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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Túnel do Tempo: Músico Geldof ganha medalha do governo britânico


Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 11 de junho de 1986, o músico irlandês Bob Geldof é condecorado “Cavaleiro da Ordem do Império Britânico” por suas campanhas em favor dos famintos da África, com o festival beneficente Live-Aid.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Alameda Eduardo Prado


Luís Alberto Alves/Hourpress

Eduardo Paulo da Silva Prado nasceu em 1860, em São Paulo. Era filho de Dona Veridiana (nome de rua ao lado da Santa Casa de Misericórdia de SP) e de Martinho Prado, proprietário de grandes glebas de terra na cidade no século 19 e também nome de rua na região do Bixiga, Centro da Capital.

 Advogado, Eduardo teve uma das maiores bibliotecas da cidade. Fundou o Instituto Histórico de São Paulo e trabalho vários anos no Jornal Comércio de S.Paulo, onde sua mãe era presidente. Morreu em 1901. A Alameda Eduardo Prado (foto) fica no bairro de Santa Cecília, Centro. 

terça-feira, 9 de junho de 2020

Internacional: Vida de George Floyd é celebrada em funeral, família pede justiça


O policial, Derek Chauvin, de 44 anos, foi acusado de assassinato em segundo grau


Agência Reuters

George Floyd, o homem afro-americano cuja morte sob custódia policial provocou uma onda de protestos contra o racismo por todo o mundo, foi exaltado nesta terça-feira como um “gigante gentil” e como um símbolo da luta dos oprimidos por Justiça em seu funeral na cidade onde foi criado. 
Familiares de George Floyd durante funeral celeberado nesta terça-feira. 09/06/2020. Reuters/Godofredo A. Vasquez.
Familiares e amigos, a maioria deles vestidos de branco, falaram ao microfone e descreveram Floyd como detentor de uma personalidade amável e especial que merece Justiça após sua morte enquanto era detido por policiais de Mineápolis no dia 25 de maio.
O afro-americano de 46 anos que cresceu na cidade de Houston morreu após um policial branco ajoelhar sobre seu pescoço por 8 minutos e 46 segundos. O policial, Derek Chauvin, de 44 anos, foi acusado de assassinato em segundo grau, e outros três de auxílio e cumplicidade no crime.
A morte de Floyd foi gravada com detalhes excruciantes por um pedestre que passava no momento, e suas palavras “Eu não consigo respirar” chocaram o mundo e alavancaram uma onda de manifestações contra o racismo e a violência policial contra minorias.
A sobrinha de Floyd Brooke Williams disse em sua homenagem que atraiu aplausos do público na Igreja Fountain of Praise: “Eu consigo respirar. E enquanto eu respirar, a Justiça será feita.”
Aconselhados a se protegerem contra a pandemia do coronavírus e usarem máscaras sobre suas bocas e narizes, alguns dos presentes usavam as máscaras com as palavras “Eu não consigo respirar.” 
“Isso não foi apenas uma tragédia, foi um crime”, disse o reverendo Al Sharpton, um importante líder na luta pelos Direitos Civis, no principal tributo da cerimônia, em referência à morte de Floyd. 
“Até que essas pessoas paguem pelo que fizeram, estaremos lá com elas, pois vidas como a de George Floyd não importarão até que alguém pague o preço por abreviá-las.” 
Cerca de 500 pessoas foram convidadas à cerimônia funeral, que também incluiu serviços na semana passada em Mineápolis e em Raeford, no Estado da Carolina do Norte, onde Floyd nasceu. 
“Essa é a celebração de sua ida para casa”, disse a reverenda Mia Wright, pastora na igreja, aos presentes. Faixas apresentavam ilustrações de Floyd no estilo “pop art”, vestindo um boné, e com uma auréola sobre sua cabeça. 
A cerimônia foi muito mais do que um simples velório para um ente querido falecido. A igreja foi inundada pelos sons comoventes de canções gospel e foram apresentados vídeos com memórias compartilhadas da vida do homem de 1,98m que era conhecido como “Big Floyd”.

Internacional: Irã vai executar espião que deu informações aos Estados Unidos






Dados causaram a morte, em Bagdá, do general Qassem Soleimani


Agência Brasil 

O Irã vai executar um homem condenado por fornecer informações aos Estados Unidos e Israel sobre o general da guarda revolucionária Qassem Soleimani, morto num ataque realizado pelos norte-americanos em Bagdá, em janeiro, anunciou hoje (9) fonte oficial.
O porta-voz do judiciário iraniano, Gholamhossein Esmaili, divulgou pouca informação sobre o homem condenado, mas forneceu o seu nome: Mahmoud Mousavi Majd.
Esmaili acusou Majd de partilhar informações de segurança sobre os guardiões da revolução e a sua unidade Força Quds (encarregada das operações no estrangeiro), a qual Soleimani comandava.
Majd estava "ligado à CIA (agência de informação dos EUA) e ao Mossad (agência de informação israelense)", declarou o porta-voz. Nenhuma das agências de informação citadas comentou as declarações das autoridades iranianas.
Esmaili não disse quando Majd seria executado, somente que seria "em breve".
O porta-voz também não ligou diretamente as informações supostamente oferecidas por Majd à morte de Soleimani.
Em 3 de janeiro, o general Qassem Soleimani foi morto num ataque com um drone realizado pelos Estados Unidos em Bagdá, no Iraque.
O ataque também matou Abu Mahdi al-Muhandis, vice-comandante das milícias apoiadas pelo Irã no Iraque, conhecidas como Forças de Mobilização Popular, e cinco outras pessoas, incluindo o oficial de protocolo do aeroporto das milícias, Mohammed Reda.
Mais tarde, o Irã retaliou com um ataque de míssil balístico contra as forças norte-americanas no Iraque. Naquela mesma noite, os guardiões derrubaram acidentalmente um avião ucraniano em Teerã, matando 176 pessoas.
 

Política: Projeto prevê compensação financeira para trabalhadores de serviços funerários atingidos por Covid-19



Ajuda será de R$ 50 mil pagos ao trabalhador ou a seus dependentes, em caso de falecimento


Luís Alberto Alves/Hourpress Agência Câmara 

O Projeto de Lei 3184/20 garante compensação financeira a ser paga pela União aos agentes sepultadores incapacitados ou vitimados pela Covid-19. A proposta, da deputada Luiza Erundina (Psol-SP) e do deputado Ivan Valente (Psol-SP), tramita na Câmara dos Deputados.

A compensação prevista será de R$ 50 mil pagos em uma única parcela ao sepultador incapacitado permanentemente para o trabalho em razão da doença ou, em caso de morte deste, a cônjuges e dependentes, com rateio entre eles.

Também é prevista uma única prestação de valor variável devida a cada um dos dependentes menores de 21 anos do agente falecido. O valor será calculado a partir da multiplicação da quantia de R$ 10 mil pelo número de anos que falte para atingir a idade de 21 anos. A proposta traz ainda detalhamentos caso, por exemplo, haja algum dependente com deficiência.

A compensação será concedida após a análise de requerimento dirigido ao órgão competente, conforme regulamentação posterior. Sobre ela não incidirá imposto de renda ou contribuição previdenciária.

O texto considera agentes sepultadores os que auxiliam nos serviços funerários; constroem, preparam, limpam, abrem e fecham sepulturas; realizam sepultamentos e traslados de corpos; conservam cemitérios, máquinas e ferramentas de trabalho; e ainda os que zelam pela segurança do cemitério.


Apoio psicológico

O projeto garante ainda proteção e apoio psicológico aos sepultadores. O texto obriga estabelecimentos funerários e de sepultamento, públicos e privados, a fornecer aos agentes itens de higiene e equipamentos de proteção individual (EPIs), inclusive roupas impermeáveis.


Além disso, as empresas deverão identificar os trabalhadores que se enquadram em grupos de risco, além de promover a testagem de todos aqueles expostos a perigo de contaminação. Os identificados como sendo do grupo de risco, os que apresentarem sintomas, os que tiverem diagnóstico confirmado e ainda os cuidadores principais de idosos deverão ser imediatamente afastados do trabalho, com remuneração.

O Poder Público, por sua vez, deverá ofertar apoio psicológico gratuitamente a todos os agentes sepultadores por meio de tecnologias da informação e comunicação enquanto durar a pandemia e presencialmente após o fim do estado de emergência, enquanto houver necessidade.


Estresse

Luiza Erundina e Ivan Valente argumentam que os sepultadores, por entrarem em contato com vítimas da Covid-19, estão expostos à doença e, mesmo assim, exercem suas atividades sem muita orientação. Além disso, continuam, esses profissionais estão impactados pelo aumento no número de sepultamentos com que precisam lidar a cada dia.


“Se o fato de lidar com a morte já causava desconforto para esses trabalhadores, agora eles estão em estado de grande estresse, o que prejudica sua saúde. Vivem constantemente com medo por causa do alto risco de se contaminar ou infectar seus familiares e amigos. Por isso, é de grande importância que eles recebam algum tipo de proteção, atenção e, havendo necessidade, indenização”, defendem os parlamentares na justificativa do projeto.



Política: Projeto prevê proteção para motoristas e cobradores de ônibus durante pandemia


O texto prevê a instalação, pelas empresas de transporte viário, de barreiras transparentes nos veículos


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara 

O Projeto de Lei 3189/20 estabelece medidas para garantir a segurança de motoristas e cobradores de ônibus durante a pandemia de Covid-19. Entre outros pontos, o texto prevê a instalação, pelas empresas de transporte viário, de barreiras transparentes nos veículos, para proteção de motoristas e cobradores. Também fixa o pagamento das gratificações devidas aos trabalhadores afastados em razão da doença.
Biné Morais/Agência São Luís
Saúde - doenças - coronavírus Covid-19 pandemia transportes coletivos ônibus máscaras prevenção contágio contaminação cobradores rodoviários (São Luís-MA)
No texto, deputados apontam que os trabalhadores do transporte coletivo estão muito expostos ao coronavírus

Conforme o texto, os motoristas e cobradores afastados do trabalho em razão da doença ou por pertencerem a grupos de risco receberão o salário integral, inclusive as verbas não salariais, como auxílio alimentação, e as remunerações extraordinárias, como horas extras. A proposta proíbe ainda a demissão por até um ano após o retorno da licença médica.

O projeto também determina a disponibilização, pelas empresas, de equipamentos de proteção individual, como luvas e máscaras, e de álcool em gel a 70% a todos os trabalhadores. É prevista ainda a desinfecção dos veículos e terminais rodoviários, a aferição diária da temperatura dos trabalhadores e a afixação de cartaz nos veículos e nos terminais para informar aos passageiros sobre a obrigatoriedade e a importância do uso de máscara e da adoção das medidas de proteção contra a Covid-19.


Vulnerabilidade

Os autores do projeto argumentam que os trabalhadores do transporte coletivo estão bastante expostos ao novo coronavírus em todo o Brasil, devido às aglomerações que se formam nos veículos, o que contribui para facilitar a propagação do vírus.


“Segundo estudo do Instituto Alberto Luiz Coimbra, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), entre todas as profissões relacionadas a transporte, os rodoviários tiveram vulnerabilidade de 70% ou mais, em uma probabilidade bem alta de contrair a doença. Neste sentido, torna-se fundamental que o Estado assegure plena proteção a esses trabalhadores”, defendem os parlamentares, na justificativa do projeto.

Se a proposta for aprovada e virar lei, as empresas de transporte terão dez dias para instalar as barreiras de proteção nos ônibus. Quem não cumprir as regras previstas incidirá em crime de infração de medida sanitária. A pena prevista no Código Penal é detenção de um mês a um ano e multa.


Política: Ministro do STF manda governo divulgar dados totais de covid-19



Moraes classificou a pandemia de “ameaça real e gravíssima”


Agência Brasil 


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo federal divulgue na íntegra os dados relativos ao contágio e às mortes pelo novo coronavírus (covid-19), nos moldes de como vinha sendo realizado pelo Ministério da Saúde até o dia 4 de junho.
O magistrado atendeu a um pedido de liminar (decisão provisória) feito pelos partidos Rede Sustentabilidade, PCdoB e Psol em uma ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF). Na decisão, Moraes classificou a pandemia de “ameaça real e gravíssima” e destacou que há mais de 36 mil mortes no Brasil em decorrência do novo coronavírus.
O ministro afirmou que as consequências para a população podem ser desastrosas “caso não sejam adotadas medidas de efetividade internacionalmente reconhecidas, dentre elas, a coleta, análise, armazenamento e divulgação de relevantes dados epidemiológicos necessários, tanto ao planejamento do poder público para tomada de decisões e encaminhamento de políticas públicas, quanto do pleno acesso da população para efetivo conhecimento da situação vivenciada no país”.
Pela decisão, o Ministério da Saúde fica obrigado a divulgar e manter uma divulgação diária e integral dos dados epidemiológicos relativos à pandemia, incluindo o número acumulado de contaminados e mortos. 
Para Moraes, isso é necessário para que sejam cumpridos “os princípios constitucionais da publicidade e transparência e do dever constitucional de executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica em defesa da vida e da saúde”.

Entenda o caso

Na noite de domingo (7), o Ministério da Saúde anunciou uma mudança no formato de divulgação dos dados relativos à pandemia. Pela nova metodologia, por exemplo, em vez de divulgar o número de mortes acumuladas na data de notificação, passa a ser divulgado com maior destaque somente o número de mortes que efetivamente ocorreram naquele dia.
A explicação dada pelo governo foi de que a divulgação do acúmulo de casos, como vinha sendo feito, dificulta a verificação das mudanças dos cenários regionais, estaduais e municipais.
“O uso da data de ocorrência (e não da data de registro) auxiliará a se ter um panorama mais realista do que ocorre em nível nacional e favorecerá a predição, criando condições para a adoção de medidas mais adequadas para o enfrentamento da covid-19, nos âmbitos regional e nacional”, disse o ministério em comunicado divulgado na noite de domingo (7).
Ontem (8), o governo fez outro anúncio sobre a criação de uma nova plataforma interativa com os dados, que deve ser lançada nesta semana. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, as secretarias estaduais enviarão as informações até as 16h e os dados totais nacionais serão divulgados até as 18h30.
Em entrevista coletiva, o diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis, Eduardo Macário, disse que as mortes por covid-19 confirmadas com dias de atraso continuarão a ser contabilizadas, mas que o dia de ocorrência será considerado e isso impactará a curva epidemiológica de evolução da pandemia. “O total continua o total”, afirmou.

MPF

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, no sábado (6), procedimento extrajudicial para apurar porque o Ministério da Saúde mudou a forma de divulgação dos dados do novo coronavírus no Brasil. O MPF pedirá ao ministério a cópia do ato administrativo que determinou a retirada do número acumulado de mortes do painel, bem como do inteiro teor do procedimento administrativo que resultou na adoção da medida. 

Último balanço

De acordo com o último balanço divulgado pelo governo federal na noite de ontem (8), o Brasil registrou na  segunda-feira 15.654 novos casos de covid-19 e 679 novas mortes.
Com isso, os totais subiram para 707.412 casos confirmados da doença e 37.134 mortes.

Divulgação paralela

Em meio a essas mudanças, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) disponibilizou ontem (7), em seu site, um painel próprio com dados atualizados sobre o número de casos da covid-19 no país. A atualização feita ontem mostra 679 novas mortes e 15.564 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. 
De acordo com a entidade, a iniciativa está pautada “pelo mais alto interesse público”, com vista à “defesa da saúde e da vida” dos brasileiros.
As informações da nova ferramenta serão fornecidas pelos estados e estarão disponíveis diariamente até as 18h. O conselho reúne os secretários de saúde das 27 unidades da federação.