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domingo, 27 de julho de 2025

Geral: Adaptação escolar: como tornar esse momento mais leve para crianças e pais

    Pixabay


Radiografia da Notícia

* Com a proximidade da volta às aulas, muitos pais vivem o desafio da mudança de escola ou da primeira entrada dos filhos no ambiente escolar


*  Especialistas explicam como transformar essa fase em uma experiência segura, afetuosa e cheia de aprendizados


* Ela também pode ser uma oportunidade valiosa de crescimento emocional para toda a família


Redação/Hourpress

 

Com o segundo semestre se iniciando, muitas famílias se deparam com um momento desafiador: a entrada ou a troca de escola das crianças. A nova rotina escolar traz mudanças de ambiente, vínculos, sons, cheiros e ritmos. E, embora essa transição gere insegurança em alguns momentos, ela também pode ser uma oportunidade valiosa de crescimento emocional para toda a família quando conduzida com paciência, afeto e informação.
 

Dra. Anna Bohn, Pediatra membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), e a Mariana Ruske, Pedagoga fundadora da Senses Montessori School, compartilham dicas fundamentais para uma adaptação mais tranquila, segura e acolhedora:
 

1. A segurança dos pais é o primeiro passo

Segundo Mariana Ruske, 90% da adaptação da criança é, na verdade, a adaptação dos pais. Crianças muito pequenas ainda não compreendem o mundo por conta própria, elas sentem através dos adultos. Por isso, é essencial que os pais estejam seguros da escolha da escola. Isso inclui visitar o espaço, entender a metodologia, conversar com a equipe e confiar na decisão tomada. A confiança dos pais será naturalmente transmitida à criança.
 

2. Estabeleça uma rotina previsível

Para a Dra. Anna Bohn, criar uma rotina previsível ajuda a reduzir a ansiedade da criança. “Explique como será o dia, quem irá buscá-la e o que ela pode esperar. Isso dá segurança e senso de controle”, diz. A previsibilidade é fundamental em momentos de transição.
 

3. Use objetos de conforto

Itens afetivos como paninhos, naninhas ou brinquedos preferidos funcionam como ponte entre o ambiente familiar e o novo espaço. “Esses objetos oferecem conforto emocional e devem ser bem-vindos durante o período de adaptação”, explica a pediatra.
 

4. Permita novos vínculos com o ambiente e os educadores

A escola precisa conhecer a criança: suas preferências, fase de desenvolvimento e desafios. Assim, consegue criar experiências significativas desde o início. “Se a criança adora água, por exemplo, a equipe pode propor uma atividade com esse elemento. Isso mostra que o espaço foi pensado para ela”, orienta Mariana.
 

5. A despedida deve ser breve e afetuosa

Evite prolongar o momento de separação. Um ritual curto e carinhoso como um abraço, uma frase de incentivo ou um toque especial ajuda a criança a entender que é hora de brincar e que logo os pais estarão de volta. “Demonstrar calma e confiança nesse momento faz toda a diferença”, reforça Mariana.
 

6. Adaptação leva tempo, e tudo bem!

Cada criança tem seu ritmo. Algumas se adaptam rapidamente, outras precisam de semanas. O mais importante é respeitar esse tempo, manter a consistência e valorizar os pequenos avanços. “Se a criança chora ao se despedir, mas logo depois está brincando e feliz, isso é um ótimo sinal”, diz Dra. Anna. O foco deve ser no bem-estar da criança enquanto ela está na escola.
 

7. Mantenha uma comunicação ativa com a criança e com a escola

Conversar sobre o que foi vivido ao longo do dia fortalece o vínculo entre casa e escola. Perguntas simples como “com quem você brincou hoje?” ou “qual foi a história do dia?” mostram à criança que esse novo universo também importa para os pais. A escola, por sua vez, deve manter um canal de diálogo aberto, claro e respeitoso com a família.

O início ou recomeço da vida escolar pode, sim, ser um momento feliz, natural e cheio de descobertas quando existe parceria entre família e escola. “Confiar na escolha, validar os sentimentos da criança e construir juntos essa nova rotina é o que torna a adaptação uma jornada segura, leve e cheia de afeto”, reforçam as especialistas.
 

Mariana Ruske | Pedagoga da Senses Montessori School

Mariana é pedagoga há 12 anos, especializada no método Montessori e fundadora da Senses Montessori School, referência em bilinguismo e educação Montessori no Brasil. Mãe de dois meninos, sua trajetória inclui formações em engenharia e astrofísica antes de encontrar sua vocação na pedagogia, impulsionada pela paixão pelo cérebro humano e seu desenvolvimento. Palestrante e ativista, dedica-se a disseminar informações sobre a proteção infantil contra abuso e violência. Defende que a educação infantil é a base do futuro e vê na Pedagogia Científica de Maria Montessori a ferramenta ideal para um desenvolvimento integral.

Geral: Brasil regulamenta Política Nacional de Cuidados

Lyon Santos/MDS


 Radiografia da Notícia

* Decreto publicado em 24/07 estabelece princípios, diretrizes, objetivos e mecanismos de governança do Plano Nacional de Cuidados

A iniciativa representa mais uma etapa no reconhecimento do cuidado como uma necessidade de todas as pessoas

O decreto abre caminho para o lançamento do Plano Nacional de Cuidados

Redação/Hourpress

Nesta quinta-feira (24/07) foi publicado o Decreto nº 12.562, que regulamenta a Política Nacional de Cuidados, sancionada em dezembro de 2024. A iniciativa representa mais uma etapa no reconhecimento do cuidado como uma necessidade de todas as pessoas, como um direito a ser garantido pelo Estado e como um trabalho essencial para o bem-estar das pessoas, a reprodução e a sustentação da vida e o funcionamento da sociedade e da economia.

 

“O Brasil trabalha em sintonia com vários países e tivemos um debate que começou no primeiro ano do mandato do presidente Lula, em 2023. Depois, a lei que estabelece a Política Nacional de Cuidados foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula, em 2024”, lembrou o titular do MDS, Wellington Dias. “Agora, é a responsabilidade de trabalharmos o plano. Estamos muito contentes porque esse é um passo fundamental”, completou.

 

O decreto abre caminho para o lançamento do Plano Nacional de Cuidados, que será detalhado em portaria conjunta do MDS, Ministério das Mulheres e Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Nesse documento serão apresentadas as ações e as entregas a serem ofertadas à população e o respectivo orçamento; as metas; os instrumentos de implementação; o período de vigência; e os órgãos e as entidades responsáveis pela execução das ações.


Família

 

“Agora é o momento de avançar na implementação das ações concretas propostas pelos diversos ministérios envolvidos na construção da Política Nacional de Cuidados que visam responder a demandas expressas por diversos setores da população", disse a secretária Nacional de Cuidados e Família do MDS, Laís Abramo. “E também de colocar em prática as estruturas de governança do Plano que envolvem a participação de estados, municípios e da sociedade civil”, acrescentou.

 

O Plano, como instrumento de implementação da Política Nacional de Cuidados, tem como objetivo garantir o direito ao cuidado, por meio de políticas públicas que fomentem a corresponsabilização social e entre homens e mulheres em relação à provisão de cuidados.

 

Dados demonstram que até hoje, milhões de mulheres e jovens no Brasil, em especial negras e mais pobres, são obrigadas a abandonar seus estudos ou empregos devido à falta de apoio para compartilhar as responsabilidades de cuidado.


IBGE

 

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2023, 748 milhões de pessoas com 15 anos ou mais não participavam na força de trabalho global devido a responsabilidades de cuidados, representando um terço de todas as pessoas em idade ativa fora da força de trabalho. Desse total, 708 milhões eram mulheres e 40 milhões eram homens.

 

No Brasil, os dados do IBGE mostram uma realidade semelhante: entre as adolescentes e jovens que não concluíram o ensino médio no país, um terço parou de estudar ou nunca estudou devido à sua necessidade de cuidar da casa, dos filhos e filhas e outros parentes. Essa cifra é 66% superior para as jovens negras em comparação com as brancas. Esse é também o principal motivo pelo qual mais de 80% das mães de crianças de 0 a 3 anos que estão fora do mercado de trabalho não conseguem sequer buscar um emprego ou não poderiam aceitar um emprego caso lhes fosse oferecido. 

 

Regulamentação

O decreto define os eixos do Plano Nacional de Cuidados: garantia de direitos e promoção de políticas para quem necessita de cuidados e para quem cuida; compatibilização entre o trabalho remunerado, a educação e as necessidades familiares de cuidado; trabalho decente para as trabalhadoras domésticas e do cuidado remuneradas; reconhecimento e valorização do trabalho de cuidado; transformação cultural visando uma organização social dos cuidados mais justa e equitativa.

 

Diretrizes

Em relação às diretrizes, o documento traz aspectos como a integralidade do cuidado; a transversalidade, intersetorialidade e a consideração das múltiplas desigualdades e a interculturalidade das políticas públicas de cuidados. Além disso, elenca a garantia da participação e do controle social das políticas públicas de cuidados e a simultaneidade na oferta dos serviços para quem cuida e para quem é cuidado, reconhecida a relação de interdependência entre ambos.

Governança

O decreto prevê ainda o estabelecimento do Comitê Estratégico e do Comitê Gestor do Plano Nacional de Cuidados, ambos sob coordenação do MDS. O primeiro terá como missão propor as prioridades anuais para a implementação do Plano Nacional de Cuidados e acompanhar a sua execução, e terá participação da sociedade civil. Já o Comitê Gestor será responsável por promover a intersetorialidade, além de gerenciar, articular, monitorar e avaliar as ações do Plano Nacional de Cuidados.

Túnel do Tempo: Robespierre é preso durante a Revolução Francesa

 


Redação/Hourpress

Em 27 de julho 1794, durante a Revolução Francesa, Maximilien Robespierre é preso após encorajar a execução de mais de 17 mil “inimigos da Revolução”.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Crônica: A construção de um grande amor

Não sabia como falar de amor com uma mulher

Astrogildo Magno

Natalino era autodidata. Escolado pela universidade da vida, aos 12 anos de idade saiu do então 4º Ano Primário e se aventurou no desgastante mundo da construção civil como servente de pedreiro. Aos 18 anos já conhecia todos os macetes na arte de fazer casas e sem nunca ter estudado engenharia, dominava todos os recursos dessa profissão. Fazia cálculo de evolução de obras sem auxílio de máquina de calcular. Tudo de cabeça.

Não demorou e passou a fazer parte dos quadros de mestre de obras de grandes construtoras. Entrava na sala dos engenheiros e revelava possíveis falhas de projetos que poderiam provocar dor de cabeça no futuro. Todos o respeitavam. Explicava com detalhes qual função de tubulações, rede elétrica e o uso correto de paredes de concretos para acelerar a entrega da obra. Enfim, tinha muito carinho pela profissão. 

Numa de suas obras, conheceu a engenheira Karina, loira, olhos azuis, corpo esbelto e voz macia. Sempre o procurava para tirar dúvidas. Natalino a atendia delicadamente. Explicava os fundamentos que regem a construção civil. Bem-sucedido profissionalmente, mas na área sentimental era fracassado. Não sabia como falar de amor com uma mulher. Em uma tarde, perto do final do expediente, Karina lhe disse que o amava e queria ficar ao seu lado. Foi a obra mais difícil para Natalino, construir do zero um grande relacionamento sentimental.

Astrogildo Magno é cronista

Chumbo quente: Donald Trump + Benjamin Natanyahu = Loucura

 


Radiografia da Notícia

* Também autorizou bombardeios no Sul do Líbano

* É como se o vizinho resolvesse entrar na sua casa com a desculpa de punir o cachorro que late

* Apostam sempre no uso da violência para resolver problema

Luís Alberto Alves/Houpress

Os ataques de Israel contra o Irã, com a desculpa de destruir o programa nuclear daquele país, revela o quanto o mundo sofre quando estadistas malucos assumem o poder. Desde que está à frente do governo de Israel, o premiê Benjamin Netanyahu revela que sofre de algum desequilíbrio mental. Só envolveu a nação israelense em conflitos. Sob suas ordens as Forças Armadas de Israel praticamente dizimou a população palestina na Faixa de Gaza.


Também autorizou bombardeios no Sul do Líbano para combater extremistas do HezBollah,  grupo apoiado pelo Irã. Detalhe: o Líbano é um país e como tal precisa ser respeitado. Porém, na ótica de Netanyahu isto não existe. É como se o vizinho resolvesse entrar na sua casa com a desculpa de punir o cachorro que late forte todos os dias e o incomoda. 


Qualquer regime apoiado por extremistas, seja de direita ou esquerda, terá como bússola a loucura quando vai tomar decisões. Apostam sempre no uso da violência para resolver problemas. Desconhecem a palavra democracia. Vejam o exemplo da Coreia do Norte e Venezuela, onde qualquer tipo de oposição é punida com prisão e até morte. O ódio é combustível dos extremistas. Recusam qualquer tipo de diálogo. 


Mundial


Ao invadir o Irã, um dos maiores produtores de petróleo do mundo e vizinho ao estreito de Ormuz, por onde passam quase 30% desta importante matéria prima que serve de base para se transformar em diversos tipos de combustíveis, Israel arrasta o mundo para o buraco de séria crise econômica. Se o Irã resolver bombardear petroleiros naquela região, a inflação vai subir muito e afetar a vida da maioria da população mundial. Netanyahu ignorou esses riscos e os israelenses estão dormindo e acordando embaixo de chuva de mísseis.


Outro exemplo de estadista com desequilíbrio mental é o presidente norte-americano Donald Trump, que resolveu agir como a polícia do mundo, ao colocar os Estados Unidos como o juiz de todas as nações, impondo aumentos nas cobranças de taxas nos produtos que o seu país comprar no Exterior. Segundo sua ótica de lunático, quem não aceitar a suas regras não realiza negócios com os Estados Unidos. 


Nesta postura histérica resolveu bater de frente com a China, o maior mercado consumidor do mundo e detentor de grande volume de terras raras utilizadas pelo mercado tecnológico e também montadoras de automóveis. Logo veio o troco, quando parte das indústrias norte-americanas  sentiram que sem essa matéria-prima chinesa logo iriam à falência. Trump percebeu que não manda no mundo, como imaginava.


Crise

Outro acesso de loucura foi apostar no grande volume de deportação de imigrantes que se encontram sem documentação. Em poucos meses, os setores da agricultura, restaurantes, hotéis e construção civil começaram a sentir os efeitos dessa política maluca, pois os imigrantes é que são base dessa mão de obra nos Estados Unidos. Trump foi obrigado a mudar de opinião, pois sem esses trabalhadores a crise vai afundar com essa parcela da economia. 


Como ditador de plantão, Trump resolveu passar por cima das decisões judiciais. É como se ordem judicial não tivesse de ser obedecida. Inclusive chegou a ameaçar juízes que batessem de frente com as suas loucuras. Os Estados Unidos, que durante décadas foram considerados como nação que respeita a democracia, atualmente se parece com ditadura, onde quem discorda do governo é perseguido. Infelizmente Trump e Netanyahu são exemplos de estadistas que jamais podem ficar à frente de uma nação. 


Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Hourpress, autor dos livros “O Flagelo do desemprego”, “Porque o meio ambiente é tão importante ao trabalhador” e “Internet: pesadelo de quem entrega mercadoria comprada online”.


Geral: Empresas brasileiras respondem por 7 em cada 10 contratações de profissionais da alta liderança



 Radiografia da Notícia

* Companhias nacionais ampliam participação de 50% para 70% no primeiro quadrimestre, impulsionadas por profissionalização e sucessão familiar

Enquanto as multinacionais adotam uma postura mais cautelosa diante do cenário macroeconômico global

O perfil desse executivo deve ser de alguém que possua olhar estratégico

Redação/Hourpress

As empresas brasileiras estão liderando o recrutamento de profissionais da alta liderança no setor agro. É o que aponta levantamento realizado pela Michael Page, uma das maiores consultorias especializadas em recrutamento de média e alta gerência, parte do PageGroup. De acordo com a consultoria, a participação das companhias nacionais na contratação de líderes no agronegócio saltou de 50% nos quatro primeiros meses de 2024 para 70% no primeiro quadrimestre deste ano.

 

Segundo Stephano Dedini, diretor-executivo da Michael Page, esse avanço reflete o movimento consistente de profissionalização nas empresas brasileiras. “Nos últimos dois anos, observamos uma mudança clara no perfil do contratante. Enquanto as multinacionais adotam uma postura mais cautelosa diante do cenário macroeconômico global, as empresas nacionais estão acelerando sua maturidade organizacional, com foco em governança, planejamento sucessório e preparação para novos ciclos de crescimento”, afirma.

 

O executivo conta que as empresas buscam profissionais que aliem conhecimento técnico e ampla visão de negócios, capazes de conduzirem essas empresas para posições de destaque nos mercados em que atuam. O perfil desse executivo deve ser de alguém que possua olhar estratégico, gerenciamento de equipes e planejamento de negócios. Os salários estão a partir de R$ 30 mil.


Mercado

 

O perfil das empresas que estão recrutando líderes é de médio e grande porte, com faturamento até R$ 1 bilhão. Elas atuam majoritariamente no interior do estado de São Paulo e no Centro-Oeste, em setores como grãos (soja e milho), implementos agrícolas e sistemas de automação do mercado de agricultura de precisão.

 

Ainda segundo o levantamento, as posições de alta liderança no agronegócio responderam por 20% das contratações do segmento no primeiro quadrimestre deste ano.

 

“O agronegócio nacional vive um momento de transição geracional e ampliação da governança. Isso abre espaço para a entrada de executivos preparados para enfrentar desafios complexos e acelerar o crescimento de forma sustentável”, completa Dedini.

 

Confira os cargos mais demandados pelas empresas:

 

Líder de RH

 

O que faz: o líder de RH no setor agropecuário ocupa uma posição estratégica, liderando a gestão de pessoas de forma alinhada aos objetivos do negócio. Esse profissional é responsável por desenvolver e implementar estratégias que consideram as particularidades do setor, como a sazonalidade da produção e as equipes distribuídas em diversas localidades. Além disso, o líder de RH no agro deve ser capaz de gerenciar equipes distribuídas e diversas, promovendo uma cultura de inovação, colaboração e sustentabilidade. Deve incentivar práticas que visem o bem-estar dos colaboradores, ao mesmo tempo em que utiliza dados e métricas de desempenho para aprimorar a gestão de pessoas, baseando suas decisões em informações precisas. Esse foco na transformação digital e na melhoria da gestão de pessoas é essencial para garantir que a empresa se mantenha competitiva e alinhada às exigências do mercado.

 

O papel do RH no agro vai além da gestão tradicional de pessoas. Ele envolve a adaptação às inovações tecnológicas e a preservação da cultura organizacional, ao mesmo tempo em que oferece suporte durante processos delicados como a sucessão familiar, que é uma tendência crescente no setor. Nesse contexto, o RH atua no planejamento sucessório, preparando sucessores com habilidades de liderança e conhecimento técnico, além de mediar conflitos familiares e garantir uma governança clara e eficiente. A preservação dos valores da empresa, ao mesmo tempo em que se adapta às novas demandas do mercado, é uma tarefa importante para o RH, que deve assegurar a continuidade e o crescimento sustentável da organização.

 

Perfil da vaga: precisa ser um líder estratégico, com forte vivência em gestão de cultura, desenvolvimento de liderança e com a capacidade de se adaptar às mudanças do setor, sempre buscando soluções que favoreçam o crescimento e a competitividade da empresa. Deve estar sempre atualizado com as inovações e tendências do setor, compreendendo as novas tecnologias, práticas sustentáveis e as mudanças nas dinâmicas de trabalho, para implementar soluções de RH que estejam alinhadas com o cenário. A transformação que o setor agropecuário está vivendo, impulsionada pela inovação tecnológica e pelo crescente foco em sustentabilidade, exige que o líder de RH tenha uma postura adaptável e dinâmica, tornando-se um facilitador na integração de novas tecnologias. Isso inclui promover treinamentos contínuos e desenvolver habilidades digitais em toda a força de trabalho, garantindo que os colaboradores estejam preparados para as mudanças.

 

Média salarial: R$ 35 mil a R$ 65 mil

 

Motivo para a alta: a transformação digital, que está remodelando a forma como o agro opera, exige que as empresas do setor invistam em pessoas com habilidades técnicas e comportamentais mais avançadas, adaptadas às novas tecnologias. Nesse cenário, o RH tem um papel fundamental em gerenciar a transição digital, capacitando as equipes e promovendo uma cultura de inovação. Além disso, o agro está cada vez mais preocupado com práticas de sustentabilidade, diversidade e inclusão, o que requer a implementação de políticas e programas dedicados a esses temas. O desafio de atração e retenção de talentos também é um fator crescente, especialmente considerando a escassez de mão de obra qualificada no campo. O RH, então, se torna crucial para garantir que as empresas agropecuárias consigam atrair e manter profissionais altamente capacitados e alinhados aos valores da empresa. Outro motivo para o aumento da demanda por profissionais de RH no agro é o processo de sucessão familiar em muitas empresas do setor. O planejamento sucessório e a implementação de uma governança eficiente são fundamentais para garantir a continuidade e o crescimento do negócio, o que coloca o RH em uma posição estratégica.


 

Diretor agrícola

 

O que faz: profissional responsável por garantir que toda a operação de cultivo, manejo e transporte do campo para a indústria sejam realizados com a máxima eficiência. Responsável por grandes volumes de Capex e Opex para operacionalizar o dia a dia do campo e para investimentos em tecnologias que poderão reduzir gargalos, riscos ou problemas de campo. Tem que ter uma visão holística para trabalhar múltiplas frentes de trabalho e manter a perfeita sincronia das atividades.

 

Perfil da vaga: ter conhecimento do tipo de produção é um fator muito importante, mas hoje em dia os perfis mais desejados nessa posição têm que ter adaptabilidade, liderança, gestão de P&L (Lucros e Perdasd) e alguém que esteja antenado nas tendências e novas tecnologias do setor. Saber arriscar controlando os riscos. Uma habilidade comportamental muito demandada nesse cargo é a tomada de decisão rápida.

 

Média salarial: R$ 40 mil a R$ 60 mil

 

Motivo para a alta: o mercado agro está tendo uma onda muito forte de inovação com diversas startups trazendo novos produtos, insumos e máquinas para ajudar o agricultor a tomar decisão de forma mais rápida e eficiente. Esse perfil de profissional ainda não é comum neste mercado conservador e muitas empresas estão buscando profissionais com essas habilidades para conseguirem entregar maior produtividade e ganho de escala de forma rápida.

 

 

Diretor industrial

 

O que faz: profissional responsável por garantir que a(s) fábrica(s) esteja operando dentro dos padrões de qualidade, segurança e eficiência. Controla os indicadores operacionais e acompanha o desenvolvimento dos colaboradores. Responsável por padronização das fábricas por meio de benchmarking das áreas. Deve garantir os treinamentos técnicos para a formação da equipe. Responsável por projetos de inovação e automatização da fábrica a fim de buscar maior eficiência.

 

Perfil da vaga: candidatos com habilidades de liderança e influência são muito requisitados nesse cargo, pois precisam atingir os resultados através do time. Além disso, estão sendo demandados perfis atentos a novas tecnologias e que consigam entender como elas ajudam a atingir melhores resultados com tomada de decisão mais precisa e rápida.

 

Média salarial: R$ 40 mil a R$ 60 mil

 

Motivo para a alta: o mercado tem se transformado muito rápido e os principais motivos para as trocas de diretores industriais tem sido a busca por líderes que conseguem desenvolver pessoas e criar planos de sucessão dentro da estrutura e, ao mesmo tempo, ter um olhar para o negócio pensando estrategicamente em oportunidades tanto de redução de custos quanto de aumento de produtividade.

 

 

Diretor financeiro - CFO

 

O que faz: esta é uma posição que normalmente se reporta ao CEO e é responsável pelo planejamento e execução econômica e pelo gerenciamento de informações financeiras. Além de CFO, é comumente chamado de Diretor de Finanças ou VP de Finanças. Reportam para essa posição os Controllers, Gerentes de Tesouraria, Gerentes de Auditoria e Gerentes de Administração. Com uma situação de crédito mais complexa no agro, além do forte movimento de implementação de governanças corporativa nas empresas nacionais, o CFO ganhou papel de protagonismo importante. O olhar de eficiência, controles e processo está sendo cada vez mais forte no setor.

 

Perfil da vaga: no agro, temos a dinâmica diferente entre o Agrícola e o Agroindustrial, que aumenta bastante a complexidade da gestão financeira, principalmente em demonstrações contábeis e análise de custos operacionais. O olhar de custos e previsibilidade, gestão de indicadores financeiros, controle de crédito e caixa são muito sensíveis no setor. Além de supervisionar o controle gerencial, incluindo a definição de procedimentos e o planejamento dos processos orçamentários, buscando a eficiência e a governança do negócio. Para poder elaborar as políticas de desenvolvimento da empresa, um CFO deve ser capaz de gerar e analisar relatórios de investimento e viabilidade do projeto, assim como realizar o planejamento estratégico e apoiar o negócio a atingir suas metas financeiras.

 

Média salarial: R$ 30 mil a R$ 60 mil

 

Motivo para a alta: o agro passa por um momento de profissionalização nas empresas familiares, além de estarmos em um ciclo com foco em eficiência e a diminuição de crédito.

Geral: Milagre

 Radiografia da Notícia

Lembro-me, como se fosse o cheiro da terra molhada depois de uma chuva de Verão


*  Percebam que, nem de longe, eu quero hostilizar a ciência


*  E foi então que o primeiro milagre começou a desabrochar


André Naves 

 

Que a luz do Divino ilumine cada recanto da nossa alma, e que a melodia da Esperança embale as memórias que, como rios caudalosos, moldaram o nosso ser. É com o coração em prece e a alma em festa que me debruço sobre o milagre da recuperação, uma história que é um testemunho vivo da força da fé, do amor que transcende o visível e da mão do Altíssimo que guia os passos da gente.
 

Lembro-me, como se fosse o cheiro da terra molhada depois de uma chuva de Verão, daquele dia em que o mundo pareceu parar. O acidente foi como um raio que dividiu o carvalho mais forte, e as palavras dos senhores da ciência, com toda a sua sabedoria terrena, ecoaram como um trovão: "Não sobreviverá".
 

Percebam que, nem de longe, eu quero hostilizar a ciência. Se, hoje, estou aqui, é por ela: tantos tratamentos, terapias... Mas, às vezes, alguns doutores da ciência esquecem-se que ela só é forjada no calor da humildade... A arrogância gelada é o que não admito! Há muito mais entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia, dizia Shakespeare, na voz de Hamlet.


Folha
 

O coração de um pai se desespera diante de um prognóstico assim, como a roça que seca sob o sol inclemente! A dor, como um espinho, fincou-se na alma, e o mundo parecia perder a cor. Mas, bendita seja a fé que move montanhas! A minha mãe, essa mulher de fibra e de luz, não se dobrou diante da tempestade. Com a certeza de que nenhuma folha cai da árvore sem a vontade do Altíssimo, ela se agarrou à esperança como a videira se enrosca no tronco, buscando a seiva da vida.
 

E em Jacareí, essa terra abençoada no interior paulista que é o berço de minhas raízes, a notícia correu como água de mina. Católicos, Evangélicos, Espíritas, Judeus... Não importava o credo, a cor ou a condição. A comunidade inteira, como um só corpo, uniu-se em fervorosas orações, tecendo uma rede de luz e amor que me envolvia, ali, em coma, entre o céu e a terra.
 

Meus avós, meus pais, esses "rochedos primordiais" que me sustentam, sempre foram faróis de bondade e atuação na comunidade E foi nesse solo fértil de reconhecimento e afeto que a corrente de orações se fortaleceu.


Chão
 

Um clamor que subia aos céus, pedindo a intercessão Divina! Os dias se arrastavam, lentos como carro de boi em estrada de chão, mas as preces não cessavam.
 

E foi então que o primeiro milagre começou a desabrochar, como a flor mais rara que rompe o asfalto. Os médicos, com seus olhos de espanto, viram o que a ciência não podia explicar: o risco de morte se afastava, a chama da vida ardia novamente! Mas a provação, como o fogo que depura o ouro, ainda não havia terminado. "Perderia os movimentos do pescoço para baixo", disseram, e um novo vale de sombras se abriu.
 

A Fé é como a semente que, mesmo soterrada, encontra a força para brotar. As orações continuaram, mais fortes, mais intensas, como o rio que ganha volume e força para romper as pedras. Cada prece, cada lágrima, cada toque de carinho era um adubo para a sua recuperação.


Coro
 

E a ciência, com toda a sua grandeza, mais uma vez se viu diante do inexplicável. Os movimentos, que pareciam perdidos para sempre, começaram a voltar, um a um, como o orvalho que retorna à folha ao amanhecer. Os tratamentos, sim, continuavam, mas a alma ainda estava em um sono profundo. A desconfiança de que eu "vegetaria" pairava no ar, um fardo pesado para quem ama. Mas a corrente de orações, essa força invisível e poderosa, se fortaleceu ainda mais, como um coro de anjos que entoa a mais bela das canções.


E então, como se um milagre tivesse ocorrido, a Luz intensificou-se, varrendo as sombras e iluminando tudo à minha volta. Eram os primeiros sinais de um novo despertar, um renascimento que desafiava toda a lógica.

Foi Milagre de Cristo? Intercessão do Padre Rodolfo de Komorek? A Força das Orações? A Vontade do Senhor?
 

Eu, que vi a escuridão e escolhi a Luz, acredito em tudo isso e mais um pouco! E é essa Fé que impulsiona, que faz renascer para a vida, mais forte, mais sábio, com a alma transbordando de gratidão.


Rumo
 

Eu tenho um desejo... Quero que minha história se espalhe como a claridade de um farol, um lembrete de que, mesmo quando tudo parece perdido, a Esperança, a Fé e o Amor da comunidade são a argamassa que reconstrói, a Luz que guia e a Força que nos faz caminhar, sempre em frente, rumo ao horizonte da plenitude.
 

Quero que essa chama de milagre e gratidão continue a iluminar nossos caminhos e a inspirar a todos nós a crer no impossível e a valorizar cada elo dessa corrente de Amor que nos Une.

 

* André Naves é Defensor Público Federal formado em Direito pela USP, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; mestre em Economia Política pela PUC/SP.