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segunda-feira, 27 de julho de 2015
Geral: Vendas de genéricos atingem quase 12% no Semestre
Luís Alberto Alves
A indústria farmacêutica também sente os
efeitos da crise que tem afetado a economia brasileira ao longo dos seis
primeiros meses de 2015. O crescimento de 11,2% nas vendas de medicamentos em
unidades foi sustentado pelo mercado de medicamentos genéricos.
As informações constam no balanço das vendas de medicamentos produzido pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a PróGenéricos, com base nos dados do IMS Health, instituto que audita as vendas do setor no Brasil e no mundo.
No Brasil, país que ocupa sexta posição no
ranking entre os maiores mercados farmacêuticos do mundo, a venda de
medicamentos movimentou R$36 bilhões entre janeiro e junho de 2015, o que
representa um crescimento de 16,6 % em relação aos R$30,9 bilhões movimentados
no ano passado em igual período.
Já os genéricos apresentaram crescimento
superior à média do mercado. As vendas da categoria apresentaram alta de 24,6%.
Foram movimentados R$9,1 bilhões no primeiro semestre de 2015, contra R$7,3
bilhões no mesmo período do ano passado.
Em volume,
os genéricos bateram a marca de 467,3 milhões de unidades vendidas (caixinhas
de medicamentos), apresentando crescimento de 12,3% em relação a 2014, quando
foram vendidas 415,9 milhões.
O crescimento do mercado total, porém, também
foi menor que o dos genéricos em volume. Foram comercializadas 1,6 bilhões de
unidades de medicamentos contra 1,4 bilhões em igual período do ano passado,
crescimento de 11,2%.
Peso
Ao excluirmos a categoria de genéricos do
resultado da indústria o crescimento das vendas em unidades fica na casa dos
10% “Isso revela que o consumidor está em processo de substituição de produtos
de marca pelos genéricos, que custam obrigatoriamente 35% menos que os outros
produtos e em alguns casos podem custar até 65% mais barato”, analisa Telma
Salles, presidente executiva da PróGenéricos.
“Os sinais negativos da economia tem freado o
consumo das famílias, muitas já afetadas com diminuição na renda. Nesses
períodos, historicamente o genérico vem cumprindo seu papel social mais
importante que é o de garantir o acesso a medicamentos, item essencial na vida
de qualquer pessoa”, afirmou Salles.
Os genéricos hoje, de acordo com o
levantamento, detêm 28,6% de participação de mercado. A PróGenéricos ressalta,
porém, que o número pode superar os 35%, tendo em vista que não estão incluídas
nesse levantamento as compras públicas e nem os produtos subsidiados pelos
governos federal e estaduais.
“O consumidor que, por conta da crise, passa a
comprar o genérico, dificilmente retorna para o produto de marca”, explica a
executiva. Ao observarmos o ranking das 10 maiores indústrias farmacêuticas em
operação no Brasil, entre elas empresas nacionais e multinacionais, 9 fabricam
genéricos, sendo que a categoria chega a responder por mais de 50% do resultado
dessas empresas.
Desde que chegaram ao mercado, em 2011, os
genéricos já geraram uma economia direta aos consumidores de R$62 bilhões.
Dados do Ministério da Saúde relevam, ainda, que os genéricos respondem por 85%
dos medicamentos dispensados pelo Programa Farmácia Popular.
Geral: Sudeste apresenta 90% dos acidentes de trabalho no Brasil
Luís Alberto Alves
Nesta segunda-feira, 27 de julho, o Brasil
celebra o Dia Nacional de Prevenção dos Acidentes de Trabalho. Segundo o MPT
(Ministério Público do Trabalho), a região Sudeste apresenta 90% dos casos no
país, porém apenas 50% são devidamente registrados pelas empresas/funcionários,
através da abertura da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), o que pode
agravar ainda mais a situação.
Para a engenheira de segurança do trabalho e
especialista em riscos industriais, Marcia Ramazzini, a data deve ser um marco
com o objetivo de conscientizar sobre a prevenção e gravidade das ocorrências.
“Os programas comportamentais desenvolvidos pelas empresas devem começar da
alta direção até o chão de fábrica. Se não houver comprometimento, não há
resultados”, alertou.
Ainda segundo a engenheira, além das empresas
e dos funcionários, o governo e sociedade devem trabalhar em conjunto. “A
redução de acidentes só ocorre com a realização de um trabalho entre todos os
setores. Cada um deve fazer a sua parte e cumprir corretamente o seu papel”.
Marcia Ramazzini também destaca que as
empresas “devem cumprir e fazer cumprir a legislação vigente”. “O governo deve
fiscalizar e criar leis e campanhas de conscientização. Já os funcionários devem
cumprir as regras visto que são os maiores beneficiados e por fim, a sociedade
deve se conscientizar e fiscalizar os órgãos governamentais”, enfatizou.
A construção civil é o setor com maior índice
de acidentes. No ranking de lesões, as quedas e ferimentos nos membros
superiores (mãos) são os mais frequentes entre os trabalhadores. Já nos casos
de óbitos, os registros mostram quedas de grandes alturas e eletricidade como
principais motivos.
Caracterizados em dois tipos, atos inseguros -
causados por ações inadequadas do próprio funcionário ou condições inseguras -
quando ocorre por falta de segurança apropriada no local, geralmente, o
acidente acontece em atos rápidos que são realizados cotidianamente. “Acidente
é um evento indesejável. Todos acham que nunca irá acontecer. Mas, as lesões
podem ou não causar afastamento. Isso se faz conforme a criticidade da
ocorrência”.
Além dos danos ligados diretamente ao
trabalho, estas ocorrências podem causar complicações na vida pessoal do
colaborador. “Quando o funcionário fica afastado, ele não recebe o salário
integral e isso causa uma redução do poder aquisitivo familiar, desgaste nas
idas ao médico e realização de exames e danos emocionais”, ressaltou a
engenheira.
Como proceder
Em caso de
acidente no trabalho, o local deve ser isolado, o funcionário deve ser
encaminhado para o ambulatório da empresa para primeiros socorros e, se
necessário, ser levado imediatamente para hospital mais próximo.
Após o acidente, exame médico e perícia, caso
seja constatada a necessidade de afastamento, os 30 primeiros dias serão
custeados pela empresa e os demais pela Previdência Social, por meio do INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social). “Após retornar ao trabalho, o
funcionário terá um ano de estabilidade”.
Vale ressaltar que o funcionário que sofre uma
lesão pode ser transferido para outra atividade durante o período de
recuperação. Desta forma, ele permanece na empresa evitando que fique em casa
exposto a outras ações de risco.
Como surgiu a data
O Dia
Nacional de Prevenção aos Acidentes de Trabalho foi criado em 1972, pelo
ministro Júlio Barata. Neste período o Banco Mundial estava ameaçando cortar
empréstimos ao Brasil em virtude dos altos índices de acidente de trabalho.
“Após 43 anos continuamos com altos índices de acidentes. O nosso país ocupa o
4º lugar a nível mundial levando-nos a seguinte questão: Porque a prevenção não
faz parte do nosso cotidiano? Por que não é prioridade? Evoluímos em muitos
aspectos, porém, falta muito para alcançarmos índices satisfatórios”, finalizou
Marcia Ramazzini.
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