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segunda-feira, 15 de março de 2021

Túnel do Tempo: Estreia de O Poderoso Chefão

               Magalu


Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 15 de março de 1972, o  filme “O Poderoso Chefão”, de Francis Ford Coppola, baseado em um romance de Mario Puzo de mesmo nome e com adaptação para o cinema do próprio Puzzo e de Coppola, estreia nos cinemas. Ele seria considerado um dos melhores filmes de todos os tempos.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Rua do Arouche

    Prefeitura/SP


Luís Alberto Alves/Hourpress

No início do século XIX, toda a área hoje conhecida como "Vila Buarque" era de propriedade do Tenente General José Arouche de Toledo Rendon. Por volta de 1810, ele foi autorizado a abrir as primeiras ruas em sua propriedade, quando apareceu a Rua do Arouche, porém só em 1890 que ela aparece com esse nome. Rendo morreu em 1834, e era comandante militar das vilas do norte de São Paulo, participou das lutas pela Independência do Brasil, foi deputado constituinte e primeiro diretor da Faculdade de Direito de São Paulo. A Rua do Arouche (foto) fica no Centro de SP`. 



quinta-feira, 11 de março de 2021

Variedades: Big Brother e sua inspiração na literatura

 


O Grande Irmão que tudo vê foi apresentado no livro 1984 de George Orwell

Redação/Hourpress

O sucesso do programa Big Brother é indiscutível, sendo um dos realities de destaque nas televisões de quase todo o mundo. Aqui no Brasil, o triunfo do Big Brother Brasil é enorme também, alcançado índices invejáveis na audiência.


O que muitos não sabem é que o formato do programa teve inspiração no livro 1984, de George Orwell, lançado em 1949. O livro narra a história de um funcionário público que vive durante uma ditadura, onde existe as teletelas que vigiam a população durante todo o tempo, sendo nas ruas, no trabalho e até dentro de casa. Outra referência a obra de Orwell, é que o soberano do tal sistema político se chama Grande Irmão.


O livro é considerado um dos clássicos do autor e essencial para trazer à tona reflexões sobre regimes autoritários. O título é destaque no Skeelo, maior app de e-books do país e pode ser acessado por seus assinantes pelas plataformas Android e iOS, nas lojas Google Play e App Store, ou pelo site www.skeelo.app.

 

Internacional : Congresso do México aprova lei que legaliza a maconha

 


Serão permitidos usos recreativo, científico, médico e industrial


Agência Brasil 

A Câmara dos Deputados do México aprovou nessa quarta-feira (10) lei que descriminaliza a maconha no país para uso recreativo, científico, médico e industrial,. A medida é considerada um marco em um país que enfrenta a violência ligada aos cartéis de drogas.

A legislação, que deve retornar ao Senado para revisão e aprovação final, pode criar o maior mercado de cannabis do mundo em população.

Nos próximos dias, o Senado deverá aprovar a lei, que entrará em vigor assim que for publicada no Diário Oficial. Porém, para seu pleno funcionamento, o Executivo ainda precisa publicar o regulamento em um prazo máximo de 180 dias.

“Com isso, fica para trás a falsa avaliação de que cannabis é parte dos graves problemas de saúde pública do México. Ao contrário, a regulamentação proibicionista só conseguiu agravar o problema e gerou um aumento do tráfico de drogas e das mortes", disse a deputada Simey Olvera, do partido governista Morena.

“Hoje estamos fazendo história”, acrescentou a deputada, usando uma máscara de folhas de maconha.

Em novembro, o Senado aprovou a lei sobre a maconha. No entanto, a Câmara adiou a discussão da medida polêmica, argumentando que precisava de mais tempo para analisá-la.

No final de 2013, o Uruguai se tornou o primeiro país do mundo a legalizar a produção e a venda de maconha. Outros países da região como a Argentina, o Chile, a Colômbia e o Peru permitem o uso de cannabis medicinal.

Artigo: O discurso de Lula e as bases da campanha presidencial de 2022

 


Lula chamou Bolsonaro para pelejar. O capitão vai encarar?

Rodrigo Augusto Prando


Há pouco, em 10 de março, Lula fez um discurso na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, de São Bernardo do Campo. Na segunda-feira, 08 de março, o Ministro Edson Fachin, do Superior Tribunal Federal (STF), anulou as condenações da Operação Lava Jato e tornou, novamente, Lula dotado de direitos políticos e apto a ser candidato. Se havia, antes, dúvidas se Lula estaria de volta ao jogo político, agora, as questões se dissipam. Sua fala e sua postura foram de candidato, de se colocar como alternativa a Bolsonaro e ao bolsonarismo.

O Partido dos Trabalhadores (PT) e Lula, direta ou indiretamente, estão presentes em todas as eleições presidenciais desde 1989. No balanço do histórico eleitoral para a presidência, o PT ganhou quatro (duas com Lula e duas com Dilma) e perdeu quatro (três com Lula e uma com Haddad). Essa trajetória não pode ser desprezada.

Vamos, contudo, ao discurso de Lula. Em primeiro lugar, Lula é possuidor de carisma e domina a oratória política como poucos. A base discursiva esteve alicerçada sobre: 1) sua condenação pela Lava Jato que, segundo ele, foi injusta; 2) demonstração de que não há, por parte dele, ódio e, por isso, não precisam ter medo dele; 3) preocupações com a pandemia, vacinas e empatia com as vítimas; 4) agradecimentos a líderes nacionais e estrangeiros; e, finalmente, 5) críticas e ataques ao Governo Bolsonaro. Claro que uma fala de quase duas horas teve mais pontos que podem - e devem - ser indicados e discutidos, todavia, fiquemos, por enquanto, nestes destacados.

Embora tenha se apresentado como livre e inocente, juridicamente, isso não é fato, já que novo julgamento será conduzido pela Vara do Distrito Federal, considerada competente por Fachin. De qualquer forma, após investigação, condenação e prisão, a decisão de Fachin é fato político, simbólico, de grande envergadura e, obviamente, seria e será explorado por Lula. Em breve, o STF julgará a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e, se confirmado, dará mais munição a Lula na construção da narrativa da perseguição política e injustiça. Inteligente que é, Lula pode modular seu discurso para uma posição mais contundente, de ataques, radical ou, então, reviver o "Lulinha paz e amor".

Ao que tudo indica, Lula quer, ainda, permanecer hegemônico no campo da esquerda, mas faz acenos ao centro político, até mesmo afirmando que é necessário dialogar com o Congresso Nacional, com líderes empresariais, movimentos sociais, sindicatos. Com isso, quer afastar-se da confrontação e do ódio presentes na visão bolsonarista de política. Neste caso, a polarização que se apresenta nos dias que correm teve, cabe lembrar, grande contribuição do lulopetismo, especialmente, ao propagar a narrativa de que o Governo FHC havia legado, ao Brasil, uma "herança maldita", bem como de se colocar na arena política a partir da divisão entre "nós" x "eles", como petistas fizeram durante seus governos.

No que tange à pandemia, Lula fez questão de apresentar, em primeiro lugar, empatia pelas vítimas da doença e, com isso, abriu a caixa de ferramentas para criticar Bolsonaro e sua desastrosa condução da crise pandêmica. Nos variados agradecimentos, essencialmente, às lideranças políticas internacionais, a intenção foi apresentar-se como um estadista, com interlocutores e aliados mundo afora, portanto, distante do isolacionismo atual. Nas variadas críticas ao atual governo, destacou a péssima gestão da saúde, educação, geração de emprego e renda, atacou os decretos de facilitação da compra de armas.

Em síntese, a ação discursiva de Lula foi capaz de realizar a maior e mais bem articulada crítica ao conjunto da obra do governo bolsonarista. E, no campo da retórica, no manejo dos cenários sociais, econômicos, políticos e governamentais, Lula, sempre apresenta o tema, indica exemplos concretos do cotidiano do brasileiro, faz suas críticas e aponta possíveis soluções a partir de sua experiência política e presidencial. Houve, até, na apresentação de Lula, críticas à mídia e à política de preços da Petrobrás e estas críticas são, quase sempre, presentes no bolsonarismo.

Ao citar a Petrobrás, relembrou da relevância da empresa no seu governo, no entanto, calou sobre a corrupção na empresa durante os anos petistas. Dirigiu críticas a Paulo Guedes, pois este só quer privatizar, vender e vender (aqui, também, Bolsonaro e Lula se aproximam nos aspectos estatizantes). Explicando a necessidade de retomada econômica, deixou claro que não é necessário ler Marx ou Delfim Neto, mas que a população e o empresariado sabem que renda gera consumo e, no conjunto, crescimento econômico (simplificação, claro, mas fixa a ideia entre os ouvintes). Dilma Rousseff, por sua vez, foi lembrada por ter sofrido um golpe, sendo relacionada à questão do petróleo no Brasil e aos interesses internacionais, mormente, dos EUA, que não querem nossa autonomia. Da crise econômica no bojo do Governo Dilma, nem uma palavra. Até o Zé Gotinha foi elogiado, como personagem suprapartidário e, no limite, um humanista, segundo Lula.

Simbolizando e acenando para o futuro próximo - 2022 - Lula fez referência que não possui o sentimento de ódio e que a Lava Jato desapareceu de sua vida. Termina com um chamamento à luta, por vacina, salário, auxílio emergencial, emprego, infraestrutura. Analistas afirmam que discursos polarizadores se retroalimentam e que o lulopetismo e bolsonarismo são próximos em muitos aspectos. Há boa dose de verdade nisso.

Todavia, algo é certo: Bolsonaro é, para Lula, o melhor adversário; mas Bolsonaro, por sua vez, desejaria, por exemplo, Haddad e não Lula. Lula chamou Bolsonaro para pelejar. O capitão vai encarar? Em 2022, Bolsonaro não será novidade, terá o desgaste de seus erros no governo, de suas falas e ações, de uma economia patinando, das milhares de mortes da covid-19 em sua gestão e será pressionado a debater, não tendo, apenas, a segurança do ambiente controlado das redes sociais.

Rodrigo Augusto Prando é professor e pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Graduado em Ciências Sociais, Mestre e Doutor em Sociologia, pela Unesp.

Política: Nova lei prorroga suspensão de metas para prestadores de serviços de saúde

 



Até o fim deste ano, entidades filantrópicas da área de saúde poderão renovar o certificado

Redação/Agência Câmara 

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira (10), sem vetos, projeto de lei da Câmara dos Deputados que prorroga até 31 de dezembro de 2020 a suspensão da obrigatoriedade de manutenção das metas quantitativas e qualitativas acertadas pelos prestadores de serviço de saúde com o Sistema Único de Saúde (SUS).

De autoria do deputado Antonio Brito (PSD-BA) e outros, o projeto (PL 2809/20) foi aprovado em dezembro, com base em substitutivo do deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR). A nova lei (Lei 14.123/21) foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

O texto reabre o prazo para que as entidades filantrópicas da área de saúde, para obter a renovação do certificado, possam apresentar apenas declaração do gestor local de que prestam o serviço. O prazo acabou em 31 dezembro de 2018 e passará a ser 31 de dezembro de 2021.

Entretanto, essa declaração não será aceita nos processos de concessão e renovação de certificação cujos requerimentos sejam protocolados a partir de 1º de janeiro de 2022.


Política: Câmara mantém limite de R$ 44 bi para o auxílio emergencial fora do teto de gastos

 


Segundo o governo, para 2021 o auxílio será de R$ 175 a R$ 375 por quatro meses

Luís Alberto Alves/Hourpress /Agência Câmara de Notícias

 A Câmara dos Deputados rejeitou destaque do PDT e manteve no texto da PEC Emergencial (PEC 186/19) o valor máximo de R$ 44 bilhões para pagamento do auxílio emergencial em 2021, com exclusão desses valores do teto de gastos e da meta de resultado primário deste ano (estimada em déficit de R$ 247 bilhões). O partido pretendia retirar esse limite para o pagamento do auxílio. Foram 345 votos contra e 144 votos a favor do destaque.

Em seguida, a Câmara rejeitou destaque semelhante do PCdoB. Foram 337 votos contra e 151 votos a favor do destaque. Diferentemente do destaque do PDT, este pretendia apenas excluir o valor máximo, sem mexer no dispositivo que permite o uso desse dinheiro fora do teto de gastos e da meta de resultado primário deste ano.

"Não tem cabimento colocarmos uma camisa de força no governo. Se o governo precisar gastar mais, já vai estar autorizado pelo Congresso", argumentou o líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE). Segundo ele, o limite também impede que o Congresso aumente o valor do auxílio. "Se o auxílio crescer um pouco além dos R$ 250, o dinheiro não será suficiente. Teríamos de diminuir o número de pessoas beneficiadas", ponderou.

Já o líder do PV, deputado Enrico Misasi (PV-SP), argumentou que, em caso de calamidade, o regime fiscal diferenciado oferece uma "válvula de escape" se o valor de R$ 44 bilhões não for suficiente "A PEC não exclui a possibilidade de revisão do limite se a crise se agravar", rebateu.

Auxílio emergencial
Além de prever medidas mais rigorosas para conter despesas obrigatórias da União, dos estados e municípios, a PEC permite a emissão de títulos públicos para o pagamento do auxílio emergencial.

Segundo o governo, para 2021 o auxílio será de R$ 175 a R$ 375 por quatro meses (março a junho). Para a família monoparental dirigida por mulher, o valor será de R$ 375; para um casal, R$ 250; e para o homem sozinho, de R$ 175.

A primeira leva de pagamentos do auxílio em 2020 chegou a R$ 292 bilhões para cerca de 68 milhões de pessoas, em duas rodadas: na primeira, foram pagas parcelas de R$ 600 por cinco meses; e na segunda, chamada de “auxílio residual”, foram parcelas de R$ 300 durante quatro meses e com um público-alvo menor.