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terça-feira, 11 de outubro de 2022

Túnel do tempo: Nascia o gênio Cartola

 

Cartola e sua esposa amada, dona Zica

Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 11 de outubro de1908  Angenor de Oliveira, o Cartola, compositor brasileiro, morto em 1980. Considerado um dos maiores sambistas do Brasil, sem muito estudo, conseguia escrever letras inesquecíveis, empregando pronomes e adjetivos como se fosse alguém letrado. abaixo dois de seus maiores sucessos: "Tive sim" e "As rosas não falam".

Tive sim

https://www.youtube.com/watch?v=CQFXc2YQKL4

As rosas não falam 

https://www.youtube.com/watch?v=pBWg7LGETL0

Raio X de Sampa: conheça a história da Rua Dr.Fabrício Vampré

                       Hourpress


Luís Alberto Alves/Hourpress

Rua Doutor Fabrício Vampré (foto) foi aberta entre aos anos de 1923 e 1924, como parte da então chamada Vila das Jabuticabeiras, antiga Vila Kostka. Sua primeira denominação foi a de Avenida das Jabuticabeiras. Esta Vila, bem como esta rua, foi entregue ao trânsito público pela Sociedade Brasileira de Educação e por Arthur Saboya em 1926.

 Médico muito conceituado em São Paulo e em cidades do Interior paulista, especialmente Rio Claro e Limeira, o Dr. Fabrício Carneiro Tupinambá Vampré era natural do Estado de Sergipe.

 Estudou na Faculdade de Medicina da Bahia, onde se formou em 1878. Transferiu depois sua residência para o Interior de São Paulo, onde por longos anos clinicou em Rio Claro e Limeira. Posteriormente veio para a Capital onde conquistou respeito por causa de sua competência, larga cultura e nobres qualidades de coração.

 Tornou-se, assim, uma das mais respeitáveis figuras da classe médica. Apesar de já estar enfermo, abriu consultório e exerceu durante algum tempo o cargo de médico do Hospício do Juqueri.  Faleceu em São Paulo no dia 26 de março 1909, sendo sepultado no cemitério do Araçá. 



sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Chumbo Quente: Polarização é resultado da briga pelo poder

 Infelizmente, a maioria das pessoas só tem acesso à ponta do iceberg

    Pixabay

No Congresso Nacional existem vários lobos disfarçados de parlamentares

Luís Alberto Alves/Hourpress

A polarização entre eleitores pró-Lula e pró-Bolsonaro já provoca medo entre as pessoas que pensam não irem votar no próximo dia 2 de outubro (domingo). A violência tomou o lugar do bom senso e qualquer discussão a respeito do assunto é motivo para agressões físicas e xingamentos, quando não ocorre tentativas de homicídios.

A palavra abstenção já provoca calafrios tanto em Lula quanto em Bolsonaro. Caso o número seja elevado, a disputa para presidir o Brasil, pelos próximos quatro anos, vai para o segundo turno. Caso um petista passe num local onde estejam bolsonaristas, correrá o risco de apanhar ou mesmo de morrer, ou vice-versa.

Mas porque as eleições deste ano jogaram combustível na fogueira do ódio? Não é novidade que os extremos são parecidos nas decisões. Existem radicais de ambos os lados. É ingenuidade imaginar que nos redutos petistas ou bolsonaristas todos são santos. A briga é pelo poder. Neste olimpo existe muito dinheiro em jogo, além da autoridade conferida pelo cargo de presidente da República.

Disputa

É briga de elefante e como diz o ditado popular, neste tipo de combate que sai perdendo é a grama. Ela é a população de eleitores, grande maioria sem emprego, sobrevivendo debaixo de pontes, às margens de rios, e ganhando baixos salários, que não atende todas as necessidades de consumo de uma família. A disputa é para colocar as mãos em licitações bilionárias, que renderão milhões nos paraísos fiscais.

As moscas que pousam no açúcar que o então presidente Bolsonaro oferece ao Centrão, por meio do orçamento secreto, serão as mesmas que repetirão o gesto com Lula, caso ele chegue ao seu terceiro mandato. As raposas acostumadas a invadirem o galinheiro para comer os ovos conhecidos como projetos de lei para beneficiar algum setor da economia.

Só bobo para crer que construção de obra pública não tenha pagamento de propina para escolha de empresas para conduzir o negócio. É jogo antigo, desde a década de 1940 é repetição do esquema de arrancar dinheiro do governo. Será que o presidente JK ao apoiar as montadoras de automóveis, colaborando para sucatear as linhas férreas, só ganhou elogios?

Costas

Em jornalismo, onde estou há 35 anos, aprendi que ninguém dá presente para outra pessoa sem pedir algo em troca. No caso de governo, o jogo é mais pesado. Nenhum segmento econômico apoia uma administração pública só aguardando tapinhas nas costas de seus presidentes. Infelizmente, a maioria das pessoas só tem acesso à ponta do iceberg.  O restante ficará oculto. Nunca tomarão conhecimento dos grandes acordos fechados na calada da noite.

Neste jogo de interesse, opositores de ontem estarão lado a lado nesta conquista de espaço em nova administração. Lembro-me da coletiva de imprensa em que o então presidente Lula jogou para escanteio a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva para cacifar a outra ministra Dilma Rousseff. Em público, ele deixou bem claro que Marina estava atrapalhando, com as suas medidas ambientalistas, que conflitavam o agronegócio.

O resultado foi a saída de Marina Silva e o caminho ficou aberto para Dilma, que se elegeu duas vezes. Recentemente para fortalecer a sua campanha, a ex-ministra voltou à lembrança de Lula. O cinismo foi tão grande, que ele não se lembrou da patifaria que fez, quando a humilhou em público. A polarização é fruto deste sujo jogo de interesse, onde os políticos nunca perderão, pois estarão apenas trocando de lugar para continuar no poder, de onde nunca desejam sair.

Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Hourpress

 

Economia: AES Brasil assina pré-contrato com o Complexo de Pecém para produção de hidrogênio e amônia verdes

 Com a acordo, a companhia inicia estudos de viabilidade técnica e comercial para a construção de uma unidade fabril



Redação/Hourpress

A AES Brasil (“Companhia”), empresa geradora de energia 100% renovável, assinou hoje um pré-contrato com o Complexo de Pecém para avançar com os estudos de viabilidade para produção de até 2 GW de hidrogênio verde (“H2V)” e de até 800 mil toneladas de amônia verde por ano, seguindo sua estratégia de contribuir para descarbonização da matriz energética global, por meio de novas tecnologias que ajudem os clientes nesta missão. A Companhia tem interesse em viabilizar uma planta de produção e comercialização de hidrogênio verde e seus derivados utilizando o terminal cearense para exportar sua produção, principalmente, para países da Europa. A assinatura aconteceu nesta quinta-feira (22), durante o Pro Energia Summit 2022, em Fortaleza -- CE.
 

Em continuidade ao Memorando de Entendimento assinado em dezembro de 2021, o pré-contrato permitirá à AES Brasil continuar a avançar nos estudos de viabilidade técnica e comercial do projeto. “Somos hoje um importante parceiro de empresas que buscam a transição energética e caminhos para a descarbonização de sua matriz. Para a AES Brasil, a assinatura desse pré-contrato representa mais um passo importante rumo à diversificação de nosso portfólio, baseado em soluções inovadoras e em energia 100% renovável”, afirma Clarissa Sadock, CEO da AES Brasil.

 

O hidrogênio verde é um vetor energético que desperta o interesse do mercado na medida em que as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa se tornaram mais desafiadoras e seu custo vem se tornando competitivo, com a diversificação de fontes de energias renováveis. “O hidrogênio se apresenta como excelente fonte de energia devido à sua abundância e ao seu potencial energético. Quando produzido a partir de uma fonte limpa, como a energia eólica ou solar, torna-se a chave para o movimento de descarbonização do planeta; e o Brasil reúne uma das melhores condições para a produção do hidrogênio verde, tanto pela complementaridade de suas fontes como por sua posição geográfica”, afirmou Ítalo Freitas, vice-presidente de Novas Soluções e Inovação da AES Internacional.

Política Pública para o desenvolvimento do mercado
 

A cadeia do H2V tem características únicas que exigem políticas públicas específicas para sua viabilização. O hidrogênio verde é um vetor energético, e não uma fonte primária de energia, como o vento ou o sol, por exemplo. Por esse motivo, necessita de uma cadeia de infraestrutura tanto para sua produção quanto para sua distribuição. Ele pode ser considerado um meio sustentável de armazenamento por longos períodos, e de transporte e exportação de grande quantidade de energia renovável. Além disso, como o hidrogênio verde também pode ser utilizado como produto químico, também é uma forma importante de descarbonizar outras indústrias, como a de fertilizantes ou siderurgia.
 

“É importante considerarmos um cenário de médio e longo prazos para a consolidação do hidrogênio e da amônia verdes como energéticos competitivos no mercado. E, neste espaço, o Brasil tem potencial para se tornar líder global na sua produção e exportação. Para isso, é necessário que uma forte política pública, envolvendo diversos setores produtivos da economia, ganhe corpo. Com objetivos claros e coordenados, podemos estabelecer metas realmente tangíveis de serem alcançadas”, finalizou Luis Sarrás, diretor global de Hidrogênio Verde da AES.

 

Sobre a AES Brasil


Acelerando o futuro da energia há mais de 20 anos, a AES Brasil é uma empresa geradora a partir de fontes 100% renováveis, que atua como plataforma integrada adaptável às demandas dos clientes. As soluções oferecidas pela companhia são customizadas, sempre buscando agregar valor e contribuir para a sustentabilidade do planeta.

Economia: Empresas de transporte público avaliam que redução do diesel tem pouco impacto

 Corte de 12,84% alivia, mas não soluciona o impacto do combustível no setor

   EBC

O diesel é o segundo maior custo do setor de transporte coletivo urbano por ônibus


Redação/Hourpress

Apesar de a Petrobras ter anunciado três cortes no preço do diesel vendido nas refinarias desde agosto, que somam 12,84% de redução, o impacto positivo sobre os custos do transporte público ainda é pequeno e gera pouco alívio sobre a pressão inflacionária que incide sobre o setor, segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos - NTU.

 

A entidade lembra que, apesar da queda, o combustível ainda acumula alta de 46% somente este ano e segue num dos patamares mais altos da série histórica. O diesel é o segundo maior custo do setor de transporte coletivo urbano por ônibus, respondendo por 32,8% no custo total do setor, ficando atrás somente do custo de mão de obra, que é de 50% em média.

 

“Um terço do custo do transporte vem do diesel, e isso se reflete nas tarifas. Só que as altas acumuladas desde o ano passado superam em muito essas recentes reduções. Para sonharmos com algum efeito positivo sobre as tarifas, precisaríamos de cortes mais expressivos no custo do diesel. É preciso ainda levar em conta a situação daquelas cidades que estão com as tarifas represadas desde o início da pandemia e, portanto, com desequilíbrios econômico-financeiros a recuperar”, afirmou o presidente-executivo da NTU, Francisco Christovam.


Demanda


 Segundo o Anuário NTU 2021-2022, os sistemas organizados de transporte público por ônibus urbano tiveram uma perda acumulada de cerca de R$ 31 bilhões, do início da pandemia a agosto deste ano, decorrente da perda de passageiros e da necessidade de manter uma oferta de serviço acima da demanda, devido às medidas de distanciamento social.

 

Segundo o presidente da NTU, os aumentos do diesel entre junho do ano passado e maio deste ano, da ordem de 80,9%, impactaram em 26,5% a tarifa pública dos ônibus urbanos, em média. Mas esse aumento de custo não precisa ser repassado ao passageiro pagante se for assumido pelo poder público, que contrata as empresas operadoras e é responsável pela prestação dos serviços.

 

"Custo é uma questão de engenharia e de economia, enquanto a decisão sobre aumento ou redução da tarifa é uma questão política e social, é ato discricionário do prefeito ou do governador, no caso das linhas intermunicipais", destacou Francisco Christovam. 


"Se o poder público fixar um valor de tarifa no mesmo patamar da remuneração devida às empresas, a conta estará equilibrada. Se a tarifa pública ficar abaixo da tarifa de remuneração, que deve cobrir os custos do serviço, o prefeito ou governador terão que subsidiar os passageiros e, se necessário, buscar as chamadas receitas extratarifárias. O que as empresas têm que fazer é buscar eficiência e serviço ao menor custo possível, mas cabe ao poder público garantir o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos das operadoras, sob pena de comprometer a qualidade e a própria continuidade do serviço”.

 

A NTU defende a aplicação, no cálculo das tarifas, da diretriz estabelecida na Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012), que prevê a separação da tarifa pública, paga pelo passageiro, da tarifa de remuneração, a ser paga às empresas, e que deve cobrir os custos da operação. Eventuais diferenças seriam subsidiadas pelo poder público, como já ocorre, em mais de 250 cidades, sendo que, em 51 municípios, essa separação tarifária já ocorre de modo permanente.

Economia: WPP anuncia compra da Jeffrey Group

    Pixabay

    As receitas deverão atingir cerca de US$ 30 milhões (R$ 150 milhões)

Redação/Hourpress

WPP anunciou na manhã desta quarta-feira (21/9), em Nova York, a aquisição da JeffreyGroup e um realinhamento de negócios envolvendo as marcas Hill+Knowlton Strategies e Ideal. O Grupo não divulgou valores, mas, por informações do mercado, estima-se que as receitas latino-americanas de Jeffrey mais H+K Strategies devam chegar a aproximadamente U$ 30 milhões ou R$ 150 milhões.

Outro movimento de impacto da operação foi a decisão de internacionalizar a Ideal, posicionando-a como marca mais focada em inovação, tecnologia e transformação digital. Esse é, a propósito, um marco para o PR brasileiro, pois não houve até hoje um caso como esse de a marca brasileira adquirida ter se transformado em plataforma internacional, como a Ideal está virando agora.

Artigo: Os riscos do voto útil

   EBC

O sufrágio universal significa, em última análise, que todo voto conta, que todos têm igual voz

 

André Naves 


A Democracia não é apenas a vontade da maioria representada pela acrítica soma dos votos. Ela é também temperada pela dignidade das minorias, sempre com a finalidade precípua de concretização dos Direitos Humanos. Estes, decorrentes do direito à Vida, à Liberdade, à Propriedade, à Segurança e à Igualdade, podem ser resumidos na noção efetiva de equalização de oportunidades entre todas as individualidades.


Elemento eminentemente fundamental de nosso país, já que o Brasil é estruturado como “Estado Democrático de Direito”, a Democracia depende, para que se perfaça em seus objetivos precípuos, do voto autêntico e consciente de cada cidadão. É que o voto, além de decidir as maiorias governantes, também define o tamanho da participação das minorias nos governos e nas oposições, influenciando, assim, a construção e o desenvolvimento das políticas públicas nacionais e setoriais.
 

Vale dizer que o voto, muito mais do que apenas um indicador numérico, também possui a importantíssima função de comunicar aos eleitos quais os principais interesses emergentes da sociedade, que devem ser levados em conta na hora de balizar os desígnios governamentais.


Voto
 

Muito mais do que um jogo em que o vencedor leva tudo e os derrotados são completamente anulados em seus reclamos, o sufrágio universal significa, em última análise, que todo voto conta, que todos têm igual voz, que ninguém fica para trás e que os governantes eleitos devem ter seus poderes limitados na medida dos interesses denotados pelos votos.


Dessa maneira, o chamado, impropriamente, voto útil, aquele em que se busca a eliminação de um candidato, é o oposto do que se pode entender por algo que otimize a manifestação de vontade individual. Voto útil não é aquele descartado nas fogueiras da intolerância política. Não é aquele nascido de chantagens, ojerizas e medos sociais. Não é aquele atirado junto às escórias populistas, prejudicando a diversidade e a pluralidade de desejos sociais, e destruindo políticas públicas inclusivas ao majorar as barreiras sociais existentes.
 

Essa armadilha antidemocrática chamada “voto útil” é extremamente excludente! O verdadeiro voto útil não é aquele que se concentra em um candidato para derrotar outro, mas sim aquele que cumpre todas as suas funções, decidindo maiorias, estabelecendo minorias, comunicando os interesses nacionais e setoriais e influenciando a estruturação de eficientes políticas públicas.


Eleitos
 

O verdadeiro voto útil é aquele que otimiza a cidadania ativa, impulsionando as individualidades na fiscalização dos atos governamentais, na participação política, eleitoral ou não, perante a sociedade civil, e nas constantes críticas aos eventuais descalabros perpetrados pelos eleitos.
 

O desenvolvimento sustentável, inclusivo e justo, depende do verdadeiro voto útil, o voto consciente e autêntico!

 

*André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Sociais. Escritor, professor e palestrante.