Postagem em destaque

Crônica: A construção de um grande amor

Não sabia como falar de amor com uma mulher Astrogildo Magno Natalino era autodidata. Escolado pela universidade da vida, aos 12 anos de ida...

domingo, 26 de janeiro de 2025

Geral: Revolta dos Malês, 190 anos da maior rebelião escrava urbana do Brasil

    EBC


Radiografia da Notícia

Episódio é parte de diversas revoltas que ocorreram na Bahia

Estima-se que 600 africanos tenham participado do movimento

O termo malê era como os africanos muçulmanos trazidos ao Brasil eram chamados

Agência Brasil 

No dia 24 de janeiro de 1835, trabalhadores africanos escravizados ocuparam Salvador (BA) enfrentando, durante mais de três horas, civis e soldados coloniais na revolta que ficou conhecida como a mais importante rebelião urbana de escravizados do Brasil.

Ainda hoje, 190 anos depois, a Revolta dos Malês é lembrada em estudos, livros, blocos de carnaval, filmes e exposições de arte.

Estima-se que 600 africanos tenham participado do movimento. Proporcionalmente, isso equivaleria a 12 mil pessoas considerando a população atual de Salvador. O historiador baiano João José dos Reis calculou que mais de 70 africanos morreram nos conflitos e cerca de 500, em estimativas conservadoras, foram punidos com penas de morte, prisão, açoites ou deportações.

Salvador

“Embora durasse pouco tempo, foi o levante de escravos urbanos mais sério ocorrido nas Américas”, afirma o especialista no livro Rebelião Escrava no Brasil: a História do Levante dos Malês (1835).

O historiador dos Reis estima que Salvador tinha, em 1835, 65,5 mil habitantes, sendo 42% escravos (27,5 mil) e 29,8% de negros ou pardos livres (19,5 mil). Os brancos representavam 28,8% da população da capital baiana (18,5mil).

O termo malê era como os africanos muçulmanos trazidos ao Brasil eram chamados, sendo esse o principal grupo que organizou o levante.

Fundo

Chamada também de Grande Insurreição, o episódio é parte de diversas revoltas que ocorreram na Bahia entre 1807 e 1844, sendo a dos Malês a mais importante delas, segundo pesquisa do historiador e sociólogo Clóvis Moura.

Segundo esse pesquisador, a revolta de 1835 não foi uma eclosão violenta e desorganizada, surgida por um incidente qualquer. Até mesmo um fundo com recursos foi criado para financiar as atividades dos escravizados rebeldes.

“[O levante] será planejado nos seus detalhes, precedido de todo um período organizativo – fase obscura de aliciamento e preparação. Esses escravos se reuniram secretamente em diversos pontos de Salvador. Criaram um clube, também secreto, que funcionava na Barra [da Vitória]”, afirmou Moura no livro Os Quilombos e a Rebelião Negra.

O plano era, após a eclosão da rebelião em Salvador, seguir para os engenhos, o epicentro da escravidão baiana.

“De lá vieram combatentes para a cidade; desta seguiriam as forças rebeldes para levantar a escravaria dos engenhos”, afirmou o historiador João José Reis.

Malês hoje

A revolta ainda ecoa nos dias atuais ao ser resgatada por estudos, livros, filmes, blocos de carnaval e obras de arte. Em 1979, a revolta deu nome ao bloco afro Malê Debalê, de Salvador, que homenageia os que lutaram contra a escravidão em 1835.

Um dos maiores clássicos da literatura brasileira do século 21, o livro Um Defeito de Cor, de Ana Maria Gonçalves, publicado em 2006, conta a história da personagem Kehinde, sequestrada na África e trazida à Bahia no início do século 19.

Na obra, Ana Maria retrata, como pano de fundo do romance, fatos históricos ligados à Revolta dos Malês. Kehinde, rebatizada Luísa Mahin ao chegar a Salvador, participou da revolta e foi a mãe do líder abolicionista Luiz Gama.

Cartaz

No final de 2024, estreou nos cinemas o longa-metragem Malês, estrelado e dirigido por Antônio Pitanga, que retrata a história da insurreição.

A exposição Eco Malês, em cartaz na Casa das Histórias de Salvador até maio de 2025, reúne 114 obras de 48 artistas que refletem a influências contemporâneas da Revolta dos Malês. O acesso à exposição é gratuito nas quartas-feiras.

O curador da exposição, João Victor Guimarães, explicou à Agência Brasil que realizou uma pesquisa sobre práticas artísticas que trazem alguns dos pilares da revolta.

“Temos a própria ideia de que, para alcançar um objetivo comum, é necessário ceder. Os malês tinham como plano matar todos os brancos e os negros que não se convertessem ao islamismo. No entanto, para a revolta avançar, eles negociaram com irmandades cristãs e terreiros de Candomblé”, destacou João Victor.

A revolta

Marcada para o dia 25 de janeiro, data que celebrava o fim do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, a revolta foi antecipada em um dia após uma delação.

“Vendo que tinham que antecipar a revolta, lançaram-se à carga de qualquer maneira: a situação não comportava mais esperas”, contou Clóvis Moura.

Vestidos com roupas tradicionais dos mulçumanos na Bahia, os rebeldes lutaram pelas ruas da antiga capital brasileira, tentando libertar o escravo Pacífico Licutã, que estava preso, mas não conseguiram.

“Verdadeira carnificina. As posições mais vantajosas dos legais, além da superioridade de armamentos, fizeram com que os insurretos fossem definitivamente batidos”, completou Moura.

Entre as lideranças da insurreição, estavam principalmente os negros nagôs (iorubás), mas também haviam hauças, tapas e de várias outras nações africanas, tanto escravizados, quanto livres.

Entre os líderes do movimento, encontram-se os escravos Pacífico Licutã e Ahuna, além do preto forro Belchior da Silva Cunha, que emprestava a casa para as reuniões, assim como Lupis Sanim e Manuel Calafete.

O historiador João José Reis explica, em sua obra, que a maior independência de que gozavam os escravos urbanos, trabalhando nas ruas para seus senhores, facilitou a organização da revolta.

“Em geral, os escravos percorriam toda a cidade trabalhando para seus próprios senhores ou, principalmente, contratados por terceiros para serviços eventuais. Muitos escravos sequer moravam na casa senhorial”, enfatizou.

Clóvis Moura conta que as lutas escravas ao longo dos quase 400 anos de escravidão no Brasil conseguiam desgastar a classe senhorial em aspectos político, econômicos e psicológicos.

“Quem examina a documentação desse período da nossa história encontra, como uma constante, o medo dessas classes diante do grande número de escravos e da sua possível consciência da exploração a que estavam sujeitos. O exemplo do Haiti é constantemente referido por essas autoridades”, diz Clovis Moura.

Em 1804, o Haiti conquista a independência após uma revolução dos escravizados que fundam a primeira República negra liberta das Américas.  

Geral: Brasil quer explicação dos EUA sobre tratamento a deportados

    Gov.AM


Radiografia da Notícia

Governo diz que uso de algemas viola acordo com os norte-americanos

A aeronave norte-americana pousou no aeroporto de Manaus (AM) e a Polícia Federal (PF) tomou conhecimento de que os passageiros foram transportados algemados

As operações de deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos tiveram início poucos dias

Agência Brasil 

O Ministério das Relações Exteriores informou que pedirá explicações ao governo dos Estados Unidos sobre o que classificou de “tratamento degradante” dado aos 88 cidadãos brasileiros deportados na última sexta-feira (24). A aeronave norte-americana pousou no aeroporto de Manaus (AM) e a Polícia Federal (PF) tomou conhecimento de que os passageiros foram transportados algemados.

“O uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos de acordo com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”, informou o Itamaratay, em nota, destacando que “segue atento” às mudanças nas políticas migratórias dos Estados Unidos, para garantir “a proteção, segurança e dignidade dos brasileiros ali residentes”.

“O governo brasileiro considera inaceitável que as condições acordadas com o governo norte-americano não sejam respeitadas. O Brasil concordou com a realização de voos de repatriação, a partir de 2018, para abreviar o tempo de permanência desses nacionais em centros de detenção norte-americanos, por imigração irregular e já sem possibilidade de recurso”, acrescentou.

Voo

Em razão da soberania nacional, o governo brasileiro determinou a retirada das algemas e enviou uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar os brasileiros até o destino final. O voo, que tinha como destino o Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), precisou fazer um pouso de emergência na capital amazonense devido a problemas técnicos.

“As autoridades brasileiras não autorizaram o seguimento do voo fretado para Belo Horizonte na noite de sexta-feira, em função do uso das algemas e correntes, do mau estado da aeronave, com sistema de ar condicionado em pane, entre outros problemas, e da revolta dos 88 nacionais a bordo pelo tratamento indigno recebido”, acrescenta a nota do Itamaraty.

Neste sábado (25), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, esteve reunido, em Manaus, com o superintendente interino da PF no Amazonas, delegado Sávio Pinzón, e com o comandante do 7º Comando Aéreo Regional da FAB, major-brigadeiro Ramiro Pinheiro.

Tratamento

“Na reunião, foi efetuado relato detalhado sobre os incidentes no aeroporto Eduardo Gomes envolvendo cidadãos brasileiros transportados em voo de deportação do governo norte-americano”, informou o Itamaraty, em publicação nas redes sociais. “A reunião subsidiará pedido de explicações ao governo norte-americano sobre o tratamento degradante dispensado aos passageiros no voo”, acrescentou.

O avião da FAB com os brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou na noite deste sábado (25) a Minas Gerais.

Em nota divulgada neste domingo (26), o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, reforçou o repúdio às medidas degradantes tomadas contra os deportados.

"A decisão por um novo procedimento na política de imigração, que é um direito assegurado a todos os países, não pode vendar nossos olhos diante de situações degradantes e denúncias de agressões e maus-tratos", disse. "O respeito à dignidade humana é um conceito consagrado em um mundo civilizado e democrático", acrescentou.

Governo Trump

As operações de deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos tiveram início poucos dias após o início do mandato do presidente norte-americano Donald Trump. Na noite da última quinta-feira (23), 538 pessoas foram detidas e centenas foram deportadas em operação anunciada pela Casa Branca.

“A administração Trump deteve 538 imigrantes ilegais criminosos”, anunciou a porta-voz Karoline Leavitt, acrescentando que centenas foram deportados em aviões do Exército norte-americano. “A maior operação de deportação em massa da história está em curso”, disse.

Ao longo da campanha presidencial, Trump prometeu conter a imigração ilegal no país, cenário classificado por ele como “emergência nacional”. Logo em seu primeiro dia na presidência dos EUA, o republicano assinou ordens executivas destinadas a impedir a entrada de imigrantes nos Estados Unidos.

#Raios-X de Sampa: Marechal Tito, avenida famosa da ZL


Luís Alberto Alves/Hourpress

Túnel do Tempo: Terremoto mata 20 mil na Índia

 


Redação/Hourpress

Em 26 de janeiro de 2001, terremoto de magnitude 7,7 da escala Richter, na Índia, destruiu edifícios e matou mais de 20 mil pessoas. 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Crônica: A grande viagem


Pixabay


 Para Santiago, a vida não poderia ser encarada com algo ruim, mas alegre

Astrogildo Magno

Santiago adorava as festas de final de ano. O clima de alegria que tomava conta do coração das pessoas. A euforia no interior das lojas, na busca pelo presente para entregar a alguém amado. E, claro, as filas nos aeroportos e terminais rodoviários. Para ele, é nesta época do ano que as pessoas olham para dentro de si e percebem que o tempo está passando rapidamente e não há mais argumentos para não investir em projetos novos.

Em sua casa, a mesa farta era motivo para reunião da família e parentes para celebrar mais um ano de vida. Afinal de contas, quantas pessoas começam essa jornada de 12 meses e não conseguem chegar ao fim. Alguns são surpreendidos num acidente de carro ou de avião, ou mesmo de bala perdida quando residem em bairros próximos das zonas de conflitos envolvendo o crime organizado.

Para Santiago, a vida não poderia ser encarada como algo ruim, mas alegre. Pois a luta do ser humano começa quando ele respira pela primeira vez ao sair da barriga da mãe. Todos estão em condições para desempenhar essa jornada. Mesmo aqueles nascidos em berços sem muito dinheiro. O ar que todos respiram não apresenta diferença. Mesmo deitado no leito do hospital, Santiago estava contente, iria iniciar a viagem final, com as suas mãos entrelaçadas com o seu grande amor....

Astrogildo Magno é cronista

 

Opinião: Outro ano chega ao fim


Pixabay


Radiografia da Notícia

·        * No campo internacional tivemos a morte do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter

·        * Em termos de Segurança Pública, a PM de SP continua matando e agredindo as pessoas nas ruas, principalmente pretos e pardos

·        * A indústria de armas continua feliz com a demanda que nunca cessa

 Luís Alberto Alves/Hourpress

O ano de 2024 chega ao fim. Na economia do Brasil, a taxa de desemprego chegou a faixa dos 6%, ou seja é pequena a quantidade de pessoas sem trabalho no País. Por outro lado, a taxa Selic voltou a subir, com a desculpa de conter a inflação, que no acumulado do ano não chegou a 6%. É o velho argumento para o mercado financeiro continuar enchendo cada vez os cofres de dinheiro.

Luís Alberto Alves


No campo internacional tivemos a morte do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter, que no final da década de 1970 deixou a ditadura militar de 1964 com os cabelos em pé quando questionava os generais de plantão sobre o desrespeito aos Direitos Humanos. Em 2023, Carter perdeu a esposa, Rosalyn, com quem foi casado mais de 70 anos. Este ele partiu para reencontrá-la na esfera espiritual.

Em termos de Segurança Pública, a PM de SP continua matando e agredindo as pessoas nas ruas, principalmente pretos e pardos, moradores na periferia. Porque nos bairros onde mora a elite, ali o tratamento é diferente. Afinal de contas, são dessas regiões que saem os milhões para as campanhas políticas de governadores, prefeitos, deputados e senadores. Respeitam para não secar a fonte das doações.

Família

A indústria de armas continua feliz com a demanda que nunca cessa. A dúvida é como ficará a guerra entre Rússia e Ucrânia quando Donald Trump assumir a presidência dos Estados Unidos no início de 2024. Os senhores da guerra são compostos de gigantescas fábricas de armamentos que estão na terra do Tio Sam. Para esse pessoal, paz é sinônimo de prejuízo.

Para o cidadão comum, que depende do salário para alimentar a família, nada mudará. Visto que se não trabalhar a fome invade a sua casa. O calendário vai registrar um novo ano, mas para essa gigantesca parcela da população, pouca novidade será acrescentada. Apenas prosseguir lutando para não perder a dignidade.

Agradeço a você que acompanha essa blogue que a cada dia me surpreende. Não esperava tamanha audiência. Hoje, 30/12/2024 tenho mais de 1.812 milhão de  visualizações. Significa que o conteúdo que publico é de boa qualidade. Para 2024 continuo contando com a sua atenção. Leia, divulgue e compartilhe com quem você gosta. Desejo a você e sua família excelente ano repleto de saúde, paz, prosperidade e concretização de sonhos.

Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Hourpress

 

 

Geral: Saiba os direitos do consumidor em viagens e serviços de turismo



 Radiografia da Notícia

Senacon promove campanhas de alerta para turistas

Entre os assuntos abordados estão os direitos do consumidor em caso de problemas com voos e de alterações em pacotes turísticos

Se o atraso for superior a 1 hora, as companhias devem oferecer meios de comunicação como telefone ou internet

Agência Brasil 

Chegaram as férias. Hora de fazer as malas e viajar. E de torcer para que nada dê errado. Mas, se der, é uma boa, para o consumidor, estar a par de seus direitos, tanto na hora de pegar o avião como na hora de desfrutar de tudo que estava previsto nos pacotes turísticos.

Com o propósito de proteger consumidores no setor de turismo neste período de alta demanda, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) tem feito campanhas para reforçar “a importância de conhecer e exigir os direitos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC)”.

Entre os assuntos abordados estão os direitos do consumidor em caso de problemas com voos e de alterações em pacotes turísticos. Apresenta também dicas práticas para os consumidores e detalha algumas de suas atuações no sentido de conscientizá-los, em relação a canais de atendimento, fiscalizações e penalidades já aplicadas.

Voos

A Senacon lembra que viagens aéreas são suscetíveis a atrasos, cancelamentos e a situações em que a venda de assentos foi maior do que a capacidade da aeronave, o chamado overbooking.

O órgão alerta os consumidores para os direitos previstos na legislação brasileira, em especial pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Código de Defesa do Consumidor, quando se depararem com situações desse tipo.

Se o atraso for superior a 1 hora, as companhias devem oferecer meios de comunicação como telefone ou internet. Quando for superior a 2 horas, o passageiro terá direito a alimentação por meio de vouchers ou refeição.

Quando o atraso supera 4 horas, a companhia aérea deve proporcionar acomodação ou hospedagem, além de transporte até o local.

Tanto no caso de atrasos superiores a 4 horas como no de cancelamento de voos, o passageiro pode escolher entre reembolso total do valor pago; reacomodação em outro voo da mesma companhia ou de outra, sem custo adicional ou execução do serviço por outro meio de transporte.

Estão também previstas regras de transparência, com relação às situações que resultam em problemas com o voo. “As empresas são obrigadas a informar, em tempo real, a situação do voo e os motivos de qualquer problema”, diz a Senacon.

Pacotes turísticos

No caso de pacotes turísticos comprados pelos consumidores, tanto para viagens em família como em grupos, a Senacon destaca algumas proteções importantes.

Em caso de alterações feitas de forma unilateral pela empresa, a Senacon explica que “a agência de turismo não pode alterar itinerários, hospedagens ou outros serviços sem o consentimento do cliente”.

No entanto, caso isso ocorra, o consumidor tem direito a cancelar o contrato com reembolso integral ou aceitar outro pacote de igual ou superior valor, sem custos adicionais.

Se o cancelamento for a pedido do consumidor, pode haver cobrança de multas proporcionais, desde que previstas em contrato. O Código de Defesa do Consumidor, no entanto, exige que essas multas sejam razoáveis e comunicadas de forma clara.

“Se a agência não cumprir o que foi contratado, como hotel diferente do acordado, o consumidor pode exigir reparação ou até indenização por danos morais e materiais”, ressalta a Senacon.

Dicas

Entre as dicas práticas apresentadas nas campanhas da Senacon, está a de ler os contratos com atenção. “Confira todas as cláusulas antes de fechar qualquer pacote ou comprar passagens; e questione sobre multas em caso de cancelamento e garanta que tudo esteja documentado”.

A secretaria sugere também que a viagem seja planejada, que as reservas sejam antecipadas, que podem reduzir custos, além de evitar problemas com imprevistos.

Sugere também que tudo seja registrado por escrito. “Guarde comprovantes de pagamento, e-mails e mensagens trocadas com fornecedores. Esses documentos são fundamentais em caso de pedidos de reparação”.

Além de fazer campanhas de conscientização, com informativos sobre direitos e alertas sobre fraudes em compras de pacotes e passagens online, a Senacon disponibiliza a plataforma consumidor.gov.br, um canal que possibilita, aos consumidores, registrarem reclamações contra agências de viagens, companhias aéreas e hotéis.