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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Política: Passe Livre Estudantil aprovado em Comissão da Câmara dos Deputados



Serão beneficiados alunos do ensino público e privado
Luís Alberto Caju
  A Comissão de Viação e Transportes aprovou hoje (21) projeto (PL 79/11) que cria o Programa Nacional do Passe Livre Estudantil. O programa beneficiará alunos dos ensinos público e privado com a isenção total do pagamento de transporte público coletivo. A tarifa zero para o transporte público tem sido o esteio das manifestações populares que começaram a ocorrer em junho deste ano.
 Segundo a proposta, a União, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vai conceder subvenção financeira, em caráter suplementar, ao Distrito Federal e aos municípios que aderirem ao programa.
 O projeto determina que o repasse dos recursos financeiros será calculado com base no número de alunos beneficiados pelo programa, observada a contrapartida do município ou do Distrito Federal.
 O relator da proposta na comissão, deputado Washington Reis (PMDB-RJ), disse que alguns pontos podem ser questionados no texto, mas nenhum deles é de responsabilidade da Comissão de Viação e Transportes.
 O primeiro é a capacidade de o FNDE arcar com esse novo ônus que lhe é atribuído, o que deverá ser analisado pela Comissão de Finanças e Tributação. O segundo é a imposição de tarefas ao Conselho Deliberativo do FNDE, o que pode ser considerado inconstitucional em uma proposta de iniciativa parlamentar.
 Essa análise deverá ser feita pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. O projeto prevê que o conselho deverá, anualmente, definir a forma de cálculo dos repasses; o valor a ser repassado ao Distrito Federal e ao município; a periodicidade dos repasses; e as instruções necessárias à execução do programa.
 A proposta, que tramita em 
caráter conclusivo, será analisada ainda pelas comissões de Educação; Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Radiografia de Sampa: Avenida Braz Leme


A Avenida Braz Leme contorna o Aeroporto Campo de Marte em São Paulo

Luís Alberto Caju

   Braz Esteves Leme foi Bandeirante paulista do século XVIII. Desde 1715 já realizava expedições por Minas Gerais visando encontrar esmeraldas. Bem sucedido nesta empreitada ganhou o título de Fidalgo e Mestre de Campo, com direito às minas que descobrisse. Concentrou suas explorações no norte mineiro e defendia as lavras ferozmente.

  Acabou muito temido no sertão. É desconhecida a data de sua morte, mas em 1734 acabou preso e levado até a Bahia por causa de conflitos envolvendo suas minas. A Avenida Braz Leme, antes de 1964 conhecida como Avenida Casa Verde, fica em Santana, Zona Norte de SP.


Túnel do tempo: Mortes de Leon Trotsky, Vitória do basquete do Brasil sobre os Estados Unidos e suicídio de Getúlio Vargas



Trotsky, um dos líderes da Revolução Russa foi assassinado no México

O time de basquete do Brasil ganhou de virada dos Estados Unidos

O presidente Getúlio Vargas não resistiu às pressões e se suicidou


Luís Alberto Caju

Trotsky:  Em 21 de agosto de 1940 morria assassinado no México Leon Trotsky (Lev Davidovitch Bronstein). Ele foi um dos líderes da Revolução Russa em 1917 que criou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, tornando na época um dos maiores países do mundo, com 11 fusos horários e milhões de habitantes.

Vitória: No dia 23 de agosto de 1987, numa partida inesquecível, o basquete do Brasil vence, de virada, os Estados Unidos (120 a 115) em Indianápolis. O jogador Oscar Schmidt foi um dos melhores na quadra, ganhando reconhecimento dos próprios atletas norte-americanos.

Vargas: em 24 de agosto de 1954, às 8h, o então presidente da República, Getúlio Vargas, comete suicídio no Palácio do Catete, morrendo com um tiro no peito. Deixa carta testamento que terminou com famosa frase: “Saio da vida para entrar na história”.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Jiló com Pimenta: Horto Florestal (SP) continua abandonado, mistério em chacina e Cracolândia


Banheiros do Horto Florestal continuam sem fechaduras

Próximo de algumas pistas de corridas, desocupados aproveitam para usar drogas e roubar frequentadores

Luís Alberto Caju

Abandono: Enquanto Gilberto Gil dizia numa de suas músicas que o Rio de Janeiro continua lindo, eu digo que o Horto Florestal, na capital paulista, está horroroso. Nunca imaginei que a administração Geraldo Alckmin (PSDB) fosse tão péssima. A falta de fechaduras nos banheiros ainda é realidade, assim como os buracos nas via de acesso, pelo portão no bairro da Pedra Branca, e nas internas, por onde são feitas caminhadas e corridas. Outro problema é a presença constante de desocupados usando drogas em algumas áreas do Horto. Eles também furtam celulares e outros objetos de valor dos frequentadores. Veja o link abaixo.

Chacina: Como tenho noticiado neste blog, a chacina em Vila Brasilândia, bairro da Zona Norte de SP, ainda mantém vários pontos misteriosos. Para a cúpula da Polícia Civil, responsável investigação, o autor das quatro mortes (inclusive de seus pais) seria o garoto Marcelo Eduardo Pesseghini, 13, filho do casal, que teria se matado depois. Após vários depoimentos, algumas pessoas diziam que ele era boa gente, sossegado; outros afirmaram que o menino gostava de jogos violentos na internet e inclusive sabia atirar. Acredito que um dia a verdade aparecerá, principalmente após as eleições de 2014, quando a candidatura tucana não correr mais riscos. Pela minha experiência de três anos em reportagens policiais; as cinco mortes foram obras de pistoleiros do crime organizado. O tempo dirá se estiver errado.

Cracolândia: no final de 2012 os governos federal e estadual fizeram grande estardalhaço com o programa de internação compulsória para os drogados que se encontram na Cracolândia, na região da Rua Santa Efigênia e proximidades, no Centro de SP. O problema não teve solução e a cada dia aumenta o número de consumidores de crack naquele local. Passar a noite em qualquer uma das ruas onde os dependentes químicos se concentram, é pedir para perder todos os objetos de valor e até a vida. O anúncio do governo não passou de grande bravata. Como já passei dos 40 anos, não acredito mais em Papai Noel e Fada Madrinha.



Geral: criminosos podem ter limpado manchas de sangue no quarto onde ocorreu chacina



Continua o mistério na chacina em que morreu casal de Pms e três  familiares em Vila Brasilândia, Zona Norte de SP
Luís Alberto Caju

  De acordo com reportagem da Rede Record, testes feitos pela perícia com luminol (reagente químico capaz de identificar manchas de sangue, mesmo que tenha sido removidas) revelaram que havia sangue limpado até no teto do cômodo e nas paredes do quarto em que dormima Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e sua irmã, Bernadete Oliveira da Silva, 55 anos. Esse dado revela que o autor (es) dos homicídios tentou tirar todos os vestígios de sangue da cena do crime. Essa informação deverá constar nos laudos do Instituto de Criminalística. Eles ficarão prontos ainda nesta semana.
 A filha de Benedita, a cabo da PM Andreia Bovo Pesseghini, e o marido dela, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, também foram mortos, na sala de outra casa no mesmo terreno. O principal suspeito dos assassinatos, de acordo com a polícia é o filho do casal, Marcelo Pesseghini, de 13 anos, que teria se matado horas depois. No tênis do menino foram encontradas manchas de sangue visíveis, que podem ser dele, e também indícios de sangue que foi limpo. O material foi recolhido e deverá passar por exames de DNA para comprovar de quem era.
  No carro da cabo Andreia, o par de luvas encontrado passou por perícia e o resultado foi negativo para a presença de pólvora. Nas mãos de Marcelo e de toda a família também não havia resíduos, segundo a polícia. Passadas duas semanas das mortes, a polícia não conseguiu encontrar as roupas que Marcelo vestia quando teria assassinado os parentes e nem o pano que ele poderia ter usado para limpar as paredes.  Buscas foram feitas em um córrego próximo à casa da família, mas nada foi achado.
  Imagens divulgadas pela TV Record, no sábado (17), mostram que, no dia do crime, o garoto saiu do colégio a pé, com dois colegas. Ele aparece indo até o carro da mãe, onde permaneceu por cerca de dez minutos e retornou para pegar carona com um amigo. A suspeita da polícia é de que ele tenha tentado sair com o veículo, mas pode não ter conseguido por causa de dois carros estacionados na frente e atrás. Quando ele volta ao automóvel, já de carona, teria sido para pegar o controle remoto do portão de casa. 




quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Geral: Estranhas coincidências chamam atenção no caso da chacina em que morreu casal de PMs




A cabo Andreia teria sido chamada para participar de roubo a caixa eletrônicos

Um dos carros usados em assalto a caixa eletrônico em Parada de Taipas

Luís Alberto Caju

  Algumas coincidências chamam a atenção no caso da chacina em que morreu um casal de Pms em Vila Brasilândia, Zona Norte de SP, no dia 5 de agosto. A primeira delas é que nos últimos cinco anos três militares do 18º Batalhão da Polícia Militar foram executados a tiros. 

Em janeiro de 2008, o coronel José Hermínio Rodrigues acabou assassinado na Avenida Engenheiro Caetano Álvares, próximo do bairro do Imirim, Zona Norte, quando andava à paisana de bicicleta. Segundo o DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), ele teria sido morto por combater a atuação de policiais em grupos de extermínio na região de Vila Brasilândia. Três soldados acusados do homicídio saíram livres do Tribunal de Justiça Militar por falta de provas.

  Em julho de 2008, seis meses após morte do comandante do 18º Batalhão da PM/SP, coronel José Hermínio Rodrigues; um outro comandante e três policiais militares da Força Tática tiveram a prisão decretada pela Justiça Militar sob a acusação de prender, matar e simular um tiroteio para justificar o assassinato de Everton Torres Rodrigues, de 21 anos, na madrugada de 30 de julho no bairro de Parada de Taipas, também na Zona Norte.

 No mês de agosto de 2011, um policial militar foi preso suspeito de participar de uma tentativa de assalto a caixas eletrônicos no supermercado Comprebem, localizado à Avenida Elísio Teixeira Leite, diante do Hospital Geral de Taipas. Seis pessoas morreram durante tiroteio entre assaltantes e policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). De acordo com a Corregedoria da PM, o policial estava perto do estabelecimento na hora do crime. Próximo ao local fica o 74º DP (Parada de Taipas). A Rota apreendeu dois fuzis 556, duas carabinas, duas metralhadoras, uma pistola, três coletes, um maçarico e botijões de gás. Dez bandidos conseguiram fugir.

                                      Policial feminina morta na porta de casa

 A noite de 4 de novembro de 2012 terminou com a morte da policial feminina Marta Umbelina da Silva, alvejada a tiros quando saiu do carro para abrir o portão de sua casa na Rua Dr. Roberto Zwicker, Vila Brasilândia, a poucos minutos da Rua Dom Sebastião, no mesmo bairro, onde ocorreria a chacina de 5 de agosto de 2013, matando o casal de Pms Luís Pesseghini e Andreia Bovo Pesseghini. Marta era colega de Andreia no 18º Batalhão da PM. Naquele sábado, ela estava de folga e à paisana, quando acabou atacada por dois homens que atiraram sete vezes e fugiram num Honda Civic prata. Dia após a morte do casal de PMs, uma testemunha ressaltou que viu várias vezes um carro prata circulando na Rua Dom Sebastião, inclusive chegando a parar diante da residência onde morava o sargento da Rota, Luís Pesseghini.

A cabo Andreia avisou, em 2011, sobre o convite do roubo ao caixa eletrônico instalado no supermercado Comprebem em Parada de Taipas, a seu superior, o capitão Fábio Paganotto, na época comandante da 1ª Companhia do 18º Batalhão. Paganotto tentou apurar o fato e acabou transferido, posteriormente, para o 9º Batalhão.  Na ocorrência da tentativa de assalto ao estabelecimento comercial, o capitão foi um dos policiais que esteve presente, com soldados da Rota.
                                      Coronel desmente entrevista

  No dia 7 de agosto, o tenente-coronel Wagner Dimas, então comandante do 18º batalhão, disse em entrevista à rádio Bandeirantes que a cabo Andreia havia denunciado colegas envolvidos em roubo a caixas eletrônicos e que não acreditava que o menino fosse o responsável pelas mortes. No dia seguinte, ele foi chamado para depor na Corregedoria da PM e desmentiu os fatos. Anteontem (12) o tenente-coronel Dimas foi afastado do comando do 18º Batalhão. A PM não se pronunciou sobre o afastamento.

  Nessa terça-feira (12) o deputado major Olímpio Gomes (PDT) disse que não foi punido nenhum policial que chamou a cabo Andreia para participar de roubo a caixas eletrônicos. Ele comunicou no mesmo dia o corregedor da PM, o coronel Rui Conegundes. Nesse mesmo dia, a delegada Elisabete Sato, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) afirmou que a casa onde a família foi morta não teve a cena de crime totalmente preservada.
 Mais tarde, a Secretaria de Segurança Pública ressaltou que isso não iria interferir nas investigações, que coloca como principal suspeito o adolescente Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, de ter matado a mãe, o pai, sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, 40, a avó Benedita Oliveira da Silva, de 65 anos a tia avó, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos. O crime ocorreu no dia 5 e o menino se matou após ir até a escola.

  Sebastião de Oliveira Costa, 54, parente das vítimas, disse, no último sábado, que chegou à casa às 17h45 do dia 5 e que havia ao menos 30 PMs dentro dela, antes da chegada da perícia. A polícia pretende chamar para depor os policiais militares que entraram na casa antes da chegada da perícia.


Mulheres: fontes de inspiração para belas canções




Donna Ludwig serviu de inspiração para o roqueiro Ritchie Valenz, ela foi sua namorada na adolescência

Helô Pinheiro, na época com menos de 18 anos, era o colírio de Ipanema

Jane Archer, namorada de Paul McCartney; a musa inspiradora de "And I Love Her"

Sandrão, mãe de Preta Gil, na década de 1960

Luís Alberto Caju

 As mulheres são fontes de inspiração para vários compositores. Algumas ficaram eternizadas em músicas que estão sempre nas paradas de sucessos. Os versos de Drão, gravado por Gilberto Gil, em 1982, é para a mãe de Preta Gil, Sandra Moreira, chamada de Drão, enquanto foi casada com ele.

Essa canção traduziu a dor do fim do casamento deles: Drão/o amor da gente é como um grão/tem que morrer pra germinar/plantas n´algum lugar/ ressuscitar no chão/nossa semeadura/ quem poderá fazer/aquele amor morrer...

 Já Clarice Herzog, viúva do jornalista Vladimir Herzog morto no DOI-Codi em 25 de outubro de 1975, é a lembrança do Brasil da época da Ditadura Militar, que a dupla João Bosco e Aldir Blanc descreveu em o "Bêbado e a Equilibrista, que falava de Betinho, irmão do Henfil e daqueles que foram obrigados a sair do País. Diversas pessoas já ouviram esse trecho: "...meu Brasil/ que sonha/ com a volta do irmão do Henfil/ com tanta gente que partiu/ num rabo de foguete/chora/ a nossa pátria mão gentil/choram Marias e Clarices/ no solo do Brasil....

  Poucas pessoas sabem que as baladas dos Beatles, All My Loving e And I Love Her (regravada por Chitãozinho e Xororó), tiveram como inspiração, em 1963, a atriz Jane Asher, na época com 17 anos. Apaixonado, Paul McCartney ficou ao seu lado até 1968. Na década de 1970, Jane se casou com o ilustrador Gerald Scarfe, responsáveis pelas animações do clássico filme "The Wall", baseado no disco do Pink Floyd.

 A filha de alemães, Donna Ludwig, era o grande amor do hispânico Ritchie Valenz, autor de "La Bamba". Por morar num cortiço, a família da menina proibiu o namoro deles, ambos adolescentes. O jeito foi transformar em música, essa grande paixão. Ela estourou em todas as paradas de sucesso dos Estados Unidos, principalmente após a morte de Valenz em 3 de fevereiro de 1959, num acidente aéreo.

 Nos fins de tarde do início da década de 1960, as amigos e músicos Vinicius de Moraes e Tom Jobim tomavam, sempre, chope num bar de Ipanema, Rio de Janeiro. Neste horário uma menina de 17 anos, de corpo e rosto lindos, tirava a atenção da dupla. Em 1962, os dois compuseram uma das músicas mais gravadas em todo o mundo: "Garota de Ipanema". A musa era Helô Pinheiro.