Praça da Sé fica no Centro de SP |
Luís Alberto Alves
Sé,
do latim SEDES significa igreja principal de uma Diocese. A história da Praça
da Sé está relacionada com as transformações que ocorreram a partir da
construção da primeira igreja matriz no Largo da Sé, no final do século XVI.
Tal construção transformou a área, então remota, em espaço para cerimônias
religiosas, funcionando juntamente como local de referência para os moradores.
Em
1745, a igreja passou por uma nova construção juntando-se à Igreja de São Pedro
da Pedra da mesma irmandade. Estas permaneceram por um longo período até serem
demolidas em 1911, obra discutida desde 1907, quando Dom Duarte Leopoldo e
Silva tomou posse da diocese de São Paulo.
As
transformações urbanísticas que se sucederam após a demolição, originaram a
Praça da Sé, a qual absorveu ruas e prédios para o alargamento da via,
necessárias para construção da nova catedral, iniciada em 1913 e inaugurada por
ocasião do IV Centenário da Cidade em 1954, mesmo com as duas torres
inacabadas.
A restauração e conclusão da Catedral da Sé, que
está entre os principais monumentos históricos de arte e cultura do Brasil
deu-se entre 1999 e 2002. Na década de 1970, em virtude da construção do Metrô,
a Praça da Sé foi novamente remodelada e incorporada à Praça Clóvis Bevilacqua,
tendo sido reinaugurada em 1978.
A
praça, então restaurada, cede novamente seu espaço para manifestações políticas
e religiosas além de apresentações populares. Em 1984, foi palco da
movimentação política denominada Diretas Já. Ao centro da praça está também o
monumento denominado marco zero, que tem por função, demarcar o inicio da
numeração de vias públicas e rodovias estaduais como referência para medição
das linhas ferroviárias, aéreas e telefônicas.
O marco zero esteve presente na Praça da Sé,
que fica no Centro de SP, desde a construção da primeira igreja. Em virtude da
demolição ocorrida no começo do século XX, este foi retirado voltando novamente
à praça em 1934.