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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Geral: Cuidado! Dengue se pega também fora do Verão

Em outras estações do ano, o mosquito transmissor da dengue também ataca


Luís Alberto Alves

 O verão é conhecido como a estação de maior proliferação da dengue. Mas, ao contrário do que muitos pensam, apesar de mais prevalente na estação quente, a doença pode ser disseminada em outros períodos – e não apenas no primeiro semestre.

 “Em termos de temperatura, precipitação e umidade, o Brasil oferece, na maior parte do seu território, condições propícias para o desenvolvimento de vetores da dengue e outras doenças do gênero em praticamente o ano todo”, disse Marcelo de Paula Corrêa, meteorologista e professor do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) – MG.

 Neste e nos próximos anos, quando o Brasil será sede de grandes eventos esportivos, ocasiões em que há grande circulação de pessoas, o alerta e os cuidados com a doença são ainda mais necessários. A proporção de viajantes europeus que retornam dos trópicos e são diagnosticados com febre de dengue aumentou de 2% no início dos anos 1990 para 16% em anos mais recentes.1

  A dengue em grandes centros urbanos – Os números são alarmantes: 2,5 bilhões de pessoas encontram-se sob o risco de ter dengue nos próximos anos.2 Trata-se de uma das doenças infecciosas que mais preocupam as autoridades sanitárias, e o Brasil aparece nas estatísticas como um dos que possuem maior risco para espalhar a doença, já que altas temperaturas, chuva e umidade estão entre as condições propícias para essa disseminação.
 De janeiro a setembro de 2013, foram notificados 1,4 milhão de casos de dengue no país, segundo o Ministério da Saúde. Entre as cidades atingidas, há grandes centros urbanos. Em 2012, houve grande incidência em cidades como Rio de Janeiro, Natal, Fortaleza e Cuiabá. Já em 2013, dados indicam que Belo Horizonte alcançou um alto patamar: até setembro, mais de 100 mil casos haviam sido notificados na capital mineira.3 

 A doença ainda tem mais uma característica que explica sua disseminação no Brasil: a urbanização desenfreada e caótica favorece o seu aparecimento – condição que se verifica principalmente entre os países em desenvolvimento. E como apontou o biólogo Gabriel Sylvestre durante o Painel Multidisciplinar Dengue 2014, o mosquito tem se adaptado aos ambientes urbanos: circula em locais de grande concentração habitacional e, embora prefira água limpa para depositar seus ovos, as fêmeas do Aedes aegypti já estão utilizando águas poluídas ou até esgotos como depositórios. Além disso, os ovos podem sobreviver por longo período (cerca de um ano) em ambiente desfavorável (fora da água) e, mesmo assim, germinar larvas. 

“Uma vez que o vírus também causa efeitos nocivos no mosquito, há de se perguntar o porquê de epidemias tão severas. A hipótese mais provável é que o número absoluto de mosquitos em grandes metrópoles pode ser tão alto que sustenta epidemias, mesmo com a morte prematura de alguns insetos infectados”, diz Gabriel Sylvestre, mestre em Biologia Parasitária pelo Instituto Oswaldo Cruz.

 Tratamento da dengue - O tratamento é baseado em medidas de suporte, hidratação e prevenção de complicações. Caso apareçam sintomas como febre alta com início súbito, forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, perda do paladar e diminuição do apetite, é fundamental procurar o médico. Vale ainda reforçar que, de acordo com o Ministério da Saúde do Brasil e com a Organização Mundial de Saúde, os medicamentos à base de paracetamol, como o TYLENOL®, são indicados para o tratamento dos sintomas da dengue clássica.


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