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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Geral: Período de chuvas aumenta risco de mofo pode prejudicar a saúde infantil

 Crianças e bebês são os mais vulneráveis a essas alterações

    Divulgação

O cenário é o ambiente ideal para o desenvolvimento de diferentes infecções respiratórias


Redação/Hourpress

O ano de 2023 começou marcado por chuvas intensas e constantes: de acordo com o boletim informativo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o final de janeiro e o início de fevereiro terão volumes pluviométricos significativos na região sudeste -- acúmulo de 60 mm (moderado) até mais de 100 mm de água (forte). O cenário é o ambiente ideal para o desenvolvimento de diferentes infecções respiratórias, por conta do aumento de fungos e mofos, além da propagação de vírus e bactérias. Crianças e bebês são os mais vulneráveis a essas alterações e os cuidados com saúde devem ser redobrados.


A coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, professora Fernanda Ingrid Da Silva Toledo Santos, alerta que qualquer quadro gripal entra na suspeita de covid-19 e o paciente deve realizar os exames necessários, assim como cumprir isolamento. Contudo, as condições do clima trazem o risco para outras doenças respiratórias, como rinites alérgicas, asma, resfriados e sinusites. “Esses problemas tendem a ser mais agressivos na primeira infância e a atenção de uma equipe de saúde deve ser imediata”, explicou.


Algumas medidas podem evitar o contágio e a proliferação dessas infecções. Uma das recomendações da enfermeira da Anhanguera é para que os guardiões adotem o hábito de realizar a limpeza nasal diária em crianças, para que secreções não se acumulem no canal respiratório, e aumentar a ingestão de líquidos e alimentos leves no dia a dia.
 

Ambientes


Para os quartos de crianças a bebês, é necessário que o espaço esteja bem ventilado e com janelas abertas, para que a umidade trazida pelas chuvas possa ser eliminada pelo calor. Lençóis, colchas, utensílios de berço e as roupas infantis, que costumam ser guardadas por muito tempo, precisam ser lavados com alta periodicidade, para que fiquem livres de fundos e ácaros.


Alternativas simples na decoração podem controlar o bolor em paredes. Os móveis da casa não devem ficar encostados em pontos com mofo, uma vez que os fungos conseguem se proliferar em locais abafados. A limpeza periódica com uma solução de água, água sanitária e detergente não irá remover a umidade da estrutura, porém, pode ajudar a conter o problema de forma pontual, além de prevenir o desenvolvimento de alergias e doenças respiratórias.


Casos de rinite alérgica constantes por conta do ambiente devem ser observados. Quando há a inflamação recorrente da mucosa do nariz, o indicado é procurar por profissionais especializados para fazer exames clínicos para identificar o agente causador e começar o acompanhamento de uma equipe de saúde.

Geral: Startup mineira atinge 70 milhões de pessoas com tecnologia e interatividade

 Zanzar se posiciona num mercado que movimenta cerca de US$ 7 bilhões

    Divulgação

Para entender essa evolução, é preciso conhecer o conceito de OOH


Redação/Hourpress

O investimento e a forma de realizar propagandas e anúncios evolui de maneira acelerada, e uma das justificativas é a quantidade de dinheiro que esse mercado movimenta. Segundo levantamento realizado pela Statista, em 2022, o investimento em DOOH (Digital Out of Home, em tradução livre “fora de casa”), ou seja, propagandas digitais “externas”, deve atingir na Europa este ano cerca de US$ 3,09 bilhões, enquanto nos Estados Unidos, a projeção é de US$ 3,62 bilhões.

Mesmo que ainda seja difícil ter uma projeção para o Brasil, a verdade é que esse aquecimento é mundial, com cada vez mais empresas buscam maneiras inteligentes e eficazes de oferecer seus produtos e ganhar mais clientes. Para entender essa evolução, é preciso conhecer o conceito de OOH e o seu crescimento nos últimos anos. A sigla significa “Fora de Casa” (Out of Home) e se refere a todo tipo de mídia externa veiculada em ambiente urbano, como outdoors, paines digitais, LEDs, empenas, monitores e totens. 

No Brasil a mídia OOH está entre os que mais cresceram junto com a internet. A segunda, que no ano passado faturou R$ 3,6 bilhões, passou para R$ 4,4 bilhões no período de 2022. Já o OOH, um dos setores mais afetados pela pandemia, passou de R$ 992 milhões para R$ 1,4 bilhões, segundo dados do Cenp-Meios. 

Com o DOOH, esse tipo de anúncio acrescentou o fator “Digital”, ou seja, a ideia é gerar mais dinâmica entre o anúncio e o potencial cliente. “Antigamente, víamos grandes outdoors espalhados e aquilo chamava nossa atenção. Mas o mundo evoluiu e hoje focamos muito mais no digital, com as empresas investindo rios de dinheiro para encontrarem a melhor maneira de captar seus clientes”, explica Herbert Viana, CEO e cofundador da Adtech Zanzar, startup que explora o mercado de DOOH e tem acompanhado de perto essa evolução.

Geral: Pesquisa, 92% preferem as TVs para se informar e entreter

 A TV ainda é o meio mais usado para acessar diferentes gêneros

Erik Mclean

O televisor ainda é fonte de informação nas casas


Redação/Hourpress

Para saber como os brasileiros se relacionam com telejornais, novelas, TV e outros dispositivos, a Hibou - empresa de pesquisa e insights de mercado e consumo - conduziu a pesquisa inédita “Audiência - O que o brasileiro assiste e por quê". Foram mais de 1900 respostas válidas, por meio de painel digital, em Janeiro de 2023.

 

“Sabemos que existem diferentes gostos e hábitos relacionados ao consumo de conteúdos. Seja por lazer ou para manter-se informado, o brasileiro gosta de se entreter e os streamings vieram ampliar esse hábito. Tal comportamento foi facilitado pelo amplo acesso à internet, além do poder de consumo de diferentes dispositivos pelos quais é possível assistir a séries, filmes, novelas, ou ainda acessar o jornal do dia anterior, por exemplo”, observa Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.
 

Gêneros, hábitos e dispositivos

A TV ainda é a tela preferida! Para acessar os conteúdos de interesse, a televisão está no topo para os brasileiros, com 92% das preferências. Os celulares estão em segundo lugar, com 55%; seguidos, com uma distância grande entre as preferências, pelos computadores (14%) e os tablets (4%).


Em relação a gênero, de acordo com a pesquisa, a maior preferência são os filmes com 80%. Séries vêm logo atrás com 73%, telejornais em terceiro lugar com 59%, as novelas não saíram dos top 5, com 33%, em quinto lugar desenhos, animações e animes, com 27%, programas de auditório ganham a atenção de 25% e por fim, reality shows estão no gosto de 22%.


Filmes

Foram 251 títulos citados pelos brasileiros. O ranking dos top 5 é formado por produções de diferentes tipos e que empatam entre si nas preferências. São eles: “À espera de um milagre”; “Top Gun”; “Poderoso Chefão”; “Milagre da cela 7”; “Avatar”; “Titanic”; “Vingadores”; “Uma linda mulher”; “Harry Potter”; “Senhor dos anéis” e “Como eu era antes de você”.
 

Já entre os que não assistem a filmes, as declarações estão mais relacionadas à falta de hábito (45%) do que ao não gostar (18%). A disponibilidade de horários para assistir na hora que querem afeta a 19% e 15% se queixam por não serem transmitidos dentro dos seus horários de lazer. 13% não se interessam por não notarem novidades.


“A falta de diferenciais é o verdadeiro plot twist entre os gêneros. Para quem produz conteúdo, estar de olho nas tendências, buscar inovações e temas diferenciados são iniciativas que podem gerar grande atrativo para um público ansioso por coisas novas”, analisa Ligia.


Novelas

Famosas no Brasil por seus enredos, as novelas são produções acompanhadas por 33% dos entrevistados. Destes, 30% apontam o consumo das novelas por hábito e 24% acompanham as tramas enquanto fazem outras atividades. Elas atraem 48% que gostam do formato; 37% as veem como um meio de diversão e 34% como forma de relaxar ou se desligar da rotina.
 

Foram citados 66 títulos de novelas considerados como os melhores de todos os tempos, o Top 5 é composto por: Pantanal (25%) e Avenida Brasil (11%). Abaixo de 0,7% das preferências estão: A viagem; O cravo e a rosa; Vale tudo; O Clone; Roque Santeiro e Caminho das Índias.


Séries
Entre os 73% que amam as histórias contadas em formato de série, a possibilidade de assistir quando quer é um diferencial importante. 51% gosta do estilo porque consegue ver na hora que deseja, reforçando o crescimento do streaming na rotina.


Dentre os 183 títulos de séries citados como os melhores de todos os tempos, os que ranquearam no TOP 5, são: “Game of Thrones”; "Grey's Anatomy”; “This is us”; “Friends”; “Breaking Dad”; e “La Casa de papel”. Essas séries caem no gosto de 60% dos brasileiros pelo formato; 53% vêem as produções como diversão; e 38%, como momento para relaxar ou se desligar da rotina.
 

Telejornais

59% dos brasileiros gostam de acompanhar os telejornais, principalmente para se manterem informados - concordância entre 90% dos entrevistados. Entre aqueles listados como os melhores de todos os tempos, 55 títulos foram mencionados e a programação da rede Globo está entre os que ocupam o TOP 5. Em primeiro lugar está o Jornal Nacional (TV Globo), para 38%. Os demais telejornais estão abaixo de 0,7% das preferências e são: SPTV; Jornal da Band; Jornal Hoje; Jornal da Jovem Pan; CNN; Globonews; Jornal da Globo e Band News.


37% assistem aos telejornais por hábito e 36% por gostarem do formato. Para 32%, eles refletem situações da vida real; para 30% os jornalistas, âncoras e a produção em geral fazem a diferença; e 19% creem que sempre há algo novo nesse tipo de programação.


Reality Show

O primeiro reality show foi ao ar em 1973. An American Family (“Uma Família Americana”) foi produzido pela rede de TV americana PBS. O formato conquistou o público e hoje, o formato ganhou diferentes temas, elencos e temporadas. Para os 22% que consomem o formato, a diversão (77%), a confusão e os barracos (42%) são os motivos de interesse. 13% concordam que assistem por hábito, 21% por refletir situações da vida real e 27% por sentirem relaxamento e desligamento da rotina.
 

Por outro lado, há uma grande parcela que não vê nada de interessante e prefere outros gêneros. 71% não se interessam por não ver graça, 58% declaram que não gostam do formato e 39% não consideram diversão e descontração. 8% não se interessam porque avaliam que os reality shows não apresentam situações da vida real.


22 títulos foram citados como os melhores de todos os tempos, com os dois primeiros lugares ocupados por BBB (70%) e A Fazenda (12%). Os demais representam 02% das preferências cada e são Masterchef, De férias com o ex, Casamento às cegas e Casa dos Artistas.


Desenhos animados e Animes

Entre os 27% que gostam de desenhos animados, animações e animes, o gosto e a diversão são importantes. 5 em 10 brasileiros não possuem o hábito de consumir estes gêneros e isso é uma boa oportunidade para gerar curiosidade e atrair um novo público.


Dos 85 títulos mencionados como os melhores de todos os tempos, estão entre os cinco primeiros: Pica Pau; Naruto; Tom e Jerry; O Rei Leão; Divertidamente; Turma da Mônica; Dragon Ball; Três espiãs demais e Procurando Nemo.
 

Programas de Auditório

Os programas de auditório, gênero preferido de 25%, oferecem entretenimento e diversão para aqueles que consomem o formato. Inclusive, 26% deles assistem por hábito e outros 26% porque ajudam a relaxar e fugir da rotina. 75% se divertem vendo programas de auditório e 49% assistem porque gostam. 12% se emocionam com os quadros exibidos e 9% admiram as boas histórias contadas.

 

Entre os 22 citados estão no topo da lista o Caldeirão com Mion; Programa Sílvio Santos; e Domingão com Huck. Na sequência foram citados The Voice; Caldeirão do Huck; Domingo Legal; Chacrinha e Domingão do Faustão.
 

Metodologia

A pesquisa “Audiência. O que o brasileiro assiste e porque” foi conduzida pela Hibou em Janeiro de 2023, por painel digital, com 1952 respostas válidas obtidas.
 

Geral: Fique atento aos sinais e fatores de risco do câncer

 O processo de formação acontece lentamente

    Pixabay

Ele surge por meio de uma alteração no DNA da célula


Redação/Hourpress

O termo câncer se refere a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos do corpo. Ele surge por meio de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber informações errôneas às suas atividades.

O processo de formação acontece lentamente e pode levar anos para ser identificado. No entanto, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima, entre 2023 e 2025, 704 mil novos casos de câncer ao ano, sendo os de mama e próstata os tipos com maior incidência no Brasil.

Anualmente, no dia 4 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer, com o objetivo de aumentar a conscientização e educação sobre a doença, que é a segunda que mais mata, atrás apenas das doenças cardíacas.

Nesse sentido, o CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” reforça a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) na prevenção, tratamento e acompanhamento dos cidadãos e ilustra a efetividade desse cuidado com o caso recente de uma paciente, diagnosticada com câncer de colorretal.

Geral

Luciana Venturolli, gerente da Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Nakamura, gerenciada pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, conta que Elvira Irineu da Silva, 70, começou a ser acompanhada pela unidade em 2014. Mas foi em setembro de 2021, em uma consulta médica agendada após sentir um desconforto na região, que a paciente foi encaminhada a um cirurgião geral.

Em outubro do mesmo ano, conforme a gerente da UBS, D. Elvira passou em consulta com um especialista, que, após um exame clínico e algumas suspeitas, solicitou exames complementares, dentre os quais ressonância magnética e colonoscopia.

Após averiguação dos resultados, foi confirmado o diagnóstico de câncer de colorretal. A paciente, então, foi encaminhada pela UBS ao oncologista, dado início ao tratamento em 4 de fevereiro de 2022. Na ocasião, foram realizadas 27 sessões de radioterapia e 35 de quimioterapia, com término em novembro do ano passado.

Eugênia, filha da paciente, conta que iria antecipar o seu período de férias no trabalho para conseguir custear os exames de forma particular, porém, devido à agilidade do SUS, não foi necessário optar pela rede privada e os exames foram realizados em menos de 30 dias.

Dieta

Segundo o Inca, no Brasil, o câncer de colorretal é o terceiro mais frequente entre os homens, após o câncer de próstata e de pulmão, e o segundo mais incidente nas mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama. Estima-se cerca de 40 mil novos casos da doença anualmente.

“Levar uma vida saudável, manter uma dieta rica em alimentos saudáveis, praticar atividade física regular e restringir embutidos e bebidas alcoólicas ainda são as principais formas de prevenção do câncer”, destacou Luciana.


Mamografia

O Dia Nacional da Mamografia, instituído em 2008, é celebrado em 5 de fevereiro, com o objetivo de chamar atenção para a importância do exame na detecção precoce de alterações nas mamas.

De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor capaz de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente e outros não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres com idade entre 50 e 69 anos, uma vez a cada dois anos.

O autoconhecimento também é de suma importância para identificar possíveis alterações mamárias, seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação corriqueira.    


Túnel do Tempo: acidente de avião mata Ritchie Valenz, Buddy Holly e DJ Big Popper


Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 3 de fevereiro de 1959, início da madrugada de domingo, a queda de um avião monomotor, na cidade de Mason, Estado de Iowa, Centro-Oestes dos Estados Unidos, ao chocar-se com a serra, mata os roqueiros Ritchie Valenz, Buddy Holly (inspirador dos Beatles e Rolling Stones) e o DJ Big Popper, o primeiro a tocar canções de rock numa emissora de rádio nos Estados Unidos na década de 1950. 

Raio X de Sampa: Conheça a história da Praça Carlos Gardel

 

Luís Alberto Alves/Hourpress

 Hourpress



A Praça Carlos Gardel (foto) fica no bairro de Vila Mariana, próxima ao Parque Ibirapuera e Assembleia Legislativa de SP. No local existe um monumento em homenagem aos militares brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial. 

Carlos Gardel era o nome artístico de Charles Román Gardés, nascido em Toulose, França em 11 de dezembro de 1890. Ainda criança mudou-se com os pais para a Argentina. Aos 14 anos fugiu para o Uruguai e quando adulto e cantor retornou a Buenos Aires.

Fez muito sucesso, principalmente nas rádios dos Estados Unidos onde se tornou muito conhecido. Gravou centenas de canções e contribuiu para que o Tango ganhasse as paradas de sucesso de todo o mundo. Morreu em 24 de junho de 1935 num acidente aéreo. Veja no link abaixo, no Tik Tok, matéria feita na Praça Carlos Gardel




quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Chumbo Quente: Qual será o desfecho da crise das Americanas?

 A situação das Americanas é parecida com a do Mappin, primeira loja de departamentos fundada em 1913

  Troad


Luís Alberto Alves/Hourpress

Se os donos das Americanas olhassem para o túmulo onde está sepultada as lojas Mappin, prestariam atenção ao que está escrito na lápide: “Você será amanhã, o que sou hoje”. Quando o executivo Sergio Rial pulou do barco da presidência das Americanas no dia 11 de janeiro, ao descobrir um rombo de R$ 20 bilhões relacionados a dívidas com fornecedores, sentiu algo de podre na contabilidade da empresa.

Ao voltar no tempo, em 1999, a situação das Americanas é parecida com a do Mappin, primeira loja de departamentos fundada em 1913, por dois britânicos, inovadora no mercado de varejo, inclusive lançando a jornada de 8 horas de trabalho por volta de 1917. Porém fraudes e endividamento gigantesco acenderam o estopim de sua falência.

Mappin

O problema do Mappin começou quando a acionista majoritária, Cosette Alves, em 1996, caiu na lábia do golpista Ricardo Mansur, que lhe fez proposta estimada entre US$ 20 milhões e US$ 25 milhões (algo em torno de R$ 100 e R$ 125 milhões em valores de hoje) para  adquirir a empresa. Três anos depois, Mansur quebrou o Mappin e a Mesbla e devia no mercado US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 9,4 bilhões em valores de hoje).

Ele deu calote em funcionários, investidores, Receita Federal e governos estaduais. Em 2011, a Justiça condenou Mansur em dois processos criminais a pena de 11 anos e meio de prisão por gestão fraudulenta. Um dos donos das Americanas é o bilionário Jorge Paulo Lemann, 82 anos, atualmente o homem mais rico do Brasil, com fortuna avaliada em R$ 72 bilhões.  Até agora ele não se pronunciou para dizer como este problema será resolvido. Será que as Americanas vai repetir a tragédia do Mappin?

Americanas avalia possibilidade de pedir recuperação judicial

A Americanas S.A. divulgou hoje (19) ao mercado, conforme determina a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), fato relevante informando que avalia a possibilidade de entrar com pedido de recuperação judicial em caráter de urgência “nos próximos dias ou potencialmente nas próximas horas”.

De acordo com a empresa, se isso ocorrer, o pedido será resultado do posicionamento do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que suspendeu, em decisão monocrática referente a mandado de segurança impetrado pelo Banco BTG, o efeito da concessão estabelecida pela Décima Quinta Câmara Cível, também do TJRJ, para retomada dos direitos da companhia de reaver valores compensados por credores nos termos da decisão cautelar proferida pelo Juízo da 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, nesta semana.

Na mesma decisão, o Órgão Especial determinou o bloqueio de R$ 1,2 bilhão em conta do Banco BTG até a apreciação do mandado de segurança. A empresa afirmou que, além disso, a posição de caixa disponível da companhia para suas atividades alcançou, nesta quinta-feira, o valor de R$ 800 milhões. Conforme informou o Órgão Especial, parcela significativa deste valor estava injustificadamente indisponível para movimentação pela companhia na data de ontem. (AB)

Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Hourpress