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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Túnel do tempo: Primeira Corrida de São Silvestre é realizada em 1924

Em 2011, pela primeira vez, o final do trajeto da São Silvestre foi no obelisco do Ibirapuera


Luís Alberto Caju

 A ideia de criar a primeira Corrida de São Silvestre, em São Paulo, partiu do jornalista Casper Líbero em 1924, após voltar fascinado de uma viagem à França, onde viu competidores numa corria noturna. A primeira edição, em 31 de dezembro de 1924 só teve 48 participantes dos 86 inscritos.
 Nem a Revolução Constitucionalista de 1932 e a Segunda Guerra Mundial interromperam sua realização. O primeiro estrangeiro a vencê-la foi o italiano Heitor Blasi em 1925 e 1927. Nas primeiras edições ela era realizada em 23 minutos num percurso de 8,8 km. Os participantes não recebiam nenhuma dieta especial e não podiam tomar água durante a prova.
 Com o tempo ela chamou a atenção de atletas profissionais de todo o mundo, bem preparados para este tipo de modalidade. Foi liberado ingerir água para amenizar o desgaste na corrida. Atualmente com 15 quilômetros, chips monitoram o desempenho dos participantes no percurso.
 A partir de 1975, quando a ONU (Organização das Nações Unidas) declarou aquela data como Ano Internacional da Mulher, a São Silvestre ganhou a modalidade feminina. Antes homens e mulheres corriam juntos. Em 1989 o trajeto foi invertido, em vez de ser realizada à noite, terminando na virada do ano, passou para o período da tarde e a prova foi separada por sexo.
 Em 1991, a Associação Internacional das Federações de Atletismo incluiu a São Silvestre no calendário internacional de provas de ruas. Dois anos depois ganhou a versão infanto-juvenil, com o nome de São Silvestrinha. O queniano Paul Tergat detém o recorde de tempo e um dos maiores vencedores com quatro vitórias. O primeiro brasileiro a vencê-la foi o garçom José João da Silva, em 1980.


Radiografia de Sampa: Rua Santa Cruz

A Rua Santa Cruz fica no bairro da Saúde, Zona Sul de SP


Luís Alberto Caju

 A Rua Santa Cruz já existe no bairro da Saúde, Zona Sul de SP, desde 1916. Homenagem ao primeiro nome do Brasil na época do descobrimento em 1500, que era conhecido como Terra de Santa Cruz. Era conhecida como Rua da Assembleia. A população daquela época a chamava também de Rua Detraz da Cadeia.


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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Radiografia de Sampa: Praça Júlio Mesquita


A Praça Júlio Mesquita fica no Centro de SP

Luís Alberto Caju

 Esta praça foi aberta no começo do século XX. Em 1924 ganhou o primeiro nome: Praça Vitória. Três anos depois foi alterado para Praça Júlio Mesquita. Nascido em Campinas (SP) em 1862, Júlio César Ferreira de Mesquita era filho de conceituado casal de negociante naquela cidade, ambos portugueses.

 Com três anos de idade foi para Portugal onde começou a estudar. Quando retornou a São Paulo passou pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, formando-se em Advocacia, aos 21 anos, em 1883. Voltou a Campinas e trabalhou algum tempo exercendo a profissão, depois optou pelo Jornalismo.

 Passou a escrever para os jornais “A República”, “Gazeta de Campinas” e “A Província de São Paulo” (atual O Estado de S. Paulo), do qual foi redator a partir de 1886 e diretor de 1891 a 1927. Após o fim da monarquia, tornou-se secretário do primeiro presidente de São Paulo (cargo equivalente ao de governador atualmente), Prudente de Morais.


 Como deputado estadual esteve no cargo até 1909. Mais tarde elegeu-se senador. Júlio Mesquita, além de jornalista, foi historiador, contista, biógrafo, político e um dos fundadores da Revista do Brasil, ao lado de Luís Pereira Barreto, Alfredo Pujol e Plínio Barreto. Morreu em 15 de março de 1927. A Praça Júlio Mesquita fica no Centro de SP.

Túnel do Tempo: Cassação de Carlos Lacerda, criação da URSS


Lacerda foi preso pelo regime que apoiou


Luís Alberto Caju

Perda de mandato de Carlos Lacerda: O Regime Militar, que o deputado Carlos Lacerda (UDN) ajudou e depôs o presidente João Goulart (PTB), em 1964, se voltou contra ele. Em 30 de dezembro de 1968, um dos períodos mais tenebrosos da vida política brasileira, o governo cassa seus direitos políticos por 10 anos, depois de prendê-lo por uma semana.

 Império soviético: Neste mesmo dia 30 de dezembro de 1922, o governo revolucionário comandado por Vladimir Lenin cria a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), tornando-um dos maiores países do mundo. Com mão de ferro, esse colosso socialista durou até a década de 90, quando a Glasnot, reforma produzida pelo então secretário-geral do partido Comunista, Mikhail Gorbachov, desmembrou a União Soviética em diversas nações, cada uma com um governo independente.



sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Túnel do Tempo: repressão contra garimpeiros de Serra Pelada

A repressão deixou vários mortos em Serra Pelada

Luís Alberto Caju


Garimpeiros contra polícia: No dia 27 de dezembro de 1987 aproximadamente 133 garimpeiros morreram quando a PM do Pará abriu caminho pela Rodovia PA-150, para conter manifestação em Serra Pelada.

Radiografia de Sampa: Avenida Paulista

A Paulista é uma das principais avenidas de SP, onde atualmente é feita a festa da virada do ano e início da São Silvestre


Luís Alberto Caju
  
A Avenida Paulista, no Centro Expandido, inaugurada em 8 de dezembro de 1898 pelo engenheiro Joaquim Eugênio de Lima e o prefeito Clementino de Souza Castro, é considerada um dos principais centros financeiros de SP, por causa da grande quantidade de sedes de empresas, bancos, consulados, hotéis, hospitais e colégios tradicionais. Nela fica a poderosa Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o famoso Instituto Pasteur. Com cerca de 200 mil moradores em sua extensão, se fosse uma cidade estaria entre as 150 maiores do Brasil.
 De início queriam batizá-la de Avenida das Acácias ou Prado de São Paulo, mas Lima bateu o pé e disse que seria Avenida Paulista em homenagem aos paulistas. Na época o local servia de passagem de boiadas rumo ao matadouro. No projeto inicial ela foi dividida em três faixas: uma para bondes, a do centro para carruagens e a outra para pedestres.
 No final de 1920 seu nome mudou para Avenida Carlos de Campos, mas a reação da população exigiu que voltasse ao nome original, como é conhecida até hoje. A Paulista acabou sendo a primeira via pública asfaltada de São Paulo, em 1909, com material importado da Alemanha, novidade até na Europa e Estados Unidos.
 Manteve o perfil residencial até começo da década de 1950, quando começou o avanço de empreendimentos comerciais e de serviços. Entre 1960 e 1970 surgiram os primeiros edifícios de escritórios com 30 andares. Atualmente é palco escolhido para todo tipo de manifestação, de esportiva à política. A largada da tradicional corrida de São Silvestre é na Paulista, assim como a festa de virada do ano, com show de diversos artistas e queima de fogos, atraindo grande multidão.



Geral: Cidade chilena festeja Ano-Novo dentro de cemitério



É neste cemitério que os moradores de Talca (Chile) comemoram a chegada do Ano Novo

Luís Alberto Caju

O ditado popular diz que cada louco tem sua mania. No Chile, os moradores da cidade de Talca festejam a virada para o Ano Novo dentro do cemitério, na companhia dos parentes mortos. Tudo começou em 1995, quando uma família decidiu passar o último dia de dezembro ao lado do túmulo onde estava enterrado o patriarca.

 Depois disso os outros habitantes adotaram o macabro costume, com o prefeito de Talca mandando abrir os portões do cemitério, por volta da 23h, na véspera do Ano Novo, após o final da missa. O local é iluminado com velas, enquanto música clássica é tocada. Na avaliação de estudiosos, o hábito dos habitantes dessa cidade refletem o costume latino-americano de se lembrar dos mortos no Dia de Finados.

 Esse costume foi descoberto por meio de pesquisa feita pela rede social Badoo, que entrevistou vários usuários em 18 países, para descobrir como as pessoas comemoravam a chegada do Ano Novo. Na Romênia, os habitantes tentam ouvir animais “falando”, na Irlanda eles batem um pedaço de pão nas paredes visando espantar espíritos maus e na África do Sul se joga móveis velhos pela janela, de micro-ondas a sofás. Em Veneza, Itália, a virada do ano é feita com cada pessoa beijando a outra, mesmo que ela seja desconhecida.