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Crônica: O preço do sucesso

EBC Captava rápido o conteúdo das aulas e adorava questionar os professores Astrogildo Magno Milhões de pessoas ao redor do mundo correm em ...

terça-feira, 25 de março de 2025

Crônica: O preço do sucesso

EBC


Captava rápido o conteúdo das aulas e adorava questionar os professores

Astrogildo Magno

Milhões de pessoas ao redor do mundo correm em busca do sucesso. Em
qualquer área da vida, até mesmo junto à família, muitos procuram
fazer a diferença. Deixar a marca de que não é um zero à esquerda.
Esse combate é travado de forma sutil. Ás vezes as pessoas não
percebem que estão lutando.

Margarete se incluía neste time. Desde a época do extinto ginásio, na
década de 1970, e do colegial, hoje conhecido como Ensino Médio.
Bonita e vaidosa, tinha noção de que balançava o coração dos colegas
de escola e até de professores. Quando chegou à USP (Universidade de
São Paulo) para cursar Medicina a mesma marca estava junto dela.

Dúvida

Todos olhavam para aquela jovem de corpo mignon, olhos azuis iguais o
céu, cabelos negros e compridos até a cintura e dentes brancos como
marfim. Era impossível ignorar a sua beleza e talento. Captava rápido
o conteúdo das aulas e adorava questionar os professores. Não saia da
sala com dúvida. A maioria dos seus colegas sabia que ela seria
bem-sucedida.

Após a conclusão do curso fez residência e logo colocou em prática o
que havia aprendido em seis anos de estudos pelos câmpus da faculdade
de medicina na Avenida Dr. Arnaldo. Mas o sucesso tira a privacidade.
Justamente Margarete que não gostava de luzes da ribalta, passou a
receber convites de simpósios no Brasil e Exterior. Participou de
vários, até a estafa jogá-la num quarto de hospital, local que ela
conhecia tão bem.....


Astrogildo Magno é cronista

Geral: Conheça possibilidades e restrições de uso de celulares e meios digitais em sala de aula

    Angelo Miguel


Radiografia da Noticia

Conselho Nacional de Educação definiu medidas com o objetivo de promover o uso pedagógico da tecnologia e potencializar o ensino e a aprendizagem

A medida faz parte de um conjunto de ações da Estratégia Nacional Escolas Conectadas (Enec)

* O  uso de telas e dispositivos digitais não é recomendado para alunos da educação infantil

Redação/Hourpress

O Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão de participação social do Ministério da Educação (MEC), publicou nesta segunda-feira, 24 de março, a Resolução CNE/CEB nº 2/2025, que institui as Diretrizes Operacionais Nacionais sobre o uso de dispositivos digitais em espaços escolares e a integração curricular da educação digital e midiática. A medida faz parte de um conjunto de ações da Estratégia Nacional Escolas Conectadas (Enec), que visam garantir a educação e a cidadania digital nas escolas, promovendo o uso intencional e estratégico da tecnologia para potencializar o ensino e a aprendizagem, por meio de uma agenda curricular com foco na educação digital e midiática.

 

A resolução autoriza o uso dos dispositivos digitais nas escolas por parte dos estudantes para fins pedagógicos e sob mediação dos profissionais de educação, com orientações por etapa de ensino. Para outros fins, o uso é vedado, em todos os momentos da rotina escolar, inclusive nos intervalos e fora das salas de aula.

 

De acordo com a resolução, o uso de telas e dispositivos digitais não é recomendado para alunos da educação infantil, podendo ocorrer somente em caráter excepcional e com mediação do professor responsável. O documento orienta que esse uso nos anos iniciais deve ser equilibrado e restrito, garantindo que não haja prejuízo no desenvolvimento de outras habilidades previstas.

 

PROGRESSÃO - Para o ensino fundamental e médio, o uso é recomendado, respeitando competências e habilidades, numa perspectiva de progressão gradual alinhada ao desenvolvimento da autonomia do estudante. A permissão para portar os aparelhos fica a critério da gestão de cada escola, que deverá estabelecer, junto com a comunidade escolar, os modelos para guardar os equipamentos durante o período das aulas.

 

COMPARTIMENTOS - A depender da realidade de cada instituição local, os aparelhos podem ficar guardados com os alunos, em armários, caixas coletoras, compartimentos específicos nas salas de aula ou em outros espaços dentro da escola. Há, porém, exceções, que comportam questões de acessibilidade, monitoramento de saúde, situações de perigo e para garantir o exercício de direitos fundamentais.

 

CAPACITAÇÕES - O texto estipula que as escolas e redes de ensino devem organizar capacitações e iniciativas para um ambiente acolhedor e preventivo, visando identificar sinais de sofrimento emocional e buscando promover a saúde mental dos estudantes.

 

FORMAÇÃO - Competirá aos sistemas de ensino e às instituições a definir e implementar estratégias de formação continuada dos professores, funcionários e profissionais da educação voltadas para a implementação digital e o uso pedagógico dos aparelhos. A resolução traz ainda orientações curriculares para a implementação da educação digital e midiática, que deve ser desenvolvida conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as diretrizes curriculares. A norma estabelece ainda que a elaboração dos novos currículos e planos de formação docente deve acontecer ao longo de 2025, com efetiva implementação a partir de 2026.

Geral: Os cinco problemas que o uso excessivo de fones de ouvido pode causar

    Divulgação


Radiografia da Notícia

Estudo da OMS indica que 1,35 bilhão de jovens ao redor do mundo estão em risco por causa do uso inadequado de fones de ouvido

*  Especialista explica as razões e orienta como utilizar esses equipamentos de forma consciente

o uso excessivo de fones de ouvido em volumes elevados pode ter consequências graves

Redação/Hourpress

O uso de fones de ouvido é uma prática comum no cotidiano de milhões de brasileiros, seja para ouvir música, assistir a vídeos ou participar de chamadas. No entanto, o uso muito constante e inadequado desses dispositivos pode trazer sérios riscos à saúde auditiva. De acordo com a Dra. Bruna Assis, otorrinolaringologista do Hospital Paulista – instituição referência em saúde auditiva –, o uso excessivo de fones de ouvido em volumes elevados pode ter consequências graves, e em muitos casos irreversíveis, para a audição e a saúde do ouvido em geral.

"É uma questão que preocupa bastante os médicos, mas que infelizmente é ignorada pela maioria das pessoas. Mesmo sabendo dos prejuízos à saúde que os fones podem causar, a comodidade que esses equipamentos oferecem geralmente fica em primeiro lugar, a despeito dos eventuais riscos. Por isso é importante a gente sempre reforçar esse alerta", observa a especialista, que destaca aqui os cinco problemas mais recorrentes vinculados ao uso excessivo de fones de ouvido.

Perda de audição

A perda de audição induzida por ruído (PAIR) é um dos problemas mais comuns entre pessoas que fazem uso constante de fones de ouvido em volumes altos. Segundo a Dra. Bruna Assis, "a exposição a volumes elevados por longos períodos pode causar danos às células ciliadas do ouvido interno, responsáveis pela captação do som. Isso pode levar a uma perda auditiva irreversível." Um estudo global realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2022 estimou que 1,35 bilhão de jovens ao redor do mundo estão em risco devido ao uso inadequado de fones de ouvido.

Tontura

A pressão constante sobre o canal auditivo e a exposição contínua a sons intensos podem desencadear sintomas como tontura, náusea e sensação de desequilíbrio. "A tontura relacionada ao uso de fones não é muito comum, mas pode ocorrer em pessoas que já têm predisposição ou que utilizam os fones por longos períodos, o que agrava o quadro", alerta a Dra. Bruna Assis.

Inflamação

O uso prolongado de fones de ouvido pode causar irritação e inflamação no canal auditivo. Isso ocorre sobretudo com fones intra-auriculares, também chamados de "in-ear", que se encaixam no canal auditivo e podem causar compressão. 

"A irritação constante no ouvido pode levar a inflamações dolorosas, como otite externa, que requerem tratamento especializado para evitar complicações. Por isso, nesse caso, o mais recomendável é o uso de fones supra-auriculares, ou headphones, que se colocam por cima da cabeça.”

A médica também lembra que é essencial manter os fones sempre limpos e evitar o uso excessivo, permitindo que os ouvidos tenham tempo para "descansar".

Acúmulo de cera

Outra consequência do uso de fones de ouvido é o acúmulo de cera no ouvido. Quando os fones são inseridos de maneira inadequada ou por longos períodos, a cera acaba sendo pressionada para dentro do canal auditivo, dificultando sua eliminação natural. Esse acúmulo pode levar à obstrução do canal, causando desconforto, zumbido e até perda auditiva temporária. "Os fones de ouvido não devem ser utilizados para limpar os ouvidos, pois isso pode agravar ainda mais o acúmulo de cera", alertou a especialista.

Abscessos e infecções

O uso constante de fones de ouvido também pode aumentar o risco de infecções no ouvido. A introdução de objetos no canal auditivo, como os fones, pode prejudicar a proteção natural do ouvido contra germes e bactérias, causando infecções graves. Em casos mais sérios, pode-se desenvolver abscessos no ouvido, que exigem tratamento médico imediato. A Dra. Bruna recomenda evitar o compartilhamento de fones e realizar a limpeza regular dos dispositivos para prevenir esses problemas.

Como prevenir 

Para evitar tudo isso, a especialista explica que medidas simples podem fazer muita diferença e reduzir significativamente os riscos a quem não deseja abrir mão do seu “foninho”. São elas:

- Mantenha o volume baixo. O ideal é que o volume não ultrapasse 60% da capacidade máxima do dispositivo.

- Faça pausas. A cada 60 minutos de uso, faça uma pausa de pelo menos 10 a 15 minutos para permitir que seus ouvidos descansem.

- Escolha fones de ouvido de boa qualidade. Fones com isolamento acústico podem ajudar a reduzir a necessidade de aumentar o volume.

- Faça a limpeza regular. Mantenha seus fones de ouvido limpos e evite o uso excessivo de cotonetes no ouvido.

- Cuide da higiene pessoal. Não compartilhe seus fones de ouvido e evite colocá-los em superfícies sujas.

"Embora os fones de ouvido sejam uma ferramenta útil no nosso dia a dia, é essencial usá-los de forma responsável para evitar danos à saúde auditiva. A conscientização sobre o uso correto e a manutenção da higiene dos fones pode prevenir a maioria dos problemas relacionados ao ouvido", finalizou a médica do Hospital Paulista.

Geral: Discriminação da mulher no mercado trabalho e o desafio da maternidade

    EBC


Radiografia da Notícia

A legislação brasileira prevê diversas garantias para as mulheres grávidas

Inúmeros e frequentes casos de discriminação em razão da maternidade são vivenciados por mulheres

As vítimas de discriminação no trabalho podem procurar o departamento de recursos humanos

*Waléria Feltrin

O Dia Internacional da Mulher é uma data importante para celebrar as inúmeras conquistas das mulheres, mas esta é também uma data importante para a reflexão dos desafios existentes para alcançar a igualdade de gênero. Infelizmente a maternidade ainda se apresenta como um dos fatores mais significativos na perpetuação da desigualdade de gênero no trabalho.
 

A legislação brasileira prevê diversas garantias para as mulheres grávidas, em que podemos citar: estabilidade no emprego da confirmação da gravidez até cinco meses após o parto (art. 391-A c/c art. 10, II do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias); licença maternidade remunerada de 120 dias (art. 392 da CLT); jornada especial de trabalho para amamentação até que a criança complete 6 meses (art. 396 da CLT); transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida (art. 392, §4º, I, da CLT), assim como veda qualquer prática discriminatória (​​do artigo 1º da Lei nº 9.029/1995 e do art. 373-A, II, da CLT).
 

Inúmeros e frequentes casos de discriminação em razão da maternidade são vivenciados por mulheres no ambiente de trabalho, como por exemplo, demissão ou não contratação de mulheres grávidas, empresas que não fornecem um ambiente adequado às gestantes, colocando em risco a saúde da mãe e do bebê, assédio moral durante a gestação e após o retorno da licença maternidade, comentários desrespeitosos por colegas de trabalho ou superiores hierárquicos, submissão a pressão excessiva para cumprimento de metas, isolamento social da gestante, redução salarial, rebaixamento de função.


Direito
 

As vítimas de discriminação no trabalho podem procurar o departamento de recursos humanos da empresa ou superiores informando as situações vivenciadas na tentativa de resolução do problema, buscar apoio de familiares, amigos, colegas de trabalho e ajuda psicológica, apresentar denúncia no Ministério Público do Trabalho através do site Link, assim como consultar um advogado especializado em Direito do Trabalho.
 

Importante que as vítimas de discriminação procurem documentar as situações vivenciadas, a produção de prova nestes casos é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas vítimas, já que a discriminação ocorre muitas vezes de forma sútil e implícita.
 

A participação das empresas também é fundamental para garantir a isonomia entre homens e mulheres no mercado de trabalho, para tanto se faz importante a criação de políticas e programas para eliminar a desigualdade, como por exemplo canais confidenciais de denúncia, revisão periódica de salários, transparência na remuneração, planos de carreira equitativos, combate ao assédio e discriminação, incentivo da participação masculina com programas de conscientização e engajamento de todos os empregados.


Dever
 

Todas as mulheres têm direito a um ambiente de trabalho saudável, justo e igualitário. A erradicação da discriminação de mulheres no ambiente de trabalho é um dever de todos.

*Waléria Feltrin é advogada trabalhista com intensa prática no assessoramento e condução de processos em nome de pessoas físicas e jurídicas, em ações individuais e coletivas de alta complexidade

Geral: "Eu morri duas vezes naquele dia"

    Mayo Clinic


Radiografia da Notícia

O músico de 55 anos estava se apresentando em um show lotado

Ele foi reanimado com choques elétricos de um desfibrilador para reiniciar seu coração em ambas as situações

Os médicos costumam alertar sobre os sinais e sintomas de um infarto

Redação/Hourpress

As doenças cardíacas são a principal causa de morte no mundo. Um dos tipos mais comuns de doenças cardiovasculares é o infarto. Somente nos Estados Unidos, estima-se que a cada 40 segundos, alguém sofra um infarto. Uma dessas pessoas é o artista de música country-rap Colt Ford

"Eu não poderia estar mais à beira da morte. Eu morri duas vezes naquele dia", lembra Colt, descrevendo o gigantesco ataque cardíaco que quase tomou a sua vida após uma apresentação no ano passado. "Quando um dos melhores cardiologistas do mundo olha para você e diz: 'Você é 1% de 1%', não pode ser pior do que isso."

O músico de 55 anos estava se apresentando em um show lotado com sua banda em Gilbert, no Arizona, em abril do ano passado. Depois do que Colt descreve como "um dos melhores shows da banda de todos os tempos", ele se dirigiu aos bastidores e, minutos depois, foi encontrado caído em uma cadeira devido a um imenso ataque cardíaco. Colt diz que se sentia ótimo durante o show. "Quando eu fiz o show naquela noite, eu podia fazer qualquer coisa", lembra ele. As equipes de emergência responderam rapidamente à cena e levaram Colt ao hospital. "Acordei oito dias depois e não conseguia pegar um copo com gelo o me alimentar", disse.

Tempo

Colt entrou em parada cardíaca duas vezes. Ele foi reanimado com choques elétricos de um desfibrilador para reiniciar seu coração em ambas as situações. "Em muitos lugares ao redor do mundo, onde não há acesso a cuidados tão especializados para choque cardiogênico, ele simplesmente não teria sobrevivido." Em escala global, a maioria das pessoas não sobrevive", diz o Dr. Kwan Lee, Bacharel em Cirurgia e cardiologista intervencionista na Mayo Clinic. Além disso, Colt passou por uma cirurgia de 10 horas e foi colocado em coma induzido por algum tempo.

Os médicos costumam alertar sobre os sinais e sintomas de um infarto, como dor ou pressão no peitofalta de ar e fadiga. No entanto, ataques cardíacos podem ocorrer com sintomas mínimos ou nenhum sintoma. Estes ataques cardíacos "silenciosos" são conhecidos como isquemia silenciosa ou infarte silencioso do miocárdio

"Infelizmente, essa é a natureza dos infartos. É possível realizar exames que não mostram bloqueios, mas a natureza dos bloqueios é que eles podem se comportar de forma imprevisível e ocorrer repentinamente", explica o Dr. Lee. "Apesar dos nossos melhores esforços, os infartos ainda podem ocorrer de forma repentina em pacientes."

Coisa

Oito meses após sofrer o infarto, os exames mostraram que Colt está se recuperando bem e no caminho da recuperação. Exercícios combinados a uma dieta saudável para o coração o ajudou a perder 27 quilos. Enquanto sua força melhora, Colt admite que o susto na sua saúde o trouxe ansiedade e ataques de pânico. "É muito eu difícil dizer que estou tendo ansiedade e ataques de pânico, até porque eu não tenho medo de nada", diz Colt. "Mas estou tendo que lidar com tudo isso e compartilhar meus sentimentos e todo esse tipo de coisa. Então, se você está sentindo alguma coisa, defenda-se. Não sofra em silêncio. Conte para alguém."

Colt voltou a criar sua fusão única de músicas que conquistam milhões de fãs, mesclando Southern rock, country, rap e hip-hop. O cantor, natural da Geórgia, está pronto para pegar a estrada novamente no próximo mês, iniciando uma nova turnê com uma nova perspectiva sobre a vida. "Fique feliz por estar aqui, por estar vivo e por ter uma chance", diz Colt. "Eu ganhei uma segunda chance e quero fazer algo positivo com ela. Espero poder fazer a diferença na vida de alguém."

Geral: Adolescência", da Netflix, expõe o preço da ausência paterna

    Pixabay


Radiografia da Notícia

* Nova série da Netflix reacende o debate sobre a masculinidade tóxica e o papel essencial do pai na formação emocional dos filhos


* Pediatra da SBP alerta: “Para ser pai, é preciso participar”


Mas o roteiro vai além do suspense e convida o público a refletir sobre as pressões


Redação/Hourpress

 

A recente minissérie britânica Adolescência, da Netflix, tem causado alvoroço nas redes ao tocar em feridas profundas: a masculinidade tóxica, o impacto das redes sociais e, principalmente, o relacionamento entre pais e filhos. Na trama, o jovem Jamie, de 13 anos, é acusado de um crime brutal contra uma colega de escola. Mas o roteiro vai além do suspense e convida o público a refletir sobre as pressões, os vazios e as referências distorcidas que moldam os adolescentes de hoje.


Para o pediatra e pai Dr. Paulo Telles, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o alerta vai além da ficção. “Para ser pai, é preciso participar. O que a série mostra de forma dramática é o que já vemos em dados e na prática clínica: a falta de envolvimento paterno tem impactos emocionais, sociais e até econômicos.”


Segundo o pediatra, ainda vivemos em uma sociedade que atribui à mulher, muitas vezes, a total responsabilidade pelos cuidados e educação dos filhos, deixando o pai com um papel de “ajudante” ou apenas provedor financeiro. “Em 2023, mais de 172 mil crianças nasceram no Brasil sem o nome do pai no registro. Estamos em 2025 e ainda precisamos afirmar o óbvio: ser pai não deveria ser opcional, nem se limitar a oferecer sustento. A criação e a educação dos filhos devem ser responsabilidades compartilhadas, e é fundamental que os homens compreendam seu papel como pais, que vai muito além do apoio financeiro”, reforçou.


Sociais


Estudos já comprovam que a paternidade ativa está diretamente relacionada a melhores indicadores de desenvolvimento cognitivo, saúde mental e desempenho escolar. Crianças com pais participativos apresentam menos problemas de comportamento, maior autoestima, maior empatia e melhores habilidades sociais.


“Além disso, pais presentes impactam positivamente a economia. Menos evasão escolar, menos delinquência juvenil, menos gastos com saúde mental e assistência social. É um investimento com retorno certo, como já apontou até o prêmio Nobel James Heckman”, diz Dr. Paulo Telles.


Licença-paternidade


Enquanto países como Suécia oferecem até 480 dias de licença parental compartilhada, o Brasil ainda engatinha. Ampliar esse tempo não é apenas uma questão de justiça familiar, mas de inteligência social e econômica. “O custo de ampliar a licença para 20 dias seria de R$ 99 milhões, uma fração mínima da arrecadação federal. O custo da omissão é muito maior”, alertou o pediatra.


Para Dr. Paulo Telles, o ponto principal é entender que o pai não nasce pronto. “É no cuidado, na troca de fralda, no colo de madrugada e nas consultas pediátricas que um pai vai se formando. E os ganhos são mútuos. Pais também têm alterações cerebrais positivas quando participam ativamente da criação dos filhos. Eles crescem junto com seus filhos.”


O recado que a série Adolescência dá, mesmo sem dizer diretamente, é claro: quando os pais não participam, o mundo (real ou ficcional) pode pagar um preço alto demais.

Túnel do Tempo: Inaugurada a 25 de Março

    EBC


Redação/Hourpress

Em 25 de março de 1865, em São Paulo, é inaugurada  essa rua com esse nome.