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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Radiografia de Sampa: Avenida Deputado Emílio Carlos



A Avenida Deputado Emílio Carlos fica na Zona Norte de SP



Luís Alberto Caju

 Emílio Carlos Kirillos nasceu em 1917. Começou os estudos no Colégio São Luís de Jaboticabal (SP), depois foi para a Faculdade de Direito da USP, concluindo o curso em 1941. Trabalhou como redator no jornal O Estado de S.Paulo e comentarista de assuntos de guerra na BBC de Londres.

 Esteve como deputado federal durante 12 anos, além de presidente do diretório central do extinto PTN e líder de sua bancada no Congresso Nacional. Participou de todas as campanhas políticas de Jânio Quadros, a partir de 1954, até sua eleição à presidência da República.

 Durante a renúncia de Jânio, Emílio Carlos ficou ao lado de parlamentares que defendiam as instituições e a ordem no País. Era conhecido por ser excelente orador durante suas exposições no Congresso Nacional. Morreu aos 49 anos em 1963. A Avenida Deputado Emílio Carlos começa no bairro do Limão e termina na Vila Nova Cachoeirinha, ambos na Zona Norte de SP.





Variedades: Rod Temperton, autor de sucessos como “Thriller” e “Give me The Night”

Em poucos anos, Temperton escreveu inesquecíveis sucessos
Luís Alberto Caju

 A vida começa aos 30 anos. Principalmente com sucesso. O produtor e tecladista Rod Temperton é a prova disto. Após trabalhar muitos anos numa indústria de conserva de peixes na pequena cidade Cleethorpes, Interior da Grã Bretanha, resolveu ir a Alemanha procurar a banda de Pop/Disco Heatwave que precisava de tecladista.  Ficou pouco tempo no grupo.

 Logo suas canções chamaram a atenção de outros artistas, inclusive do mega produtor Quincy Jones. Nesse período a dupla de Funk Music The Brothers Johnson gravou o hit “Stomp”, que estourou nas pistas de dança de 1978. Depois veio George Benson e levou a canção “The Give me The Night”, outro sucesso em todo o mundo, inclusive no Brasil. Nessa mesma época a Rainha da Disco Music, Donnar Summer, procurou Temperton. Ele escreveu as composições “Livin´in America” e “Love is In Control”.


 Talvez o acúmulo da vitamina Ômega 3, presente na carne de peixe, tenha influenciado na inspiração musical de Temperton. A pedido de Quincy Jones fez para álbum de Michael Jackson, de 1979, os hits “Off The Wall” faixa título do disco) e “Rock With You”. O resultado todos sabem: sucesso. 

Em 1980, Jones o requisita outra vez. Temperton compõe “Thriller” e “Starlight”. Aliás essa última ele terminou dentro do táxi que o levava ao estúdio, que teve a famosa voz do artista de filme de terror Vincent Price.  Só de direitos autorais (que nos Estados Unidos se paga corretamente), Temperton não precisa nem trabalhar mais. Definitivamente a vida financeira começa aos 30 anos.

Jiló com Pimenta: Incompetência Tricolor, Semáforo Ching Ling, Direitos Iguais

Juvenal Juvêncio, o presidente coveiro


 Luís Alberto Caju
  Incompetência futebolística: Nunca vi o time do São Paulo em tamanha crise. Nem parece a equipe que anos atrás era o terror dentro do campo. Ganhava vários títulos, inclusive de Campeão Mundial. Mas a gestão Juvenal Juvêncio poderia ser classificada como coveira. Ele destruiu o Tricolor do Morumbi. Tomou verdadeiro banho da Ponte Preta, ao perder a primeira partida da Copa Sul-Americana por 3x1. Foi até Mogi Mirim e levou outro vareio de bola. Dentro de campo, os atletas do São Paulo mais pareciam zumbis do que jogadores correndo em busca de resultado positivo. Caso Juvenal permaneça na presidência, o Tricolor corre sério risco de virar time de terceira divisão.

Semáforo Ching Ling
Semáforo Ching Ling deixa de funcionar na chuva

É um horror andar pelas ruas e avenidas paulistanas. Praticamente quase todos os semáforos sem encontram “malucos”, piscando a luz amarela ou verde, e sem funcionamento. Inacreditável ocorrer esse tipo de falha numa das maiores capitais do mundo. Para onde vai a fortuna arrecadada pela indústria de multas? Quando chove, a situação piora, pois os semáforos apagam provocando tremenda bagunça no trânsito paulistano.

Direitos iguais
Fila de familiares de detentos do presídio da Papuda, em Brasília, em dia de visita
Após diversas visitas à parte da elite petista (Zé Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino) “puxando” cadeia no presídio da Papuda, em Brasília, a Justiça decidiu (já era hora) acabar com a mordomia. Os visitantes terão de passar por idêntico processo enfrentado por familiares de outros detentos. Inclusive com direito a revista e, claro, ficar na fila aguardando a vez. Afinal de contas, criminoso é criminoso e não pode jamais gozar de regalias.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Jiló com Pimenta: Máfia da Propina, Covardia no Trânsito e Acordo com Irã

Dinheiro da corrupção tem ainda grande impacto junto a servidores públicos desonestos

  
Luís Alberto Caju

Máfia da Propina: O Ministério Público informou na terça-feira (26) que o esquema de cobrança de propina pela máfia do ISS pode ter começado na Prefeitura de São Paulo provavelmente desde 2005. Antes os promotores calculavam que a hipótese de fraude no imposto ter iniciado em 2007, na gestão Gilberto Kassab (PSD).

 Se a Justiça apertar mais o cerco poderá descobrir mais podridão nesta latrina entupida. Infelizmente esse ramo público de fiscalização está repleto de casos de corrupção. Quantos comerciantes não sofrem ameaças de pesadas multas, caso seu estabelecimento não façam determinadas mudanças. Os servidores públicos desonestos vendem primeiro a dificuldade, para em seguida engatar a marcha da facilidade.

 A Prefeitura paulistana, na década de 1990, teve o célebre caso da máfia que extorquia dinheiro de camelôs e donos de bares. Após matéria especial publicada pelo jornal Folha da Tarde (atual Agora SP), onde um jornalista se disfarçou de vendedor ambulante, o esquema veio à tona, resultando na cassação de vereadores e do deputado estadual Hannah Garib. Infelizmente o serviço público precisa passar por intenso trabalho de desinfecção.

Covardia no Trânsito: É insensatez o que fez o motorista troglodita que agrediu a publicitária Jessica Otte, numa briga de trânsito ocorrida no último sábado (23), na esquina da Rua Groenlândia com Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, Jardins, Zona Sul de SP.

 Para forçar passagem, ao volante de uma camionete Hilux, ele começou a empurrar o veículo de Jessica. Como não conseguiu ultrapassar, desceu e a agrediu fisicamente. Infelizmente existem pessoas que precisam ficar longe do volante, por causa do despreparo emocional. Elas colocam em risco a vida dos outros. Que a Justiça o puna rigorosamente. O trânsito agradece.

Acordo nuclear com Irã: Sinceramente eu não acredito no acordo nuclear firmado entre Estados Unidos, junto com outras potências, e Irã. Os senadores democratas e republicanos agiram corretamente ao seu unirem para elaborar projeto de lei que permita acompanhar o cumprimento, pelo país persa, do acordo sobre seu programa nuclear.


 Caso se confirme que o governo iraniano quebrou as regras, que impede o lançamento de novas centrífugas, limitando o grau de enriquecimento de urânio a 5%, as sanções seriam retomadas. Além de novos embargos. 

Com o fim da União Soviética na década de 1990, diversos engenheiros que trabalhavam naquele governo na área nuclear ficaram sem emprego. Muitos foram recrutados por países em busca da criação de armamentos com essa tecnologia.  Alguns deles trabalham hoje no Irã. Esse acordo, em minha opinião, é conversa para boi dormir.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Variedades : Paulo Diniz, o vozeirão que marcou belas canções



O auge do sucesso de Paulo Diniz foi na década de 1970, com belas canções de amor e também de protestos

Luís Alberto Caju

 O auge da carreira do pernambucano Paulo Diniz foi na década de 1970. O seu vozeirão marcava presença na maioria dos bailes, seja na garagem ou salões de clubes ou associações de bairro. A balada "Um Chopp pra Distrair" é uma delas. Durante a festa, início da madrugada, a introdução com solo de violão era a senha para se aproximar da menina, segurar nas suas mãos, abraçar e começar a dançar.

 A letra simples falava de um homem que estava na mesa de um bar, quando avistou aquela mulher, de beleza suficiente para provocar congestionamento. O sorriso o deixou impactado. A inércia só foi embora quando chamou o garçom para lhe trazer um chope gelado. 

 Mas o talento de Paulo Diniz , cuja  caminhada rumo ao sucesso começou em 1964, aos 24 anos, só aflorou quando trocou Pernambuco pelo Rio de Janeiro. Na Rádio Tupi, onde teve seu primeiro trabalho fora do Nordeste, passou a compor. Dois anos depois visitou as paradas com o hit "O Chorão". 

Em 1970 lançou dois discos. Passa a colocar melodias em diversos poemas de autores consagrados, como Carlos Drummond de Andrade ("E Agora José?"), Gregório de Matos ("Definição do Amor"), Augusto dos Anjos ("Versos Íntimos"), Jorge de Lima ("Essa Nega Fulô") e Manuel Bandeira ("Vou-me Embora para Pásargada"). 

 Em homenagem a Caetano Veloso (exilado na Inglaterra) compõe "I Want Go To Back Bahia". É da primeira metade da década de 1970, a gravação de "Como", autoria do guitarreiro Luiz Wagner. Durante vários anos a canção marcou presença na maioria dos bailes, por causa do romantismo de sua letra. Também é dessa época, o hit "Pingos de Amor". Seu último disco Canção do Exílio saiu em 1984. 

 Paulo Diniz continua fazendo shows, mesmo em cima de uma cadeira de rodas, pois uma doença misteriosa o tornou paraplégico. Porém o vozeirão e a batida característica de seu violão continuaram intactos. Apenas não aparece mais com frequência aos programas de televisão, passando a impressão que desistiu da carreira artística. 


Geral: Comissão aprova inclusão do crime de bullying no Código Penal


O bullying será incluído no Código Penal, classificado como crime de intimidação

Luís Alberto Caju
 A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, da Câmara dos Deputados, aprovou na última quarta-feira (20) proposta que inclui no Código Penal (Decreto-lei 2.848/40) o crime de intimidação vexatória (ou bullying). O crime consiste em intimidar, constranger, ofender, castigar, submeter, ridicularizar ou expor alguém, entre pares, a sofrimento físico ou moral de forma reiterada.
 O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Assis do Couto (PT-PR), ao Projeto de Lei1011/11, do deputado Fábio Faria (PSD-RN). O projeto original falava em intimidação escolar, porém o relator considera o termo intimidação vexatória mais abrangente. “A incidência dessas agressões não se dá exclusivamente no interior de estabelecimentos escolares”, argumenta.
 Pela proposta a pena prevista é de detenção de um a três anos e multa. Se o crime ocorrer em ambiente escolar, a pena será aumentada em 50%.
                                                                  Cyberbullying
 Se o crime for praticado por meio de comunicação (prática conhecida como cyberbullying), a pena será aumentada em dois terços. O cyberbullying não estava previsto na proposta original e foi incluído pelo relator. Se a vítima for deficiente físico ou mental, menor de 12 anos, ou se o crime ocorrer explicitando preconceito de raça, etnia, cor, religião, procedência, gênero, idade, orientação sexual ou aparência física, a pena será aplicada em dobro.
 Se do crime de intimidação vexatória resultar lesão corporal ou sequela psicológica grave de natureza temporária, a pena será de reclusão de 1 a 5 anos. Se a lesão for de natureza permanente, a pena aumentará para reclusão de 2 a 8 anos. Já se a intimidação resultar em morte, a pena será de reclusão de 4 a 12 anos.
 Em qualquer caso, o juiz poderá deixar de aplicar a pena se a própria vítima do bullying tiver provocado a intimidação, de forma reprovável.
                                                                Tramitação
A proposta será analisada agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.


Radiografia de Sampa: Avenida Rebouças

Avenida Rebouças liga o bairro de Pinheiros ao Cerqueira César, em São Paulo


Luís Alberto Caju

 De família de negros, Antonio Pereira Rebouças Filho nasceu na Bahia em 1839 e morreu em 1874. Pela antiga Escola Militar recebeu grau de Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas, além de carta de engeheiro militar. Aos 19 anos foi para a Europa para obter especialização em construção de estradas de ferro e porto marítimos. 

 De volta ao Brasil acabou responsável pela construção da Estrada de Ferro de Campinas a Limeira e Rio Claro, da Estrada de Ferro Curitiba a Paranaguá (famosa pelas soluções encontradas por Rebouças para atravessar a Serra do Mar) e a rodovia Antonina/Curitiba, conhecida como estrada da Graciosa. 

Ele era irmão, do também engenheiro, André Rebouças, que teve grande participação na abolição dos escravos. Ambos eram filhos do político monarquista e jornalista Antonio Pereira Rebouças. A Avenida Rebouças começa em Pinheiros e termina no bairro de Cerqueira César, Zona Oeste de SP.