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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Túnel do Tempo: Ex-general é preso nos EUA




Luís Alberto Alves
Racismo: No dia 1 de outubro de 1962, o ex-general Edwin Walker (foto) é preso nos EUA, acusado de incitamento à violência racista contra o ingresso do estudante negro James Meredith na Universidade do Mississippi.

Radiografia de Sampa: Rua Marselhesa



Luís Alberto Alves
O nome dessa rua lembra o célebre Hino Nacional Francês, composto em momento excepcional da História de França por Rouget de Lisle. A Marselhesa tem letra e melodia bonitas, seja vocal ou instrumental diferente de outros hinos, extremamente conservadores, guardando as regras de músicas de exaltação militares. Rua Marselhesa (foto) fica na Vila Mariana, Zona Sul.

Geral: A luta contra o câncer ganha força quando a doença é detectada logo no início



Redação
O Outubro Rosa chega colorindo os monumentos do Brasil com o objetivo de chamar a atenção para questões ligadas ao câncer de mama. Só em 2015, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), foram identificados quase 60 mil pacientes com a doença, o que representa 22% do total dos novos diagnósticos de câncer no país. Trata-se do segundo local do corpo mais atingido pela patologia, no país e, apesar das frequentes campanhas alertando para a prevenção, a taxa de mortalidade ainda é alta, justamente, pela grande frequência de diagnósticos tardios.
“A maior parte das mulheres só identifica a doença quando ela já está em desenvolvimento pelo aparecimento de irregularidades na pele, sejam marcas, caroços nos seios e até mesmo franzidos,” pontua Miguel Torres, chefe do programa de tratamento da doença na Radiocare. O radio-oncologista alerta que, muitas vezes, a enfermidade chega de forma silenciosa.
Tabagismo, sedentarismo e obesidade são fatores de risco que contribuem para um aumento da incidência da enfermidade. “Boa alimentação e prática de exercícios físicos, diariamente, são bons parceiros na prevenção de doenças, entre elas, o câncer de mama”, afirma o radio-oncologista. Torres ressalta que homens também podem ser afetados pela doença e, apesar de a incidência ser bem menor, não devem se esquecer da prevenção.
Prevenção
Márcia tinha 34 anos quando percebeu um nódulo no seu seio direito ao fazer o autoexame. À época, vivia um momento de realização profissional e pessoal. Tinha acabado de assumir um novo cargo na empresa, curtia o casamento recente e sua filha de apenas dois anos. “Não podia ser nada”, era o que imaginava. Então, ao consultar um mastologista, se deparou com o diagnóstico: há um carcinoma ductal invasor na mama direita, em linguagem simples, câncer de mama.
Mesmo sem precedentes da doença na família e com perfil fora do grupo de risco, Márcia sempre fazia o autoexame, o que foi fundamental em seu caso. Selmo Geber, professor titular do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ressalta a importância da detecção precoce do câncer de mama. “É essencial que as mulheres façam exames preventivos periodicamente, tanto para detectar o câncer de mama como outros tipos da doença, como o câncer de cólo de útero”, lembra o médico.
Contudo, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, em Minas Gerais, apenas 62% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram o exame preventivo nos últimos dois anos.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com a gravidade da doença e das condições biológicas do paciente. O primeiro passo é fazer o diagnóstico completo com análises clínicas e biopsia para descobrir se o tumor é benigno ou maligno. Então, o médico faz a indicação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia ou das práticas combinadas, de acordo com cada caso.
Os tratamentos são divididos em dois tipos de terapias: local e sistêmica. “A local inclui a cirurgia e a radioterapia, que são formas de tratar o tumor sem afetar o restante do corpo. Já a sistêmica trabalha com medicações orais ou pela corrente sanguínea, como é o caso da quimioterapia, capaz de atingir as células cancerosas em qualquer parte do corpo”, afirmou radio-oncologista Miguel Torres.
O tratamento, muitas vezes, pode implicar na perda de cabelos e na realização da mastectomia – retirada da mama e isso afeta o emocional feminino. “Fui cortando meu cabelo por etapas para que minha filha não percebesse, contei uma historinha para que ela entendesse que a mamãe estava doente e que quando melhorasse, o cabelo cresceria novamente”, lembra Márcia. Ela ainda comenta que o carinho da filha, o companheirismo do marido e todo apoio dos amigos e famílias foram essenciais para que tivesse esperança e se recuperasse rápido.
Manutenção da fertilidade
Após vencer a doença, muitos pacientes acabam se deparando com um novo problema: a infertilidade. “Se ter filhos é um objetivo de vida, é essencial pensar nisso e se resguardar para concretizá-lo posteriormente. Tratamentos com quimioterapia e radioterapia, além de destruírem as células tumorais, também podem atingir as germinativas, que produzem óvulos e espermatozoides. Além disso, também interferem nas funções hormonais, responsáveis pela produção de gametas”, explica Selmo Geber, PhD em Fertilidade e Embriologia.
Segundo o médico, a urgência da doença e a necessidade imediata de se dar início aos tratamentos contra o câncer exigem decisões rápidas do oncologista. No entanto, devido à pressa, muitas vezes o fator reprodutivo não é abordado. “Aspectos do tratamento e de efeitos colaterais diretos são amplamente discutidos. Porém, a preservação da fertilidade para o futuro, através de criopreservação, por exemplo, acaba sendo deixada de lado”, avaliou.
O objetivo com a criopreservação dos óvulos – seja por vitrificação, ou por congelamento -, é conservar o material para que ele possa ser utilizado no futuro, por meio de técnicas de reprodução assistida. “O óvulo, ou o espermatozoide, é submetido a uma variação de temperatura de 37ºC a -196ºC em menos de um segundo. O material congelado é, então, armazenado em nitrogênio líquido, podendo ser mantido assim por tempo indefinido”, explicou o médico. Segundo ele, as taxas de gravidez utilizando óvulos congelados tem sido semelhante à obtida com exemplares frescos, de 50%.

Geral: Cresce a procura por voos internacionais no aeroporto de Guarulhos (SP)



Redação
Um levantamento inédito realizado pelo Observatório de Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, núcleo de pesquisas e inteligência de mercado da São Paulo Turismo (SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos), apontou elevação de 27% na oferta de voos internacionais diretos partindo do Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU), em Guarulhos entre 2014 e 2015. No ano passado, a média foi de 1.029 voos semanais e, agora, chega a 1.367. Os dados são do mês de agosto.
O crescimento é ainda mais acentuado se comparado ao ano de 2012, quando o aeroporto acumulava a média de apenas 668 voos internacionais semanais. Neste cenário, o crescimento registrado foi de 104,64% em comparação a 2015. Um dos motivos, de acordo com o coordenador do Observatório, Fábio Montanheiro, pode ser a ampliação que o aeroporto passou recentemente. “A explicação pode estar na expansão do aeroporto de Guarulhos, com o novo Terminal 3, que ofereceu mais slots para as companhias aéreas e, com isso, a oferta foi estendida”, afirma.
Outro dado relevante mostra que o número de desembarques nos principais aeroportos de São Paulo (Congonhas, Guarulhos e Viracopos) cresceu 9% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014, aumento considerado acima das variações sazonais. “Mesmo com a economia brasileira em retração, até o primeiro semestre ainda se notava um grande movimento de baixa nestes aeroportos. Isso pode ser explicado, em parte, pela diminuição nos preços das passagens aéreas e pela compra antecipada. A tendência agora é o mercado se adaptar ao cenário atual”, disse Montanheiro.
América do Norte e África em destaque
O estudo ainda revelou que o crescimento de voos internacionais foi alavancado especialmente pelo aumento de oferta para a América do Norte (+210,5%), principalmente para os Estados Unidos. A oferta de voos para Atlanta, por exemplo, aumentou de um voo diário em 2012, para quatro voos diários em 2015. No total, as frequências semanais aumentaram de 151, em 2012, para 469, em 2015. Los Angeles é outra cidade que ganhou mais opções, passando de três voos semanais para três voos diários.
As frequências para a África também cresceram 192,5%. Em 2012 eram apenas 14 voos semanais e, este ano, partem 31 de Guarulhos. Segundo análise do Observatório, a elevação pode ser resultado, entre outros fatores, das políticas de aliança do governo brasileiro com países africanos no período. “A instalação de empresas brasileiras em território africano têm crescido. Além disso, pode ter havido aumento do interesse no destino como viagem de lazer após a realização da Copa do Mundo em 2010, que teve como sede a África do Sul”, finaliza Montanheiro.

Geral: Mais da metade dos brasileiros não consegue comprar remédios



Luís Alberto Alves
Grande parte da população brasileira tem dificuldade ou simplesmente não consegue comprar os medicamentos que precisa. Isso foi constatado em diversas pesquisas recentes e prova que o país ainda enfrenta desafios nas questões mais básicas de saúde. Agora, com a crise econômica fazendo o desemprego avançar para 8,3% no semestre, o risco de mais brasileiros interromperem seus tratamentos fica cada vez maior.
Diante deste cenário, a Frente Parlamentar Mista para Desoneração dos Medicamentos retoma seus trabalhos no Congresso Nacional, comprometida em defender o desenvolvimento da economia nacional, colaborar com os poderes públicos nos estudos e nos problemas que envolvam o setor de saúde e, especialmente, propor medidas para desonerar a carga tributária do setor. Assim, é esperado um aumento do acesso à saúde e aos medicamentos por parte dos brasileiros.
Injustiça social
No Brasil, os consumidores são responsáveis por quase 80% dos gastos totais de medicamentos, ou seja, eles compram remédios sem nenhuma ajuda do governo. Estudos mostram que 84% da população considera os medicamentos caros demais, sendo que 39% acreditam ser os impostos responsáveis pelo alto preço.
A carga tributária sobre medicamentos é uma das mais altas do mundo. Como consequência, cerca de 50% da população já teve que interromper o tratamento, segundo o Instituto Data Folha. Como é constatado pela literatura médica, a eficácia dos tratamentos é maior quando as doenças são combatidas precocemente e de maneira adequada.
Quando o paciente não faz o tratamento adequado ou simplesmente o abandona, o retorno dele ao médico causa um enorme impacto no sistema de saúde, já que estará fazendo novas consultas, exames e, provavelmente, estará com a doença agravada. Assim, o número de internações no sistema público de saúde aumenta e, muitas vezes, os tratamentos necessários acabam se tornando mais complexos e onerosos, devido ao estágio avançado da enfermidade. Ou seja, a falta de acesso e de adesão ao tratamento completo se converte em mais despesas para o governo.
A desoneração dos medicamentos, que hoje carregam 34% de tributos em seu valor, é a estratégia defendida pela Frente Parlamentar para permitir maior acesso e melhorar a saúde do brasileiro. Essa reivindicação já tem um exemplo de sucesso no país.
Em 2009, o Paraná reduziu o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de medicamentos de 18% para 12%. A consequência imediata foi uma redução média de 9,08% no preço dos remédios, permitindo que mais brasileiros comprassem seus medicamentos.
Naquele ano, a arrecadação do ICMS com medicamentos teve no Paraná o maior aumento entre os oito principais estados do país, com um salto de 115%; enquanto os demais cresceram apenas 9%. A própria participação do Paraná no percentual de arrecadação de ICMS entre os oito estados também cresceu, saindo de 1,68% em 2008 para 3,25% em 2009.
O que aconteceria aos brasileiros dos outros estados se as demais unidades da Federação seguissem o exemplo do Paraná? Certamente, promoveriam maior acesso à saúde, maior consumo de medicamentos, o que poderia elevar a arrecadação dos entes federativos e, acima de tudo, maior qualidade de vida para a população brasileira
Ranking de impostos
O ICMS é o principal tributo que incide sobre os medicamentos, representando 18% do total em São Paulo. No Rio de Janeiro, o tributo chega a 19%. Considerando o valor final do remédio, os tributos são responsáveis em média por 34% do custo. Ou seja, a cada três caixas, uma é só de impostos.
Mundo afora, a realidade é bem diferente. Portugal, Holanda, Bélgica, França, Suíça, Espanha e Itália cobram até 10%. EUA, Canadá e Reino Unido têm tributação zero para medicamentos; a média mundial é de 6,3%.
Mesmo dentro do país, apesar dos medicamentos poderem ser classificados como bens essenciais, produtos como biquíni e ursinho de pelúcia sofrem menos tributações.

Economia: Imóveis residenciais de dois dormitórios são campeões de busca dos consumidores


Levantamento sobre o perfil dos brasileiros realizado pelo Imovelweb mostra também que as mulheres preferem casa e os homens apartamentos
 Redação
 O Imovelweb, um dos maiores portais de classificados de imóveis do País, realizou recentemente um levantamento sobre o perfil de quem busca por imóveis.  As análises dos dados da plataforma apontam que entre os meses de junho, julho e agosto foram realizadas cerca de 81 milhões de buscas no portal, incluindo todas as categorias de imóveis. Desse total, 30 milhões foram por apartamentos e cerca de 22 milhões por casas.  Os residenciais de dois dormitórios são os mais procurados pelo brasileiro, representando 40% do total de apartamentos e 43% de casas.
Também chama a atenção o fato de 54% das mulheres pesquisarem mais casas e 52% dos homens apartamentos.
Mobile: grande potencial de crescimento
De acordo com a análise, cerca de 75% das pesquisas realizadas no Imovelweb são feitas por meio de desktop, o que mostra um grande potencial de crescimento para o mercado mobile.
“E é neste horizonte que o Imovelweb está investindo. Lançamos o primeiro aplicativo do mercado nacional exclusivo para corretores – o Imovelweb Corretor, que traz mais mobilidade, agilidade e assertividade para os profissionais do mercado imobiliário”, destaca Mateo Cuadras, CEO do Imovelweb.
 Ainda considerando o equipamento utilizado para realização de buscas no portal, os dados da plataforma mostram que o consumidor que acessa o Imovelweb por meio de desktop direciona suas pesquisas para apartamentos. “A média destes três meses aponta que 78% das buscas foram direcionadas para apartamentos e 73% para casas. O mobile ficou com 27% para casas e 22% para apartamentos”.
Números do portal:
O portal recebe todos os meses mais de 6 milhões de visitas e possui mais de 1 milhão de ofertas, o que resultou nos últimos três meses em cerca de 81 milhões de buscas por imóveis em todas categorias, não apenas residenciais.

Economia: Lava Jato, simulações mostram que sistema financeiro poderia absorver calote



  • Brasília
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
O sistema financeiro teria condições de absorver impactos de um default (calote) das empresas envolvidas na Operação Lava Jato, como construtoras e empreiteiras. O Banco Central (BC) fez simulações de calote para fazer essa análise, publicada no Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado hoje (1º).
“Mesmo com o elevado grau de conservadorismo, as simulações realizadas indicam que o sistema financeiro teria condições de absorver os impactos de default das empresas mais vulneráveis citadas na Lava Jato e seu respectivo contágio, incluindo o inadimplemento de empresas fornecedoras e dos seus funcionários”, diz o BC, no relatório.
Segundo o BC, embora com rentabilidade bastante afetada, nenhuma instituição financeira ficaria insolvente. Na análise das empresas mais vulneráveis, o impacto geraria a necessidade de capital adicional no total de R$ 130 milhões.
O BC diz ainda que mesmo ampliando a hipótese de default para todas as empresas citadas na operação, seus respectivos grupos, rede de conexões e funcionários, o sistema financeiro continuaria mostrando alta resistência, com nenhuma instituição insolvente. Nesse caso, a necessidade adicional de capital seria de R$ 3,4 bilhões.
Na apresentação do relatório, o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, disse que não foi feita uma simulação de quebra da Petrobras, mas das empresas e grupos econômicos envolvidos na investigação da Operação Lava Jato
Meirelles disse ainda que as simulações são de situações extremas para tentar identificar potenciais riscos, mas o BC não acredita que vão realmente acontecer. Ele acrescentou que as empresas são parte de grupos grandes, com muitos ativos e negócios fora da cadeia de óleo e gás.