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quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Economia: Brasil desperdiça R$71 mi em energia por dia


Evento em Curitiba dá dicas de como reduzir o gasto com energia elétrica nas indústrias, vilões deste desperdício
Redação/Hourpress
Mais de 71 milhões de reais por dia, ou 52 bilhões de reais em dois anos: este é o montante do desperdício de energia elétrica no Brasil. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), que analisou os anos de 2015 a 2017. Isso representa aproximadamente metade de toda a produção de energia elétrica de Itaipu no mesmo período.
O setor industrial é um dos responsáveis por esse processo, pois consome 40% da energia gerada no país. E erra quem pensa que a iluminação é o vilão desta história. Os motores elétricos são os que mais consomem energia elétrica nas fábricas: 68%.
O incorreto dimensionamento das cargas dos motores e equipamentos elétricos é que geralmente ocasionam este gasto adicional, que muitas vezes não é nem notado pelo empresário. “O desperdício é cobrado em valor de multa na conta de energia, que vem descrita como Energia Reativa Excedente. Confunde e pode representar até 30% do valor da fatura”, explica Fábio Amaral, diretor da Engerey Painéis Elétricos, empresa que promove um workshop sobre o assunto no dia 17 de Outubro em Curitiba. 
O evento é gratuito e pretende levar informações úteis aos profissionais do setor elétrico e industrial de como reduzir o consumo de energia nas indústrias simplesmente olhando para a fatura de energia, entendendo de fato o que cada informação descrita significa que muitas vezes é uma multa, mesmo que isso não esteja explícito.  
O palestrante será o Engenheiro Eletricista Paulo César dos Santos, sócio-diretor da Efi Energy, que demonstrará um dos truques muito utilizados nas indústrias e que auxiliam na redução da conta de energia, que são os bancos de capacitores.”Dos casos que já atendemos, 80% das indústrias desconheciam a multa e não sabiam como proceder para eliminá-la. Para solucionar o problema, corrigimos o dimensionando de cada equipamento ou instalamos um quadro elétrico”, explica.
"Os bancos de capacitores controlam as oscilações de potência dos equipamentos e eliminam a energia reativa excedente. Eles são instalados por grupos de cargas para correção do fator de potência coletivo, ou de modo localizado junto ao equipamento a ser corrigido", afirma Amaral. 
Outro assunto abordado no evento será a importância da automação e da troca de motores nos sistemas industriais, já que houve muita inovação e modernização nos últimos anos, garantindo que os equipamentos operem na melhor condição técnica possível: “Tem que olhar para o sistema vendo-o como um consumidor de energia e tomar as medidas necessárias para a redução desse consumo”, alerta Paulo.
O workshop acontece no dia 17 de Outubro, das 19 às 21 horas, na sede da Engerey Painéis Elétricos, localizada na Av. Presidente Wenceslau Braz, 2615 – Parolin, Curitiba.  
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no link: https://www.sympla.com.br/workshop-eficiencia-energetica__665164


Economia: Na Feira do Empreendedor palestras debatem soluções financeiras e vantagens do cooperativismo para empreendedores


Primeira instituição financeira cooperativa do país, Sicredi apresenta novidades durante o evento, que acontece em São Paulo

Redação/Hourpress
Inspirar, fomentar novos negócios e gerar capacitação profissional para empreendedores. Esses são alguns dos objetivos da Feira do Empreendedor, realizada pelo Sebrae de 5 a 8 de outubro, no Anhembi, em São Paulo. O evento, considerado o maior do setor no país, vai reunir mais de 500 expositores com produtos e soluções, além de jogos, palestras e oficinas para a geração de conhecimento. 
Quem já tem um negócio próprio ou aqueles que sonham em empreender poderão contar com uma consultoria gratuita sobre soluções financeiras - etapa importante e por vezes esquecida pelos empreendedores. De acordo com uma pesquisa, divulgada em 2019 pelo Serasa Experian, 45% dos microempreendedores têm dificuldades para controlar a gestão financeira e 5% admitem que não fazem nenhum tipo de controle. 
Alternativa ao mercado financeiro tradicional e conectado com as necessidades do empreendedor, o Sicredi - primeira instituição financeira cooperativa do Brasil - vai oferecer três palestras gratuitas durante a feira. Na segunda-feira (7), o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ, Jairson Belisario, fala sobre “Soluções de pagamento que o sistema cooperativo tem a oferecer ao empreendedor”. No mesmo dia, a gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ, Adriana Zandoná França, trata sobre “Como o cooperativismo pode apoiar o empreendedor”. Mais tarde, ainda na segunda-feira, a superintendente de Soluções de Pagamento do Sicredi, Gisele da Rocha Rodrigues, abordará o “Futuro de Meios de Pagamento”. 
Além das palestras, o Sicredi também estará com estande na feira. No local, o empreendedor poderá verificar, por meio de um simulador, quanto é possível economizar ao manter a conta corrente em uma cooperativa de crédito. A instituição ainda levará para a evento algumas novidades como o pagamento via QR Code, além do lançamento da máquina compacta de cartões. “O valor pago na aquisição da maquininha é devolvido de acordo com a movimentação (cashback). Outra vantagem é que ela não tem aluguel para o MEI, possui chip de internet wi-fi própria e outras facilidades que auxiliam o empreendedor no dia a dia do negócio”, afirma o diretor de Desenvolvimento da Central Sicredi PR/SP/RJ, Adilson Felix de Sá.

Serviço
Palestra - “Soluções de pagamento que o sistema cooperativo tem a oferecer ao empreendedor”, por Jairson Belisario
Quando: 07 de outubro, segunda-feira
Horário: 15h25
Onde: Arena Conhecimento - Marketing e Vendas - Feira do Empreendedor Sebrae (Anhembi - SP)
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Palestra - “Como o cooperativismo de crédito pode apoiar o empreendedor”, por Adriana Zandoná França
Quando: 07 de outubro, segunda-feira
Horário: 17h55
Onde: Arena Empreender é para Todos - Feira do Empreendedor Sebrae (Anhembi - SP)
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Palestra - “Futuro de Meios de Pagamento”, por Gisele da Rocha Rodrigues
Quando: 07 de outubro, segunda-feira
Horário:18h
Onde: Arena de Crédito - Feira do Empreendedor Sebrae (Anhembi - SP)

Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 4 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 22 estados* e no Distrito Federal, com mais de 1.700 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www.sicredi.com.br).
*Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Economia: Empresas se unem para estimular o crescimento das startups




Ohne é a primeira iniciativa concreta dessa parceria que visa fomentar empresas emergentes e que tenham propostas relevantes

Redação/Hourpress
A DUXcoworkers e a My First IPO se unem e firmam parceria para engajar a captação de recursos e viabilizar projetos sustentáveis que tenham por objetivo melhorar a vida das pessoas, cooperando, assim, para o crescimento saudável e seguro das novas startups. Primeira empresa do Brasil e pioneira no mundo a integrar ferramentas multidisciplinares com a utilização da inteligência coletiva com foco no usuário, a DUXcoworkers, junto da My First IPO, plataforma de Equity Crowdfunding focada em projetos sustentáveis que promovam impacto positivo, se conectam e lançam a primeira campanha juntos.
Quem estreia a união das duas empresas é a Ohne, de Curitiba, uma fintech de empréstimo pessoal sem garantia, que atua em um mercado que envolve cifras que giram em torno de R$ 100 bilhões por ano e controlado por poucos players. A meta é levantar R$ 1,15 milhão com a campanha e conseguir, até 2022, disponibilizar aos clientes cerca de R$ 1 bilhão em empréstimos com uma taxa de juros menor do que o praticado pelos grandes brancos. Usando ferramentas tecnológicas como machine learning e biometria facial, a startup é capaz de capturar informações que garantem a análise do perfil do crédito do cliente e conceder empréstimos sem a tradicional burocracia com valores que vão de R$ 1 a 40 mil.
A iniciativa de unir forças para fomentar startups com propostas relevantes a sociedade reflete a sinergia das empresas. “Como uma aceleradora que busca democratizar o UX como uma cultura de realização de projetos e catalisador de transformação digital em empresas, mercado de trabalho e sociedade empreendedora, estar junto da My First IPO para estimular e viabilizar a arrecadação de investimento via plataforma de crowdfunding é um passo significativo na concretização de projetos inovadores, que vem para transformar a sociedade de maneira permanente”, afirma Melina Alves, CEO e fundadora da DUXcoworkers.
Embora de ambientes bem distintos, a parceria é uma conversa que vem ocorrendo algum tempo, com ambas as empresas atuando no auxílio às novas startups. A mais recente, e que as conecta oficialmente, é a Ohne, uma fintech que tem tudo a ver com o propósito da união: ser ágil, transparente e descomplicada para oferecer o investimento que outros empreendedores precisam para tirar projetos do papel. Com nove anos de experiência na formatação e aperfeiçoamento do que é entregue ao usuário, a DUXcoworkers otimiza forças com a My First IPO, que organiza e formaliza a estrutura societária, para, juntas, alinharem empreendimentos realmente aptos a receber recursos financeiros e responder às expectativas dos investidores.
A arrecadação para a Ohne pode ser realizada por meio da plataforma e está disponível até o dia 16 de outubro. Mais detalhes: https://myfirstipo.com/oferta/ohne/
SOBRE A DUXCOWORKERS
A DUXcoworkers é a primeira empresa no país e pioneira no mundo a fazer das boas práticas de UX e do coworking sua cultura de trabalho e desenvolve soluções a partir da inteligência coletiva centrada no usuário. Voltada à execução de projetos inovadores para startups, empreendedores e grandes marcas, atua no mercado desde 2010 e atualmente conta com mais de 120 coworkers especializados, distribuídos pelas principais capitais brasileiras e no mundo. Mais informações: www.duxcoworkers.com

Túnel do Tempo: Há 27 anos 111 presos morriam no massacre do Pavilhão 9



Luís Alberto Alves/Hourpress


Em 02 de outubro de 1992, oficialmente 111 presos foram mortos após uma briga generalizada no Pavilhão 9 da Casa de Detençao do Carandiru, em São Paulo. A polícia tentou conter e foi autorizada a invadir pelo coronel da reserva Ubiratan Guimarães. Ele comandou os policiais e foi condenado a 632 anos de prisão. Informações não oficiais dão conta que tenham morrido cerca de 354 detentos.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Praça Dr. João Mendes


Foi o principal redator da Lei do Ventre Livre, a qual defendeu através de inúmeros artigos publicados na imprensa


Luís Alberto Alves/Hourpress



A Praça Dr. João Mendes começou a ser formada por volta de 1756, quando a Irmandade de N. S. da Conceição e São Gonçalo Garcia escolheu o local para a construção de uma capela. Em 1757 já existia um pequeno pátio defronte da mesma igreja que recebeu o primitivo nome de Campo ou Largo de São Gonçalo. 

Em 1791 era inaugurado nesse mesmo Largo o novo edifício da Câmara Municipal de São Paulo que, também, abrigava a cadeia, construída em 1787, (a cadeia localizava-se no mesmo prédio da Câmara). Por conta disso, a população também chamava o Largo de São Gonçalo de Largo da Cadeia e Largo Municipal. 

Entre finais do século XIX e início do XX, vários prédios foram demolidos, ampliando sobremaneira o espaço do antigo Largo que, a partir de então, incorporou trechos das antigas Ruas da Cadeia e do (Teatro -1864), (desaparecidas com a reforma urbana). No dia 29 de Novembro de 1898, através da Resolução nº 102, o mesmo logradouro foi oficializado como Praça Dr. João Mendes.

João Mendes de Almeida nasceu na cidade de Caxias, Estado do Maranhão, em 22 de maio de 1831 e faleceu na cidade de São Paulo, SP, em 16 de outubro de 1898. O doutor João Mendes iniciou seu curso superior na Faculdade de Direito de Olinda, transferiu-se depois para a cidade de São Paulo, aonde bacharelou-se no ano de 1853. 

Em seguida, exerceu por um curto período o cargo de Juiz em Jundiaí e, também, na capital até 1858, quando abandonou a magistratura para dedicar-se à política. Ingressando no Partido Conservador, foi um dos seus chefes e pelo qual, de 1859 a 1878, sucessivas vezes, foi eleito deputado, ora da antiga Província de São Paulo, ora nacional. 

Apesar de monarquista convicto, trabalhou intensamente para a libertação dos escravos no Brasil. Foi o principal redator da Lei do Ventre Livre, a qual defendeu através de inúmeros artigos publicados na imprensa. É dele também o projeto da Reforma Judiciária, convertida em Lei no ano de 1871. Além de sua atuação na advocacia, magistratura, jurisprudência e na política, João Mendes escreveu textos históricos e foi um atuante membro da imprensa. 

Na cidade de São Paulo, fundou e dirigiu os seguintes jornais: "A Lei", "A Opinião Conservadora", "A Ordem", "A Autoridade", "A Sentinela" e "A Sentinela Monarquista". Colaborou também no "Diário de São Paulo" e no "Jornal do Comércio" do Rio de Janeiro. A Praça Dr. João Mendes (foto) fica na Liberdade, Centro, e teve seu nome oficializado em 29 de novembro de 1898.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Economia: Inovação não é tecnologia!


Muitas vezes, ela se parece mais com processos de melhoria contínua do que com inovação de fato

*Marília Cardoso
Toda vez que falamos sobre inovação, é comum as pessoas acharem que estamos falando sobre tecnologia. Ao tocar no assunto, tem sempre alguém que se lembra de um caso com uso de aplicativos, drones, realidade virtual, etc. Mas posso garantir: inovação nem sempre tem a ver com tecnologia.
Existem muitos tipos de inovação. A inovação tecnológica é só uma das possibilidades, assim como a disruptiva, que é aquela que muda completamente o que existia antes, criando um verdadeiro divisor de águas. No entanto, não é todo dia que conquistamos uma inovação dessas. No dia a dia, outros tipos de inovação são muito frequentes e possíveis.
Uma delas é a incremental. Muitas vezes, ela se parece mais com processos de melhoria contínua do que com inovação de fato. Mas, ao longo de várias versões, é possível perceber a inovação acontecendo. Um bom exemplo são os aparelhos de TV. Se compararmos aquele “tubão” preto e branco de décadas atrás com as telas ultrafinas e inteligentes que vemos hoje, chegamos a pensar que nem se trata mais do mesmo produto.
Outro tipo de inovação que gosto muito é a aberta. Ainda tem muita gente com medo de compartilhar ideias, receando que elas sejam roubadas. Na inovação aberta isso simplesmente não faz o menor sentido. Uma ideia é lançada e qualquer pessoa pode dar novas sugestões. Os gestores colhem as melhores e criam inovações a partir de um apanhado geral das melhores ideias. Esse tipo de inovação vem ficando cada vez mais frequente.
Você pode inovar ao lançar novos produtos para os clientes que já tem, ofertando serviços ou produtos com maior valor agregado. Ou ainda, produtos mais baratos, para um outro segmento de clientes, que você não atinge hoje devido ao preço. Pode ainda lançar novos produtos para novos mercados, que você ainda não é capaz de atender com as ofertas que possui atualmente.
É possível inovar também no modelo de negócios. Hoje, não necessariamente os negócios precisam se resumir a produto/ serviço para lá e dinheiro para cá. Existem muitos setores consagrados mudando a forma de cobrança. Até montadoras, que sempre venderam carros, começam a avaliar a possibilidade de alugá-los por meio de um sistema de assinaturas. Aliás, o modelo de pagamento recorrente tem atraído muitas empresas porque garantem um faturamento sem grandes oscilações.
Um outro viés de inovação que muito me agrada é o criativo. Com ideias muito simples, resultados gigantes são provocados. Um exemplo que gosto de citar nos meus treinamentos é o do aparelho de ressonância magnética. A maioria das crianças precisa ser sedada para fazer esse exame. Foi então que profissionais criaram uma nova forma de obter o mesmo resultado, fazendo uma coisa diferente.
Pintaram a sala e o aparelho, envolvendo as crianças em uma história. Eles não seriam pacientes, mas sim comandantes de um navio. Em um determinado momento, ao suar uma sirene, as crianças precisavam ficar bem quietinhas para não serem atacadas por piratas. Com o envolvimento de médicos e enfermeiros naquela brincadeira, o índice de sedação caiu para menos de 10%.
Agora, eu pergunto: qual tecnologia foi empregada nesse caso? Absolutamente nenhuma! Inovação tem muito mais a ver com empatia, experimentação, ousadia e criatividade do que com tecnologia. Para tornar a sua empresa mais inovadora, você precisa estar mais atento às necessidades dos seus clientes e aberto a propor novas soluções. Inovação nada mais é do que procurar respostas diferentes para perguntas que se quer foram feitas. Tecnologia é só um meio, não um fim.
Marília Cardoso é jornalista, com pós-graduação em Comunicação Empresarial, MBA em Marketing e pós-MBA em Inovação. É empreendedora, além de coach, facilitadora em processos de Design Thinking, consultora e professora de inovação. É fundadora da InformaMídia, agência de comunicação, e sócia-fundadora da PALAS, consultoria de inovação e gestão.

Economia: Fintechs buscam amadurecimento com executivos seniores em cargos estratégicos



Pesquisa da PwC diz que profissionais com bagagem e idade mais avançada possuem mais inteligência emocional e capacidade de resolver problemas sem cair no desespero

Redação/Hourpress
As empresas financeiras que se utilizam da alta tecnologia, conhecidas como fintechs, possuem cargos, em sua grande maioria, ocupados por jovens executivos. Esse modelo de trabalho conquistou o mercado por ser disruptivo, altamente tecnológico e mais descolado, enquanto oferece uma gama de serviços tradicionais e comuns aos consumidores de maneira mais rápida, desburocratizada, com taxas de juros menores e atrativos substancialmente maiores que os tradicionais.
Mas, na contramão desse movimento, o perfil mais jovem dos profissionais também tem ficado mais escasso, já que há uma busca por amadurecimento dentro dessas empresas. Com esse movimento, executivos seniores estão tomando a frente das fintechs com a missão de manter a disrupção dessas companhias, porém com a expertise e o legado trazido do mercado.
Duas fintechs paulistanas já estão caminhando na contramão da grande maioria. Bruno Sayão, CEO da IOUU, é um desses casos. A fintech atua como uma plataforma peer-to-peer lending, numa solução baseada em economia colaborativa para propor alternativas financeiras voltada às empresas que necessitam de crédito.
Acima dos 30 anos, Bruno é um profissional sênior, com ampla experiência em grandes companhias, mas que apostou no mercado das startups, levando para sua própria empresa toda sua bagagem e experiência. “Foi essa vivência que me fez enxergar a existência de uma barreira nos empréstimos para pequenas e médias empresas. A partir daí, foi possível desenvolver e viabilizar todo seu conceito”, relata. 
Na SmartBrain, fintech que tem como principal solução um sistema que consolida todos os investimentos em um extrato único para que investidores e profissionais de investimentos possam focar na avaliação mais assertiva das suas estratégias, acontece o mesmo movimento. Seus sócios Henrique Garcia Spinosa Netto e Cassio Bariani já passaram por outras empresas e acumulam larga experiência no mercado financeiro. Antes de fundarem a SmartBrain em 2004, ambos tiveram uma outra fintech de sucesso, a InvestTracker, especializada na análise e rankings de fundos de investimentos, que acabou sendo vendida para a Thomson Reuters.
Inicialmente, o sistema de consolidação de extratos de investimentos foi desenvolvido para atender às necessidades próprias e melhorar as análises e gestão de investimentos. Após uma fase de ajustes, viram que estavam prontos para partir mais uma vez ao empreendedorismo. “Vimos que essa solução tinha grande potencial no mercado. Começamos a vendê-la para amigos e parceiros e depois passamos a atender gestoras de patrimônio, consultores de investimentos, bancos e corretoras. Hoje, além dos profissionais, inovamos com outros produtos para investidores que podem pesquisar ativos financeiros e controlar suas próprias carteiras”, explica Cassio Bariani, presidente da SmartBrain.
“Os contatos que desenvolvemos ao longo dos anos foram importantes para abrirmos espaço no mercado. Hoje, nossa plataforma de consolidação de investimentos, processa diariamente 183 mil extratos de investimentos que somam mais de R$ 100 bilhões”, comenta Henrique Garcia, CEO da SmartBrain.
Mais distante dos grandes centros, o Grupo Nexxera tem seguido essa tendência de disrupção tecnológica desde sua fundação, em 1992. Sediada em Florianópolis (SC), a empresa é considerada uma grande fintech porque já se posicionava da forma que o setor se propõe hoje há mais de 20 anos, ao oferecer soluções para automatizar, agilizar e melhorar a gestão das transações financeiras e a automação de processos mercantis.
A frente da companhia, está o engenheiro civil e especialista em Telecomunicação e Sistemas, Edson Silva e seu irmão, o engenheiro de produção elétrica Edenir Silva. Fundadores do grupo, eles direcionam as suas lideranças para conectar ideias, segurança e tecnologia nas funções de presidente e vice-presidente, respectivamente.
“Desenvolvemos soluções que identificam custos, gaps, perdas, melhores caminhos para tomada de decisão até a criação de programas de crédito, e também atuamos no tráfego de informações financeiras nas transações bancárias. Somos pioneiros e, por isso, contribuímos muito para o atual contexto” destaca Edson Silva.

Motivos para a escolha
Um levantamento da ABFintechs, entidade que representa cerca de 350 empresas do segmento, em parceria com a PwC Brasil (PricewaterhouseCoopers), diz que 58% dessas empresas não atingem o breakeven, ponto em que começam a ter lucro. Por conta disso, as fintechs passam a buscar profissionais mais experientes e maduros, fato que ajuda a empresa a ganhar uma sobrevida maior. Somando tudo, a pesquisa mostra que as startups financeiras têm uma mortalidade muito menor, se comparada com os 90% das demais. 
Para profissionais seniores, estar numa fintech é a chance de se renovar no mercado dia após dia, por conta da volatilidade, tecnologia envolvida e dos novos desafios diários que instigaram a existência e o status-quo em qualquer outra empresa tradicional. Foi essa experiência que me fez perceber que o crédito ficou ainda mais escasso durante a crise econômica”, diz Bruno.
O exercício contínuo de uma determinada profissão, além da experiência, traz credibilidade no mercado para negociações e estes profissionais, mesmo saindo de empresas totalmente diferentes, carregam o perfil necessário para o sucesso de qualquer companhia, é aí que as fintechs passam a ganhar com essa relação.
Outra pesquisa da PwC, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, aponta que profissionais de nível sênior possuem maior inteligência emocional. A turma jovem pode ter capacidade técnica, mas tem muito a compartilhar com o pessoal um pouco mais velho, que tem maturidade suficiente para analisar, ponderar, avaliar e não se desesperar diante do inusitado – afinal, já passou várias vezes por situações em que o fim do mundo parecia estar por um fio.
A possibilidade de unir a juventude com a experiência gera mais valor à empresa. “O fato de sermos seniores não significa que somos menos arrojados e empreendedores, pois estas são características pessoais e não relacionadas à idade. É isso que nós incentivamos em nossos colaboradores”, pondera Cassio Bariani, presidente da SmartBrain.
Na SmartBrain, o foco é manter um ambiente de trabalho diverso, colaborativo. “Juntar profissionais com variadas expertises e diferentes idades dentro de uma empresa é essencial para o desenvolvimento de inovações”, destaca Henrique Garcia, CEO da fintech.
“Por meio da experiência a gente já consegue passar os ensinamentos para a geração seguinte dar outros importantes passos dentro das fintechs”, finaliza Edson Silva, do Grupo Nexxera.