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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Geral: Mais de 30 casos de tiroteios afetaram circulação de trens no Rio

 


Ramal mais atingido em 2020 foi o Saracuruna, em Duque de Caxias

 Agência Brasil

A concessionária SuperVia, que administra os ramais dos trens urbanos do Rio e também da Baixada Fluminense, registrou, no ano passado, 36 casos de tiroteios nas proximidades da linha férrea, que afetaram a circulação dos trens por 40 horas e 24 minutos. O caso mais recente ocorreu no dia 21 de dezembro, quando um caso  de troca de tiros nas imediações da estação Costa Barros, subúrbio do Rio,  interrompeu a circulação dos trens por uma hora em todo o ramal Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O ramal mais afetado no ano passado foi o Saracuruna, em Duque de Caxias, também na Baixada, com 24 ocorrências de interrupções.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1398381&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1398381&o=node

Hoje (11), entre 11h36 e 12h10, a concessionária precisou interromper parcialmente a operação dos trens do ramal Saracuruna em função de troca de tiros nas proximidades da estação Manguinhos. Os trens circularam apenas entre Bonsucesso e Gramacho e no trecho Gramacho-Saracuruna e as partidas da Central do Brasil para este ramal ficaram suspensas. Neste momento, a circulação é normal em todo o ramal. Durante a ocorrência, os clientes foram informados por meio do sistema de áudio dos trens e estações e pelos canais digitais da concessionária.

Esse foi o segundo caso, este ano, de alteração do serviço ocasionada por troca de tiros nas imediações do sistema. Na semana passada, a circulação da extensão Vila Inhomirim (ramal Saracuruna) ficou interrompida por cerca de 3 horas por problemas de segurança pública nas imediações da estação Imbariê.

Protocolo

Em casos de tiroteios, os trens podem aguardar ordem de circulação em estações seguras ou a circulação do ramal pode ser parcial ou totalmente suspensa. Essa é uma medida de segurança adotada pela SuperVia para preservar a integridade física dos clientes e colaboradores. Quando o tiroteio cessa, a concessionária realiza vistorias em cabos da rede aérea para garantir a retomada da operação em condições adequadas. Às vezes, os cabos são danificados pelos disparos de arma de fogo, atrasando a normalização da circulação.

De acordo o presidente da SuperVia,  Antonio Carlos Sanches, “é lamentável que a insegurança pública coloque em risco a operação ferroviária e prejudique o ir e vir de milhares de clientes. Os trilhos do trem passam por diversas regiões conflagradas, áreas de risco, que precisam de policiamento especializado e ostensivo, o que só pode ser garantido pelo poder público, como prevê o próprio contato de concessão. Por isso, temos dialogado frequentemente com as forças de segurança do estado para que atuem nesses locais mais sensíveis”, afirmou.

Operação

A SuperVia opera o serviço de trens urbanos na região metropolitana do Rio de Janeiro, incluindo a capital e os municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Nilópolis, Mesquita, Queimados, São João de Meriti, Belford Roxo, Japeri, Magé, Paracambi e Guapimirim, na Baixada Fluminense, através de uma malha ferroviária de 270 quilômetros, dividida em cinco ramais, três extensões e 104 estações. A  SuperVia transporta quase 600 mil passageiros todos os dias na malha ferroviária.

Artigo: Artigo Como anda sua saúde mental nesta pandemia?



Admitir uma depressão, ansiedade ou qualquer outro transtorno mental   ou psíquico não deve ser vergonha para ninguém

 Redação/Hourpress

O ano está só começando e é justamente nesta época que as pessoas começam a refletir mais sobre a vida. Por este motivo, janeiro foi escolhido para ser o mês da conscientização sobre saúde mental. A campanha Janeiro Branco traz como lema “Quem cuida da mente, cuida da vida” e em 2021 torna-se ainda mais importante devido principalmente aos reflexos da pandemia da Covid-19 na sociedade.

“O Janeiro Branco só vem reforçar a importância de cuidar da saúde mental, mais ainda em tempos de pandemia, nos quais houve um aumento considerável de transtornos mentais nas pessoas e, em contrapartida, a precarização dos serviços de saúde mental”, declara Ana Paula Chaves, psicóloga, pesquisadora e coordenadora do curso de Neuroaprendizagem da Unyleya, uma das primeiras Instituições de Ensino 100% EAD no Brasil.

Além do isolamento social e do sentimento de medo e incerteza devido à propagação do novo coronavírus, muitas pessoas estão vivendo lutos, o que intensifica a necessidade de se encarar e abordar o tema sem tabus. “Nem tudo são flores na vida de ninguém e nem deve ser. Frustações, medos, tristezas, angústias, e sentimentos similares, acabam fazendo parta da vida de qualquer ser humano, mas é preciso saber o momento de pedir ajuda e, muitas vezes, ajuda profissional, recorrendo às terapias, medicações, entre outros tratamentos.

Admitir uma depressão, ansiedade ou qualquer outro transtorno mental   ou psíquico não deve ser vergonha para ninguém, muito menos considerado motivo de fraqueza. Muito pelo contrário, significa força de vontade e coragem da própria pessoa de querer melhorar. Precisamos conscientizar a população para que haja mais empatia e menos preconceito com assuntos relacionados à saúde mental”, explica Ana Paula.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia interrompeu serviços essenciais de Saúde Mental em 93% dos países no mundo e, ao mesmo tempo, intensificou a procura por esses mesmos serviços. No Brasil — país que já é um dos recordistas mundiais em relação à depressão, ansiedade e à números absolutos de suicídios, a primeira fase de uma pesquisa realizada no final de 2020 pelo Ministério da Saúde detectou ansiedade em 86,5% dos indivíduos pesquisados, transtorno de estresse pós-traumático em 45,5% e depressão grave em 16% dos participantes do estudo.

Outro estudo, realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com 12.000 pessoas de 33 países da América Latina e Caribe (30,8% eram brasileiros), revelou que 35% dos entrevistados relataram aumento na frequência do comportamento de beber de forma excessiva e em um curto período de tempo — situação que pode desencadear sérios problemas em relação à Saúde Mental dos envolvidos. Além disso, também não faltam estudos sobre a ampliação das violências domésticas, do abuso infantil e do adoecimento emocional por parte de jovens e de idosos submetidos ao isolamento social.

Criado em 2014, por iniciativa de um grupo de psicólogos da cidade de Uberlândia (MG), o “Janeiro Branco” recebeu este nome, pois o primeiro mês do ano é sempre aquele em que as pessoas estão mais propensas a pensarem em suas vidas, suas emoções, relações sociais, condições de existência e, sobretudo, em seus sentidos existenciais. Como em uma “folha em uma tela em branco”, é nesta fase que se costuma escrever ou reescrever histórias de vida.

O movimento é uma maneira de promover a psicoeducação para que a população passe a ter consciência de suas emoções e saiba como identificar os problemas psicológicos, de forma a se prevenir e evitar que se tornem algo mais grave no futuro.  O mundo corporativo também está incluso na ação e deve se engajar pela causa promovendo ações voltadas para a saúde mental de seus colaboradores.

Pesquisa da Isma-Br, representante local da International Stress Management Association, aponta que 90% dos brasileiros apresentam sinais de ansiedade, dos mais brandos aos considerados incapacitantes. Outro estudo da mesma entidade aponta ainda que 70% da população economicamente ativa brasileira sofre com o excesso de estresse. De acordo com a Previdência Social, a depressão foi a décima maior causa de mais afastamentos em 2017, o que gerou mais de 43 mil auxílios-doença.

Em sua oitava edição, a ação tem uma missão fundamental este ano: inspirar indivíduos e instituições sociais a participarem de um grande pacto universal em defesa da Saúde Mental da humanidade. Além de Uberlândia, a conscientização da campanha ganhou força e atingiu outras cidades mineiras, São Paulo, entre outras regiões, e até países como Portugal, Estados Unidos e Japão.

“Mais do que nunca estamos passando por um momento em que pessoas com todo tipo de perfil, têm enfrentado os mais diversos sentimentos e tudo ao mesmo tempo. As dúvidas com relação à vacina contra a Covid-19, por exemplo, têm colocado a população em constante desequilíbrio emocional, em contrapartida a chegada de um novo ano tenta trazer esperança, renovação e um pouco mais de confiança no futuro. É tudo muito confuso, é uma mistura de sentimentos e quem não cuidar da saúde mental a tempo, tentando estabelecer um equilíbrio, pode sofrer com as consequências em um futuro próximo”, conclui a coordenadora daUnyleya.

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Túnel do Tempo: Nascia a Academia de Artes de Hollywood

 




Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 11 de janeiro de 1927, Louis B. Mayer, um dos fundadores do famoso estúdio de Hollywood Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), anuncia a criação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, em um banquete em Los Angeles, Califórnia.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Rua Padre Adelino

 


Luís Alberto Alves/Hourpress

Um importante padre da igreja tinha uma bela chácara na região; era o padre Adelino Jorge Montenegro. Um hábito deste homem de passear de charrete nas terras do Tatuapé, principalmente no que se conhece hoje por Vila Gomes Cardim.

 Tanto gostava do local, que pensou em mandar construir ali uma capela. Fervoroso devoto da Nossa Senhora do Parto, a capela seria erigida em louvor a essa Santa. Ele era de grande projeção dentro da igreja. Foi vigário geral e secretário do bispado ao tempo de Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho. Além de padre era advogado,e atuado com extraordinária desenvoltura nos foros da Capital paulista e na cidade de Santos.

 Em 08 de abril de 1902 foi nomeado zelador da Capela Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na atual praça Silvio Romero. Entre outras providências criou nessa capela a Irmandade de Nossa Senhora do Parto, isto em 26 de maio de 1902. Em 28 de junho a associação foi reconhecida oficialmente. Sua direção ficou a cargo de Francisco José de Souza Vila Nova, presidente; Antonio Alves Machado, secretário; Antonio Cardoso de Melo, tesoureiro e Antonio Gonçalves Serra, procurador. 

Embora a Irmandade estivesse vinculada à Capela Nossa Senhora da Conceição, seu principal objetivo era a devoção ao culto de Nossa Senhora do Parto. Não é fora de propósito, embora sem comprovação documental, admitir que a Capela Nossa Senhora do Parto tinha sido uma conquista pessoal do padre Adelino. A Cúria autorizou por provisão de 22 de dezembro de 1904 a realização de uma grande festa para o dia de Natal.

 O evento contou com enorme comparecimento e terminou com a tradicional queima de fogos. A Irmandade Nossa Senhora do Parto dividia as tarefas de sua capela com a Irmandade do Divino Espírito Santo da Quinta Parada. Nos primeiros tempos, no entanto, esta última Irmandade predominava, visto que nas procissões o andor do Divino Espírito Santo ia a frente, seguindo atrás o andor de Nossa Senhora do Parto.

 Padre Adelino faleceu em 28 de dezembro de 1909. Sua atuação foi alvo de admiração e reconhecimento por parte dos seus contemporâneos. A Rua Padre Adelino (foto) fica no Belém, Zona Leste de SP. 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Variedades: Wesley se une à Casa Worship e Clovis no lançamento do projeto "Conexão Gospel", da Deezer

 


"Deus tem um plano" foi a canção escolhida para unir a estrela do forró aos fenômenos do Gospel

Redação/Hourpress
Divulgação

Após um ano difícil para o mundo todo, em que tivemos que ficar tão distantes fisicamente, que tal aproximar universos musicais para uma mensagem de união? É pensando nisso que a Deezer anuncia o lançamento do projeto Conexão Gospel, com a estreia de uma versão inédita da música “Deus tem um Plano”, nas vozes de grandes artistas como Wesley, Casa Worship e Clovis

Aliado ao forte investimento da Deezer na cena local, o Conexão Gospel convidará artistas para parcerias inéditas entre músicos de diferentes estilos ao longo de 2021. “Neste ano tão complicado, aprendemos o quanto dependemos uns dos outros para superarmos momentos difíceis. Esta iniciativa evidencia a ligação que podemos ter enquanto seres humanos, independentemente de termos visões distintas”, conta Pedro Kurtz, diretor de conteúdo da Deezer. Ele acrescenta que o importante é respeitar as diferenças e se unir para algo maior. “A Deezer é uma plataforma que explora essa rica imensidão cultural brasileira e está à frente quando se trata de detectar tendências e criar projetos originais”, complementa.

A escolha da primeira música do projeto foi certeira. “Então olha pra teu lado, tem alguém que precisa de ti / Levanta a cabeça, joga fora essa tristeza, começa a sorrir” é um dos trechos da canção que carrega uma mensagem ampla de cuidado, carinho, amor, família e amigos - itens essenciais diante deste momento atípico que a humanidade enfrenta com a pandemia.

A união da estrela do forró com os fenômenos do Gospel, não poderia ter sido mais harmônica. "Eu gosto muito de louvor. Cantei essa música em duas lives minhas e quando surgiu o convite da Deezer eu lembrei dela e sugeri, contando que ela me tocou muito. Está sendo muito prazeroso poder gravá-la pra Deus. Algumas pessoas já me viram cantando no dia a dia, mas esta é a primeira vez oficial e estou muito feliz”, revela Wesley.

O cantor não foi o único a se alegrar com o projeto. “Para mim, a colab é o futuro. Estamos lidando com dois fenômenos da música: o Wesley é um sucesso no Brasil e fora, e Casa Worship também. A gente vê artistas conhecidos no mundo todo, como Justin Bieber e Kanye West numa era moderna se voltando para Deus, e eu acho que isso só enriquece”, conta Clovis. Para os integrantes da Casa Worship, o projeto é uma oportunidade de abençoar nichos e públicos que sonhavam em alcançar, mas não conseguiam. “Musicalmente falando queremos muito quebrar essa barreira entre gospel e secular, nós acreditamos que quando a música fala de amor, ela faz bem para as pessoas”, diz Julliany Souza, uma das vocalistas da banda.

De acordo com a Associação de Empresas e Profissionais Evangélicos (Abrepe), estima-se que o estilo de música gospel represente 20% do mercado fonográfico aqui no Brasil. O gênero se fortaleceu muito no ano de 2020,  principalmente devido à pandemia. E isso tem motivo: um estudo da Deezer revelou que as pessoas têm buscado nas músicas mensagens de fé, esperança e conforto para dentro de suas casas. O fato explica o crescimento das playlists de gênero no streaming. O levantamento ainda revelou que fãs das playlists gospel, escutam no mínimo 54% mais tempo do gênero do que outros tipos de músicas. 

“Nesse tempo delicado de pandemia as pessoas se aproximaram mais de Deus e a música foi muitas vezes a maior aliada para expressar esse monte de sentimento. E não importa o se o ritmo é sertanejo, pagode, pop, rock ou samba, o principal é levar a mensagem de esperança e conforto. E nesse projeto vamos conectar grandes artistas e milhões de fãs em torno da música cristã”, diz Lincoln Baena, editor de gospel da Deezer.

Pollyana Ferreira, editora de sertanejo e forró da plataforma, complementa que em 2020, o que mais viu foram novos elos se formarem e se fortalecerem por meio de canções. “A ideia do nosso projeto é falar com todos os apaixonados por música independentemente do gênero musical, e falar das conexões que a música pode proporcionar entre artistas e seus públicos”, finaliza.

O lançamento dessa faixa foi feito em parceria com a Som Livre e já está disponível exclusivamente na Deezer (ouça aqui). 


Internacional: OMS: 15 países no mundo ainda não registraram casos de covid-19

 


Economias, no entanto, sofreram impactos econômicos da pandemia

Agência Brasil 

A maioria dos países tem lutado nos últimos meses contra a pandemia da covid-19 e muitos enfrentam já uma terceira onda. No entanto, em certas partes do mundo, o coronavírus ainda não chegou. A maior parte destes países é constituída por ilhas remotas que se beneficiam da fronteira única com o oceano. Apesar de estarem livres da doença, não foram poupados dos impactos econômicos da pandemia.

O uso de máscara, o distanciamento físico, as ordens de recolher são medidas familiares para grande parte das pessoas em todo o mundo. Porém, em alguns países, ainda não foi necessário impor este tipo de medidas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são 15 os países que não registraram nenhum caso de covid-19 até agora.

A maioria dos países livres do vírus SARS-CoV-2 são ilhas remotas, sendo o Pacífico a região que aglomera o maior número destas nações insulares. Alguns deles são os países menos populosos do mundo.

Tonga, Kiribati, Samoa, Micronésia, Tuvalu, Naurau, Niue, Ilhas Cook e Palau estão entre os 15 países sem nenhum caso ou morte por covid-19. Por serem remotos e raramente visitados, não chegaram lá casos importados de infeção e, consequentemente, também não houve contágio local.

Turismo

Esses países, no entanto, têm no turismo uma grande parcela da receita econômica e, em um momento em que as fronteiras foram fechadas, suas economias, por si só já frágeis, sofreram uma grande quebra e o desemprego disparou.

Nas ilhas Cook, por exemplo, o turismo tem um peso estimado em mais de dois terços do Produto Interno Bruto (PIB). Por isso, quando o país fechou as fronteiras a turistas em meados de março, o impacto na economia foi sentido rapidamente e de forma acentuada.

“No momento em que fechamos as nossas fronteiras, isso afetou os bolsos do nosso povo”, disse o primeiro-ministro Mark Brown, citado por The Guardian.

Desde então, a economia tem sido sustentada por um pacote de ajudas do governo local que mantém os trabalhadores em seus empregos e uma fração da atividade comercial em funcionamento.

Do outro lado do Pacífico, manter as fronteiras fechadas também foi a medida imposta para manter o vírus fora do alcance. Tonga suspendeu quase todas as entradas e saídas do país e escapou do vírus, assim como Kiribati, Niue, Nauru e Tuvalu.

Nos países que já são isolados por natureza, ficar fora do radar da pandemia foi uma tarefa relativamente fácil. O arquipélago de Toquelau (sob a administração da Nova Zelândia) e as Ilhas Pitcairn (território britânico) são das únicas regiões no mundo sem pista de pouso para aeronaves.

Em março, Tonga impediu navios de cruzeiro de atracar em seu território e fechou o aeroporto local. O país chegou até a fazer confinamento, embora não tivesse nenhum caso confirmado. “Acho que o governo fez um bom trabalho ao manter a covid-19 longe de Tonga, mas teve um grande impacto nos negócios comerciais, principalmente no setor do turismo e alojamento. É muito, muito ruim”, lamentou Paula Taumoepeau, presidente do setor do Comércio e Indústria de Tonga. “Nenhuma das empresas escapou”, acrescentou Taumoepeau à U.S. News.

Nas ilhas Fiji, que registaram um total de 49 casos e duas mortes até ao momento, a economia sofreu uma queda de 20% em 2020 e milhares abandonaram o emprego no setor do turismo.

Para além das Fiji, outras nações do Pacífico, com sistemas de saúde frágeis, não foram poupadas da pandemia. Vanuatu e as Ilhas Marshall registaram os primeiros casos por parte de turistas, apesar de contarem até ao momento com apenas um e quatro casos de infeção, respectivamente.

Papua-Nova Guiné regista 799 casos e nove mortes, enquanto a Polinésia Francesa foi particularmente afetada pela covid-19, com mais de 17.088 casos e 121 óbitos registados.

Para além destes países do Pacífico, existem outros que até ao momento não reportaram qualquer caso da doença. São eles a Coreia do Norte, o Turquemenistão, Santa Helena e Samoa Americana.

Artigo: Cresce participação das mulheres no ramo de bebidas

 


Em um comparativo feito com um grupo de mulheres entre 2019 e 2020, houve um aumento de 17% no consumo de bebidas alcoólicas

Redação/Hourpress

Tempos atrás, quando se falava em bebida alcoólica, as pessoas sempre associavam ao universo masculino, seja pelo comercial de cerveja estereotipado ou até mesmo pelos filmes em que homens poderosos sempre estavam segurando um copo de whisky. Os tempos mudaram, e, cada vez mais, elas estão apreciando diferentes tipos de bebidas.

De acordo com uma pesquisa feita pela revista médica JAMA Open Network, em um comparativo feito com um grupo de mulheres entre 2019 e 2020, houve um aumento de 17% no consumo de bebidas alcoólicas. Mas engana-se quem pensa que elas querem apenas consumir, hoje em dia elas também querem se destacar como empresárias bem-sucedidas do ramo.

Diversas cantoras sertanejas estão investindo nesse setor e criando e patenteando suas próprias bebidas. Mas não são apenas as famosas que descobriram esse mercado lucrativo, hoje em dia é possível encontrar diferentes perfis de mulheres interessadas em empreender no universo da cachaça.

“Nós ficamos surpresos com o número de mulheres interessadas no curso nos últimos tempos. A cada 100 alunos, 30 são mulheres, um número bastante expressivo”, afirma Leandro Dias, um dos responsáveis pelo curso Lucrando com Bebidas, que ensina como ter sua própria marca de bebida destilada, sem ter um alambique, sem burocracia e com baixo investimento. O curso, inclusive, foi criado após Dias conhecer histórias inspiradoras e ajudar pessoas que sonhavam em trabalhar nesse ramo, como é o caso da empreendedora Fran Santos, que percebeu que poderia ser sua chance de criar sua própria marca de bebida sem ter muito trabalho.

A empreendedora, que trabalhava como editora de vídeo, decidiu abrir seu próprio bar em 2014, na região de Parelheiros (SP). “Nessa época eu comprava cachaça artesanal de alambiques e vendia no meu bar chamado Colônia”, explica a empreendedora. Nesse período ela conseguiu conquistar diversos clientes nessa região humilde com seus drinks e coquetéis autorais à base de cachaça. Apesar do sucesso, muitos ainda torciam o nariz quando escutavam a palavra cachaça.

“Quando querem falar sobre uma pessoa que bebeu demais ou está dando vexame, logo utilizam o termo cachaceiro, como se a cachaça fosse algo ruim e as demais bebidas fossem superiores”, diz Fran. Para conseguir reverter essa situação, principalmente quando eram clientes mais jovens que apareciam no bar, ela lançava um desafio. “Oferecia uma bebida mista doce feita com cachaça e com baixo teor alcoólico, ninguém resistia e não acreditavam que aquilo era a base de cachaça, pois tinham um preconceito contra a bebida”, ressalta a empreendedora.

Apesar de estar satisfeita com seu bar, a pedido de sua mãe, resolveu voltar à Piracicaba (onde reside toda sua família materna) e dar um passo além e conquistar sua própria cachaça. Para isso, decidiu estudar tudo sobre o universo da bebida e fazer um curso online que ensina como ter sua própria marca sem muita burocracia. No final de 2018, então, ela resolveu abrir seu bar em Piracicaba: o Dezenove Horas. Além do novo espaço, a empreendedora criou sua própria cachaça batizada com o mesmo nome do bar.

No rótulo, é possível ver uma homenagem ao monumento do peixe de Piracicaba, que na língua tupi significa o lugar onde o peixe para - uma referência às quedas do rio Piracicaba, que bloqueiam a migração (piracema) dos peixes. A produção da bebida é terceirizada.

Além da 19:horas, por ter a receita da Gabriela e de outras bebidas alcoólicas mistas, Fran também ingressou no INPI com o pedido da patente da marca Gabriela (cuja marca é comercializada por diversas empresas no Brasil). A bebida é conhecida por possuir sabor de cravo e canela (homenagem ao escritor Baiano Jorge Amado), com um teor alcoólico menor, focando também na divulgação e comercialização do drink Jorge Amado, uma variação da caipirinha, feito com limão macerado, maracujá e Gabriela, drink criado por Camila Paiva. Apesar de ser muito conhecido na região de Paraty, é pouco conhecido no estado de São Paulo, mas muito apreciado e requisitado por aqueles que degustam.

"Meu objetivo é quebrar esse paradigma de que bebida boa é aquela produzida fora do Brasil. A cachaça é nossa, quando alguém de outro país vem visitar o Brasil, todos querem experimentar nossa caipirinha, então é importante abrir mão desse preconceito e saborear essa delícia tipicamente brasileira", comenta Fran.

Outro ponto que tem contribuído para a democratização da cachaça são as redes sociais. "Hoje as mulheres postam fotos e assumem que bebem cachaça, se duvidar até mais que os homens, que costumam ter receio de assumirem que apreciam a aguardente por puro preconceito”, finaliza a empreendedora.

A empreendedora ressalta que uma outra forma de quebrar esse preconceito é disponibilizar a receita de drinks saborosos e de fácil execução no próprio contrarrótulo da garrafa.