. Já fui torturada e presa por políticos corruptos.
Em Veracruz, estado ao sul do país onde Rubén trabalhou por anos, outros 13 jornalistas foram assassinados recentemente, sob o governo detestável de Javier Duarte. Conhecido por ameaçar jornalistas constantemente, aparentemente ele ficou tão chateado por causa de uma foto tirada por Rubén que mandou tirar a revista onde ela foi publicada de circulação em toda a capital.
Em junho, Rubén Espinosa disse a colegas que ele tinha começado a ser seguido e ameaçado por homens usando uniformes da segurança do estado de Veracruz. Ele também afirmou que alguém no governo do estado o ameaçou diretamente, dizendo que ele devia "parar de tirar fotos se não quisesse acabar como a Regina", referindo-se a Regina Martinez, jornalista assassinada em 2012.
Mas a trágica morte de Rubén pode ser um marco contra toda essa violência, pois milhares de pessoas se uniram na Cidade do México, lamentando o assassinato e exigindo justiça. Se ficarmos ao lado dessas pessoas e publicarmos esta carta impactante, vamos mostrar ao governo mexicano que ele está no centro das atenções e que o mundo inteiro pede justiça e medidas urgentes para acabar com esses assassinatos.
Política: Eduardo Cunha diz que é alvo de retaliação do governo contra a sua atuação política
Luís Alberto Alves
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha (foto), divulgou na tarde desta quinta-feira (20) uma nota à imprensasobre a
denúncia apresentada contra ele, ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por suposto envolvimento no
esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.
Cunha reafirmou sua inocência, refutou o que
classificou como “ilações” de Janot, garantiu que continuará realizando o seu
trabalho como presidente da Câmara com lisura e independência e manifestou
confiança na isenção e imparcialidade do STF.
Cunha argumentou que, por não ter
participado de nenhum “acordão” com o governo, foi escolhido para ser
investigado e denunciado, numa tentativa, segundo ele, de ”calar e retaliar” a sua
atuação política.
Disse estranhar o fato de nenhum detentor de
foro privilegiado membro do PT ou do governo ter sido denunciado, já que, de
acordo com ele, a “série de escândalos” investigados pela Lava Jato “foi
patrocinada pelo PT e seu governo” e “não seria possível retirar do colo deles,
e tampouco colocar no colo de quem sempre contestou o PT, os inúmeros ilícitos
praticados na Petrobras”.
Para o presidente da Câmara, é
estranho o fato de a denúncia ter sido divulgada no mesmo momento em que manifestações
vinculadas ao PT têm, dentre os seus objetivos, o de atacá-lo.
Ele ressaltou que respeita o
Ministério Público e não confunde o trabalho sério da instituição com o
“trabalho de exceção” do procurador-geral.
Entenda o caso
Eduardo Cunha é um dos 21 políticos investigados na Operação Lava Jato a pedido do Ministério Público Federal. Os pedidos de abertura de inquérito foram feitos em março deste ano, no que ficou conhecido como “a lista de Janot”. O presidente da Câmara nega todas as acusações e afirma ver parcialidade na condução das investigações.
A denúncia traz dados obtidos em
delações premiadas e outras provas. À Justiça, o empresário Julio Camargo,
condenado por desvios em contratos de aluguel de navios-sonda da Petrobras,
alegou ter pagado cinco milhões de dólares de propina ao deputado. Eduardo
Cunha refutou a acusação e colocou em dúvida os depoimentos de Camargo, que
mudou as versões dadas à Justiça. Cunha também criticou o fato de o depoimento
ter sido tomado em primeira instância, já que deputados devem responder ao
Supremo Tribunal Federal.
A denúncia também menciona
requerimentos de informação apresentados na Câmara que teriam sido assinados
pela ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ) por orientação de Cunha para
pressionar as empresas contratadas pela Petrobras. Essa denúncia também foi
rebatida pelo presidente da Câmara.
Reações de deputados
Poucas horas depois da denúncia no STF, um grupo de parlamentares divulgou manifesto pedindo que Cunha se afaste do cargo. O documento é assinado por parlamentares do Psol, PSB, PT, PPS, PDT, PMDB, PR, PSC e Pros. Os deputados não souberam precisar quantos parlamentares aderiram ao movimento. Henrique Fontana (PT-RS), Alessandro Molon (PT-RJ), Glauber Braga (PSB-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG), Chico Alencar (Psol-RJ) e Ivan Valente (Psol-SP) assumiram a liderança da reivindicação.
O texto alega que a denúncia de Janot
tem provas “robustas” e “torna insustentável” a permanência de Cunha no cargo.
“Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Com a denúncia do
Ministério Público, a situação torna-se insustentável para o deputado, que já
demonstrou utilizar o poder derivado do cargo em sua própria defesa”, diz o
manifesto.
O líder do Psol, Chico Alencar, disse
que uma eventual representação do partido no Conselho de Ética pedindo
a cassação de Cunha por quebra de decoro só virá depois que o STF
aceitar a denúncia e o presidente passar a ser tratado como réu na ação. Não há
prazo para isso.
Prerrogativa
O líder do DEM, deputado Mendonça
Filho (PE), minimizou o impacto da denúncia contra o presidente da Câmara.
“Nossa posição é de respeito à atuação do Judiciário, do Ministério Público,
resguardando o direito à ampla defesa que deve ser assegurado a qualquer
cidadão, inclusive ao presidente da Câmara dos Deputados”, disse.
“Temos de aguardar os desdobramentos naturais
decorrente de um fato importante, grave, respeitando o princípio da ampla
defesa”, acrescentou Mendonça Filho. Segundo ele, ninguém pode ser condenado
previamente. “A apuração das denúncias deve ocorrer dentro de um clima de
absoluta amplitude, para que a verdade venha à tona”, avaliou.
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