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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Artigo: Especialista analisa perspectiva das companhias brasileiras para 2025

    Pixabay


Radiografia da Notícia

Empresas vêm demonstrando eficiência ao equalizar dívidas e fortalecer suas operações

Ainda assim, as brasileiras demonstraram uma notável capacidade de adaptação

A Azul Linhas Aéreas exemplifica essa capacidade de inovação ao renegociar 92% de suas obrigações financeiras

João Roberto Leitão de Albuquerque Melo


O setor aéreo global enfrentou nos últimos anos um cenário desafiador, marcado pela pandemia de COVID-19, volatilidade econômica e conflitos geopolíticos, forçando as companhias aéreas a reduzir suas frotas, cancelar voos, aumentar preços e, em muitos casos, recorrer a medidas de recuperação judicial para sobreviver. Ainda assim, as brasileiras demonstraram uma notável capacidade de adaptação, destacando-se em um contexto mundial de incertezas.
 

Enquanto companhias internacionais, como a Spirit Airlines, enfrentam recuperações judiciais complexas e dificuldades em viabilizar fusões, as empresas brasileiras vêm demonstrando eficiência ao equalizar dívidas e fortalecer suas operações. Essa é a avaliação de João Roberto Leitão de Albuquerque Melo, membro da Comissão de Direito Aeronáutico, Espacial e Aeroportuário da OAB/RJ e sócio fundador do Albuquerque Melo Advogados: "as companhias aéreas brasileiras mostraram uma solidez notável ao implementar estratégias criativas e eficazes para reestruturar suas finanças, evitando interrupções operacionais e garantindo a continuidade dos negócios em um mercado extremamente desafiador".
 

A Azul Linhas Aéreas exemplifica essa capacidade de inovação ao renegociar 92% de suas obrigações financeiras, transformando R$ 3 bilhões em dívidas em 100 milhões de ações preferenciais. Esse movimento, que evitou uma recuperação judicial formal, permitiu à empresa aliviar sua carga financeira. Esse contraste entre as estratégias das empresas brasileiras e internacionais evidencia um diferencial competitivo. Nos Estados Unidos, a Spirit Airlines recorreu ao Chapter 11 após o fracasso nas negociações de fusão com a Frontier Airlines. Enquanto isso, as empresas brasileiras encontraram soluções dentro de seus contextos, mantendo operações robustas e captando investimentos estratégicos para sustentar o crescimento.


Mercado
 

"A capacidade das companhias aéreas brasileiras de renegociar dívidas, atrair novos investidores e estruturar fusões demonstra não apenas resiliência, mas também uma visão de longo prazo para a sustentabilidade do setor", aponta João Roberto. Ele acrescenta que, apesar das adversidades, o setor aéreo brasileiro mantém-se competitivo, enquanto muitas companhias internacionais lutam para se reorganizar.
 

Além das ações individuais, a governança financeira e a supervisão do mercado também têm desempenhado papéis cruciais. A regulamentação e a fiscalização, lideradas por órgãos nacionais, têm sido fundamentais para garantir que as reestruturações ocorram de forma ordenada e dentro das melhores práticas do mercado.
 

Com perspectivas otimistas para 2025, o setor aéreo brasileiro deve continuar a trilhar um caminho de crescimento e consolidação, aproveitando lições aprendidas durante a pandemia e inovando na gestão financeira. "O que vemos hoje é um setor que transformou adversidades em oportunidades, mostrando ao mundo que o Brasil é uma referência em resiliência e inovação na aviação civil. Esses avanços não apenas garantem a sustentabilidade das operações, mas também reforçam a atratividade do setor para investidores globais", assegura João Roberto. Ao se reinventar, segundo ele, o setor aéreo projeta um modelo de sucesso que pode servir de inspiração para outros segmentos da economia.

João Roberto Leitão de Albuquerque Melo, CEO e fundador do Albuquerque Melo Advogados. Membro da Comissão de Arbitragem e da Comissão de Direito Aeronáutico, Espacial e Aeroportuário da OAB/RJ. 

Opinião: Deus cria, a PM de SP mata!

 Rovena Rosa (Agência Brasil)



Radiografia da Notícia

*Recentemente um vídeo mostrou um suspeito sendo jogado de uma ponte durante abordagem

*Em 2024, das vítimas executadas pelas policias civil e militar 283 foram identificadas como negras

*Como pardo, sempre tive receio de circular durante a noite

Luís Alberto Alves/Hourpress

O cidadão paulista tem motivos para ficar com medo da #PM. Caso não seja #branco e #rico, a situação piora. Pesquisa revela que neste ano, 441 pessoas foram executadas por agentes das polícias civil e militar do Estado de São Paulo. Em 223, este triste número era de 247, alta de 78% nas execuções. Em 2024, das vítimas executadas pelas policias civil e #militar 283 foram identificadas como #negras (classificação de pardas e pretas segundo o IBGE) e 138 brancas, já outras 20 tiveram raça ou cor ignoradas.

Para se ter ideia do extermínio provocado pela Insegurança Pública do governador #TarcísiodeFreitas (Republicanos), de cada três vítimas das #armas de fogo dos seus policiais, dois eram negros, ou seja 64% do total dos #mortos. Três exemplos revelam motivos para a população, infelizmente ter medo da #PM ou Polícia Civil no Estado de São Paulo: um rapaz foi executado com 11 tiros após furtar pacotes de sabão num mercadinho, uma criança de 4 anos morreu, na Baixada Santista ao ser alvejada em meio a ação policial naquela região.

Violência

Recentemente um vídeo mostrou um suspeito sendo jogado de uma #ponte durante abordagem num bairro da Zona Sul de São Paulo. Estes tristes exemplos revelam motivos para a #população sentir medo ao se deparar com um carro da #polícia, durante o dia ou a noite. Caso seja pardo ou preto é grande o risco de se tornar número na estatística de vítimas de violência de quem deveria proteger e não matar o #cidadão.

Como #pardo, sempre tive receio de circular durante a noite, principalmente quando morava na periferia, exatamente na Zona Norte, região da Freguesia do Ó. Quem me conhece no meio jornalístico sabe que sempre gostei de andar de blazer e gravata. Alguns até hoje não compreendem essa minha postura. Explico: de camiseta os policiais me consideram #suspeito. De blazer e gravata, imaginam que eu seja advogado ou promotor. Infelizmente Deus cria o ser humano, mas #PM de SP #mata, a qualquer hora do dia.

 Essa postura precisa mudar rapidamente. A #população não paga #imposto para morrer nas mãos da #polícia, mas para receber proteção. Não é mais possível a violência se manter como política de estado. Criminoso não tem sexo, cor, idade, religião, condição social. É preciso mudar essa postura assassina de que na periferia só resida #bandidos. Que trabalhador que chega à noite do serviço ou da escola seja bandido. É muito ruim quando o cidadão de bem começa admirar o crime organizado quando deveria repudiar, porém os membros dessas facções têm mais respeito pela população do que a #polícia.

Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Hourpress

 

 

Aguarde: #Raios-X de Sampa se tornará um luxuoso livro


Luís Alberto Alves/Hourpress

Túnel do Tempo: Criação da Petrobras

 

Redação/Hourpress

Em 6 de dezembro de 1951, o presidente Getúlio Vargas envia ao Congresso Nacional o projeto que cria a Petrobras. Décadas depois ela se tornaria uma das maiores empresa de petróleo do mundo. 

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Crônica: Surpresas desagradáveis pregadas pelo tempo


Pixabay 


Os seus quatro filhos se encontravam bem encaminhados

Astrogildo Magno

O  tempo não preocupava Justino. Não dava bola para a conversa de que ele estaria passando bem rápido e a preocupação com o futuro precisaria entrar em sua agenda. Como havia ganhado bastante dinheiro como corretor de imóveis de luxo, soube aplicar esses recursos e estava tranquilo.

Os seus quatro filhos se encontravam bem encaminhados, todos formados em excelentes universidades e casados, tocando bem as suas vidas. Não tinha algo que lhe tirasse a paz. Nos finais de semana descia para São Vicente, pegava  o seu iate para viajar alguns quilômetros no mar e pescar.

Porém, começou a sentir dificuldades de urinar. Passou pelo seu urologista e realizou exames de próstata. Pela primeira vez em 68 anos de vida sentiu um vento frio percorrer a sua coluna ao ouvir que tinha um câncer de procedência maligna e precisaria realizar quimioterapia....

Astrogildo Magno é cronista

Geral: Petrobras aprova pagamento de R$ 20 bilhões aos acionistas

    EBC


Radiografia da Notícia

Medida leva em consideração a sustentabilidade financeira da empresa

A estatal informa que a distribuição está alinhada à Política de Remuneração aos Acionistas vigente

*   Serão R$ 15,6 bilhões como dividendos intermediários, com base na reserva de remuneração do capital, e R$ 4,4 bilhões como dividendos intercalares

Agência Brasil 

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (21) o pagamento de R$ 20 bilhões de dividendos extraordinários aos acionistas. O valor equivale a R$ 1,55174293 por ação ordinária e preferencial em circulação. Serão R$ 15,6 bilhões como dividendos intermediários, com base na reserva de remuneração do capital, e R$ 4,4 bilhões como dividendos intercalares.

A estatal informa que a distribuição está alinhada à Política de Remuneração aos Acionistas vigente, que prevê que a distribuição de remuneração extraordinária, desde que a sustentabilidade financeira da Petrobras seja preservada.

Para quem tem ações de emissão da Petrobras negociadas na B3, o pagamento da parcela única será feito em 23 de dezembro de 2024. Os detentores de ADRs (American Depositary Receipt - certificado, emitido por bancos norte-americanos, que representa ações de uma empresa fora dos Estados Unidos) receberão o pagamento a partir de 03 de janeiro de 2025.

A data de corte, segundo a Petrobras, é 11 de dezembro de 2024 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3; e 13 de dezembro de 2024 para os detentores de ADRs negociados na New York Stock Exchange (NYSE). As ações da Petrobras serão negociadas ex-direitos na B3 a partir de 12 de dezembro de 2024.

Também foi informado que o pagamento será contemplado na proposta de remuneração aos acionistas do exercício de 2024 a ser aprovada na Assembleia Geral Ordinária de 2025, e terá o valor reajustado pela taxa Selic desde a data do pagamento até o encerramento do exercício social corrente, para fins de cálculo do montante a ser descontado.

Geral: Brasil pede desculpadas oficiais pela escravização das pessoas negras

 EBC


Radiografia da Notícia

* Mensagem também ressalta necessidade de combater discriminação racial

Para ela, o reconhecimento é resultado da luta e de ações efetivas de muitos atores do movimento negro

São desafios enormes e, por isso, é importante a gente pensar esse trabalho coletivo

Agência Brasil

O governo federal, em nome do Estado brasileiro, pediu publicamente desculpas à população negra pela escravização das pessoas negras e seus efeitos. A mensagem também ressalta a necessidade de combater a discriminação racial no país. 

“A União manifesta publicamente o pedido de desculpas pela escravização das pessoas negras, bem como de seus efeitos. Reconhece que é necessário envidar esforços para combater a discriminação racial e promover a emancipação das pessoas negras brasileiras. Por fim, compromete-se a potencializar o foco de criação de políticas públicas com essa finalidade”, diz o pedido de desculpas lido pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, em evento nesta quinta-feira (21), em Brasília.  

Durante o evento, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, lembrou a luta da população negra por liberdade, igualdade e conquista de direitos. Para ela, o reconhecimento é resultado da luta e de ações efetivas de muitos atores do movimento negro.

Negra

“Nessa caminhada de luta, que é abolicionista, que a gente lutou e continua lutando por liberdade, a gente vem construindo a cada dia passos muito importantes. Essa memória de mais de 300 anos de escravatura não acaba no 13 de maio, porque o 14 de maio começa com o total abandono da população negra no país”, lembrou.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, fez referência à memória de sua irmã, a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. “Além do pedido de desculpas, no ano de 2024, nós tivemos a condenação dos assassinos de minha irmã. Não é normal a cada dia e em cada instante a gente ter que lidar com essas mazelas e essas dores. São desafios enormes e, por isso, é importante a gente pensar esse trabalho coletivo, um trabalho coletivo concreto”, finalizou.