O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo, depois do câncer de pele não-melanoma, correspondendo a 25% dos casos novos a cada ano. No Brasil, este percentual é de 29%. A doença é causada pela multiplicação desordenada de células da mama, gerando a formação de células anormais e, consequentemente, um tumor.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa para 2019, é de 59.700 novos casos. O número de mortes em 2017 foi de 16.927, sendo 16.724 mulheres e 203 homens. A doença pode ser investigada através do exame clínico das mamas, exames de imagem como mamografia, ultrassonografia e ressonância nuclear magnética. A confirmação diagnóstica, porém, só pode ser feita através da biópsia.
“Há vários tipos de câncer de mama e com comportamentos diferentes, por isso uns tem o crescimento mais rápido e outros, mais lento. É importante salientar que o câncer de mama também acomete os homens – contudo, é raro, representando apenas 1 % do total de casos da doença”, explica o Dr Leopoldo Cruz Vieira, ginecologista obstetra e mastologista do HSANP.
“Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem alto potencial curativo. No caso de metástases, o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida”, ressalta Leopoldo.
O exame de mamografia é recomendado para mulheres a partir de 40 anos. Porém, existem mulheres fora dessa faixa etária que descobrem a doença. A idade mínima para rastreamento mamográfico é de 40 anos. Porém, toda investigação deve ser individualizada para pacientes mais jovens, principalmente para as que possuem maiores fatores de risco”, afirma o ginecologista.
A doença pode ser tratada através de cirurgia para remoção do tumor e radioterapia, ou por tratamentos sistêmicos, como quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. Os avanços vêm ocorrendo em relação ao maior conhecimento da doença através do estudo da biologia molecular tumoral, possibilitando tratamentos mais eficazes e menos invasivos.
A redução de risco e o diagnóstico precoce da doença seguem sendo os principais fatores para reduzir a mortalidade por câncer. Segundo o INCA, é possível reduzir em 30% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama a partir da adoção de bons hábitos, como a prática de atividades físicas regulares, alimentação saudável, não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, ter peso corporal adequado e não usar hormônios sintéticos em altas doses.
A mortalidade por câncer de mama apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer nas mulheres brasileiras. O Sul e o Sudeste são as regiões que apresentam as maiores taxas de mortalidade, com 15,26 e 14,56 óbitos/100 mil mulheres em 2015, respectivamente.
A incidência da doença aumenta em mulheres a partir dos 40 anos. Abaixo dessa faixa etária, a ocorrência da doença é menor, bem como sua mortalidade, tendo ocorrido menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres. Já a partir dos 60 anos o risco é 10 vezes maior.
Sobre o HSANP
Investimento de um grupo de médicos e gestores especializados na área de saúde com mais de 20 anos de experiência, o HSANP é referência na Zona Norte da Grande São Paulo. Seu objetivo é servir à população, com atendimento qualificado, alta tecnologia e corpo clínico especializado.