Mapeamento Tsunami Prateado conduzido com 2.242 prateados apontou que somente 10% dos brasileiros com mais de 60 anos não possuem smartphone; entre os que contam com o aparelho, 92% dos entrevistados, o uso para cuidar da saúde é muito significativo
Luís Alberto Alves/Hourpress
Encontrar a avó tricotando no sofá de casa ficou para trás. Ao contrário do estereótipo, tecnologia e envelhecimento caminham juntos; o retrato da participação das ferramentas digitais entre essa parcela da população é bastante relevante. Para os prateados, as novas tecnologias são janelas para o mundo: 92% dos maduros possuem smartphone; o índice é de 51% entre os 75+ e 96% entre os com até 64 anos. Os dados são da pesquisa Tsunami Prateado,conduzido pela Pipe.Social e Hype60+ com 2242 seniores. A pesquisa traz um Raio-X inédito sobre quem são e como vivem os prateados brasileiros. A geração prateada – mais de 30 milhões de brasileiros com mais de 60 anos, segundo dados do IBGE –, tem um estilo de vida e hábitos de consumo que eram, há três décadas, associados somente aos mais jovens. Na prática, os maduros trocaram as agulhas de crochê e a bengala pelos teclados dos smartphones: namoram online, acessam banco, assistem vídeos, cuidam da saúde e muito mais.
De acordo com o mapeamento nacional, apenas 10% dos seniores declararam não estar em nenhuma rede social; entre os entrevistados com até 64 anos, 85% possuem computador/notebook; entre os que possuem smartphone, 96% têm até 64 anos. Quando perguntados sobre as atividades feitas no celular, entre as 10 atividades estão 91% ligações; 81% acessam redes sociais; 80% pesquisam na internet; 66% tiram e gerenciam fotos/vídeos; 64% checam e-mails; 61% assistem a vídeos; 60% acessam o banco; 51% ouvem música; 58% usam navegadores e GPS; e 55% pedem táxi e UBER. Entre os 75+, os principais usos são: 82% ligação; 40% táxi e UBER; 39% ouvem música; 32% acessam redes sociais; 29% tiram e gerenciam fotos/vídeos; 27% pesquisam na internet – inclusive temas envolvendo saúde –; 26% assistem a vídeos; 21% checam e-mails; 20% acessam o banco; 20% usam navegadores e GPS.
Os prateados aproveitam os meios digitais para chegar à maturidade com saúde. O mapeamento revelou que a perda da saúde é uma preocupação e, nessa fase da vida, os maduros intensificam os cuidados com o corpo: exames preventivos, atenção com a alimentação e prática de exercícios físicos. Entre os entrevistados com mais de 55 anos, 83% realizam check-ups preventivos anuais.
Dados da Central da Catarata – negócio de impacto social que dá acesso à população de baixa renda a cirurgia de correção da opacidade no cristalino – corrobora com a pesquisa Tsunami Prateado. Levantamento da empresa com os usuários detectou que os pacientes acima de 65 anos acessam informações sobre a cirurgia da catarata na versão mobile.
“A versão mobile predomina em todas as faixas etárias no número de acessos no site da Central, mas não imaginávamos encontrar um número significativo entre os idosos. Os usuários de 50 a 64 anos correspondem a 14% na versão mobile, enquanto 5% acessam pelo desktop”, afirma Guilherme de Almeida Prado, fundador do negócio.
Perda da visão
A dificuldade de enxergar causada pela catarata é considerado um dos primeiros sinais comuns durante o processo de envelhecimento. A doença atinge 13% da população brasileira acima dos 60 anos ou mis de idade, segundo o Ministério da Saúde. Aproximadamente 25 milhões de pessoas, sendo destes, 28,7% foram diagnosticados com catarata. Um contingente de 7.175 milhões de pessoas. A incidência anual da catarata na população madura é de 5%, ou seja, a cada ano, 1.250 milhão de brasileiros precisam realizar o procedimento cirúrgico.
A catarata é a primeira causa da cegueira e apesar da catarata ser reversível, a partir do procedimento cirúrgico, cerca de 40% dos pacientes não estão sendo operados. Em cinco anos, de 2012 a 2017, os procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cresceram 13%, contra um aumento de 19% do número de maduros.
A decisão de submeter à cirurgia está diretamente relacionada à qualidade de vida, mas esbarra no custo. Criada em 2017, a Central da Catarata tem o objetivo social de aumentar o acesso das pessoas à cirurgia, oferecendo condições exclusivas de preço, formas de pagamento facilitadas e processos transparentes. O negócio de impacto social já realizou mais de 500 cirurgias somente no primeiro ano.
São três centros cirúrgicos de renome em São Paulo; cabe aos pacientes decidir o local de atendimento: IPEPO - Instituto da Visão, Clínica Oftalmológica Guarnieri e Hospital de Olhos de São Paulo (HOSP). O processo de afiliação das clínicas é baseado em três pilares: médicos formados nas melhores universidades, clínicas com mais de 20 anos de experiência e todas especializadas em catarata. Além disso, as clínicas devem compartilhar do mesmo objetivo social da Central da Catarata e oferecer parte dos seus horários com condições mais acessíveis para a população.
Como negócio de impacto social, a Central da Catarata tem um custo mais acessível do que o praticado pelo mercado. Apesar de ser um procedimento de baixa complexidade, a cirurgia de catarata envolve diversos profissionais: equipe médica, sala cirúrgica, exames oftalmológicos, lente intraocular e consultas pós-operatórias. Por conta disso, a Central da Catarata desenvolveu com as clínicas afiliadas um pacote da cirurgia envolvendo todos os custos, dando mais transparência para os pacientes. A acessibilidade não é relacionada apenas ao preço, o processo simples e acolhedor de agendamento também é um diferencial no atendimento aos pacientes. A equipe da empresa orienta, tira dúvidas, envia informações e vídeos e oferece o pacote de cirurgia das clínicas afiliadas para quem solicita. Não há troca de dinheiro e nenhum vínculo com o paciente – que não seja o de suporte emocional para a tomada desta importante decisão.
Sobre a Central da Catarata
Maior central de agendamento de cirurgia de catarata do país, a Central da Catarata tem o objetivo de garantir acesso das pessoas de baixa renda à cirurgia de catarata. Fundada em 2017, o negócio social já realizou mais de 500 cirurgias de cataratas. A iniciativa conta com três clínicas afiliadas em São Paulo, todas com centros cirúrgicos próprios: Instituto da Visão (IPEPO); Clínica Oftalmológica Guarnieri e Hospital de Olhos de São Paulo (HOSP). O processo de afiliação das clínicas é norteado por três pilares: médicos formados nas melhores universidades; clínicas com mais de 20 anos de experiência; e especializadas em catarata. Como negócio de impacto social, a Central da Catarata tem viabilizado cirurgias a preços mais acessíveis e condições facilitadas de pagamento. No pacote estão incluídos os custos com equipe médica, sala cirúrgica, exames oftalmológicos, lente intraocular e consultas pós-operatórias. Esse custo é possível mediante uma estratégia simples: utilizar horários vagos nesses centros de excelência oftalmológica para atender a população de menor renda. Em 2019, a expectativa é realizar mil procedimentos www. centraldacatarata.com.br