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sábado, 17 de outubro de 2020

Política: Projeto proíbe fogos de artifícios durante eleições e pandemia

 


O texto acrescenta a proibição à Lei de Crimes Ambientais  

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

O Projeto de Lei 4859/20 proíbe o uso de fogos de artifício e rojões com efeito sonoro nas campanhas eleitorais e durante o período que perdurar a pandemia de Covid-19. A proposta, do deputado Deuzinho Filho (Republicanos-CE), tramita na Câmara dos Deputados.

Apesar de reconhecer que os fogos de artifício divertem crianças e adultos em comemorações, Deuzinho Filho observa que eles são também nocivos, perigosos e invasivos, incomodando pessoas e animais.

“Os fogos e rojões com efeitos sonoros causam problemas auditivos gerados pelos estampidos. Provocam estresse nas crianças, incomodam quem está dormindo e pessoas em hospitais. Podem causar ataque epilético, ataque cardíaco e desnorteamento. Além disso, o barulho causado pelos fogos de artifício é nocivo a pessoas com transtorno do espectro autista”, lista o parlamentar.

No caso dos animais, Deuzinho Filho lembra que o barulho dos fogos os deixa estressados e ansiosos. “No desespero de fugir do barulho, eles podem ficar desnorteados, agressivos e se machucarem. Podem ainda sofrer ataques cardíacos, convulsões e ter a audição prejudicada”, lembra.

Prazo de validade
Deuzinho Filho observa que restringiu a validade da medida ao período de campanhas eleitorais e à duração de pandemia de Covid-19, em razão da superlotação de hospitais e do isolamento social como medida de contenção da doença, quando se espera que as pessoas fiquem em casa.

O texto acrescenta a proibição à Lei de Crimes Ambientais, em trecho que prevê punição para quem causar poluição de qualquer natureza que possa resultar em danos à saúde humana. Nesses casos, a lei prevê reclusão de um a quatro anos, e multa; ou detenção de seis meses a um ano, e multa, se o crime é culposo (em que o autor não teve intenção de causar o dano).

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei


Política: Projeto prevê uso da caça para controle de animais invasores

 


O Projeto de Lei 4827/20 permite o uso da caça para controlar a população de animais exóticos

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara 

O texto tramita na Câmara dos Deputados. Além de permitir a caça regulada, o projeto obriga o poder público a elaborar plano de manejo para monitorar e controlar animais exóticos nocivos.

A proposta é do deputado Santini (PTB-RS) e altera a Lei de Proteção à Fauna. O objetivo é usar a caça como instrumento de manejo e conservação da fauna, principalmente do javali europeu, espécie introduzida no sul do País na década de 1960.

“O javali é dispersor de plantas exóticas, polui e destrói nascentes e cursos d’água, é um predador de aves e mamíferos nativos e reservatório de inúmeras doenças que podem ser transmitidas à fauna, aos animais de produção e ao ser humano”, disse Santini.

Segundo o Ibama, a facilidade de adaptação, a reprodução descontrolada e a ausência de predadores naturais no Brasil tornaram o animal um risco para o meio ambiente e para a produção agrícola, principalmente na pequena agricultura. O javali (foto) é classificado como uma das 100 piores espécies exóticas invasoras do mundo pela União Internacional de Conservação da Natureza (UICN).

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Artigo: Sustentabilidade alimentar deve ser prioridade

 


Médicos-veterinários e zootecnistas têm papel fundamental para a eficiência e a sanidade das produções

Redação/Hourpress

Chegamos ao dia Mundial da Alimentação (16/10) com estatísticas preocupantes. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística do Brasil (IBGE), o Brasil está novamente na lista de países em que mais de 5% da população ingerem menos calorias do que o recomendável. A volta do País ao Mapa da Fome evidencia quão prioritária é a promoção da sustentabilidade alimentar.

De acordo com o zootecnista Celso Carrer, presidente da Comissão de Zootecnia e Ensino do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP), além de estar atrelada a questões de renda e capacidade econômica da população, a sustentabilidade alimentar passa por aspectos como qualidade, controle e rastreabilidade de alimentos, desde o campo, até a mesa do consumidor.

“Medidas macroeconômicas devem ser acompanhadas de políticas para a melhoria da gestão da cadeia, de forma contínua”, afirma Carrer.

O argumento vai de encontro ao que comenta o médico-veterinário, Ricardo Calil, presidente da Comissão Técnica de Alimentos do CRMV-SP. “Gestões mais técnicas no governo iriam contribuir para melhor distribuição de alimentos”, diz o profissional, que considera o olhar às pastas de agricultura de importância estratégica, tanto do ponto de vista de geração de riquezas, quanto no que diz respeito ao acesso da população à alimentação.

Tecnologia deve ser aliada

Um fator crucial para a sustentabilidade alimentar é o apoio de recursos tecnológicos. “A tecnologia é considerada o quarto fator de produção (sendo os outros três: terra, trabalho e capital). Quando aplicada corretamente, ela pode gerar economia em, pelo menos, um dos fatores anteriores”, menciona Carrer.

O argumento de Calil sobre a produção de carne bovina exemplifica bem o que foi pontuado por Carrer. “Aplicando tecnologia, poderíamos ter a produção da atualidade com metade do rebanho brasileiro – 200 milhões de cabeças de gado bovino.”

Carrer explica que, com tecnologia integrada, há resultados muito positivos no que diz respeito a conforto animal, manejo de pastagens, genética adaptada, biotécnicas de reprodução e formas mais precisas de gestão. “Este contexto melhora a tomada de decisão, intensifica a produção, reduz impactos ambientais e socioeconômicos e, ainda, agrega valor aos produtos”, conclui o zootecnista.

Médicos-veterinários e zootecnistas são estratégicos

A formação do médico-veterinário e do zootecnista permite visões estratégicas sobre processos de diferentes fases da cadeia de produção de alimentos, o que faz destes profissionais verdadeiras peças-chave neste contexto.

Além dos conhecimentos técnicos inerentes às áreas de atuação, Carrer pontua que “ambas as profissões têm competências em fundamentos de natureza socioeconômica dos mercados e expertise em gestão.”

No que diz respeito à sanidade dos alimentos, Calil frisa que as condições favoráveis do Brasil para a produção estão diretamente relacionadas ao trabalho dos profissionais no campo, na indústria e no serviço da vigilância sanitária.

Economia: Pix chega para reduzir custo de transação, beneficiando pequenos negócios

 

Solução digital do Banco Central permite transações bancárias instantâneas e mais seguras

Redação/Hourpress

Desenvolvido pelo Banco Central, o Pix promete revolucionar o sistema de pagamento nacional, permitindo que pagadores e recebedores façam transações de forma instantânea e segura. Com custo de adesão menor do que o cobrado pelo demais meios eletrônicos, o Pix possibilita ainda a inovação e o surgimento de novos modelos de negócios.

A analista do Sebrae Cristina Araújo, explica que a disponibilização imediata dos recursos tende a reduzir a necessidade de crédito porque o recurso entra na conta de quem recebe instantaneamente e facilita a automatização de pagamentos. O Podcast completo da Agência Sebrae de Notícias está disponível e pode ser replicado por emissoras de rádios e portais de notícia de todo o país, gratuitamente, sendo exigida apenas a citação à Agência Sebrae de Notícias. Confira os detalhes neste link.


Economia: Seis lições sobre educação financeira que a pandemia ensinou

 

Para se ter uma reserva de emergência, é indicado que se economize, pelo menos, 10% da renda mensal

Redação/Hourpress

Muitos brasileiros não estavam preparados financeiramente para passar pelo período de crise que o mundo viveu com o novo Coronavírus. Segundo um levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas, 82,8% dos entrevistados disseram ter sido impactados financeiramente durante a pandemia por terem perdido emprego, salário reduzido ou seu negócio fechado. Momentos como esse enfatizam ainda mais a importância da educação financeira e o quanto cuidar bem do dinheiro pode ser decisivo.

Otávio Machado, especialista em educação financeira da Creditas, principal plataforma online de crédito com garantia da América Latina, elencou seis lições de educação financeira que a pandemia ensinou.

Tenha uma reserva de emergência

Quem tinha uma reserva emergencial, passou por este período com uma preocupação a menos. Isso porque, ter uma reserva para ser usada em momentos de incertezas ajuda a não entrar no mau endividamento, recorrendo a opções que apresentam altos juros, como o cheque especial. Além disso, traz a segurança de conseguir se manter estável no caso de perder o emprego, ter a diminuição de renda ou de ter um gasto inesperado. Para se ter uma reserva de emergência, é indicado que se economize, pelo menos, 10% da renda mensal e acumule um valor que seja suficiente para arcar com gastos pessoais por um período de quatro a seis meses.

 Faça um planejamento financeiro

Segundo dados do CNDL/SPC Brasil, 48% dos brasileiros não controlam o próprio orçamento. Neste período de isolamento social muitas pessoas viram sua renda diminuir drasticamente e precisaram reavaliar os gastos mensais e fazer ajustes nas contas. Por isso, o planejamento financeiro é tão importante. Com ele, é possível identificar o quanto de dinheiro entra e o quanto sai, elencar os gastos fixos e ter sempre uma porcentagem para os gastos inesperados. A a regra do 50-30-20 pode ajudar: 50% da renda deve ser para os gastos burocráticos ou fixos, que são com a moradia, por exemplo; 30% para gastos flexíveis ou de qualidade de vida, que são gastos com lazer ou entretenimento e 20% para os investimentos no futuro, como aposentadoria ou criação de reserva de emergências.

 Nem todo desejo é uma necessidade

Em um mundo sem pandemia, as compras muitas vezes eram feitas sem muito planejamento. Hoje, estes hábitos sofreram algumas mudanças e nossos desejos às vezes são confundidos com uma real necessidade. Por exemplo, minha necessidade é poder me alimentar, mas o meu desejo é fazer isso pedindo comida fora todos os dias. É importante ter a consciência dos gastos essenciais e dos que são desejos e antes de comprar algo, a pessoa se faça essas três perguntas: Preciso disso? É necessidade ou desejo? Este é o melhor preço?

 Gaste menos do que você ganha

A mudança na forma como enxergamos o dinheiro é o que nos faz gastar de forma adequada. Para ter uma organização financeira, é importante nunca gastar mais do que se ganha, planejar o futuro e comprar com consciência. Não se esqueça dos seus objetivos financeiros e considere-os antes de fazer algum gasto que talvez não seja tão necessário e possa atrapalhar o planejamento.

 Fique de olho nos juros

Existem algumas alternativas para conseguir um crédito que ajude a quitar as contas ou que dê um respiro para o orçamento. Mas antes de sair utilizando o que vê pela frente, analise os juros que estão por trás. Cheque especial tem taxas muito altas e pode mais atrapalhar do que ajudar. Uma alternativa saudável é recorrer ao crédito com garantia de imóvel, de veículo ou o consignado privado. As parcelas são menores, os juros bem menores e o prazo de pagamento mais longo, tornando-se a modalidade ideal para não comprometer todos os os recursos. 

 Momentos difíceis ensinam muito

Quantas vezes você se deu um presente por estar feliz ou por ter conquistado uma meta que estava trabalhando muito para alcançar? É comum que em situações de extrema alegria façamos mais compras por impulso. Temos menos autocontrole e nossos sentimentos nos dizem que merecemos aquilo. Antes de realizar qualquer compra nestes momentos, é fundamental parar e analisar a situação, a necessidade de fazer essa compra e ponderar muito para tomar uma decisão. A Covid-19 nos ensinou que podemos viver com menos gastos do que o estamos acostumados.

Artigo: Um chamado tecnológico para transformar a cadeia alimentar

 


O setor agrícola, e principalmente a agricultura irrigada, utiliza a maior parte da água

Joaquim Campos

No dia 16 de outubro, comemoramos o dia mundial da alimentação. A data surgiu para lembrar a criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em 1945, com o intuito de alcançar a segurança alimentar de todos e garantir que as pessoas tenham acesso regular a alimentos de alta qualidade suficientes para uma vida saudável.

De acordo com FAO, a América Latina é uma das maiores exportadoras de alimentos do mundo, o que torna a indústria de alimentos um setor chave para o crescimento da região. Atualmente, a indústria passa por um momento de transformação, devido à globalização e digitalização de processos e serviços; algo que foi ainda mais intensificado pelo COVID-19. E é aí que tecnologias de ponta, como Cloud, AI e Blockchain, podem ajudar a percorrer esse caminho, fortalecendo as cadeias alimentares do início ao fim e abordando 3 desafios principais derivados dessa transformação: 1. Sustentabilidade; 2. Eficiência e 3. Novas formas de consumo.

1. Sustentabilidade: Ter uma cadeia agrícola e alimentar sustentável implica o uso racional de recursos como solo, água e suprimentos, para melhorar a qualidade ambiental e a vida dos produtores e da sociedade. Isso nos leva a examinar três pilares fundamentais para a sustentabilidade da indústria de alimentos: mudança climática, escassez de recursos e perda de alimentos.

Por exemplo, o setor agrícola, e principalmente a agricultura irrigada, utiliza a maior parte da água, com 70% da retirada. Diante disso, tecnologias como a inteligência artificial estão transformando a indústria, auxiliando na avaliação do solo, no planejamento da irrigação e no controle químico, tornando o uso dos recursos mais eficiente e reduzindo o impacto ambiental.

2. Eficiência: A indústria de alimentos é um setor que possui muitos atores que fazem parte do ecossistema, com processos associados que se multiplicam à medida que a rede se expande. O desafio seria otimizar esses processos levando em consideração três fatores principais: bom planejamento da demanda para uma população em crescimento, segurança alimentar e impacto econômico.

Por exemplo, estima-se que 30 a 40% das safras são perdidas a cada ano por vários motivos, incluindo: doenças da safra, não otimização da produção e estimativa insuficiente do abastecimento (3). Tudo isso, com o consequente impacto econômico. O uso da nuvem e suas APIs podem ajudar as organizações a planejar melhor sua produção, otimizar o uso de recursos e dimensionar soluções de forma ágil e rápida, reduzindo os custos associados.

3. Novas formas de consumo: as tendências de consumo para as próximas décadas exigirão maior flexibilidade para se adaptar aos usuários, e ainda mais, na ‘nova realidade’, com usuários hiperconectados; com um aumento das compras 'ecofriendly'; e as novas modalidades de compra derivadas do impacto do COVID-19, entre outras.

9 em cada 10 millennials latino-americanos têm em mente o impacto ambiental em pelo menos alguma das suas decisões de compra. A tecnologia blockchain pode ajudar às empresas e organizações a digitalizar e aumentar os níveis de confiança em todo o ecossistema. Isso é alcançado por meio da transparência em tempo real das transações; mostrando o percurso que a comida faz do campo à mesa e dá visibilidade das informações sobre as práticas de sustentabilidade das marcas.

Várias empresas na América Latina já estão usando as tecnologias disruptivas da IBM para acelerar sua reinvenção e transformar a cadeia alimentar da fazenda à mesa, para estar mais preparada para o que o amanhã trará.

Joaquim Campos vice-presidente de Cloud & Cognitive Software da IBM Brasil

Saúde: A sexualidade feminina durante o tratamento do câncer de mama

 


Deixar de olhar para o assunto pode gerar sequelas para a vida após o tratamento

Redação/Hourpress

Durante o processo de tratamento do câncer de mama, inúmeras transformações físicas e hormonais ocorrem no organismo da mulher. Apesar de ser algo comum nesta batalha pela cura, ainda pouco se fala sobre o quanto essas mudanças impactam na sexualidade da paciente. De acordo com a mastologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Dra. Natália Cordeiro, é preciso atenção a este assunto, a fim de melhorar a qualidade de vida destas mulheres.

Uma potencial consequência do tratamento na sexualidade feminina é a disfunção sexual - que está ligada à redução do desejo e à dificuldade de excitação. Segundo a médica, é preciso lembrar que, mesmo com os avanços científicos que minimizam esses efeitos, eles existem e são inerentes ao tratamento. “As mudanças hormonais e a manipulação cirúrgica, principalmente as mais extensas, podem agravar o quadro e, por isso, merecem atenção e nunca devem ser desprezados”, explica.

Um dos fatores que ajudam a explicar estas consequências à qualidade de vida e até mesmo o surgimento de sintomas depressivos e ansiosos é o grande peso simbólico das mamas no conceito de feminilidade. “Muitas pacientes sentem que o seu feminino está ferido e essa junção de condições físicas e psicológicas deve ser trabalhada para que resultados mais completos sejam obtidos”, enfatiza.

Deixar de olhar para o assunto pode gerar sequelas para a vida após o tratamento. Natália lembra que, para evitar isso que se concretize, é indicada uma abordagem médica multiprofissional que garanta à mulher liberdade em expor seus medos e angústias sobre o assunto.

“O médico precisa estar atento para perceber o problema desde o início e isso pode ser identificado por meio de sinais, perguntas indiretas ou mudanças de temperamento. Para facilitar essa identificação, é sempre bem-vinda a ajuda de outros profissionais como psicólogos que auxiliam nesta jornada de cura sem julgamentos”, reforça.