Com yoga, dança, arte, meditação e alimentação saudável, a Festa Wake acontece bem cedinho, com a proposta de as pessoas fazerem algo inusitado e se enxergarem como potenciais transformadoras de suas vidas e do mundo em que vivem
Redação/Hourpress
A Wake é uma festa matinal que propõe reinventar a rotina das pessoas, de forma a trazer mais equilíbrio e bem-estar para a vida caótica que temos levado na cidade.
Outra característica inspiradora da WAKE é que ela se baseia no conceito de colaboração: a festa se faz por meio de doações dos parceiros de comidas, músicos, professores de yoga, massagistas, DJs, voluntários de produção, fotógrafo e por aí vai!
Já os participantes da festa doam um valor como ingresso, que se reverte a um projeto social local a cada edição. Nessa edição, ajudaremos o projeto Meninos da Billings. Desde 2015, foram 40 edições entre SP, RJ, Porto Alegre, Curitiba, Ilhabela, Brasília, Manaus, Ribeirão Preto, Uberlândia, Cidade do México, Tulum e Bahidorá, e em festivais como TEDxSP, MECAInhotim, Hack Town, Sofar Sound, Virada Sustentável, Virada Zen, Subtropikal, FIC-POA e Festival Transcendência.
Todo valor arrecadado com a venda de ingressos será doado para os Meninos da Billings, que operam 3 projetos sociais: o Remada na Quebrada, a Escola de Marcenaria voltada para mulheres; e as oficinas para construção de lixeiras com garrafas PET retiradas da represa.
Instagram: @meninosdabillings
SOBRE O FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA TRANSCENDÊNCIA– EDIÇÃO SÃO PAULO:
Após sucesso de crítica e público em Brasília, em sua 6ª. edição, que aconteceu no mês de novembro (de 12 a 22), o Festival Internacional Cinema Transcendência – Edição São Paulo - evento que reflete sobre arte e espiritualidade - promete repetir a dose, agora, em São Paulo, em sua primeira edição.
O Festival chega a São Paulo coerente com sua proposta original de ampliar níveis de consciência através da arte, sempre acrescido daquilo que é a sua marca: a liberdade na escolha dos filmes e a criatividade no formato da realização.
Além da exibição de 23 filmes de longas-metragens, média e 3 curta metragens, o evento promove atividades paralelas com o objetivo de expandir as formas de sentir e criar, despertando outras maneiras de fazer e ver cinema. A programação inclui filmes, apresentações musicais e atividades culturais onde a troca de experiências proporciona a reflexão e o aprendizado.
Este ano, identificado na agenda subjetiva da cultura universal e da arte que transcende a materialidade simplória como o ano do falecimento de João Gilberto, o Festival tem a honra de homenageá-lo e caracterizar esta edição como tendo a música por destaque. É a primeira vez em que o Festival faz um tributo explícito a um artista cuja obra reconhecemos e exaltamos como de transcendência inigualável.
O Festival Internacional Cinema Transcendência – Edição São Paulo convida o público a celebrar este encontro com o cinema, a música, a arte e a transcendência.
Evento dedicado ao livre pensamento, o FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA TRANSCENDÊNCIA busca apresentar diferentes reflexões sobre a experiência humana na Terra. A programação aposta em títulos que promovem o autoconhecimento, ampliando a discussão sobre temas como consciência, ecologia, sociedade, desenvolvimento humano, espiritualidade, além de dialogar sobre o papel da arte como mediadora entre o sentido estético e a experiência transformadora.
Além dos filmes selecionados dentre os inscritos, a curadoria trabalhou com títulos convidados, produzidos em diferentes anos e países, consagrados e de vanguarda, que abordam diversos aspectos da transcendência. Como inspiração, as palavras do realizador chileno Alejandro Jodorowsky, um dos patronos permanentes do festival: “O cinema é um instrumento poderoso capaz de transformar almas e mentes”. Este potencial de comunicação do cinema e sua capacidade profunda de acessar emoções humanas levaram o cineasta e músico André Luiz Oliveira a idealizar o FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA TRANSCENDÊNCIA. Segundo já afirmou, a intenção é expandir consciências: “Neste Festival estão ficções, documentários, experimentais, dramas e lutas, que refletem o mundo caótico em que vivemos, entretanto e acima de tudo, um mundo solidário, propositivo, em permanente movimento e transformação”, disse André.
PROGRAMAÇÃO
Dia 08/01 (Quarta)
17h: O Alquimista do Som
Direção: José Walter Lima. Documentário, 11 minutos, 1978, Brasil, Livre
É um documentário sobre a vida e a obra do músico e artistas plástico suíço Walter Smetak, que lecionou na Escola de Música da Universidade da Bahia, influenciando uma geração de músicos como Gilberto Gil, Rogério Duprat, Caetano Veloso, Gereba, Tom Zé, Tuzé de Abreu, grupo Uakti, entre outros. Smetak destacou-se pelo caráter vanguardista de sua obra. Propôs, dentre outras coisas, que a relação com a música fosse o mais orgânica possível e defendeu a democratização do acesso a arte, já que para ele todos tinham a capacidade de fazer sua própria música através da criação dos seus próprios instrumentos. Em 1968, já havia produzido cerca de 100 instrumentos experimentais de cordas, sopro e percussão, todos desenvolvidos na oficina de criação que montou no porão na Escola de Música da Ufba.
Dhrupad - Dagar Brothers
Direção: Aravind Sinhá. Documentário, 63 minutos, 2006, Índia, Livre
Dagar é uma lenta jornada meditativa sobre vida e as tradições dos Dagars, uma linhagem antiga de músicos que vêm praticando dhrupad por 20 gerações. Dhrupad é um estilo de canto da música indiana Hindustani, e acredita-se ser o mais antigo estilo de canto conhecido. Esse estilo apresenta uma técnica complexa onde o som emana com profundidade pela voz do cantor. As composições são antigas e em sua maioria poéticas. Porém há mais ênfase na capacidade sonora do ser humano, que nas letra das músicas. É uma música extremamente meditativa e que tem o objetivo de aproximar o ouvinte aos planos divinos elevados. A fusão da densidade da herança musical dos Dagars proporcionam momentos de deleite e profundo encantamento.
19h30: In the Eye of the Spiral (No Olho da Espiral)
Direção: Raynald Leconte & Eve Blouin. Documentário, 55 minutos, 2015, Haiti, Livre
No Eye of the Spiral narrado por Annie Lennox capta a resiliência cultural e criativa do Haiti através da visão de seus artistas mais proeminentes. A filosofia do "espiralismo" nos faz entender a inevitabilidade da criação quando enfrentamos o caos. Vencedor do Melhor Documentário Especial do BAFF (Big Apple Film Festival) em Nova York.
Dia 09/01 (Quinta)
17h: A Story of Sahel Sounds
Direção: Neopan Kollektiv. Documentário, 82 minutos, 2016, Alemanha, livre
Filmado em três continentes, o filme fornece uma visão íntima do projeto Sahel Sounds, de Christopher Kirkley: um blog, uma gravadora e uma plataforma que explora artes e música da região do Sahel por meio de um trabalho de campo etnográfico não tradicional.
19h30: Sagrado Segredo
Direção: André Luiz Oliveira. Ficção, 73 min, 2012, Brasil, 12 anos
Narra a trajetória de um cineasta encurralado entre a liberdade da arte e a emergência de um caminho espiritual. Sua angústia – resultante desse dilema – o leva até um ritual religioso tradicional (a “Via Sacra”), o ambiente ideal para expressar artisticamente a sua busca do SAGRADO. É nesse percurso de natureza mística que ele se defronta com um grande SEGREDO.
Dia 10/01 (Sexta)
17h: Orin – Música para os Orixás
Direção: Henrique Duarte. Documenário, 74 minutos, 2018, Brasil, Livre
A Música Popular Brasileira foi muito influenciada, ao longo do tempo, por terreiros de Candomblé, que foram precursores de gêneros que deram origem ao samba, o baião, e até mesmo o funk carioca. Para entender melhor como funciona a resistência musical e espiritualista dos Orixás, diversos sociólogos, artistas e etnomusicólogos analisam as cantigas sagradas chamadas de Orin na linguagem iorubá.
19h10: Meetings with Remarkable Men (Encontro com Homens Notáveis)
Direção: Peter Brook. Ficção, 108 minutos, 1979, Inglaterra, Livre
O filme conta a história de G.I. Gurdjieff e suas viagens em busca da iluminação e do desenvolvimento interior. Começa com sua infância e segue sua viagem pela Ásia Central, enquanto ele descobre novos níveis de espiritualidade através da música, da dança e de encontros com a morte. Filmado quase inteiramente no Afeganistão, narra a busca de Gurdjieff e de seus companheiros pela verdade, resultando na iniciação de Gurdjieff nos mistérios da Irmandade Sarmoung. O filme é baseado no livro de mesmo nome.
Dia 11/01 (Sabado)
09h: Festa Matinal - no andar térreo do CCBB
Uma atividade matinal com yoga, música, dança, alimentação saudável, performances e meditação.
Este ano, identificado na agenda subjetiva da cultura universal e da arte que transcende a materialidade simplória como o ano do falecimento de João Gilberto, o Festival tem a honra de homenageá-lo e caracterizar esta edição como tendo a música por destaque.
É a primeira vez em que o evento faz um tributo explícito a um artista cuja obra é reconhecida e exaltada como de transcendência inigualável.
16h: O Navio de Teseu
Direção: Anand Gandhi. Ficção, 139 minutos, 2013, Índia, Livre
Se as partes de um navio são substituídas, pedaço por pedaço, esse é ainda o mesmo navio? Uma fotógrafa diferente lida com a perda de sua visão após um procedimento clínico; um monge erudito enfrenta um dilema ético frente à sua ideologia de vida, tem de escolher entre seus princípios e a morte; e um jovem corretor da bolsa de valores, seguindo o rastro de um rim roubado, aprende como a moralidade pode ser complexa. Seguindo estes elementos isolados de suas viagens filosóficas, e sua eventual convergência, o Navio de Teseu explora questões de identidade, justiça, beleza, entendimento e morte.
19h30: Song of God (Canção de Deus)
Direção: Aref Mohammadi. Documentário, 60 minutos, 2018, Iran/Canadá, Livre
Quando um cineasta iraniano-canadense ouve a história de Ghadamyar, um jogador curdo Tanbur de 120 anos, ele parte em uma missão para descobrir mais sobre a vida musical e encantadora deste mestre espiritual. O filme segue sua jornada ao oeste do Irã, onde ele descobre as antigas tradições e ensinamentos da fé de Ghadamyar, conhecida como Yarsanism, e sua relação com o misterioso Tanbūr, um instrumento meditativo. O filme leva audiências em uma busca musical e visual entre paisagens escarpadas do oeste do Irã para experimentar vozes desconhecidas e despertar espiritual. Nós testemunhamos a oração coletiva de Yarsani Tanbūrists, como uma prática para manter sua identidade espiritual e buscar a beleza interior.
Dia 12/01 (Domingo)
16h: Piazzolla – Os anos do tubarão (Piazzolla – Los años del tiburón)
Direção: Daniel Rosenfeld. Documentário, 94 minutos, 2018, França/Argentina, 12 anos
Com imagens e áudios inéditos, o filme constrói um retrato do compositor argentino Astor Piazzolla (1921-1992) e de sua revolução no universo do tango. O material de arquivo é do filho, o também músico Daniel Piazzolla, e permite um olhar pessoal, com histórias de família e lembranças das polêmicas enfrentadas em Buenos Aires.
19h: Fiding Joe (Encontrando Joe)
Direção: Patrick Takaya Solomon. Documentário, 80 minutos, 2011, EUA, Livre
No início do século 20, ao estudar a mitologia mundial, Joseph Campbell descobriu um padrão escondido em todas as histórias já contadas e ele chamou de "a jornada dos heróis". Um filme verdadeiramente inspirador, ENCONTRANDO JOE nos leva à jornada dos heróis últimos: a jornada da auto descoberta. Ao matar dragões e descobrir tesouros, você pode achar que o Santo Graal que você procura está mais perto do que você pensa.
Dia 13/01 (Segunda)
16h: Sandgirl
Direção: Mark Michel. Documentário, 84 minutos, 2017, Alemanha, Livre
O que significa ser um prisioneiro de seu próprio corpo e, ao mesmo tempo, invisível? "Sandgirl" nos leva ao mundo único da vida e experiências de Veronika Raila, uma jovem autista, hipersensível e seriamente incapacitada desde o nascimento. Raila sabe como é não ser visto como pessoa. Quando criança, ela foi diagnosticada com um QI de 0. Apenas seus pais se recusaram a acreditar nisso. Hoje, Raila publica prosa e poemas, estudos bibliográficos e teologia. Juntamente com o diretor Mark Michel, ela revê sua própria vida neste filme. A combinação de suas poesias e pensamentos com uma observação cotidiana delicadamente filmada, os disparos da natureza poética e as rápidas, porém poderosas animações de areia da artista Anne Löper se unem em um ensaio sobre liberdade e percepção.
19h30: Meteorango Kid – Herói intergalático
Direção: André Luiz Oliveira. Ficção, 85 minutos, 1969, Brasil, 18 anos
O longa-metragem narra de maneira irreverente as aventuras de um estudante universitário no dia do seu aniversário. O anti-herói intergalático atravessa este labirinto cotidiano através das suas fantasias e delírios, deixando atrás de si um rastro de inconformismo. “Meteorango Kid é um soco violento que comove e revolta”. Com esta frase, o escritor Jorge Amado definiu o filme que assistiu na ocasião em que foi apresentado no V Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, quando recebeu o prêmio especial do júri, foi escolhido como melhor filme segundo o júri popular e ainda obteve a Margarida de Prata – Ofício Católico Internacional de Cinema.