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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Saúde: SP perto de 50 mil mortos pela covid-19

 


As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 66,8% na Grande São Paulo e 65,4% no Estado

Redação/Hourpress

O Estado de São Paulo registra nesta terça-feira (12) 48.662 óbitos e 1.561.844 casos confirmados do novo coronavírus.

Entre o total de casos diagnosticados de COVID-19, 1.373.425 pessoas estão recuperadas,  163.604 foram internadas e tiveram alta hospitalar.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 66,8% na Grande São Paulo e 65,4% no Estado. O número de pacientes internados é de 13.175, sendo 7.668 em enfermaria e 5.507 em unidades de terapia intensiva, conforme dados das 12h desta terça-feira.

Hoje, os 645 municípios têm pelo menos uma pessoa infectada, sendo 611 com um ou mais óbitos. A relação de casos e óbitos confirmados por cidade, junto com o perfil, pode ser consultada também em: www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus.

Saúde: Planos de saúde criam alternativas para consumidor manter benefício

 


Segundo a Anab, pelo menos 20 novos produtos já foram criados

Agência Brasil 

Os reajustes anuais e por mudança de faixa etária de planos de saúde foram suspensos entre setembro e dezembro do ano passado, por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e devem ser cobrados em 12 parcelas a partir deste mês. Com o adiamento dos reajustes que seriam realizados para compensar os gastos das operadoras no período anterior, as empresas poderão fazer a cobrança de dois reajustes anuais, dependendo da data-base da aplicação a ser considerada.

Com a pandemia do novo coronavirus, o plano de saúde pode pesar no bolso dos consumidores diante do desemprego crescente no país, que reduziu os ganhos e o consumo. O problema levou a Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab) a orientar as empresas do setor a criarem alternativas para os consumidores. De acordo com a entidade, pelo menos 20 novos produtos foram criados até o momento para atender os consumidores que desejam manter o benefício e migrar de plano, com preços mais acessíveis após o reajuste que está sendo aplicado.

A Anab representa as empresas gestoras e comercializadoras de planos de saúde coletivos, em que o benefício é vinculado a alguma empresa ou entidade de classe a que o consumidor esteja ligado. Segundo a ANS, existem cadastradas no Brasil 168 administradoras de benefícios. Cerca de 6,2 milhões de clientes têm planos da modalidade coletivo por adesão, dos quais em torno de 3 milhões contam com a atuação de uma administradora.

Opções

O presidente da Anab, Alessandro Acayaba de Toledo, disse que as empresas associadas estão atuando para “orientar os consumidores a fazerem seus cálculos e a optar por alternativas muito próximas ao produto que já dispunham e, assim, manter o plano de saúde, que é tão importante, sobretudo em meio a uma pandemia". A redução dos valores ocorre, normalmente, pela oferta de redes credenciadas de alcance regional, com foco em necessidades locais; e também por parcerias com operadoras verticalizadas, isto é, que têm seus próprios locais de atendimento ao paciente.

Dados da Anab mostram que, nos últimos oito anos, a diferença entre o valor pedido pelas operadoras para o reajuste anual e o efetivamente cobrado dos clientes das administradoras de benefícios alcançou R$ 6 bilhões, com queda de 54%, o que gerou economia mensal por beneficiário de R$ 131. Toledo informou que o reajuste médio aplicado pelas administradoras nos contratos que venceram em 2020 e está sendo aplicado em 2021 ficou em 15,3%, depois das negociações com as operadoras. O valor médio pago pelos beneficiários é de R$ 837.

Planos

No Brasil, 47,1 milhões de pessoas têm plano de saúde privado, o que corresponde a pouco menos de 25% da população. São três os planos praticados no país: individual ou familiar, coletivo empresarial e coletivo por adesão. Os consumidores se dividem entre pessoas físicas, que contratam o plano por conta própria, e pessoas jurídicas, em que o plano é um benefício oferecido pela empresa em que as pessoas trabalham ou pela entidade de classe a que pertençam.

A Anab sustentou que todos os planos de saúde têm regras estabelecidas pela ANS. Os planos individuais têm o percentual de reajuste definido pela agência reguladora, enquanto os planos coletivos obedecem à livre negociação entre a operadora e as empresas, associações de classe ou sindicatos, devendo comunicar o percentual de reajuste à ANS.

A Anab chamou a atenção para o fato de que, além dos reajustes anuais, pode haver também reajuste por mudança de faixa etária para alguns beneficiários. Nos contratos celebrados até janeiro de 1999, prevalece o que foi estabelecido na época. Planos a partir de janeiro de 1999 até 1º de janeiro de 2004 têm sete faixas, sendo a primeira entre 0 e 17 anos e a última faixa com 70 anos ou mais. Contratos firmados após 1º de janeiro de 2004 contêm dez faixas, sendo a primeira entre 0 e 18 anos e a última com 69 anos ou mais. Pela Resolução Normativa ANS nº 63/2003, o valor fixado para a última faixa etária não pode ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa (0 a 18).

Procon 

O órgão de defesa do consumidor do município do Rio de Janeiro esclareceu que apesar da permanência do estado de calamidade pública em função da covid-19, a medida que suspendeu o reajuste não foi estendida, o que permite que as operadoras cobrem o aumento a partir deste ano.

O Procon alertou, entretanto, que o consumidor precisa saber de algumas regras para recorrer de alguma cobrança indevida. A primeira delas é que, de acordo com a ANS, o reajuste deve ser parcelado em pelo menos 12 vezes sem juros. Outra observação a ser feita é sobre a data de aniversário do contrato e quando foi feita a suspensão da cobrança, porque os reajustes serão relativos apenas aos meses que não tiveram o valor aplicado.

O órgão de defesa do consumidor do município lembra que o valor máximo do reajuste para planos individuais é de 8,14%. Para os planos coletivos, não há essa limitação e o cálculo é feito de acordo com a sinistralidade da carteira de clientes.

A coordenadora do Procon, Renata Ruback, afirmou que os consumidores que tiverem qualquer problema com a cobrança devem registrar reclamação no órgão. “Caso seja verificada abusividade, a operadora pode ser multada e o consumidor ter o valor cobrado indevidamente restituído", disse Renata. Ela lembrou que a determinação da ANS não impede que o consumidor que esteja em dificuldades financeiras negocie com a empresa uma proposta com melhores condições de pagamento. “Vimos casos em que a operadora isentou a cobrança da parcela de janeiro, por exemplo".

O consumidor pode entrar em contato com o Procon do Rio de Janeiro pelo telefone gratuito 1746. 

Saúde: Covid-19: Anvisa alerta para venda de vacinas falsas na internet

 


Agência diz que Polícia Civil está identificando os casos

Agência Brasil 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota alertando sobre a venda da vacinas falsas contra a covid-19 na Internet. A equipe da Agência diz ter tomado conhecimento dessas iniciativas pela mídia. Segundo a nota, a Polícia Civil está investigando os casos.

No informe, a agência reitera que não há, até o momento, qualquer vacina registrada ou autorizada em caráter emergencial. Neste último caso, a Anvisa ainda avalia os pedidos apresentados pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para as respectivas vacinas. A decisão deve ocorrer em reunião no domingo (17).

A Anvisa lembra que, sem registro ou autorização para uso emergencial, uma vacina não pode ser comercializada. A aquisição de um medicamento sem registro ou autorização, acrescenta a agência reguladora, pode trazer riscos à saúde de quem toma a substância.

“Atenção, consumidores! A falsificação de medicamentos pode ocasionar danos irreversíveis à saúde, podendo levar a óbito, uma vez que não é possível verificar a segurança, a qualidade e a eficácia desses produtos”, destaca o texto.

Além disso, as vacinas deverão ser destinadas, ao menos inicialmente, ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde serão distribuídas a estados e municípios por meio do Programa Nacional de Imunização, diz ainda a Anvisa.

“É preciso ressaltar que somente empresas devidamente certificadas pela Anvisa e licenciadas pela autoridade sanitária local poderão, quando for o caso, distribuir, fabricar, importar, transportar e aplicar as vacinas de covid-19 autorizadas. No caso de vacinas importadas, a norma sanitária prevê que a empresa importadora é responsável pela qualidade, eficácia e segurança dos lotes importados das vacinas”, sublinha a nota da Anvisa.

A agência pede que os cidadãos denunciem à sua ouvidoria (https://www10.anvisa.gov.br/ouvidoria/CadastroProcedimentoInternetACT.do?metodo=inicia) caso identifiquem tentativas de comercialização de medicamentos irregulares sem registro ou autorização do órgão.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Artigo: Turismo doméstico garante segurança em família

 



Destinos como Olímpia são acessíveis de carro e rede hoteleira assegura protocolos de saúde

Redação/Hourpress

Todo o cuidado é pouco quando o assunto é viajar durante a pandemia, e o turismo doméstico, ou seja, destinos acessíveis após algumas horas de estrada, mostram-se cada vez mais seguros. Além disso, essa é uma oportunidade para conhecer locais próximos: de acordo com levantamento do Booking.com, 55% das pessoas pretendem conhecer um novo destino na região em que moram. Por isso que para moradores do Estado de São Paulo, Olímpia é uma cidade do interior com muita história e uma rede hoteleira capacitada para receber turistas durante o mês de janeiro.

O Enjoy Olímpia Park Resort, por exemplo, é um dos hotéis mais próximos do Thermas dos Laranjais, o parque aquático da cidade, e desenvolveu um protocolo rígido de saúde e segurança para permanecer recebendo os hóspedes. "O ‘Safe and Fun’ é um documento reconhecido pelo Bureau Veritas com uma série de medidas que garantem o funcionamento do resort. Desde a chegada, há higienização de bagagens, aferição de temperatura, distanciamento social e limpeza constante, além de disposição de estações de desinfetantes de mãos", explica do gerente geral do Enjoy.

Operando com 50% da capacidade dos 912 apartamentos, o Enjoy Olímpia Park Resort dispõe de facilidades indoor para a família toda, como monitoria diária, piscinas, restaurante e muito mais, opções que não demandam aglomeração nem necessidade de deslocamento constante. Para oferecer ainda mais conforto, crianças de até 12 anos não pagam hospedagem e ganham ingressos para o Vale dos Dinossauros, outro parque localizado na cidade.

Sobre o Enjoy Olímpia Park Resort
Localizado em Olímpia, cidade a 430km da capital de São Paulo/SP, o Enjoy Olímpia Park Resort é o hotel mais próximo do Thermas dos Laranjais, principal parque aquático da cidade. São quatro torres com 912 apartamentos de um ou dois quartos completamente mobiliados, com antessala, varanda e cozinha americana equipada com micro-ondas e geladeira.
A capacidade para 5 a 7 pessoas garante viagem para toda a família aproveitar a facilidades do resort. São piscinas adultas e infantis, restaurante, brinquedoteca, piscina coberta, e muito mais!

Mais informações no site oficial da Enjoy Hotéis e Resorts.

Economia: Caderneta de poupança completa 160 anos



Poupança ajudou escravos a guardar dinheiro para comprar alforria

 

Agência Brasil 

A aplicação financeira mais utilizada pelos brasileiros completa hoje (12) 160 anos. Poucos sabem, mas a caderneta de poupança significou, ao longo da história, importante papel para muitas pessoas alcançarem liberdades que vão muito além da questão financeira.

Ao aceitar depósitos feitos por escravos, a poupança representou, no passado, uma importante ferramenta para que, ao guardar suas economias, parte da população escravizada conseguisse “comprar”  a alforria.

Caixa

Ao ser criada, na cidade do Rio de Janeiro em 1861, com o propósito de “recolher os depósitos de poupança popular no Brasil”, a Caixa Econômica deu o primeiro passo para se tornar “a opção de investimento mais segura, acessível e adequada a todos os perfis, desde os pequenos poupadores a grandes investidores”, explicou o próprio banco, por meio de sua assessoria. Onze anos depois, com a publicação do Decreto nº 5.153, de 13 de novembro de 1872, a Lei 2.040, publicada um ano antes, foi regulamentada, de forma a possibilitar o recolhimento de depósitos feitos por escravos.

“Trata-se de um assunto que se insere na própria história das transformações e das pressões pelo fim do trabalho escravo no Brasil, que ganhou força na segunda metade do século 19”, detalhou o banco à Agência Brasil. Com isso, as caixas econômicas passaram a recolher os depósitos feitos pelos escravos, que utilizavam a poupança para comprar suas alforrias.

Segundo o banco, foi dessa forma que essas instituições passaram, nas diversas províncias brasileiras, a receber depósitos de escravos, emitindo, como no caso do depositante não escravo, uma caderneta de controle dessa movimentação. “A diferença é que na caderneta dos escravos constava o nome do senhor, uma vez que era necessária a autorização dele para que a conta do escravo fosse aberta”, acrescentou.

Diversificação

A fim de ampliar cada vez mais o seu público, os serviços de poupança vêm se diversificando ao longo do tempo. No caso do banco com maior participação no mercado de poupança (a Caixa, com 38,7%), o principal deles é a poupança integrada, que é vinculada à conta corrente, bastando ao correntista transferir os valores. Entre os produtos oferecidos pelo banco há ainda a Poupança Azul, modalidade de conta poupança para todas as pessoas, incluindo crianças ou qualquer dependente, e a Poupança CAIXA Fácil, modelo simplificado que pode ser aberto até mesmo em lotéricas.

“Se o beneficiário do Bolsa Família abrir uma Poupança Caixa Fácil, passará a receber o benefício diretamente nessa conta”, informa o banco. As movimentações também mudaram com o tempo. Atualmente pode ser feito não só por meio de agências bancárias, como também por terminais de autoatendimento, internet banking ou pelo celular.

Duas modalidades recentes, usadas inclusive para possibilitar o pagamento do auxílio emergencial, FGTS Emergencial e outros programas sociais, são as poupanças Social Digital e a Digital. “A Poupança Social Digital é uma conta  simplificada, sem tarifas de manutenção, com limite mensal de movimentação de R$ 5 mil que foi aberta de forma automática para possibilitar o pagamento do Auxílio Emergencial”, explicou o banco.

Caderneta de Poupança de Joaquim da Costa / Caixa Econômica Federal.
Caderneta de Poupança de Joaquim da Costa / Caixa Econômica Federal. - Arquivo/Caixa Econômica Federal

Especialistas recomendam

Especialistas consultados pela Agência Brasil consideram a caderneta de poupança a “aplicação financeira mais recomendada para pequenos poupadores, uma vez que seu rendimento é líquido e sem Imposto de Renda”, sugere o economista e professor licenciado da Universidade de Brasília (UnB) Newton Marques – um especialista em educação financeira, membro do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF).

Opinião similar tem o conselheiro da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac) Andrew Frank Storfer, mesmo considerando que a poupança não esteja em um de seus períodos mais rentáveis.

“Hoje em dia até que não é das piores, pela baixa taxa de juros atualmente em vigor. Mas não importa. A poupança apresenta uma facilidade muito grande para se guardar reservas, quando comparada a alternativas do mercado financeiro que exigem um pouco mais de entendimento e, muitas vezes, volumes maiores de investimento”, disse ele.

“Para baixos valores, a poupança é simples, isenta de Imposto de Renda, não tem taxa de performance e tem liquidez imediata caso alguém precise do dinheiro para emergências”, acrescentou o executivo da Anefac.

Remuneração

As regras de remuneração atuais das cadernetas de poupança estão em vigor desde maio de 2012: para cálculo dos juros, deve-se observar o índice de 0,5% ao mês, sempre que a meta da taxa básica de juros (Selic) for maior que 8,5% ao ano. Se a meta da Selic for igual ou inferior a 8,5% ao ano, o índice corresponderá a 70% da meta.

Saldo recorde

Em balanço divulgado recentemente pela Caixa, a poupança apresentou saldo de R$ 387,6 bilhões em setembro de 2020, o que representa avanço de 24,4% em 12 meses. Segundo o banco, esse crescimento, que corresponde a R$ 76,1 bilhões, reflete principalmente o impacto dos recursos creditados por causa do auxílio emergencial e do saque emergencial do FGTS, totalizando 180,8 milhões de contas no fim do terceiro trimestre de 2020.

Economia: Inflação oficial fecha 2020 em 4,52%, diz IBGE

 


Trata-se da maior maior alta desde 2016


Agência Brasil 

A inflação fechou o ano de 2020 em 4,52%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a maior alta desde 2016, quando ficou em 6,29%. O percentual reflete o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), anunciado hoje (12) pelo IBGE, no Rio de Janeiro. 

Em dezembro, o indicador - divulgado junto com o acumulado do ano - acelerou para 1,35%, que é a variação mais intensa desde fevereiro de 2003, quando tinha sido de 1,57%. É também a maior variação para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%).

A alta no fechamento de 2020 aponta ainda que o índice do ano ficou acima do centro meta, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 4,0%, mas, ainda assim, permanece dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (2,5%) ou para cima (5,5%). Em 2019, a inflação tinha ficado em 4,31%.

Um dos maiores impactos para os consumidores em 2020 foi a elevação de 14,09% nos preços de alimentos e bebidas. Segundo o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, o crescimento, que é o maior desde 2002 (19,47%), foi provocado por fatores como a demanda por esses produtos e a alta do dólar e dos preços das commodities no mercado internacional. A alta nos preços dos alimentos foi um movimento global durante um ano marcado pela pandemia de covid-19.

Alta expressiva

O resultado do ano mostrou ainda que os preços do óleo de soja com 103,79% e do arroz com 76,01% dispararam no acumulado de 2020, mas outros itens importantes na cesta das famílias também subiram expressivamente, entre eles, o leite longa vida (26,93%), frutas (25,40%), carnes (17,97%),  batata-inglesa (67,27%) e tomate (52,76%).

A habitação, com 5,25%, também contribuiu para o comportamento da inflação, influenciada pelo aumento da energia elétrica (9,14%). O efeito do dólar sobre os preços dos eletrodomésticos, equipamentos e artigos de TV, som e informática provocou impacto nos artigos de residência, que também pesaram mais. 

De acordo com o IBGE, em conjunto, alimentação e bebidas, habitação e artigos de residência responderam por quase 84% da inflação de 2020.

Transportes

Segundo maior peso na composição do indicador, os transportes encerraram 2020 com alta de 1,03%. O gerente da pesquisa contou que houve quedas fortes, em abril e maio, por conta do preço da gasolina, que fechou o ano em queda (-0,19%), apesar das seis altas consecutivas em junho e dezembro, mas houve compensações. “As passagens aéreas tiveram uma queda de 17,15% no acumulado do ano, ajudando a puxar o resultado para baixo”, concluiu.

O vestuário foi o único grupo a apresentar variação negativa (-1,13%) explicada pelo isolamento social. “As pessoas ficaram mais em casa, o que pode ter diminuído a demanda por roupas. Tivemos quedas em roupas femininas (-4,09%) e masculinas (-0,25%) e infantis (-0,13%), calçados e acessórios (-2,14%). A única exceção foram joias e bijuterias (15,48%), por causa da alta do ouro”, revelou.

A inflação de 2020 mostrou também que a alta dos preços foi generalizada em todas as 16 localidades pesquisadas pelo IBGE. A maior variação do ano foi em Campo Grande (6,85%), por conta das carnes e da gasolina. 

Na sequência, tem-se Rio Branco (6,12%), Fortaleza (5,74%), São Luís (5,71%), Recife (5,66%), Vitória (5,15%), Belo Horizonte (4,99%) e Belém (4,63%). Todas essas localidades ficaram acima da média nacional (4,52%).

O menor índice ficou com Brasília (3,40%), influenciado pelas quedas nos preços das passagens aéreas (-20,01%), dos transportes por aplicativo (-18,71%), dos itens de mobiliário (-7,82%) e de hospedagem (-6,26%).

Dezembro

A inflação de dezembro subiu para 1,35%, enquanto em novembro tinha sido de 0,89%. O resultado é a maior alta mensal desde fevereiro de 2003. Naquele momento, o indicador avançou 1,57%. É ainda o maior índice para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%). Em dezembro de 2019, a variação havia ficado em 1,15%.

Kislanov afirmou, também, que todos os grupos pesquisados tiveram alta no mês, sendo o destaque a habitação, que, por causa do aumento de 9,34% na energia elétrica, subiu 2,88%. “Em dezembro, passou a vigorar no país a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Além disso, houve reajustes tarifários em Rio Branco e Porto Alegre”, observou.

A segunda maior contribuição em dezembro partiu de alimentação e bebidas (1,74%), embora tenha registrado desaceleração frente ao mês anterior (2,54%). Os preços do tomate tiveram queda de 13,46%. Além disso, houve altas menos intensas nas carnes (3,58%), no arroz (3,84%) e no óleo de soja (4,99%). Em movimento contrário, os preços das frutas subiram de 2,20% para 6,73%.

Ainda em dezembro outro grupo em destaque foi o de transportes com variação de 1,36%, perto do resultado  de novembro, quando tinha sido de 1,33%. Os demais ficaram entre 0,39% de comunicação e o 1,76% de artigos de residência.

Capitais

A cidade de São Luís registrou a maior inflação de dezembro entre os locais pesquisados (2,18%). O percentual foi influenciado pela alta de 11,30% no preço das carnes. 

Na outra ponta, Aracaju foi o que anotou o menor resultado (0,91%). Lá a queda nas mensalidades dos cursos regulares (-0,78%) e nos preços de alguns produtos alimentícios, como o queijo (-6,33%) e o tomate (-6,04%), contribuiu para o indicador.

IPCA

O IPCA mede a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, independente da fonte, e que residem nas áreas urbanas das regiões de abrangência do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC): regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal, e de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

A coleta para o cálculo do indicador é feita em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e internet, entre os dias 1º e 30 do mês de referência.

Economia: Sindicato dos Metalúrgicos quer que a Ford reverta demissões

 

Montadora anunciou fechamento de fábricas no Brasil

Agência Brasil 

O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) quer que a Ford reveja a decisão de fechar as fábricas no Brasil e mantenha os empregos. Segundo o presidente do Sindicato, Claudio Batista, os trabalhadores foram “pegos de surpresa” com a decisão anunciada ontem (11).

Além da planta de Taubaté, a Ford vai fechar a fábrica de Camaçari, na Bahia. A fábrica da Troller, em Horizonte (CE), vai encerrar as atividades até o fim deste ano. Serão mantidos, entretanto, a sede administrativa para a América do Sul em São Paulo, o Centro de Desenvolvimento de Produto na Bahia e o Campo de Provas em Tatuí (SP). A produção de veículos na região ficará concentrada na Argentina e no Uruguai.

Ouça a matéria da Radioagência Nacional:

Bolsonaro lamenta fechamento da Ford e diz que montadora quer subsídio - Por Nelson Lin

 

Manutenção de empregos

“O sindicato vai fazer toda luta necessária para tentar reverter essa situação”, disse Batista. De acordo com ele, os 830 funcionários da fábrica em Taubaté tinham estabilidade no emprego até o fim de 2021, devido a um acordo de redução de jornada e salários feito no ano passado, em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19). A unidade da montadora na cidade está há 53 anos de atividade.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) evitou comentar diretamente as razões e os impactos do fechamento das fábricas no Brasil. 

"A Anfavea não vai comentar sobre o tema. Trata-se de uma decisão estratégica global de uma das nossas associadas. Respeitamos e lamentamos”, disse a entidade em nota.

No entanto, a associação comentou que os custos de produção têm afetado as montadoras no país. “Isso corrobora o que a entidade vem alertando há mais de um ano, sobre a ociosidade da indústria (local e global) e a falta de medidas que reduzam o Custo Brasil".

Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a alta carga tributária é um dos fatores que dificulta a manutenção da produção industrial no país. “A Fiesp tem alertado sobre a necessidade de se implementar uma agenda que reduza o Custo Brasil, melhore o ambiente de negócios e aumente a competitividade dos produtos brasileiros. Isso não é apenas discurso. É a realidade enfrentada pelas empresas”, disse em nota a federação.