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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Variedades: Wesley se une à Casa Worship e Clovis no lançamento do projeto "Conexão Gospel", da Deezer

 


"Deus tem um plano" foi a canção escolhida para unir a estrela do forró aos fenômenos do Gospel

Redação/Hourpress
Divulgação

Após um ano difícil para o mundo todo, em que tivemos que ficar tão distantes fisicamente, que tal aproximar universos musicais para uma mensagem de união? É pensando nisso que a Deezer anuncia o lançamento do projeto Conexão Gospel, com a estreia de uma versão inédita da música “Deus tem um Plano”, nas vozes de grandes artistas como Wesley, Casa Worship e Clovis

Aliado ao forte investimento da Deezer na cena local, o Conexão Gospel convidará artistas para parcerias inéditas entre músicos de diferentes estilos ao longo de 2021. “Neste ano tão complicado, aprendemos o quanto dependemos uns dos outros para superarmos momentos difíceis. Esta iniciativa evidencia a ligação que podemos ter enquanto seres humanos, independentemente de termos visões distintas”, conta Pedro Kurtz, diretor de conteúdo da Deezer. Ele acrescenta que o importante é respeitar as diferenças e se unir para algo maior. “A Deezer é uma plataforma que explora essa rica imensidão cultural brasileira e está à frente quando se trata de detectar tendências e criar projetos originais”, complementa.

A escolha da primeira música do projeto foi certeira. “Então olha pra teu lado, tem alguém que precisa de ti / Levanta a cabeça, joga fora essa tristeza, começa a sorrir” é um dos trechos da canção que carrega uma mensagem ampla de cuidado, carinho, amor, família e amigos - itens essenciais diante deste momento atípico que a humanidade enfrenta com a pandemia.

A união da estrela do forró com os fenômenos do Gospel, não poderia ter sido mais harmônica. "Eu gosto muito de louvor. Cantei essa música em duas lives minhas e quando surgiu o convite da Deezer eu lembrei dela e sugeri, contando que ela me tocou muito. Está sendo muito prazeroso poder gravá-la pra Deus. Algumas pessoas já me viram cantando no dia a dia, mas esta é a primeira vez oficial e estou muito feliz”, revela Wesley.

O cantor não foi o único a se alegrar com o projeto. “Para mim, a colab é o futuro. Estamos lidando com dois fenômenos da música: o Wesley é um sucesso no Brasil e fora, e Casa Worship também. A gente vê artistas conhecidos no mundo todo, como Justin Bieber e Kanye West numa era moderna se voltando para Deus, e eu acho que isso só enriquece”, conta Clovis. Para os integrantes da Casa Worship, o projeto é uma oportunidade de abençoar nichos e públicos que sonhavam em alcançar, mas não conseguiam. “Musicalmente falando queremos muito quebrar essa barreira entre gospel e secular, nós acreditamos que quando a música fala de amor, ela faz bem para as pessoas”, diz Julliany Souza, uma das vocalistas da banda.

De acordo com a Associação de Empresas e Profissionais Evangélicos (Abrepe), estima-se que o estilo de música gospel represente 20% do mercado fonográfico aqui no Brasil. O gênero se fortaleceu muito no ano de 2020,  principalmente devido à pandemia. E isso tem motivo: um estudo da Deezer revelou que as pessoas têm buscado nas músicas mensagens de fé, esperança e conforto para dentro de suas casas. O fato explica o crescimento das playlists de gênero no streaming. O levantamento ainda revelou que fãs das playlists gospel, escutam no mínimo 54% mais tempo do gênero do que outros tipos de músicas. 

“Nesse tempo delicado de pandemia as pessoas se aproximaram mais de Deus e a música foi muitas vezes a maior aliada para expressar esse monte de sentimento. E não importa o se o ritmo é sertanejo, pagode, pop, rock ou samba, o principal é levar a mensagem de esperança e conforto. E nesse projeto vamos conectar grandes artistas e milhões de fãs em torno da música cristã”, diz Lincoln Baena, editor de gospel da Deezer.

Pollyana Ferreira, editora de sertanejo e forró da plataforma, complementa que em 2020, o que mais viu foram novos elos se formarem e se fortalecerem por meio de canções. “A ideia do nosso projeto é falar com todos os apaixonados por música independentemente do gênero musical, e falar das conexões que a música pode proporcionar entre artistas e seus públicos”, finaliza.

O lançamento dessa faixa foi feito em parceria com a Som Livre e já está disponível exclusivamente na Deezer (ouça aqui). 


Internacional: OMS: 15 países no mundo ainda não registraram casos de covid-19

 


Economias, no entanto, sofreram impactos econômicos da pandemia

Agência Brasil 

A maioria dos países tem lutado nos últimos meses contra a pandemia da covid-19 e muitos enfrentam já uma terceira onda. No entanto, em certas partes do mundo, o coronavírus ainda não chegou. A maior parte destes países é constituída por ilhas remotas que se beneficiam da fronteira única com o oceano. Apesar de estarem livres da doença, não foram poupados dos impactos econômicos da pandemia.

O uso de máscara, o distanciamento físico, as ordens de recolher são medidas familiares para grande parte das pessoas em todo o mundo. Porém, em alguns países, ainda não foi necessário impor este tipo de medidas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são 15 os países que não registraram nenhum caso de covid-19 até agora.

A maioria dos países livres do vírus SARS-CoV-2 são ilhas remotas, sendo o Pacífico a região que aglomera o maior número destas nações insulares. Alguns deles são os países menos populosos do mundo.

Tonga, Kiribati, Samoa, Micronésia, Tuvalu, Naurau, Niue, Ilhas Cook e Palau estão entre os 15 países sem nenhum caso ou morte por covid-19. Por serem remotos e raramente visitados, não chegaram lá casos importados de infeção e, consequentemente, também não houve contágio local.

Turismo

Esses países, no entanto, têm no turismo uma grande parcela da receita econômica e, em um momento em que as fronteiras foram fechadas, suas economias, por si só já frágeis, sofreram uma grande quebra e o desemprego disparou.

Nas ilhas Cook, por exemplo, o turismo tem um peso estimado em mais de dois terços do Produto Interno Bruto (PIB). Por isso, quando o país fechou as fronteiras a turistas em meados de março, o impacto na economia foi sentido rapidamente e de forma acentuada.

“No momento em que fechamos as nossas fronteiras, isso afetou os bolsos do nosso povo”, disse o primeiro-ministro Mark Brown, citado por The Guardian.

Desde então, a economia tem sido sustentada por um pacote de ajudas do governo local que mantém os trabalhadores em seus empregos e uma fração da atividade comercial em funcionamento.

Do outro lado do Pacífico, manter as fronteiras fechadas também foi a medida imposta para manter o vírus fora do alcance. Tonga suspendeu quase todas as entradas e saídas do país e escapou do vírus, assim como Kiribati, Niue, Nauru e Tuvalu.

Nos países que já são isolados por natureza, ficar fora do radar da pandemia foi uma tarefa relativamente fácil. O arquipélago de Toquelau (sob a administração da Nova Zelândia) e as Ilhas Pitcairn (território britânico) são das únicas regiões no mundo sem pista de pouso para aeronaves.

Em março, Tonga impediu navios de cruzeiro de atracar em seu território e fechou o aeroporto local. O país chegou até a fazer confinamento, embora não tivesse nenhum caso confirmado. “Acho que o governo fez um bom trabalho ao manter a covid-19 longe de Tonga, mas teve um grande impacto nos negócios comerciais, principalmente no setor do turismo e alojamento. É muito, muito ruim”, lamentou Paula Taumoepeau, presidente do setor do Comércio e Indústria de Tonga. “Nenhuma das empresas escapou”, acrescentou Taumoepeau à U.S. News.

Nas ilhas Fiji, que registaram um total de 49 casos e duas mortes até ao momento, a economia sofreu uma queda de 20% em 2020 e milhares abandonaram o emprego no setor do turismo.

Para além das Fiji, outras nações do Pacífico, com sistemas de saúde frágeis, não foram poupadas da pandemia. Vanuatu e as Ilhas Marshall registaram os primeiros casos por parte de turistas, apesar de contarem até ao momento com apenas um e quatro casos de infeção, respectivamente.

Papua-Nova Guiné regista 799 casos e nove mortes, enquanto a Polinésia Francesa foi particularmente afetada pela covid-19, com mais de 17.088 casos e 121 óbitos registados.

Para além destes países do Pacífico, existem outros que até ao momento não reportaram qualquer caso da doença. São eles a Coreia do Norte, o Turquemenistão, Santa Helena e Samoa Americana.

Artigo: Cresce participação das mulheres no ramo de bebidas

 


Em um comparativo feito com um grupo de mulheres entre 2019 e 2020, houve um aumento de 17% no consumo de bebidas alcoólicas

Redação/Hourpress

Tempos atrás, quando se falava em bebida alcoólica, as pessoas sempre associavam ao universo masculino, seja pelo comercial de cerveja estereotipado ou até mesmo pelos filmes em que homens poderosos sempre estavam segurando um copo de whisky. Os tempos mudaram, e, cada vez mais, elas estão apreciando diferentes tipos de bebidas.

De acordo com uma pesquisa feita pela revista médica JAMA Open Network, em um comparativo feito com um grupo de mulheres entre 2019 e 2020, houve um aumento de 17% no consumo de bebidas alcoólicas. Mas engana-se quem pensa que elas querem apenas consumir, hoje em dia elas também querem se destacar como empresárias bem-sucedidas do ramo.

Diversas cantoras sertanejas estão investindo nesse setor e criando e patenteando suas próprias bebidas. Mas não são apenas as famosas que descobriram esse mercado lucrativo, hoje em dia é possível encontrar diferentes perfis de mulheres interessadas em empreender no universo da cachaça.

“Nós ficamos surpresos com o número de mulheres interessadas no curso nos últimos tempos. A cada 100 alunos, 30 são mulheres, um número bastante expressivo”, afirma Leandro Dias, um dos responsáveis pelo curso Lucrando com Bebidas, que ensina como ter sua própria marca de bebida destilada, sem ter um alambique, sem burocracia e com baixo investimento. O curso, inclusive, foi criado após Dias conhecer histórias inspiradoras e ajudar pessoas que sonhavam em trabalhar nesse ramo, como é o caso da empreendedora Fran Santos, que percebeu que poderia ser sua chance de criar sua própria marca de bebida sem ter muito trabalho.

A empreendedora, que trabalhava como editora de vídeo, decidiu abrir seu próprio bar em 2014, na região de Parelheiros (SP). “Nessa época eu comprava cachaça artesanal de alambiques e vendia no meu bar chamado Colônia”, explica a empreendedora. Nesse período ela conseguiu conquistar diversos clientes nessa região humilde com seus drinks e coquetéis autorais à base de cachaça. Apesar do sucesso, muitos ainda torciam o nariz quando escutavam a palavra cachaça.

“Quando querem falar sobre uma pessoa que bebeu demais ou está dando vexame, logo utilizam o termo cachaceiro, como se a cachaça fosse algo ruim e as demais bebidas fossem superiores”, diz Fran. Para conseguir reverter essa situação, principalmente quando eram clientes mais jovens que apareciam no bar, ela lançava um desafio. “Oferecia uma bebida mista doce feita com cachaça e com baixo teor alcoólico, ninguém resistia e não acreditavam que aquilo era a base de cachaça, pois tinham um preconceito contra a bebida”, ressalta a empreendedora.

Apesar de estar satisfeita com seu bar, a pedido de sua mãe, resolveu voltar à Piracicaba (onde reside toda sua família materna) e dar um passo além e conquistar sua própria cachaça. Para isso, decidiu estudar tudo sobre o universo da bebida e fazer um curso online que ensina como ter sua própria marca sem muita burocracia. No final de 2018, então, ela resolveu abrir seu bar em Piracicaba: o Dezenove Horas. Além do novo espaço, a empreendedora criou sua própria cachaça batizada com o mesmo nome do bar.

No rótulo, é possível ver uma homenagem ao monumento do peixe de Piracicaba, que na língua tupi significa o lugar onde o peixe para - uma referência às quedas do rio Piracicaba, que bloqueiam a migração (piracema) dos peixes. A produção da bebida é terceirizada.

Além da 19:horas, por ter a receita da Gabriela e de outras bebidas alcoólicas mistas, Fran também ingressou no INPI com o pedido da patente da marca Gabriela (cuja marca é comercializada por diversas empresas no Brasil). A bebida é conhecida por possuir sabor de cravo e canela (homenagem ao escritor Baiano Jorge Amado), com um teor alcoólico menor, focando também na divulgação e comercialização do drink Jorge Amado, uma variação da caipirinha, feito com limão macerado, maracujá e Gabriela, drink criado por Camila Paiva. Apesar de ser muito conhecido na região de Paraty, é pouco conhecido no estado de São Paulo, mas muito apreciado e requisitado por aqueles que degustam.

"Meu objetivo é quebrar esse paradigma de que bebida boa é aquela produzida fora do Brasil. A cachaça é nossa, quando alguém de outro país vem visitar o Brasil, todos querem experimentar nossa caipirinha, então é importante abrir mão desse preconceito e saborear essa delícia tipicamente brasileira", comenta Fran.

Outro ponto que tem contribuído para a democratização da cachaça são as redes sociais. "Hoje as mulheres postam fotos e assumem que bebem cachaça, se duvidar até mais que os homens, que costumam ter receio de assumirem que apreciam a aguardente por puro preconceito”, finaliza a empreendedora.

A empreendedora ressalta que uma outra forma de quebrar esse preconceito é disponibilizar a receita de drinks saborosos e de fácil execução no próprio contrarrótulo da garrafa.

Política: Proposta permite trânsito de veículo com licenciamento vencido enquanto durar pandemia

 


O Código de Trânsito determina multa e recolhimento caso o licenciamento esteja vencido

Luís Alberto Alves/Hourpress/ Agência Câmara 

O Projeto de Lei 5345/20 permite, durante a vigência do estado de calamidade pública decorrente do novo coronavírus, o trânsito de veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque que apresente o Certificado de Licenciamento Anual de 2019.

O texto em tramitação na Câmara dos Deputados estabelece que a medida terá caráter excepcional e temporário, já que o Código de Trânsito Brasileiro determina multa e recolhimento caso o licenciamento do veículo esteja vencido.

“Sob nenhum aspecto importará em perdão ou abstenção à cobrança de licenciamento anual, multas ou taxas”, diz o autor do projeto, deputado Roberto de Lucena (Pode-SP). Trata-se, segundo ele, de assegurar a liberdade de ir e vir e o direito ao trabalho na pandemia.

Parcelamento
Segundo o projeto, caberá ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) garantir o parcelamento do licenciamento 2020 e eventuais anuidades subsequentes, multas e demais taxas associadas em, no mínimo, 12 meses, para fins de regularização do titular.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei


Política: Deputados aprovaram aumento de pena para estelionato

 

Golpe praticado por celular terá punição 1/3 maior do que os casos comuns

Mudança atinge golpes com uso de celulares, praticados por presidiários e por funcionários públicos

Luís Alberto Alves/Hourpress/ Agência Câmara 

Em plena pandemia, a Câmara dos Deputados adaptou seu sistema de votação para viabilizar a tramitação dos projetos. Com as mudanças, o Plenário aprovou 180 propostas em 2020.

Por meio do Projeto de Lei 2068/20, do deputado Marcos Aurélio Sampaio (MDB-PI), novos tipos de estelionato majorado (punição 1/3 maior do que os casos de estelionato comum) poderão fazer parte do Código Penal. O texto aprovado pela Câmara está em análise no Senado.

Um dos novos tipos de estelionato majorado é o dos golpes aplicados pelos presidiários utilizando-se de celulares ou outros aparelhos similares. A pena aumentará também para o funcionário público que praticar o ato valendo-se do cargo, emprego ou função pública, assim como para aquele que fingir ser um funcionário público.

O quarto caso envolve o estelionato praticado por qualquer meio eletrônico ou outros meios de comunicação de massa.

O estelionato comum tem pena de 1 a 5 anos de reclusão e pune quem pratica golpes para tentar obter vantagens. Já o crime de estelionato majorado, com aumento de um terço da pena, existe atualmente se for praticado contra entidade de direito público ou instituto de economia popular, de assistência social ou beneficência.


Política: Proposta cria auxílio para trabalhador que estiver em sistema de 'home office'

 


Projeto prevê que o empregador contribuirá com 30% dos gastos com internet, energia e equipamentos

Luís Alberto Alves/Hourpress/ Agência Câmara 

O Projeto de Lei 5341/20 institui o auxílio home office, o qual o empregador pagará ao empregado para subsidiar despesas do trabalho na própria residência. A proposição prevê que o auxílio seja pago sempre no mês posterior ao que o empregado comprovou as despesas, preferencialmente junto com o salário.

Pela proposta, as despesas previstas relacionadas ao trabalho são: internet, energia elétrica, softwares e hardwares e infraestrutura necessária ao trabalho remoto. O projeto prevê que o empregador contribuirá com 30% dos gastos acima, desde que comprovadas as despesas.

O texto estabelece ainda que o benefício concedido não tem natureza salarial e nem se incorpora à remuneração, bem como não incide contribuição previdenciária nem de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A proposição também define que o auxílio não se configura como rendimento tributável do trabalhador.

Divisão de custos
O autor da proposta, deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA), avalia que o objetivo do projeto  não é repassar todo o ônus das despesas ao empregador, tampouco que o empregado suporte toda essa carga.

"O que se pretende é que o empregador custeie parte das despesas que,
consequentemente, aumentaram com a permanência do empregado em casa.
Para isso, acredita-se que 30% de ajuda de custo, fornecida pelo empregador, às despesas efetivamente comprovadas, seja um justo parâmetro para ambas as partes envolvidas na relação de trabalho", explica o parlamentar.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei.


Artigo: Impactos do aumento de ICMS sobre genéricos em SP

 


Novas alíquotas do ICMS devem resultar em aumento de 3,80% no preço da Lozartana

Redação/Hourpress

 Principal substância usada para controle da pressão arterial, e de 5,60% no custo final da Rosuvastativa, usada para controle do colesterol.

A PróGenéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos) entrou na guerra judicial para reverter o aumento alíquota do ICMS sobre os medicamentos genéricos no Estado e garantir a isenção do imposto estatual para os medicamentos oncológicos.

A entidade foi admitida, como amicus curiae, na ação movida pelo Sindusfarma que questiona o decreto do governador João Dória que elevou de 12% para 13,3% a alíquota do ICMS sobre os genéricos em São Paulo e eliminou o subsídio aos medicamentos oncológicos, que passarão a recolher 18% de ICMS a partir de janeiro, no Estado.

A ação questiona a legalidade das alterações tributárias promovidas por meio de decreto pelo governo paulista. O aumento de alíquotas do ICMS, segundo a ação, só poderia ter sido realizado por meio de Lei específica aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo.

Em outubro, a Alesp aprovou a Lei 17.293, que a pretexto de promover reforma fiscal do Estado, autorizou o governo de São Paulo a aumentar alíquotas do ICMS por meio decreto, confrontado a Constituição do Estado de São Paulo e a Constituição Federal, que exige lei específica para aumento dessa natureza (Princípio da Legalidade).

Segundo dados do IQVIA, instituto que monitora o varejo farmacêutico no país, 41,1% dos medicamentos consumidos em São Paulo são genéricos. "O aumento da carga vai afetar diretamente os consumidores, já fragilizados pela pandemia e pelo desemprego", diz Telma Salles, presidente da PróGenéricos.

Segundo a executiva, o aumento de alíquota terá quer ser repassado aos consumidores. "As indústrias já estão pressionadas pelo aumento do dólar, aumento das matérias primas e não conseguirão absorver mais este impacto de custos".

O aumento do ICMS para os genéricos vai pesar no bolso do consumidor. A Rosuvastatina, por exemplo, utilizada para o controle do colesterol, deve sofrer aumento de 5,60% com a nova alíquota. A Lozartana, usada para controle da pressão arterial, deve ter aumento de 3,80%. "São impactos fortes, que vão pesar no orçamento do consumidor", diz Salles. "Trata-se de um retrocesso e de um desmonte da política de acesso a medicamentos que vem sido construída no país ao longo dos últimos anos", completa.

Os genéricos são o principal instrumento de acesso a medicamentos no país. Por lei, eles custam 35% menos que os medicamentos de referência, mas os descontos praticados pela indústria podem chegar a até 80%, dependendo da classe terapêutica avaliada.

"Os genéricos são especialmente importantes para o tratamento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e colesterol alto. Aumentar a carga significará reduzir o acesso dos pacientes a estes tratamentos", aponta Salles.