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Gicele Brandão
Gicele Brandão, graduada em Economia e com MBA em Marketing e Gestão de Projetos
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Campanha de testes na favela de Paraisópolis, Zona Sul de São Paulo |
Redação/Hourpress
O projeto Bora Testar, criado para levar testes de diagnóstico às 10 maiores favelas do país com o objetivo de ajudar na prevenção da saúde de sua população e gerar dados que traduzam a realidade desses territórios, chega ao nordeste do país. A quarta maior favela do país, Coroadinho, em São Luis do Maranhão, vai ser o próximo território a receber a campanha, que já passou pelas quatro maiores favelas do eixo Rio – São Paulo.
Com patrocínio da empresa de mídia Outdoor Social e em parceria com a agência de comunicação LatAm Intersect PR, a testagem acontecerá neste final de semana - dias 6 e 7 de novembro. O objetivo da Campanha é alcançar as comunidades do Grupo G-10, composto pelas 10 maiores favelas do Brasil, e do qual o bairro Coroadinho, na capital maranhense, também faz parte.
Como aconteceu nas outras comunidades, Coroadinho foi dividido por setores censitários demarcados pelo IBGE para que o alcance da campanha seja proporcional e a pesquisa seja um retrato preciso do impacto da coronavírus na favela. Serão 400 casas visitadas, de porta em porta, dentro de quatro quadrantes e 55 setores, para triagem e encaminhamento para testes.
“Como gestora do Núcleo de Educação Comunitária do Coroadinho, muitas vezes, me deparo com situações adversas, a fome, a falta de saneamento e a falta de segurança que nos afligem na periferia. A pandemia intensificou tudo isso. Com o Bora Testar podemos informar, identificar e tratar os efeitos da Covid-19 nos moradores da comunidade, porque munidos da informação podemos sensibilizar o governo e a sociedade, para que busquemos juntos as soluções que efetivamente salvem nossas vidas”, diz Cristiane de Vicq, líder do G-10 das Favelas em São Luis, um bloco de líderes e empreendedores de impacto social das favelas, que se uniram para fortalecer o desenvolvimento econômico das 10 maiores favelas do Brasil e tem ajudado o projeto Bora Testar a promover as ações nas comunidades.
Para a visita à Coroadinho, a ação contará com seis equipes compostas por guias locais e profissionais da saúde que serão responsáveis por triar e aplicar os testes. “Nós privilegiamos trabalhar com pessoas da comunidade onde acontece a ação, porque é mais uma maneira de apoiar os moradores desses territórios que estão ainda mais vulneráveis com a pandemia”, afirma Emilia Rabello, uma das idealizadoras do projeto e responsável pelo planejamento e coordenação da equipe em campo.
Para dar suporte e inteligência à triagem, é utilizado um questionário de saúde e de dados socioeconômicos, hospedados na plataforma online Ciente (https://app.ciente.net/covid/
Desde o início do projeto, foram mais de 1600 pessoas entrevistadas e em média, mais de 20% delas foram encaminhadas para o teste de Covid-19, após ser avaliada a possibilidade de estarem infectadas. A Rocinha é o local com maior número de contaminados (17%). Em seguida, aparece Paraisópolis com 6,3%, Heliópolis com 4% e Cidade Tiradentes com apenas 1,5% - bem abaixo da média geral. “Nosso objetivo é alcançar todo o país, e ao final ter um retrato do impacto da Covid nas favelas brasileiras. Para isso, contamos com a solidariedade da sociedade com a campanha”, afirma Claudia Daré, também idealizadora do projeto.
O Bora Testar conta com apoio de empresas solidárias e com uma plataforma de crowfunding para compra de testes e suporte logístico. E continua em busca de captação para ir para Baixada Nova Jurunas em Belém do Pará, Cidade de Deus em Manaus, Casa Amarela em recife, Pirambu, em Fortaleza, Ceará e Sol Nascente em Brasília, além do Morro do Alemão e Rio das Pedras, no Rio de Janeiro.
Para contribuir com qualquer valor a partir de 10 reais, basta acessar a plataforma aqui. Conheça mais sobre o projeto nas redes sociais @boratestarcovid no Instagram e Facebook.
O Desemprego - Os dados levantados pelo projeto Bora Testar, além do número de contaminados, trazem também um grave problema que atinge essa população - o desemprego. Em todos os locais, a falta de trabalho, provocada pela pandemia, aparece com alta incidência e acima da média nacional, que atualmente é de 14,4%, de acordo com dados oficiais do governo.
Em São Paulo, Paraisópolis apresenta o índice mais alto de desemprego - 26%. Em seguida, o bairro Cidade Tiradentes, com 22% dos entrevistados sem trabalho. Em Heliópolis, 18,5% estão desempregados. E por último, aparece a Rocinha, no rio de Janeiro, com 17,2% das pessoas desempregadas. Em todas as comunidades, a maioria das famílias vive com uma renda mensal de R$1045,00 – até 90%. O perfil majoritário dos que estão atualmente sem trabalho são de pessoas que se declaram negras ou pardas, com formação escolar entre primeiro e segundo grau incompletos.
Dados resultantes da ação em Paraisópolis - SP
400 moradores passaram por triagem. 28% foram encaminhados para testes e 6,3% tiveram resultado positivo para a Covid-19. Entre os que apresentaram resultado positivo para o coronavírus, 48% têm renda familiar até R$ 1045 reais. Foram contaminados igualmente 40,7% dos que têm o fundamental incompleto e os que têm ensino médio e superior incompletos. O contágio se deu com maior incidência entre os moradores que saem de casa para trabalhar (51,9%). 40% das pessoas trabalham com atendimento presencial (serviços) e 50% servem na área de saúde.
Dados resultantes da ação em Heliópolis - SP
Passaram pela triagem 400 pessoas e 26% foram encaminhadas para testes. Desse total, 4% apresentaram resultados positivos. Profissionais que atendem pessoas presencialmente são maioria, 23% no setor de serviços e 7% no comércio. Todos os diagnósticos positivos estão entre pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos.
Dados resultantes da ação em Cidade Tiradentes – SP
Com mais de 100 setores, a ação se deu no centro dos conjuntos habitacionais e 400 pessoas foram entrevistadas. 42% possuem renda familiar igual a um salário mínimo e 70% fazem uso do transporte público. Apesar de 20% afirmar que não usam máscara com frequência e 22% nunca terem feito teste para diagnóstico da Covid-19, nessa comunidade, o índice de contaminação apresentado foi bastante baixo: dos 24% encaminhados para a testagem, apenas 1,5% teve resultado positivo.
Dados resultantes da ação na Rocinha - RJ
Seguindo a metodologia padrão, foram realizadas 413 entrevistas. Desse total, 26% foram indicados para realizar os testes e 17% apresentaram resultado positivo - o índice mais alto das favelas percorridas até agora pelo Bora Testar. Destes, 23,5% usam transporte público e 18% residem no Quadrante 2 - uma região de grande concentração de comércio. O maior número de contaminados (8,1%) está entre 50 e 59 anos de idade, seguido de 7,7% entre os que têm menos de 20 anos. O número de mulheres contaminadas é de 19,2%, índice maior que o de homens (13,6%). 13% das pessoas com teste positivo trabalham no comércio, em atendimento presencial. Na Rocinha, 51% da população se declara parda e 22,5% negra. É preocupante que 37% disseram não usar máscara com frequência e 12,3% as usam às vezes. 43% nunca fizeram teste para a Covid.
Serviço:
Local de Encontro: Colmeia
Endereço:Av. Amália Saldanha n 286. Coroadinho. Ao lado da loja burguesinha
Horário de testagem: 8h30 às 17h
Sobre a Campanha Bora Testar
Idealizada para levar testes de diagnóstico da Covid-19 às favelas do Brasil, o objetivo da campanha é ajudar a preservar a saúde dessa população,
Agência Brasil
A composição química e ingredientes de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes comercializados no Brasil deverão estar descritos em português nos rótulos das embalagens. A determinação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida foi publicada ontem (5) no Diário Oficial da União e entra em vigor daqui a um ano, em 5 de novembro de 2021.
De acordo com a resolução, aprovada pela diretoria colegiada do órgão, a medida foi adotada em razão de decisão judicial em ação civil pública. A descrição da composição química em português deve ser inserida sem prejuízo dos demais requisitos previstos nos regulamentos sobre rotulagem em vigor.
A Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos (INCI, na sigla em inglês) continua obrigatória e deve constar nos produtos. O sistema de codificação é adotado mundialmente para padronizar os ingredientes na rotulagem dos cosméticos.
A composição química em língua portuguesa poderá ser incluída no rótulo original do produto em etiqueta complementar, desde que seja garantido a integridade das cores e do material com o qual a etiqueta for confeccionada, de modo impedir que ela seja retirada parcial ou totalmente.
Os produtos fabricados antes de 5 de novembro do ano que vem poderão ser comercializados até os seus respectivos prazos de validade. Após a vigência, o descumprimento da medida será caracterizado como infração sanitária, sujeita às penalidades.