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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Economia: Setor de construção civil estima que haverá 500 mil demissões este ano


Luís Alberto Alves
Crise no setor foi debatida em comissão geral no Plenário da Câmara
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, estima que haverá 500 mil demissões este ano no setor. Ele participou de comissão geral no Plenário da Câmara dos Deputados para discutir a crise do setor da construção civil. Conforme ele, isso significa que cerca de 2 milhões de pessoas vão perder sua fonte de sustento.
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Comissão geral para discutir a crise no setor da Construção CivilDeputados e convidados se mostraram preocupados com a crise no setor da construção civil durante a comissão geral
“Se não perdêssemos os 500 mil empregos, daríamos contribuição à Previdência de R$ 4 bilhões”, estimou. Ele ressaltou ainda que os maus resultados do setor deverão provocar queda de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Para José Martins, o governo trabalha com o imediatismo, sendo que o setor apresenta resultados em longo prazo.
Ele criticou o corte no orçamento federal destinado ao setor. De acordo com Martins, o orçamento básico da União deste ano prevê que apenas 2,5% dos recursos serão destinados a obras e investimentos. “O ajuste fiscal é feito com corte de investimentos e aumento de tributos; os dois nos impactam e nos prejudicam”, salientou.
                                                              Falta de políticas públicas
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Deputado JHC: “faltam políticas públicas para a construção civil”
O deputado JHC (SD-AL), que propôs o debate, chamou a atenção para a falta de políticas públicas para o setor, que, segundo ele, é a mola propulsora do desenvolvimento do País, gerando 3 milhões de empregos e sendo responsável por 10% do PIB. “Quando o setor vai mal, toda uma cadeia produtiva sofre junto”, disse. JHC afirmou que contratos antes firmados não estão sendo cumpridos pelo governo. Ele ressaltou os atrasos em pagamentos de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa Minha Vida.
O presidente da Comissão de Obras Públicas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Carlos Eduardo Lima Jorge, criticou os cortes no PAC e ressaltou que o investimento em infraestrutura poderia gerar crescimento para o País. Já o presidente do Sindicato da Construção Civil de Porto Velho, Maurílio Vasconcelos, fez apelo pela continuidade do programa Minha Casa Minha Vida.
“O setor que mais emprega neste País está na UTI”, concordou o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA). Ele lembrou que o setor emprega pessoas com baixa escolaridade. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em discurso lido no Plenário, observou que não só há menos pessoas trabalhando no setor, mas as que estão trabalhando estão recebendo menos.
Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), o setor passa por uma crise de credibilidade, por conta do envolvimento de muitos empresários do setor em acusações de corrupção, assim como o governo passa por uma crise de credibilidade. O deputado André Moura (PSC-SE) afirmou que é preciso ter cuidado para não marginalizar o setor, prejudicando financiamentos, por exemplo, já que não é todo o setor que está envolvido em esquemas de corrupção.
                                                             Burocracia
O presidente da Associação Sergipana dos Empresários de Obras Públicas e Privadas, Luciano Barreto, salientou que a grande maioria das obras no Nordeste são executadas com recursos federais. Ele disse que, a despeito da crise, existem recursos disponíveis para obras em muitos estados nordestinos, que não são liberados por conta de entraves burocráticos. Ele defendeu reforma na Lei de Licitações (8.666/93) pelo Congresso.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná, José Eugênio Gizzi, também pediu reforma na Lei de Licitações. “Temos que evoluir para um patamar que contrate para o Estado o melhor preço, e não o menor preço”, opinou. Ele apontou que hoje não se observa a qualidade dos projetos.
CLT
Já o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas, Paulo Jorge Nogueira, acredita que o momento é de rever os direitos do trabalhador previstos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT – Decreto-lei 5.452/43). Na visão dele, é preciso modernizar a CLT. Segundo Nogueira, o fato de ter havido mais de 3 milhões de causas trabalhistas só no ano passado mostra que há algo errado nas relações de trabalho no Brasil.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal, Luiz Carlos Botelho, disse que a terceirização do trabalho é essencial para a construção civil. Para ele, a terceirização deve ocorrer nas atividades meio e fim. Ele defendeu que o Congresso legisle sobre o tema, mas criticou o projeto de lei sobre terceirização aprovado pela Câmara e em tramitação no Senado (PL 4330/04). “Há um desvio de objetivos no projeto, que vai prejudicar a construção civil”, apontou.

Economia: Comissão aprova reajuste de 16% no salário dos ministros do STF



Texto original do projeto previa a concessão do reajuste de uma só vez, em janeiro de 2016. Comissão fracionou o reajuste entre os meses de janeiro e março.
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Laercio Oliveira: remuneração dos magistrados encontra-se defasada
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (7) proposta que reajusta o subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em 16,38%, sendo 8,19% a partir de janeiro de 2016 e mais 8,19% a partir de março.
O salário atual dos ministros é de R$ 33.763,00. Caso a proposta seja aprovada pelo Congresso Nacional, o valor passará para R$ 39.293,38.
O reajuste do subsídio dos ministros da Corte, usado como teto salarial do funcionalismo público, terá impacto em todo o Judiciário. De acordo com a Constituição, os salários dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e de juízes de segunda e primeira instâncias são calculados a partir do que é pago aos ministros do STF.
O texto aprovado na comissão é o substitutivo do deputado Laercio Oliveira (SD-SE) ao Projeto de Lei 2646/15, apresentado pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski. O ministro informou que o impacto da proposta será de R$ 2,77 milhões no âmbito do Supremo e de R$ 717 milhões no Poder Judiciário da União.
Lewandowski ressaltou ainda que a fixação do novo valor não implicará “efeito cascata” obrigatório nos salários dos servidores dos outros poderes. “Reajustes de subsídios e remunerações de outras carreiras devem ser efetuados mediante edição de lei específica, após aprovação dos respectivos projetos de lei pelo Congresso Nacional”, disse.
                                                              Divergências
A comissão já havia rejeitado, no dia 23 de setembro, o parecer favorável do deputado Benjamin Maranhão (SD-PB) à proposta. Na ocasião, o deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS) elaborou parecer pela rejeição da matéria. Marchezan Junior criticou o aumento para os ministros do Supremo em um momento de recessão no País. Para ele, o aumento é “inoportuno” e “equivocado”.
Porém, este parecer contrário foi rejeitado nesta quarta-feira, sendo aprovado o voto em separado do deputado Laercio Oliveira, pela aprovação, com substitutivo. Segundo o parlamentar, a remuneração dos magistrados encontra-se defasada, tendo em vista que o valor atualmente praticado não repõe a totalidade das perdas inflacionárias acumuladas entre 2006 e 2014. Ele afirma que a inflação acumulada no período foi de 69,61%, enquanto o aumento efetivo no mesmo tempo foi da ordem de 37,80%.
                                                             Alteração
O projeto original previa a concessão do reajuste de 16,38% de uma só vez, em janeiro de 2016. Laercio Oliveira fracionou o reajuste entre os meses de janeiro e março, “como forma de melhor adequar ao calendário orçamentário do próximo ano”.
De acordo com o texto aprovado, as despesas resultantes da aplicação da medida correrão à conta das dotações orçamentárias consignadas aos órgãos do Poder Judiciário.
Tramitação
A proposta ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será votada pelo Plenário, antes de seguir para o Senado.

Política: Para Cunha, rejeição das contas não são suficientes para processo de impeachment



  • Brasília
Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que o resultado do Tribunal de Contas da União (TCU), que rejeitou as contas de 2014 da presidenta Dilma Rousseff, já era esperado. “Já estava praticamente anunciado por todos e agora o parecer vai vir para o Congresso apreciar. A última palavra é e será do Congresso sempre”, disse Cunha.
Cunha evitou dizer se uma eventual rejeição poderia ensejar a abertura de um processo de impeachment. Segundo o peemedebista, primeiro os parlamentares terão que decidir se a rejeição das contas referentes a 2014 pode ter implicação no mandato atual. “Por se tratar de contas de 2014, a sua rejeição, ou qualquer parecer sobre ela, pressupõe que você está tratando de um mandato anterior”, disse.
Cunha disse que, na sua opinião, a decisão do TCU e uma eventual rejeição não seriam suficientes para a abertura do processo. “A minha opinião até agora tem sido que o mandato é novo e a gente não contamina um mandato com o outro. Essa foi a opinião que expressei até agora publicamente e não mudei de opinião ainda”, disse.

Política: Ministro defende aprimoramento da legislação para coibir violência na internet




Brasília
Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil
Internet não deve ser espaço de agressão e sim de construção de cidadania, diz ministro José Cruz/Agência Brasil
O secretário de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), ministro Edinho Silva, manifestou hoje (8) preocupação com o futuro da internet para que a rede mundial de computadores não se torne um espaço mais de agressão que de construção de cidadania. O ministro participou de audiência pública sobre publicidade na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos, na Câmara dos Deputados.
“É um desafio colocado para a sociedade neste início de século 21. Se a internet democratizou o processo de comunicação, ela coloca também desafios importantes e, entre eles, a violência que se expressa por meio da internet. Não há tolerância com a diversidade de pensamento, a diversidade cultural, a  diversidade de opções cidadãs”, disse Edinho Silva.
Segundo o ministro, é preciso aprimorar a legislação para que se possa coibir e punir aqueles que usam o anonimato das redes para desconstruir pessoas, valores e avanços obtidos ao longo da história.
Durante a audiência, o deputado Sandro Alex (PPS-PR), um dos sub-relatores da CPI, disse ter identificado anúncios do governo federal em sites piratas que permitem o download de filmes sem o pagamento dos direitos autorais. Ele explicou que os anúncios são distribuídos automaticamente por uma ferramenta que leva em conta a audiência dos sites e não faz distinção entre site lícito e ilícito.
Edinho Silva disse aos parlamentares que não tinha conhecimento do fato e que as marcas do governo federal estão sendo usadas indevidamente. “Alguém se apropriou das marcas do governo federal e está divulgando essas marcas em espaços não autorizados pelo governo”. O ministro adiantou que o governo tomará as medidas necessárias para identificar os sitesque usam indevidamente as marcas e buscará as medidas judiciais cabíveis.
“Penso que o governo federal é vítima da utilização indevida de suas marcas do governo”, afirmou o ministro, lembrando que isso já ocorreu com empresas multinacionais.

Variedades: Projeto que une cultura e tecnologia discute ideias para o museu do século 21



  • Rio de Janeiro
Paulo Virgílio – Repórter da Agência Brasil
Concebido com o propósito de estabelecer pontes entre a cultura, a arte e a tecnologia, o projeto Sesi Cultura Digital abriu hoje (7), no Museu de Arte do Rio (MAR), na revitalizada Praça Mauá, sua terceira edição, que vai até o próximo domingo (11). É a primeira vez que o evento é feito em um museu e a escolha do espaço está relacionada ao próprio tema desta edição: como devem ser essas instituições no século 21.
Feita na Escola do Olhar, o amplo espaço do MAR dedicado à integração entre arte e educação, a programação terá palestras, debates, workshops, performances audiovisuais e uma maratonahacker. Todas as atividades são gratuitas.
Na abertura do evento, no início da noite desta quarta-feira, o público pôde assistir a uma apresentação do artista digital Henrique Roscoe, que com um instrumento que ele mesmo construiu, propõe uma reflexão sobre o aquecimento global. Apesar das performances, o Sesi Cultura Digital não se propõe a ser um espaço expositivo de obras artísticas. “A arte entra no evento como tema de aprendizado, de como usar a tecnologia na criação de obras”, explica o coordenador do projeto, Ivan Pinto.
Segundo Pinto, o objetivo é discutir o impacto da inovação em todo o panorama da aprendizagem, a começar pela educação formal.  Esse é o tema em debate amanhã (8), a partir das 17h, quando os educadores Cláudio Sassaki, da Geekie, e Anna Penido, do Instituto Inspirare, vão mostrar como a crescente dependência dos meios digitais vêm alterando a relação aluno-professor e as diversas possibilidades de construção de conhecimento. Na sexta-feira (9), a programação será dedicada à cultura maker, isto é, o fazer com as próprias mãos.
“A tecnologia hoje permite à pessoa criar ou customizar seu próprio instrumento de trabalho, adaptando-o ao tipo de serviço que deseja executar. É o caso, por exemplo, das impressoras 3D. Muitas coisas poderão ser criadas em casa, em vez de compradas em uma loja”, diz Pinto. Os participantes do Sesi Cultura Digital terão a oportunidade de aprender, por exemplo, sobre a criação e a prototipagem de projetos de eletrônica que podem ser aplicados em automação residencial.
No sábado (10), o evento vai tratar, especificamente, do temaMuseu do Século 21. “Vamos discutir as novas maneiras de disponibilizar os acervos dos museus na internet, que não sejam apenas uma galeria de fotos das obras e o uso das novas tecnologias para produzir conteúdo”, diz o coordenador do projeto. 
 As questões que envolvem o conceito do que deve ser um museu nos dias de hoje, em que já não basta popularizar o acesso a essas instituições, serão debatidas a partir das 10h30 pelos especialistas Luiz Marcelo Mendes, Daniel Morena, Felipe Lavignatti e André Deak, os dois últimos realizadores do projeto Arte Fora do Museu.
Para encerrar o evento, a programação do domingo (11) é voltada para o público infantil. Na véspera do Dia das Crianças, os pequenos poderão participar, junto com os pais, de atividades de robótica e construção de bonecos animados.
Durante todos os dias do Sesi Cultura Digital, uma atividade competitiva movimento o evento, a Hackathon (maratonahacker). A competição reúne grupos de artistas e inventores, que concorrem a prêmios de R$ 10 mil, R$ 8 mil e R$ 6 mil, respectivamente, para primeiro, segundo e terceiro colocados. Este ano o desafio é desenvolver aplicativos, jogos ou dinâmicas que ajudem a enriquecer a experiência de visitação a espaços culturais.
“O hacker aqui é no bom sentido da palavra. São as pessoas, a cultura das pessoas que tem a curiosidade de criar coisas novas no campo digital. Os 50 participantes têm total liberdade de criação, de formar seus grupos para criar soluções digitais para o museu do futuro”, diz Ivan Pinto.
A programação completa do evento está disponível no sitewww.firjan.com.br/sesiculturadigital.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Túnel do Tempo: Michael Jordan encerra carreira



Luís Alberto Alves
Fim: Em 6 de outubro de 1993, Michael Jordan anuncia que estava deixando o basquetebol depois de nove anos de carreira.

Radiografia de Sampa: Rua Machado de Assis



Luís Alberto Alves
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Começou sua vida como tipógrafo na Imprensa Nacional de 1856 a 1858, dedicando-se em seguida às letras, para as quais sempre revelou decidida vocação.
Como literato ilustre, já autor de verdadeiras obras-primas na poesia, no conto e  romance, foi nomeado primeiro oficial da Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas em 1873, chegando a diretor geral do Ministério. Em 1878, fez parte da comissão incumbida de organizar a reforma da legislação de terras, tendo sido, seis anos antes, escolhido para organizador do dicionário técnico da Marinha.
Foi membro do Conservatório Dramático, fundador da Academia de Letras, onde ocupou a cadeira de José de Alencar, e condecorado com a Ordem da Rosa. O seu primeiro tabalho literário, foi a tradução de um livro francês, “Queda que as mulheres tem para os tolos” em 1861.
Em seguida publicou numerosas obras de grande valor. Como jornalista redigiu “O Espelho” em 1870, e colaborou em diversos períodicos nacionais, como “A Semana” de Valentim Magalhães, colaboração essa, hoje reunida em volume. Aí se revela já o seu estilo refulgente e se acentuam os seus dotes de crítico, cheio de ironia. Faleceu em 25 de setembro de 1908. A Rua Machado de Assis (foto) fica na Vila Mariana, Zona Sul de SP.