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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Geral: Pesquisa: 40% dos ciclistas de São Paulo começaram a pedalar há menos de um ano



Ciclovia da Avenida Paulista é uma das mais famosas de SP

Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil

A recém instalação da malha cicloviária na capital paulista pode ter elevado consideravelmente o número de ciclistas na cidade. É o que aponta pesquisa Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), realizada em parceria com a ONG Transporte Ativo, Observatório das Metrópoles, e com apoio do banco Itaú.

O levantamento, que será lançado na íntegra na noite de hoje (21), mostra que cerca 40% dos ciclistas da cidade começaram a pedalar há menos de um ano; 29% dos entrevistados pedalam há mais de cinco anos, enquanto 19% há menos de 6 meses.

A pesquisa mostra também que 70% dos ciclistas usam a bicicleta pelo menos cinco vezes por semana; 62% afirmaram pedalar mais de cinco quilômetros no principal deslocamento feito por bicicleta no dia, e 50% dos entrevistados sugeriram a implantação de mais vias exclusivas para ciclistas na cidade. Já entre os entrevistados que disseram nunca usar ciclovias em suas viagens, 80% estão na periferia.

Com relação à renda, cerca de 40% dos ciclistas da capital paulista disseram ganhar entre zero e dois salários-mínimos (R$ 1.576). Aproximadamente 40% dos ciclistas têm entre 25 e 34 anos. Ciclistas entre 35 a 44 anos compõem a segunda faixa etária mais presente, com cerca de 27%.

Para a fazer a pesquisa foram aplicados 1.804 questionários in loco, entre 10 e 28 de agosto de 2015. Os entrevistados eram pessoas que estavam andando de bicicleta, abordadas em todas as regiões da cidade, em vias contempladas por ciclovias ou ciclofaixas e em ruas ainda sem infraestrutura, mas usadas com frequência por ciclistas.


Geral: Polícia quer ouvir testemunhas que ajudem a esclarecer chacina em Carapicuíba (SP)

As vítimas não tinham passagem pela polícia

Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil

O Setor de Homicídios da Polícia de Carapicuíba investiga a execução a tiros de quatro jovens, ocorrida na madrugada do último sábado (19), na cidade localizada a oeste da Grande São Paulo. Os rapazes tinham entre 16 e 18 anos e morreram próximos à pizzaria onde trabalhavam, na rua Rodamis Creti. Os corpos foram enterrados ontem (20) no Cemitério Municipal de Carapicuíba.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, a polícia está a procura de testemunhas e imagens que possam ajudar a elucidar os crimes. Foi feita perícia no local dos assassinatos e cápsulas e projéteis foram recolhidos para análise.

                                                        Chacina em Barueri e Osasco
Nessa mesma região, há pouco mais de um mês, no dia 13 de agosto, 19 pessoas foram mortas em uma série de ataques nos municípios de Osasco e Barueri. Sobre esses crimes, a SSP informou que as investigações estão avançadas. Os detalhes são mantidos em sigilo para não atrapalhar o andamento dos trabalhos. Em comunicado, a Secretaria ressalta que “foram analisados todos os celulares apreendidos e foi realizado o cruzamento desses dados com o depoimento de testemunhas.”

O secretário de estado de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse no último dia 11, que a perícia feita nos celulares e em outros materiais apreendidos de 18 policiais militares permitiu um avanço importante na apuração dos fatos. A apuração é feita por meio de uma força-tarefa, envolvendo além da Polícia Civil, a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana dessas cidades.

Desde o início das investigações, os policiais trabalham com a suspeita de que esses crimes possam ter ligação com os assassinatos de um policial militar e de um guarda civil metropolitano. Até o momento, apenas o soldado Fabrício Emmanuel Eleutério teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Militar. Ele foi reconhecido, pessoalmente, por um sobrevivente da chacina. O soldado negou participação nos assassinatos.


Economia: Empresários brasileiros fecham quase US$ 100 milhões em negócios na Rússia



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Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil



      

A presença de 20 empresas brasileiras na maior feira de alimentos, bebidas e agronegócios da Rússia, entre os dias 14 e 17 deste mês, foi organizada pela Apex-Brasil, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne e a Associação Brasileira de Proteína Animal.

A feira ocorreu na mesma semana da missão empresarial brasileira à Rússia e à Polônia, liderada pelo vice-presidente da República, Michel Temer. “Os resultados da missão foram muito positivos no que diz respeito ao incremento de negócios entre o Brasil e os dois países visitados, que fazem parte dos mercados prioritários do Plano Nacional de Exportações e são alvos das ações de promoção comercial e atração de investimentos desenvolvidas pela Apex-Brasil”, disse, em nota, o presidente da agência, David Barioni Neto.

                                                  Mercado russo
De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne, Antonio Jorge Camardeli, as empresas procuraram buscar novas oportunidades na feira, pois houve uma redução de 20% das vendas para a Rússia este ano por causa da queda do preço do petróleo, item fundamental da economia russa, e da acentuada desvalorização cambial do rublo (moeda russa), o que diminuiu o poder de compra dos russos. Os frigoríficos brasileiros estão tentando se adaptar ofertando cortes diferenciados para continuar no mercado russo, informou Camardeli, na abertura da feira.

Segundo a Apex-Brasil, a relação comercial entre Brasil e Rússia é concentrada nas exportações brasileiras de carnes. As carnes bovina, suína e de frango representaram 63,5% do total das vendas brasileiras para o mercado russo no ano passado. Em 2014, o Brasil exportou US$ 3,8 bilhões para a Rússia e importou US$ 3 bilhões, resultado em um superávit de US$ 800 milhões na balança comercial, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.


Economia: Devolução de cheque sem fundo atingiu maior taxa para mês de agosto em 24 anos


Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil
Cheque
O resultado de agosto (2,11%) indica ligeira melhora na comparação com o número de cheques devolvidos em julho (2,29%)Imagem de Arquivo/Agência Brasil
A inadimplência de cheques no mês de agosto alcançou 2,11% em relação ao total de documentos compensados. O número é o maior já registrado para o período desde 1991, segundo o Indicador Serasa Experian de Cheques sem Fundos. Apesar do recorde, o cenário é de ligeira melhora sobre as condições de pagamento no mês de julho, quando foram devolvidos 2,29% do total de emissões.
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, o índice atingiu 2,19%, resultado pouco superior à taxa verificada no mesmo período do ano passado (2,1%). Para os economistas da Serasa Experian, o resultado se deve ao desaquecimento da economia que trouxe mais desemprego, além de aumento da inflação e dos juros.

Política: Dilma vai discutir redução de ministérios com líderes da base aliada Versão para impressão



Dilma discutirá como será o novo número de ministérios

Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff vai se reunir, a partir de hoje (21), com líderes da base aliada na Câmara e no Senado para discutir a reforma administrativa, que deve cortar dez dos 39 ministérios. As mudanças só serão anunciadas depois de a presidenta se reunir com os líderes. A previsão é que o anúncio da reforma administrativa ocorra até a próxima quarta (23).

O assunto foi tratado pela manhã na reunião de coordenação política, com a presença da presidenta Dilma, do vice-presidente Michel Temer, de ministros e líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso Nacional.

A reforma administrativa também deve incluir cortes em estruturas internas de órgãos, ministérios e autarquias, a diminuição de cargos comissionados no governo, os chamados DAS, e a venda de imóveis da União e a regularização de terrenos.

Ainda esta semana a presidenta Dilma Rousseff também deve encaminhar ao Congresso Nacional as medidas do pacote fiscal e a proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria a nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A proposta do governo é que o imposto tenha alíquota de 0,20% e duração de quatro anos com o objetivo de financiar o déficit da Previdência Social.

A análise de vetos presidenciais que estão na agenda do Congresso Nacional para esta semana e têm impacto no equilíbrio das contas públicas também foi tema da reunião de coordenação política. A orientação é que a equipe de governo converse com os parlamentares sobre a importância da manutenção dos vetos.

Na lista, estão vetos do Planalto que evitam a criação de despesas aprovadas pelos parlamentares, como o projeto de lei que reajusta os salários dos servidores do Judiciário e matérias que vinculam os benefícios dos aposentados ao reajuste do salário mínimo e flexibilizam o fator previdenciário no cálculo de aposentadoria.


Política: Juiz Sérgio Moro condena Vaccari, Duque e mais oito réus da Lava Jato



O ex-tesoureiro do PT, Vaccari Neto, pegou 15 anos de cadeia

Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil

O juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato na Justiça Federal, condenou dez pessoas por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. Entre elas estão o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, condenado a 15 anos e quatro meses de reclusão, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que recebeu pena de 20 anos e oito meses de reclusão. Ambos foram condenados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Pelos mesmos crimes, também foram condenados o ex-executivo da empresa Toyo Setal Augusto Ribeiro de Mendonça Neto (a 16 anos e oito meses de reclusão); o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro José Barusco Filho; Mario Frederico de Mendonça Goes (ambos condenados a 18 anos e quatro meses), apontado como operador do esquema; o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Gerin de Almeida Camargo (12 anos); o operador Adir Assad e os responsáveis por parte dos pagamentos de propina Sônia Mariza Branco e Dario Teixeira Alves Júnior (cada um dos três condenados a nove anos e dez meses de reclusão).

O doleiro Alberto Youssef foi condenado a nove anos e dois meses de reclusão. Na sentença, o juiz Sérgio Moro disse reconhecer a “continuidade delitiva” do acusado na prática dos crimes de lavagem de dinheiro.Essas condenações são decorrentes da ação penal que teve origem na décima fase da Lava Jato.



Variedades: Lançamento do livro Poder e contrapoder na América Latina (Florestan Fernandes)




Luís Alberto Alves

Poder e contrapoder na América Latina foi publicado originalmente em 1981 e é composto por três ensaios escritos com intervalo de dez anos – os dois primeiros frutos de conferências e debates realizados nos EUA e Canadá durante seu exílio; e o último escrito, em 1981. O tema central dos textos, como explícito no título, é a luta de classes e as disputas entre elas pelo poder.

Trata-se de uma das suas obras mais comprometidas com a revolução e com o socialismo, buscando explicitar a formação histórica da América Latina, seus dilemas, impasses e, fundamentalmente, as tarefas que competem às classes trabalhadoras na sua luta para realizar as verdadeiras rupturas com as condições históricas atuais.

Calcado na teoria social desenvolvida por K. Marx (e F. Engels) e em seu vasto acúmulo teórico no campo da sociologia, Florestan analisa fenômenos políticos como o fascismo, as guerrilhas e o desenvolvimento do capitalismo – e as características que ele assume – na América Latina.

Como é próprio da sua sociologia crítica e militante, sua análise teórica leva em conta os sujeitos e as classes sociais em luta, ou seja, não é apenas um exercício intelectual desvinculado da realidade, mas uma rigorosa análise da sociedade com vistas a contribuir para o fortalecimento da organização dos “de baixo” numa perspectiva de superação da ordem capitalista.

A atualidade deste livro – escrito há mais de 30 anos – é marcante, pois a dominação e a exploração de classe apenas se aprofundaram em toda a América Latina, a ofensiva do capital é cada vez mais forte. Neste sentido, é ainda mais atual outra formulação de Florestan: “contra a intolerância dos ricos, a intransigência dos pobres”; somente a classe trabalhadora organizada e em luta conseguirá fazer frente aos desafios colocados para por fim a essa dominação.