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A carne de frango aos pedaços foi responsável por 15% do valor total comercializado em dólar com os árabes |
Luís Alberto
Caju
Com um volume total de
quase 17 milhões de toneladas, as exportações brasileiras de alimentos para os
países árabes foram recorde em 2013 e aumentaram sua participação na pauta
geral. Os protagonistas no último ano foram produtos como carnes, açúcar e
cereais. As carnes do Brasil conquistaram o topo do ranking, com um total de
mais de US$ 4 bilhões.
Em volume, as vendas do
produto atingiram quase 2 milhões de toneladas, que representam mais de 10% das
exportações brasileiras para a região. A informação é parte do balanço
divulgado anualmente pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
O maior destaque entre os produtos que mais
contribuíram para alavancar as exportações brasileiras fica para a “carne de
frango em pedaços, congelada”, responsável por 15% do valor total geral
(incluindo alimentos e outros) comercializado em dólar com os árabes em 2013. O
produto apresentou crescimento de 11%, atingindo mais de US$ 2,1 bilhões.
No mesmo ranking estão
“outros açúcares de cana, beterraba, sacarose”, que conquistaram 9% do total da
pauta de exportações em dólares, crescendo 26% em volume (toneladas) e 3% em
valor comercializado, atingindo, respectivamente, 2,7 milhões de toneladas,
totalizando quase US$ 1,2 bilhão.
Deve-se destacar que todos os produtos de
origem animal, principalmente frango e carne bovina, têm a certificação Halal
como ponto fundamental para exportação aos países árabes. Isto demonstrando a
excelência das entidades certificadoras existentes no Brasil, que atuam há mais
de 50 anos garantindo que os produtos são preparados de acordo com os preceitos
islâmicos.
“O balanço desse ano demonstra um maior
refinamento do produto brasileiro exportado aos países árabes. Nossas
mercadorias já começam a consolidar sua evolução da condição de commodity para
um perfil mais elaborado. Quando, por exemplo, se supera a venda do produto em
sacas ou a granel, evoluindo para embalagens individuais voltadas já ao
consumidor final o valor da mercadoria possuirá valor intrínseco.
Assim melhoramos a
qualidade e agregamos valor. Por exemplo, há empresas exportadoras de açúcar
refinado que obtiveram certificação Halal, estampam a marca em suas embalagens
e ainda rotulam em árabe – é um grande diferencial. Nota-se uma maior
profissionalização das empresas brasileiras no sentido de atender aos padrões
internacionais e intensificar exportações”, explicou o diretor geral da Câmara
Árabe, Michel Alaby.
Catapultando os resultados ainda encontra-se o
milho, que conquistou 9% do valor geral em dólares, crescendo 7% nesse sentido
e 25% em volume para, respectivamente, mais de US$ 1,2 bilhão e 5,3 milhões de
toneladas.