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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Túnel do Tempo: Maior assassino em série



Luís Alberto Alves

Serial Killer: Em 6 de novembro de 2003, Gary Ridgway, de 54 anos, torna-se o maior assassino em série confesso da história dos EUA ao admitir, em juízo, ter matado 48 mulheres.

Radiografia de Sampa: Rua Senador Feijó


Luís Alberto Alves

Primitivamente, essa via teve o nome de Rua da Freira, porque nela residia uma senhora de família tradicional que passara boa parte de sua vida no Recolhimento de Santa Teresa. No dia 28 de novembro de 1865 foi alterada para Rua Senador Feijó.

 O padre Diogo Antonio Feijó nasceu em São Paulo em agosto de 1784 e residiu numa casa da Rua da Freira, onde faleceu no dia 9 de novembro de 1843. Em 1804 já era diácono, tendo nessa qualidade obtido em 12 de dezembro de 1808 sentença que lhe permitiu tomar ordens maiores.

  Depois de ordenado presbítero, fixou-se em São Carlos e exerceu o ministério sacerdotal, o magistério particular, sendo também agricultor. Em 1821 Feijó encontrava-se pregando na cidade de Itu, quando foi eleito deputado às Cortes de Lisboa. Voltando para São Paulo em 1822, foi eleito deputado nas legislaturas de 1826 a 1829 e 1830 a 1833.

  Nesse último ano elegeu se senador pelo Rio de Janeiro. Em 1831 exerceu o cargo de Ministro da Justiça e sufocou, como a máxima energia, conspirações e revoltas. Foi depois proclamado Regente do Império em 1835, tendo renunciado a este cargo em setembro de 1837. 

Como Rafael Tobias de Aguiar, envolveu-se na Revolução de 1842, que lhe trouxe sérios dissabores, além da prisão e exílio que sofreu por alguns meses em Vitória do Espírito Santo. De volta a São Paulo, faleceu pouco tempo depois. A Rua Senador Feijó (foto) fica próximo da Catedral da Sé, Centro.

Geral: Lama de barragens rompidas atinge cidade a 60 km de Mariana ersão para impressão



  • Brasília
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Mariana (MG) - Uma barragem pertencente à mineradora Samarco se rompeu no distrito de Bento Rodrigues, zona rural a 23 quilômetros de Mariana, em Minas Gerais, e inundou a região (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)
Mariana (MG) - Imagem da barragem que se rompeu em Bento Rodrigues, distrito de MarianaCorpo de Bombeiros/MG - Divulgação
A lama e a sujeira liberadas após o rompimento de duas barragens em Mariana (MG) atingiram a cidade de Barra Longa, distante 60 quilômetros do local da tragédia. Em entrevista à Agência Brasil, o prefeito Fernando Carneiro informou que o município está completamente inundado e que pelo menos três povoados estão isolados.
Segundo ele, cerca de 50 casas localizadas na parte mais baixa da cidade foram danificadas depois que o Rio Gualaxo do Sul transbordou. Na zona rural, uma residência foi completamente destruída. “A pessoa saiu de lá só com a roupa do corpo”, contou Fernando Carneiro. “Estamos sem acesso a três povoados porque perdemos três pontes e só se chega de helicóptero agora.”
Ainda de acordo com o prefeito, os moradores não esperavam que os estragos pudessem chegar até Barra Longa e foram surpreendidos pelo aumento repentino no nível do rio. “A última enchente que tivemos foi em 1979. Neste momento, não estava nem chovendo por aqui. Graças a Deus, parece que não tivemos vítimas”, disse.
Perdas
Também por telefone, o comerciante Flávio Pereira, 65 anos, contou que a casa onde mora, na praça principal de Barra Longa, foi tomada pela lama e pela sujeira que desceram pelo rio. “Perdi todos os meus móveis. Quarto, copa, sala, tudo foi tomado por um barro vermelho, pedaços de madeira, bambuzal. Arrancou até porta de armário.”
A mulher e a filha de Flávio deixaram a casa apenas com a roupa do corpo. A família, segundo ele, perdeu também sua principal fonte de renda – materiais para artesanato. “Perdemos tudo. Foi um prejuízo total, já que a cidade é muito pequena”, contou. “Não avisaram ninguém. Se tivessem avisado, eu tinha retirado meus bens. E dava tempo de terem avisado porque a lama chegou aqui de madrugada. Dava tempo de todo mundo sair.”

Geral: Chega a 500 número de pessoas resgatadas após rompimento de barragens em Mariana (MG)

Paula Laboissière - repórter da Agência Brasil
Mariana (MG) - Uma barragem pertencente à mineradora Samarco se rompeu no distrito de Bento Rodrigues, zona rural a 23 quilômetros de Mariana, em Minas Gerais, e inundou a região (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)
Mariana (MG) - As barragens que se romperam pertencem à mineradora Samarco Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação
O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais informou hoje (6) que cerca de 500 moradores de áreas afetadas pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, em Mariana (MG), já foram resgatados pela corporação. No total, 105 bombeiros e 20 viaturas estão em Bento Rodrigues, área rural onde ocorreu o acidente.
De acordo com o comunicado, as vítimas primeiramente tomam banho, para a retirada de resíduos de ferro, e, em seguida, são encaminhadas para unidades de saúde da região.
A corporação informou ainda que quatro feridos – dois adultos e duas crianças – foram resgatados e levados para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Três helicópteros auxiliam nos trabalhos e duas retroescavadeiras estão sendo usadas para abrir passagem e permitir acesso aos locais mais afetados pela tragédia.
De acordo com boletim atualizado na manhã de hoje pelo Hospital Monsenhor Horta, em Mariana (MG), seis pessoas receberam alta e uma permanece internada. A unidade de saúde recebeu, até o momento, oito vítimas da tragédia. Uma delas já chegou morta ao local.
Barragens de rejeito, como a que se rompeu em Minas, são feitas para reter os resíduos sólidos e água dos processos de mineração. O rejeito é o material que deve ser armazenado para proteção do meio ambiente.

Economia: Rossetto tenta evitar fechamento de siderúrgica em Cubatão



  • São Paulo
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, se reuniu hoje (6) com o presidente da Usiminas, Rômel Erwin, para buscar uma alternativa ao fechamento da unidade da siderúrgica em Cubatão (SP). O anúncio da desativação das áreas primárias do complexo industrial da empresa foi feito na semana passada. A companhia diz que tem sofrido com a forte queda na demanda e acumulado prejuízos ao longo do ano.

“O ministro Miguel Rossetto ouviu um relato do presidente da Usiminas sobre a difícil situação econômico-financeira da companhia, por conta da redução do mercado interno e dificuldades para exportar”, diz a nota divulgada pelo ministério sobre o encontro.
De acordo com o informe, devem ser feitas outras reuniões para tratar do tema. Na quarta-feira (4), o ministro esteve em Cubatão para com a prefeita Márcia Rosa Silva e com representantes de sindicatos.

A Usiminas diz que tem sido afetada pela queda dos preços do aço no mercado internacional, devido a retração da economia mundial. No mercado interno, a siderúrgica diz que também enfrenta redução da procura.

Segundo o Instituto Aço Brasil, o consumo de aço caiu 14% neste ano em relação a 2014 e 22% em comparação com 2013. “Com isso, a siderurgia brasileira tem operado com um nível de capacidade instalada da ordem de menos de 70%. Somam-se os elevados custos de produção e a falta de isonomia competitiva ante a concorrência desleal do aço importado, notadamente da China”, acrescenta a nota.

Um dos altos-fornos da siderúrgica foi desligado em maio deste ano e o laminador de chapas grossas em setembro. A companhia estima que o processo de suspensão das atividades leve de três a quatro meses para ser concluído. Com isso, a produção primária de aço deve ser concentrada na unidade da empresa em Ipatinga (MG).

O Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista estima que a desativação da unidade em Cubatão pode causar a demissão de até 8 mil trabalhadores. “Só os funcionários que trabalham dentro da usina, nós estaríamos falando em algo entorno de 8 mil trabalhadores demitidos”, enfatizou o presidente do sindicato, Florêncio Resende de Sá. A empresa não divulgou números oficiais de quantos empregados podem ser dispensados.

Além dos empregos ligados diretamente a operação da siderurgia, Resende lembra que a indústria opera com uma vasta cadeia de fornecedores. “Tem mais de 100 empresas na região que trabalham em função da Usiminas”, ressaltou. São desde empresas que prestam serviços de reparação e montagem de estruturas, até fornecedores de cimento, alimentação, uniformes e equipamentos de proteção.

Por isso, segundo Resende, as categorias envolvidas planejam uma paralisação por tempo indeterminado para a semana que vem. 

Política: Prevenção de crimes de racismo deve começar na escola, diz promotor



Karine Melo – Repórter da Agência Brasil
Os crimes de racismo e injúria racial, que, recentemente, com as ofensas feitas à atriz Taís Araújo nas redes sociais, tiveram mais um caso de repercussão nacional, foram debatidos hoje (6) durante a 4ª Sernegra - Semana de Reflexões sobre Negritude, Gênero e Raça do Instituto Federal de Brasília.

Segundo o promotor de justiça e coordenador dos núcleos de Direitos Humanos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Thiago Pierobon, o racismo é o ato de discriminação genérico endereçado a todas as pessoas que se enquadram em um determinado estereótipo de discriminação. Já a injúria é a ofensa direcionada a uma pessoa individualizada com elementos relativos à cor ou raça dessa pessoa, como a sofrida pela atriz. De acordo com Pierobon, nos dois casos, a pena prevista é a mesma: de um a três anos de prisão.

Apesar de manifestações discriminatórias serem frequentes, conseguir a punição dos agressores nem sempre é fácil, ressaltou o promotor. “Se, eventualmente, alguém praticar uma ofensa racial e não houver nenhuma prova ou testemunha dos fatos, não vamos ter condição de fazer a responsabilização.” Por isso, acrescentou Pierobon, o ponto mais importante é fazer prevenção . “A prevenção se faz nas escolas, com a disseminação de uma cultura de respeito, de tolerância, com o ensino da história dos povos negros no País.”

Perfil dos agressores
Pierobon disse que os episódios mais comuns normalmente envolvem pessoas de classe média. “Geralmente, quando ela busca ser atendida em um determinado serviço como supermercado, transporte público, ou por uma empregada doméstica e acaba tendo um conflito pontual com aquela pessoa, porque não recebe o atendimento que ela achava que merecia receber, a pretexto de fazer uma reclamação, a pessoa usa um conjunto de expressões, de ofensas de conteúdo discriminatório.”

Segundo o promotor, os crimes cometidos pela internet têm dois lados. Um deles facilita a punição, já que as pessoas têm a falsa ilusão de que, quado estão no ambiente virtual, são totalmente anônimas, o que não é verdade, conforme afirmam especialistas do setor. “Normalmente, na maioria das ofensas, as pessoas não têm a cautela de criar um perfil falso ou acessar a internet por meio de uma conexão neutra. A maioria das pessoas chega em casa e, do seu computador ou do seu celular, faz a conexão e pratica a ofensa porque se acha no direito”, disse Pierobon.

Uma das dificuldades que o promotor destaca nesse novo modelo de investigação criminal é que as autoridades ainda estão se acostumando a esses delitos. Crimes praticados pela internet exigem uma celeridade especial porque as empresas só armazenam as informações por um ano.

“É muito importante que, o mais rápido possível, a vítima comunique a autoridade policial ou o Ministério Público e que estes providenciem prontamente a sucessão de requerimentos de quebra do sigilo de dados para responsabilizar os culpados”, afirmou Pierobon.
Questão cultural

Na opinião de Pierobon, sempre houve racismo no Brasil, mas a prática sempre foi tolerada pela sociedade como algo normal e natural. “A partir do instante em começamos a denunciar que existe o racismo, que não podemos aceitar o racismo, que temos que promover um conjunto de ações para para afirmar os direitos dos negros, nós vemos a reação a esse movimento, com pessoas se manifestando publicamente contra ações afirmativas, dizendo que não existe racismo no Brasil e se posicionando contra tais ações.”

Segundo dados do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, em 2013 foram registrados 60 casos de racismo ou injúria racial. No ano seguinte, foram 48 e, este ano, a expectativa é mais de 60 registros sejam feitos. Além de penas como prisão, punição com prestação de serviço e indenização em favor da vítima, em Brasília, os condenados também passam por curso de conscientização racial.

Uma parceria do Ministério Público com a Universidade de Brasíia (UnB), que começou no ano passado, já está indo para a quarta turma, que deve passar pelo curso ainda neste mês. “O curso é um aspecto muito importante. Na grande maioria dos casos, as pessoas replicam estereótipos de forma inconsciente, não se dão conta do que estão fazendo. Eu diria que a nossa linguagem é racista. Isso está impregnado no inconsciente das pessoas”, afirmou Thiago Pierobon.

Política: Chanceler brasileiro e príncipe japonês destacam fortalecimento de agenda comum



  • Brasília
Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, recebe para almoço, no Palácio Itamaraty, o príncipe Akishino e a princesa Kiko, do Japão (José Cruz/Agência Brasil)
O chanceler Mauro Vieira e os príncipes japoneses brindam durante almoço no ItamaratyJosé Cruz/Agência Brasil
Exteriores, Mauro Vieira, no Itamaraty. Em dezembro, a presidenta Dilma fará viagem ao Japão.

Em discurso antes do almoço oferecido pelo governo brasileiro ao japoneses, no Itamaraty, o ministro Mauro Vieira destacou o entrosamento entre os dois países em temas internacionais como a intenção de promover a reforma no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), de forma a adaptá-lo à realidade e aos desafios do século 21.

“No plano político, estamos unidos por fortes laços, assentados em valores comuns como a democracia, a defesa dos direitos humanos, a sustentabilidade ambiental e a defesa do multilateralismo”, afirmou o ministro. Ele ressaltou o fortalecimento da agenda econômica entre os dois países, o que se expressa no aumento dos fluxos de investimentos japoneses e no aumento no número de projetos em ciência, tecnologia e inovação.

Em discurso, o príncipe Akishino disse que deseja estreitar ainda mais a amizade nipo-brasileira. Akishino lembrou que a comunidade nipo-brasileria no Brasil é a maior do mundo e fez um breve histórico das relações entre o Brasil e o Japão, afirmando que o intercâmbio entre os dois países é anterior até mesmo ao estabelecimento das relações diplomáticas, em 1895.

“Desejo muita prosperidade ao Brasil e a seu povo, bem como o estreitamente ainda maior da amizade nipo-brasileira e, finalmente, desejo, de coração, o sucesso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do próximo ano”, disse o príncipe Akishino. O Japão irá sediar os Jogos em 2020.

Vieira também falou sobre os imigrantes brasileiros e japoneses que cada um dos países abriga. Ele destacou que o Brasil tem a maior comunidade japonesa no exterior e disse que essa imigração trouxe valiosa contribuição para a formação da sociedade brasileira. Segundo o ministro, a comunidade brasileira no Japão também tem dado importante contribuição para o estreitamento das relações entre os dois países.

Sobre a viagem da presidente Dilma ao Japão, em dezembro próximo, o ministro Mauro Vieira disse que a visita será uma ocasião para abrir novas oportunidades.