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segunda-feira, 11 de março de 2019

Internacional: Tripulação da Air Europa sofre tentativa de assalto na Venezuela



A Venezuela vive intensa crise política, econômica e social


Agência Brasil

A tripulação de uma aeronave da companhia Air Europa sofreu uma tentativa de assalto em Caracas. Não há registros de feridos nem vítimas, segundo o Sindicato Espanhol de Pilotos de Linhas Aéreas (Sepla), em sua conta no Twitter.
“Nós avisamos várias vezes e nossas piores previsões foram cumpridas. Uma tripulação do @AirEuropa sofreu uma tentativa de assalto”, diz o texto.
A tentativa de assalto ocorreu ontem (10). No último dia 22, o sindicato alertou sobre riscos na Venezuela.  “[Alertamos sobre] os perigos de viajar para a #Venezuela.”
A Venezuela vive intensa crise política, econômica e social. A situação se agravou com o blecaute que atinge 22 dos 23 estados do país desde o dia 7.

Internacional: Dos 157 mortos em acidente aéreo na Etiópia, vários eram voluntários



A aeronave caiu ontem (10) de manhã, minutos depois de decolar de Addis Abeba, capital da Etiópia



Agência Brasil

O acidente aéreo com o Boeing 737, da Ethiopian Airlines, matou os 149 passageiros e oito tripulantes. Das 157 pessoas a bordo, a maioria era de estrangeiros e alguns voluntários de missões que atuavam no país. Pelo menos 10 das vítimas eram funcionários das Nações Unidas.
A aeronave caiu ontem (10) de manhã, minutos depois de decolar de Addis Abeba, capital da Etiópia. O voo ET 302 caiu perto da cidade de Bishoftu, ou Debre Zeit, cerca de 50 quilômetros ao sul da capital.
Em 2010 ocorreu o último grande acidente envolvendo um avião da Ethiopian Airlines - foi o Boeing 737-800, que explodiu depois de decolar do Líbano, matando 83 passageiros e sete tripulantes.
*Com informações da RTP, emissora pública de televisão de Portugal

Geral: Governo suspende venda de 46 planos de saúde a partir de hoje


A suspensão temporária da comercialização de planos de 13 operadoras se deu em função de reclamações sobre cobertura assistencial


Agência Brasil

A comercialização de 46 planos de saúdede 13 operadoras está suspensa a partir de hoje (11) por decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A medida, anunciada pela agência no último dia 1º, é temporária e acompanha os resultados trimestrais do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, que monitora o desempenho do setor.
A mesma avaliação permitiu a retomada, também a partir de hoje, da venda de sete planos de saúde de duas operadoras, que haviam sido suspensos anteriormente.
De acordo com a ANS, a suspensão temporária da comercialização de planos de 13 operadoras se deu em função de reclamações sobre cobertura assistencial, prazo máximo de atendimento e rede de atendimento, entre outras. A medida foi anunciada antes do carnaval, com base em reclamações de beneficiários no último trimestre de 2018.
“Os planos suspensos só podem voltar a ser comercializados quando forem comprovadas melhorias”, informou a agência. Eles atendem, juntos, a cerca de 570 mil beneficiários, que não são afetados pela medida. A assistência médica continua valendo para quem já é cliente, mas novas vendas não podem ser feitas.

Geral: Enchente mata 11 em São Paulo


Prefeitura suspendeu rodízio e cobrança de estacionamento

Agência Brasil

O temporal que atingiu São Paulo entre a noite de ontem (10) e a madrugada de hoje (11) deixou 11 mortos, de acordo com o chefe da Casa Militar do governo estadual, Coronel Walter Nyakas Júnior. A forte chuva provocou alagamentos e desmoronamentos na capital paulista e região metropolitana de São Paulo. Foram quatro mortes em Ribeirão Pires e uma em Embu das Artes, todas decorrentes de deslizamentos de terra. Os outros óbitos ocorreram por afogamento em São Bernardo do Campo (1), Santo André (1), São Caetano do Sul (3) e São Paulo (1).
Depois de sobrevoar as áreas inundadas na capital paulista e região metropolitana de São Paulo, nesta manhã, o governador do estado, João Doria, determinou prioridadepara o atendimento a desabrigados e remoção de moradores de áreas de risco.
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a capital paulista já saiu do estado de atenção e há quatro pontos de alagamento ativos, sendo três transitáveis e um intransitável. A prefeitura suspendeu o rodízio e a cobrança de estacionamento pela Zona Azul em toda a cidade.

Política: Força-tarefa acompanhará demandas judiciais da reforma da Previdência



Os integrantes serão designados pelos órgãos respectivos e terão atividades específicas



Agência Brasil

Uma força-tarefa, reunindo 20 profissionais, no âmbito da Advocacia-Geral da União (AGU) vai acompanhar as demandas judiciais relacionadas às discussões e aos debates da reforma da Previdência. A Portaria número 180, instituindo o grupo, está publicada no Diário Oficial da União de hoje (11), na seção 1, página 47.
O grupo terá o nome de "Força-Tarefa de Defesa da Nova Previdência Social - PEC 6/2019" e sua atuação será preventiva. De acordo com a portaria, o grupo foi criado “considerando a necessidade de um trabalho jurídico preventivo e eficiente para conferir acompanhamento especial à judicialização de temas relativos à PEC nº 06/2019.”
Coordenará a força-tarefa o representante do gabinete do advogado-Geral da União, André Mendonça. Os integrantes serão designados pelos órgãos respectivos e terão atividades específicas.
Em fevereiro, o governo encaminhou a reforma da Previdência ao Congresso. As negociações estão intensas e a primeira etapa de debates será na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara.    
Atuação
A força-tarefa será formada por representantes do gabinete do advogado-geral da União e dos órgãos responsáveis pelas funções de consultoria e assessoramento jurídico, de defesa judicial da União, autarquias e fundações.
No grupo estão um integrante do gabinete do advogado-geral da União, dois da  Consultoria-Geral da União, dois da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, cinco da Procuradoria-Geral da União e o mesmo número da Procuradoria-Geral Federal e da Secretaria-Geral do Contencioso.
A força-tarefa vai atuar na sistematização e disponibilização de subsídios, estudos, pareceres e notas técnicas. Os profissionais vão trabalhar também na organização das teses para subsidiar as manifestações e defesas em juízo, assim como no monitoramento do ingresso de ações judiciais, acompanhado da respectiva atuação em juízo, independentemente de citação, intimação ou notificação.
De acordo com a portaria, o grupo vai atuar na coordenação e supervisão dos respectivos órgãos de execução no acompanhamento das ações judiciais e consolidação dos dados de judicialização.

Política: Brasil sob governo do celular


Chumbo quente: Pra não dizer que não falei das flores


Rita Lopes, primeira mulher a se formar em Medicina no País

A história de resistência e empoderamento das mulheres existe desde que o mundo é mundo. Data de sempre, dos primórdios, da Idade da Pedra

*Antonio Carlos Lopes

O Dia Internacional da Mulher, para ser exato, não possui relação direta com o incêndio ocorrido em Nova York, em 25 de março de 1911 na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens (a maioria judeus), que trouxe à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial.

A correlação mais palpável é que teria surgido a partir de uma passeata de americanas, também em Mova York, em fevereiro de 1909.  Seja como for, o certo é que, diferentemente do que muitos creem, o 8 de março só foi reconhecido oficialmente como Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidas em 1977.

É uma data de luta e de luto. Marca as contendas das mulheres de todo o planeta por dignidade, igualdade entre os gêneros e justiça.

No Brasil, nossas mulheres também somam enfrentamentos e conquistas há séculos. Por exemplo, e sem ir muito atrás no tempo: é de 1827 a primeira lei sobre educação, permitindo que elas frequentassem as escolas elementares.

De lá para cá, são milhões as brasileiras protagonistas de vitórias brilhantes. Em 1885, Chiquinha Gonzaga saiu do script e estreou como maestrina, ao reger a opereta “A Corte na Roça”. Dois anos mais tarde, Rita Lobato Velho, primeira brasileira a se formar em medicina.


 

Em 1917, Deolinda Daltro, fundadora do Partido Republicano Feminino, liderou passeata exigindo a extensão do voto às mulheres. O pleito foi contemplado em 1931, quando Getúlio Vargas promulgou Código Eleitoral, garantindo finalmente o direito de voto feminino. Já em 1932, a nadadora Maria Lenk, de 17 anos, tornou-se primeira atleta brasileira a participar de uma Olimpíada.

Nos anos 50, foi a vez da inserção política, depois avanços históricos como a pílula anticoncepcional, a ocupação do mundo do trabalho, a Lei Maria da Penha, o reconhecimento de feminicídio.

Eis que chegamos ao centro questão que afeta as mulheres na atualidade. De acordo com o Mapa da Violência de 2015, último levantamento quantitativo nacional sobre o assunto, o Brasil é considerado o 5º país do mundo com maior número de feminicídios. Segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), só em 2017, foram 4.600 casos, ou seja, entre 12 e 13 mulheres são mortas diariamente.

A despeito de termos uma lei, de 2015, estabelecendo penas mais duras ao feminicídio, a impunidade é fragrante. Confiantes de que não serão punidos, criminosos seguem atacando mulheres sem freio. O resultado: 21 mortes e 11 tentativas de assassinato foram registradas somente entre 1º a 6 de janeiro de 2019.

É preciso cobrar das autoridades mais rigor no cumprimento da Lei e que todos os agressores/assassinos paguem por suas ações. Em futuros Dias das Mulheres, espero falar das flores que elas merecem por toda a construção de dignidade, resistência e empoderamento como citei ao iniciar o artigo de hoje. Que as flores tenham cheiro de vida, não de morte.

Por fim, meu muito obrigado especial a minha esposa e para minha filha. 



*Antonio Carlos Lopes é presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica