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quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Geral: Hábitos saudáveis podem interferir mais na dor lombar do que postura

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Radiografia da Notícia

* Lombalgias podem ter diversas causas e tratamentos distintos, mas médico especialista garante que a maior profilaxia tem a ver com uma vida que valorize a saúde integral


*A presença de febre com dor lombar pode indicar uma infecção, como osteomielite ou abscesso espinhal


Perda de peso não intencional associada à dor lombar pode ser um sinal de câncer ou infecção


Redação/Hourpress

 

Companheira de uma grande parcela da população global, a dor na lombar, região inferior da coluna vertebral, é a principal causa de incapacidade, segundo revelou um estudo patrocinado pela Fundação Bill e Melinda Gates em mais de 180 países.

 

O Dr. André Mansano, Médico Intervencionista da Dor, referenda o estudo e avalia que esse tipo de dor vem aumentando na população mundial. "As dores lombares tornaram-se uma pandemia", opina ele.

 

Das dores agudas - aquelas que alertam para algum problema físico pontual - até as dores crônicas, a lombalgia tem um grande espectro de gravidade e de intensidade de dor.

 

"As principais causas de dores lombares são os músculos, a degeneração do disco intervertebral, a artrose entre as articulações das vértebras da coluna (facetas lombares), a artrose ou inflamação da articulação que fica entre o sacro e a bacia (articulação sacroilíaca) e lesões nos ligamentos da coluna", resume o especialista.

 

O Dr. Mansano reconhece que, apesar dos exames básicos para avaliar quadros de coluna, como radiografias, tomografias e ressonâncias, nem sempre os laudos identificarão a raiz da dor lombar. "É extremamente frequente encontrarmos hérnias de disco na ressonância de pacientes que sequer sentem dores. Portanto, muita cautela ao interpretar esses exames", avisa.

 

Mais que a postura, o dia a dia

 

Na visão do Dr. Mansano, a postura, que no passado parecia ser a maior influenciadora das dores lombares, já não é mais a dona de todos os créditos. Para ele, evitar a presença dessas dores tem mais a ver com os tão falados hábitos saudáveis. "Controle do peso, alimentação balanceada, controle do estresse e atividades físicas regulares são fundamentais", elenca ele, ao acrescentar que evitar o tabagismo, incluindo cigarros eletrônicos, também é fundamental, já que quem fuma tem até 4 vezes mais chances de ter hérnias de disco.

 

Quando procurar um médico para cuidar de uma dor lombar?

 

"Felizmente, a imensa maioria dos pacientes com dores lombares melhorarão espontaneamente em algumas semanas. Mas, alguns precisarão de atenção médica especializada, com sinais de que algo mais grave pode estar por trás dessas dores", informa o especialista, ao citar como críticas situações como:

 

  • Dor repentina e intensa, especialmente após um trauma ou lesão, que pode indicar fratura ou lesão grave;
     
  • Pessoas com histórico de câncer com dor lombar devem ser avaliadas com atenção, pois pode haver metástase para a coluna;
     
  • Perda de peso não intencional associada à dor lombar pode ser um sinal de câncer ou infecção;
     
  • A presença de febre com dor lombar pode indicar uma infecção, como osteomielite ou abscesso espinhal;
     
  • Perda de controle da bexiga ou intestino pode sugerir a síndrome da cauda equina, uma emergência médica;
     
  • Fraqueza ou dormência nas pernas que piora com o tempo pode indicar compressão da medula espinhal ou uma hérnia de disco grave;
     
  • Dor lombar que piora à noite e não melhora com repouso pode ser um sinal de câncer ou infecção;
     
  • Pacientes com mais de 50 anos ou crianças com dor lombar devem ser avaliados cuidadosamente, pois há um maior risco de doenças graves;
     
  • Uso prolongado de corticoides pode levar à osteoporose, aumentando o risco de fraturas na coluna.

Geral: Sexo durante a menstruação: fatos e benefícios que você não conhecia

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Radiografia da Notícia

* Relações sexuais durante o período menstrual podem diminuir dores de cabeça, gerar melhores noites de sono e até mesmo engravidar, segundo ginecologista e obstetra da Febrasgo

 *A crença de que transar no período menstrual é garantia de que não irá engravidar é apenas um dos diversos mitos em torno do assunto, de acordo com a Dra. Karina Tafner, ginecologista e obstetra pela Febrasgo


Porém mulheres com ciclos mais curtos, ovularão mais cedo, o que pode acontecer logo após o final do período menstrual


Luís Alberto Alves/Hourpress


A lógica é atraente. Se você faz sexo durante a menstruação, então está bem longe do meio do ciclo - que é o período ovulatório -, então não irá engravidar, certo? Não necessariamente. "Em ciclos menstruais com duração média de 28 dias, a mulher irá ovular ao redor do 14º dia. Porém mulheres com ciclos mais curtos, ovularão mais cedo, o que pode acontecer logo após o final do período menstrual", explica a médica, detalhando que os espermatozoides podem viver dentro do trato reprodutivo feminino por até cinco dias, "esperando" a ovulação acontecer após a menstruação.

 

Ela revela ainda que nem todo sangramento vaginal é menstruação. "Mesmo se você sangrar regularmente, você pode ter um episódio de sangramento que poderá ser confundido com uma menstruação, aí a sua matemática mental será desviada, e você poderá acabar fazendo sexo quando estiver ovulando", previne a Dra. Karina.

 

Outro mito em torno do sexo durante a menstruação é de que seria contraindicado. A ginecologista desmente e reforça que, inclusive, pode ter um impacto positivo na saúde geral, como ciclos mais curtos devido a contrações uterinas durante o orgasmo; cólicas menos intensas, redução de estresse e até alívio da dor de cabeça.

 

"Além disso, é menos provável que a mulher precise de lubrificantes, porque o sangramento menstrual pode fazer essa função, melhorando o conforto", diz a Dra. Karina. Ela acrescenta ainda que as mulheres podem se sentir mais excitadas durante a menstruação por conta das mudanças hormonais do período e do aumento do fluxo sanguíneo na área pélvica.

 

Como tornar o sexo na menstruação uma experiência mais confortável

 

A ginecologista elenca uma série de ações que ajudam a afastar o senso comum que nega a apropriação do sexo durante a menstruação e curtir mais esse momento:

 

  • Converse com seu parceiro(a), diga como você se sente ao fazer sexo durante a menstruação e pergunte como a pessoa se sente. Algumas mulheres ou alguns homens podem não se sentir confortáveis e está tudo bem;
     
  • Remova absorventes internos antes das relações;
     
  • Coloque uma toalha escura na cama para evitar manchas no lençol ou faça sexo no chuveiro para evitar totalmente a bagunça;
     
  • Peça ao seu parceiro para usar preservativo para prevenir gravidez e DSTs;

 

Cuide da segurança

 

"É crucial praticar sexo seguro enquanto você está menstruada porque você ainda pode contrair ou transmitir uma IST, como o HIV. O vírus e outros patógenos podem estar presentes no sangue menstrual, portanto, use preservativo", recomenda a médica.

 

Ela diz ainda que as mulheres podem ficar mais propensas a algumas infecções em geral neste momento, conforme o pH da vagina se altera, podendo abrir espaço para vaginites e/ou cervicites como infecção fúngica.

Túnel do Tempo: Julgamento de O.J. Simpson



 Redação/Hourpress

Em 26 de setembro de 1994 começava o julgamento do ex-jogador de futebol americano  e ator O.J.Simpson, acusado de matar a ex-mulher Nicole Brown Simpson e o seu amigo, Ronald Goldman em 12 de junho daquele ano. 

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Crônica: Nem saúde de ferro resiste ao frio de São Paulo

Pixabay


Nunca se aventurava em projetos onde os seus pés não estivessem firmes

Astrogildo Magno

Lúcio gostava de dizer que a sua saúde era de ferro. Nada o derrubava. Não fumava, não ingeria bebida álcoolica nem se drogava. Passava distante de seu prato, comida muito salgada e repleta de gordura. Nos churrascos jogava no lixo a gordurinha da picanha. Dizia não sempre à lingüiça de porco. Dormia as 8 horas de sono religiosamente.

Ele fazia o que estava ao seu alcance. Nunca se aventurava em projetos onde os seus pés não estivessem firmes. Sabia dizer não, com educação, aos filhos e à esposa. As famosas técnicas dos vendedores de lojas ou mesmo corretores de imóveis não tinham efeito sobre Lúcio. Educado, ouvia os argumentos, porém habilmente saia pela tangente.

Pessoas com este perfil são odiadas pela indústria farmacêutica. Visto que não consomem medicamentos, mesmo os mais simples. Porém nem tudo na vida funcionará da maneira que planejamos. Por causa da brusca queda da temperatura, Lúcio, o homem de saúde de ferro, acabou derrubado por forte resfriado que deixou de cama, algo raro nos seus 60 anos....

Astrogildo Magno é cronista

Geral: Carros seminovos que valem a pena investir ainda em 2024

     Arquivo/Hourpress


Radiografia da Notícia

* Lista conta com modelos para diferentes perfis e orçamentos

Em 2024, o setor projeta alcançar um recorde histórico, com previsão de 15,3 milhões de unidades vendidas

O Fiat Mobi é um compacto urbano, ideal para quem busca um carro pequeno e eficiente

Luís Alberto Alves/Hourpress

Com o aumento contínuo dos preços dos carros 0km, muitos consumidores estão voltando sua atenção para os veículos usados e seminovos. Em 2024, o setor projeta alcançar um recorde histórico, com previsão de 15,3 milhões de unidades vendidas até o final do ano. 

“Nesse cenário de retomada do interesse de compra do consumidor, optar por um veículo seminovo é uma estratégia financeira inteligente e viável, pois oferece acesso a veículos modernos e em excelente estado por um custo significativamente menor do que os modelos novos”, ressaltou Leonardo Furtado, superintendente do Auto Shopping Internacional Guarulhos.  

Para quem está procurando um carro confiável sem comprometer o orçamento, Furtado compartilha uma seleção de seminovos recomendados para adquirir ainda em 2024. Confira!

Fiat Mobi


O Fiat Mobi é um compacto urbano, ideal para quem busca um carro pequeno e eficiente. Seu design moderno e o bom consumo de combustível são suas principais vantagens.

  • Preço: R$ 50 mil a R$ 60 mil  (modelos 2018 a 2022)

Chevrolet Onix


O Onix é conhecido pelo seu excelente custo-benefício, com um interior confortável e várias opções de tecnologia e segurança. É um dos carros mais vendidos do Brasil, o que garante boa revenda.

  • Preço:R$  50 mil a  R$ 75 mil (modelos 2018 a 2022)

Hyundai HB20


O Hyundai HB20 combina design atraente com uma condução suave e boa economia de combustível. É bem avaliado por sua durabilidade e baixo custo de manutenção.

  • Preço:  R$ 55 mil a R$ 80 mil  (modelos 2018 a 2022)

Renault Sandero


O Sandero é um hatchback conhecido por seu espaço interno e custo-benefício. É uma escolha popular por seu conforto e confiabilidade.

  • Preço:  R$ 45 mil a R$ 70 mil  (modelos 2018 a 2022)

Honda Fit


O Honda Fit é um compacto que se destaca pela versatilidade interna e confiabilidade. Seu design inovador e a excelente economia de combustível fazem dele uma escolha sólida.

  • Preço: R$ 60 mil a R$ 80 mil (modelos 2018 a 2022)

Volkswagen Polo


O Polo é um hatchback que se destaca pela robustez, desempenho e qualidade de construção. Oferece um interior espaçoso e uma condução confortável.

  • Preço: R$ 55 mil a R$ 85 mil (modelos 2018 a 2022)

Volkswagen T-Cross


O T-Cross é um SUV compacto que oferece mais espaço e uma posição de direção elevada. É ideal para quem busca um veículo versátil com bom desempenho e tecnologia avançada.

  • Preço: R$ 80 mil a R$ 95 mil  (modelos 2018 a 2022)

Leonardo Furtado acrescenta ainda que no Auto Shopping Internacional, os clientes podem encontrar uma vasta seleção de modelos que se ajustam perfeitamente às necessidades e orçamento. “Oferecemos condições de compra facilitadas, como opções sem entrada e parcelamento em até 60 vezes. Nosso objetivo é tornar a aquisição de um automóvel uma experiência acessível e conveniente para todos”, conclui o superintendente.

Geral: Dores Crônicas aumentam em dias frios

 

Radiografia da Notícia

    EBC


Médico especialista em dores crônicas explica o que acontece e dá dicas para quem sofre mais com dores no Inverno

Para quem conhece alguém que consegue "fazer a previsão do tempo" observando o aumento das dores

Um deles é a diminuição da viscosidade do líquido sinovial (o lubrificante que fica dentro das articulações)

Redação/Hourpress 


Pessoas que têm dores crônicas - aquelas dores que persistem -, sofrem mais com elas nos períodos frios. O Dr. André Mansano, especialista no tratamento desse tipo de dor e pós-doutor pela Faculdade de Medicina da USP, informa que um número alto, entre 60% e 90%, dos pacientes com esta queixa relatam piora durante o inverno. "Até mesmo na internet aumenta as buscas por termos como dores e rigidez nas articulações", observou o médico.

 

Para quem conhece alguém que consegue "fazer a previsão do tempo" observando o aumento das dores, o Dr. André explica o que há por trás do fenômeno: "Há pacientes que acreditam prever mudanças climáticas pela alteração do padrão de suas dores. Mas, nem tudo é culpa da queda da temperatura em si, as alterações da umidade do ar e da pressão atmosférica no inverno também desempenham um papel nessa piora".

 

Os motivos que ele aponta são diversos. Um deles é a diminuição da viscosidade do líquido sinovial (o lubrificante que fica dentro das articulações) "Isso, por si só, já tem o poder de aumentar a rigidez e as dores, principalmente de quem sofre com artrose ou artrite", apontou o especialista.


Dores

 

Outro ponto importante, segundo ele, é que os tecidos do corpo sofrem uma espécie de encurtamento (contração) com a queda da temperatura. "Isso pode ocorrer com os vasos sanguíneos, em especial os mais superficiais, causando uma diminuição do fluxo de sangue para músculos, por exemplo, facilitando o acúmulo de substâncias inflamatórias nessa região, piorando as dores", detalhou.

 

Em sua experiência, o médico observa que condições como, dores de cabeça, artroses, artrite reumatoide ou outros reumatismos, gota, dores neuropáticas (ex. Neuralgia do trigêmeo, neuropatia diabética), dores generalizadas (ex. Fibromialgia), dores cervicais e lombares são as mais propensas a se intensificarem no tempo frio.

 

Diante disso, o Dr. André aconselha sobre como minimizar esses efeitos do inverno:

 

  1. Continue com as atividades físicas: "Muitas pessoas diminuem a quantidade de atividades físicas praticadas nessa época do ano, mas elas são fundamentais para o controle de diversos quadros dolorosos".
     
  2. Mantenha o corpo aquecido: "Caso more em cidades com temperaturas muito baixas, não se esqueça da possibilidade de luvas, cachecóis e roupas térmicas".
     
  3. Deixe seus locais com bom aquecimento: "Ar-condicionado ou aquecedores elétricos podem ajudar, mas jamais utilize aquela prática antiga de acender um recipiente com álcool dentro de casa".
     
  4. Cuide da hidratação: "É comum beber menos líquido no frio, o que pode piorar dores. "Já que estamos no inverno, por que não abusar de bebidas quentes e aconchegantes como um chá?".
     
  5. Siga com os tratamentos: "Faça conforme as orientações do(a) médico(a) que conhece seu caso e mantenha a equipe médica informada em caso de piora das dores, para eventuais ajustes de doses.

 

Geral: Vício em remédios para dormir, uma questão que preocupa os médicos

                         Arquivo/Hourpress


Radiografia da Notícia

A principal preocupação dos médicos é o consumo indiscriminado desse tipo de medicamento

* São considerados mais seguros em termos de intensidade de seus efeitos, apesar de ainda exigirem cautela

Especialistas em distúrbios do sono alertam para uso indiscriminado das chamadas "Drogas Z"

Redação/Hourpress

Nas últimas décadas, alguns medicamentos utilizados para dormir evoluíram significativamente, proporcionando resultados mais precisos e com menos danos colaterais. Além disso, atualmente, são considerados mais seguros em termos de intensidade de seus efeitos, apesar de ainda exigirem cautela.

A principal preocupação dos médicos é o consumo indiscriminado desse tipo de medicamento, que pode levar à dependência química e reduzir a eficácia no tratamento da insônia. Ou seja, trata-se de um problema que já existia no passado e que, apesar dos avanços significativos da indústria farmacêutica, persiste com essa nova geração de fármacos.

Entre os mais conhecidos atualmente estão o Zolpidem, a Zopiclona e a Eszopiclona, designados como “Drogas Z” no meio médico, devido às suas características semelhantes em termos de ação no organismo e dos efeitos produzidos – conforme explica o Dr. Nilson Maeda, otorrinolaringologista e médico do sono do Hospital Paulista.

“As Drogas Z têm um período de ação mais curto e são consideradas mais seguras em comparação aos benzodiazepínicos, como o Clonazepam, Diazepam e Alprazolam, que eram utilizados nas décadas passadas, mas hoje não são mais recomendados para o tratamento da insônia. Isso se deve ao maior potencial dos benzodiazepínicos causarem dependência, síndrome de abstinência, aumento do risco de queda nos idosos, dentre outros efeitos indesejáveis. Ainda assim, as Drogas Z também podem causar dependência e tolerância quando utilizadas por longos períodos e em doses abusivas”, alertou o médico.

Consumo em alta

No caso específico do Zolpidem, atualmente, o mais popular entre as Drogas Z, dados oficiais indicam um aumento significativo no consumo do medicamento.

De acordo com informações do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, administrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre 2018 e 2022, houve um crescimento de 161% nas vendas do medicamento, que alcançou cerca de 22 milhões de caixas vendidas em território nacional.

Como agem?

processo de dependência, segundo o Dr. Nilson, ocorre porque os efeitos desses fármacos tendem a diminuir com o tempo. “O cérebro se ajusta à presença do princípio ativo, aumentando ou reduzindo a sensibilidade dos receptores químicos. Por isso, com o uso contínuo, esses medicamentos vão perdendo o efeito e começam a exigir doses maiores, desencadeando a dependência”, explica o especialista, acrescentando que o tempo recomendado para o consumo desse tipo de medicamento é de até quatro semanas. “Não recomendamos o tratamento da insônia somente com medicação indutora do sono”, enfatizou.

Não é a primeira opção

Na mesma linha, o otorrinolaringologista e especialista em distúrbios do sono, Dr. Lucas Padial, também do Hospital Paulista, explica que o uso de remédios não deve ser a primeira opção para o tratamento da insônia.

“Antes de mais nada, a origem desse distúrbio deve ser bem investigada para direcionar um tratamento efetivo. O uso de medicações não é, cientificamente, a primeira opção para o manejo da insônia. Elas podem ser pontualmente utilizadas, especialmente em casos de insônia aguda, ou seja, aquela que dura menos de três meses”, ressaltou.

Para pacientes que já fazem uso recorrente desse tipo de medicamento, o médico explica que o desafio é reduzir o consumo gradualmente.

“Reduzir a medicação de forma gradual passa a ser o foco do tratamento. Como, neurobiologicamente, o paciente ainda necessita dessas medicações, o tratamento envolve diminuir a dose progressivamente, enquanto, paralelamente, são aplicadas medidas de higiene do sono, mudanças comportamentais e até o auxílio de outras classes de medicamentos (que não provocam vício)”, afirmou.

Dessa forma, conforme o Dr. Lucas, o desmame ocorre de maneira mais saudável. “Se as medidas forem realizadas corretamente, especialmente com a dedicação ativa do paciente, é possível abandonar o uso dessas medicações e restabelecer uma relação saudável com o sono.”