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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Saúde: Brasil participa de testes com medicamento francês para tratar a covid-19

 

O estudo miR-AGE incluirá um total de 1034 participantes na Europa e América Latina


Redação/Hourpress

Divulgação
  • Novo medicamento em estudo ABX464 pode diminuir os graves efeitos da infecção pela COVID-19, reduzindo o número de participantes que necessitam de hospitalização e o tempo de recuperação para participantes internados.
  • ABX464 apresenta potencial efeito benéfico triplo no tratamento de participantes com COVID-19: antiviral, anti-inflamatório e reparador de tecidos.
  • Vários centros de pesquisa clínica no Brasil participarão do estudo, com rigorosos critérios de inclusão de participantes em estudo randomizado controlado com placebo (estudo miR-AGE).
  • Participantes confirmados com COVID-19, acima dos 65 anos ou com menos de 65 anos que apresentem fatores de risco, receberão ABX464 por via oral, durante 28 dias
  • O estudo miR-AGE incluirá um total de 1034 participantes na Europa e América Latina.

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A Abivax SA (Euronext Paris: FR0012333284 – ABVX), empresa de biotecnologia que faz ensaios clínicos, focados no sistema imunológico para desenvolver tratamentos inovadores para doenças inflamatórias, viroses e câncer, anuncia o início do miR-AGE, um estudo para a COVID-19, em vários centros de pesquisa clínica no Brasil. O estudo foi aprovado pela ANVISA (agência sanitária brasileira), bem como pelas agências sanitárias da França, Alemanha, Reino Unido e Itália. A aprovação pelas autoridades do México, Chile e Peru está em andamento. 

 

Na atual situação, sem vacina e sem imunidade em massa contra a COVID-19, necessitamos de um tratamento rápido que reduza a gravidade dessa doença”, afirma o Prof. Hartmut Ehrlich, M.D., CEO da Abivax.

 

Segundo o Prof. Jorge Kalil, M.D., Ph.D., professor titular de imunologia clínica e alergia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e coordenador do estudo miR-AGE no Brasil, a pesquisa clínica da Abivax avaliará se o tratamento anti-inflamatório precoce com ABX464 pode melhorar os desfechos em participantes da COVID-19’: “ABX464 é um composto em fase final de desenvolvimento que apresenta um novo mecanismo de ação no tratamento de participantes com doenças inflamatórias. Os estudos de fase 2b/3 testam o potencial de um novo candidato terapêutico na prevenção da inflamação grave que leva a Síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em participantes idosos ou de alto risco para a COVID-19. A molécula já apresentou dados de eficácia transformacional em participantes com colite ulcerativa, doença também inflamatória. Além disso, ABX464 apresentou perfil de segurança favorável em mais de 300 participantes voluntários e portadores de HIV ou colite ulcerativa.” 

 

Nossa missão é desenvolver fármacos para melhorar e salvar a vida de pacientes’ e estou orgulhoso de poder utilizar a pesquisa da Abivax e sua expertise na luta contra a pandemia da COVID-19 que assola o mundo todo”, afirma Philippe Pouletty, M.D., Presidente do Conselho da Abivax. 

 

Este estudo duplo cego, randomizado, controlado com placebo, de fase 2b/3 avaliará os benefícios potenciais da tripla ação do medicamento em estudo ABX464 em 1.034 participantes idosos ou de risco para a COVID-19, que incluem:

  1. Efeito anti-inflamatório para tratar a hipercitonemia e a síndrome da hiperinflamação observadas em participantes portadores da COVID-19. Este efeito do ABX464 já foi demonstrado em estudo de fase 2a em outra doença inflamatória grave, a colite ulcerativa. A hiperinflamação pulmonar é a principal causa de desconforto respiratório e de morte dos pacientes com COVID-19. 
  2. Efeito antiviral para inibir a replicação do SARS-CoV-2 (COVID-19) que foi demonstrado em um modelo rigoroso de epitélio pulmonar humano in vitro.
  3. Propriedades de reparação tecidual para prevenir uma potencial disfunção pulmonar de longo prazo após a infecção. Nos participantes portadores de colite ulcerativa, ABX464 demonstrou capacidade curativa das lesões inflamatórias.

 

Até hoje, mais de 300 participantes foram tratados com ABX464, e o medicamento em estudo apresenta excelente segurança clínica e perfil de tolerabilidade. 

  • A conveniente administração por via oral do ABX464 permite o tratamento precoce de participantes hospitalizados ou não hospitalizados. Os participantes não hospitalizados tomarão uma cápsula de ABX464 por via oral, uma vez ao dia, por 28 dias, em casa. Durante o período obrigatório de quarentena de 14 dias, os participantes receberão o tratamento e serão monitorados por telefone. A partir da terceira semana de tratamento, ou a partir da data em  que o participante for liberado da quarentena pelo seu médico, os participantes deverão comparecer ao hospital, uma vez por semana, para monitoramento. 

 

O estudo rigoroso de Fase 2b/3 será conduzido de acordo com os padrões internacionais de pesquisa clínica na América Latina e Europa. O estudo incluirá um robusto procedimento de seleção de participantes, randomização contra placebo e monitoramento, bem como gestão, coleta de dados e análise estatística. Para mais informações sobre o estudo clínico miR-AGE acesse o site ou ligue ou envie uma mensagem de whatsapp para 0800 454 54 54 (das 8h às 17h).

 

Principais pontos do estudo:

  • ABX464 dose oral (50 mg uma vez ao dia) vs. placebo e tratamento padrão, randomização 2 para 1. 
  • Inclusão de participantes hospitalizados e não hospitalizados, confirmados para infecção pelo SARS-CoV-2.
  • Principais critérios de avaliação: não utilização de oxigênio de alto fluxo ou ventilação assistida, ou ausência de morte no período de 28 dias.
  • Múltiplos parâmetros clínicos e biológicos secundários. 
  • Duração de tratamento (ABX464 ou placebo e tratamento padrão): 28 dias 
  • 50 hospitais na Europa e América Latina 

 

Critérios de inclusão do estudo: 

  • Infecção confirmada pelo SARS-CoV-2 (doença COVID-19)
  • Participantes acima dos 65 anos 
  • Adultos com menos de 65 que apresentem fatores de risco (obesidade, diabetes, hipertensão, doença cardíaca)

 

Mecanismo de ação do ABX464 nos participantes com COVID-19:

Philippe Pouletty, M.D., Presidente do Conselho da Abivax e CEO da Truffle Capital, afirma: “O estudo miR-AGE com ABX464 foi endossado por especialistas de renome na França, Europa, e Estados Unidos. Esperamos que o ABX464, com exclusivas propriedades antiviral, anti-inflamatório e de reparação tecidual, e conveniente administração por via oral, demonstre ser uma terapia promissora para pacientes com a COVID-19. Vale lembrar que a fisiopatologia da COVID-19 é complexa, portanto, devemos ser cautelosos com relação ao potencial sucesso do estudo miR-AGE.”

 

Prof. Hartmut Ehrlich, M.D., CEO da Abivax, acrescenta: “Infelizmente, até o momento nenhum tratamento terapêutico ou profilaxia demonstrou eficácia em estudos criteriosos para tratar a forma grave da COVID-19. Isto significa que auxiliar os médicos na prevenção do desconforto respiratório e morte dos pacientes com a COVID-19 e limitar o dano pulmonar de longo prazo é necessidade primordial. Além disso, reduzir a necessidade de uso de UTIs nos hospitais é prioritário. ABX464 é uma pequena molécula disponível em apresentação oral que pode ter  o potencial de atingir alguns desses objetivos devido ao seu exclusivo mecanismo de ação e facilidade de utilização. O desenho robusto e criterioso do estudo miR-AGE para ABX464 assegura que chegaremos a importantes conclusões clínicas e científicas e, se bem-sucedido, trabalharemos junto às autoridades sanitárias para tornar ABX464 disponível o mais rapidamente possível. Já dispomos de cápsulas de ABX464 em estoque para o tratamento de aproximadamente 50.000 pacientes, e podemos aumentar a produção de ABX464, em poucos meses, para o tratamento de mais de um milhão de pacientes”. 

 

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Sobre a Abivax 

A Abivax, uma empresa de biotecnologia que faz ensaios clínicos, está mobilizando o mecanismo imunológico natural do corpo para tratar pacientes com doenças autoimunes, infecções virais e câncer. A Abivax está listada na Euronext B (ISIN: FR0012333284 - Mnémo: ABVX). Sediada em Paris e Montpellier, a Abivax possui dois candidatos a fármaco em desenvolvimento clínico, o ABX464 para tratar doenças inflamatórias graves e o ABX196 para tratar o carcinoma hepatocelular. Mais informações sobre a empresa estão disponíveis em www.abivax.com. Siga-nos no Twitter @ABIVAX_

Artigo: Quais são os riscos do alto nível de estresse para sua rotina nesta pandemia

 

Normalmente estes sintomas surgem de forma leve


*Conceiyção Montserrat
EBC

Ao longo de nossa vida criamos rotina e delegamos funções que nos auxiliaram no controle de nosso nível de estresse em nosso cotidiano. Com a chegada da pandemia tudo ficou de cabeça para baixo, a rotina deixou de existir! Todas as responsabilidades pessoais e as que delegávamos se acumularam e o tempo utilizado é o mesmo para executar tudo.  Junto a isto, as carências aumentaram muito e estas emoções, são uma carga muito grande, somada às outras responsabilidades para tentar resolver.

Como gestores, vemos com muita preocupação esta situação e estamos sempre organizando estruturas e apoio para profissionais e pessoas que necessitam de ajuda nesta fase.

Como fazer para compatibilizar todas as cobranças profissionais, familiares, pessoais e os imprevistos?

É importante saber que não somos uma máquina!

Somos seres humanos e sofremos, temos dúvidas, incertezas e precisamos de ajuda profissional para que possamos entender nossos limites e também fazer o que é possível, redistribuindo o acúmulo de funções e obrigações que esta nova rotina nos impõe.

Ter uma ajuda profissional ou dividir estas questões com alguém mais experiente, ajuda muito neste momento difícil. O importante é não carregar o “fardo” sozinho e ter a consciência que sentir-se estressado e/ou impotente é absolutamente NORMAL.

Preste atenção em seu lado emocional, veja se você sente-se exausto, sem energia física, irritadiço, com alguma alteração física como dores e desconfortos, alteração de apetite, dificuldade de concentração, sentimento de fracasso ou insegurança, tristeza sem justificativa, sono excessivo, estes e outros sintomas em seu dia-a-dia, é um indício que você está com alguns problemas, e um profissional poderá lhe ajudar, seja ele clínico ou especialista na área.

Normalmente estes sintomas surgem de forma leve e com os passar do tempo eles persistem e aumentam de intensidade. Essa ajuda pode ser desde uma orientação e reorganização de estrutura física ou uma consultoria no campo profissional, orientando a retomar sua função ou sua empresa, chegando até mesmo a algo que necessite de acompanhamento clínico médico como a Síndrome de Burnout.

O estresse pode ser algo tão prejudicial que se não observado com cuidado causarão problemas de saúde, que poderá lhe acompanhar pelo resto de sua vida.

Converse sobre suas queixas e não tenha receio de expor suas necessidades, pois esta situação durante o processo da pandemia, é algo que nossa mente não estava preparada para enfrentar, e saber como compor nossas responsabilidades neste longo processo de adaptação, fará com que você possa otimizar suas tarefas e responsabilidades.

Entenda que todos nós estamos passando por este momento de excesso de cobranças e incertezas, sendo exigido de todas as formas e tendo que se aprimorar a cada dia.

Mas não existe “mal que sempre dure”, o que devemos é transformar esta fase em algo construtivo em qualquer uma das áreas de nossa vida. Pois, a partir da mínima evolução você terá ânimo para mudar outros setores e conseguirá se organizar para qualquer outra situação que possa vir a acontecer.

Outra certeza que teremos é que sairemos profissionais melhores, pais mais atentos as necessidades de nossos filhos, pessoas com um poder de conhecimento interno e externo daquilo que queremos ou não para nossas vidas, mas o importante é buscar ajuda e apoio para que juntos possamos enfrentar todas as dúvidas e superar as adversidades que este momento nos impõe.

Não fique só!

Existem vários profissionais altamente capacitados para lhes ajudar em todas as suas necessidades. Fique atento aos sinais do estresse e busque ajuda, seja com um orientador profissional ou um especialista na área clínica. O importante é não correr o risco de ter um problema maior ocasionado pelo estresse.

Fique atento!

*Conceiyção Montserrat, CEO da Montserrat Consultoria.

Geral: Motoristas da 99 começam a receber câmeras de segurança que gravam dentro e fora do carro

 

Nova versão adiciona mais uma camada de proteção para motoristas e passageiros

Luís Alberto Alves/Hourpress

Divulgação
A partir de segunda-feira (5), motoristas parceiros de São Paulo já podem instalar as novas câmeras de segurança da 99, que gravam imagens dentro e fora do carro. O objetivo é trazer ainda mais proteção durante a corrida e aprimorar a colaboração da 99 com a polícia em eventuais crimes contra passageiros e condutores da plataforma.

As imagens externas são captadas por lentes "olho de peixe" que proporcionam uma visão panorâmica da frente do veículo. Assim, é possível filmar o campo de visão do motorista e capturar eventuais posturas agressivas e abordagens criminosas na frente do automóvel. As internas também usam lentes abrangentes que possibilitam ver toda a parte de dentro do carro, além de contar com modo noturno. O equipamento ainda registra som ambiente.

Integradas com sistema GPS próprio, as novas câmeras garantem a localização do carro com precisão. Além disso, funcionam com internet 4G dedicada -- nos modelos anteriores o motorista usava a internet do próprio celular para rotear o sinal ao dispositivo. Isso significa que o equipamento agora possui chip próprio instalado, que garante conexão melhor e mais estável.

"A 99 é a única companhia do setor a oferecer a tecnologia de monitoramento das corridas por câmeras de segurança", diz Thiago Hipólito, Diretor de Segurança da empresa. "Lançamos a nova versão para trazer ainda mais tecnologia de ponta que oferece proteção e cuidado a passageiros e motoristas."

O aplicativo afirma que todas as imagens são armazenadas de acordo com as Políticas de Privacidade e da Câmera de Segurança da 99, em conformidade com a legislação vigente. Ou seja, o app segue todas as leis aplicáveis, incluindo as questões referentes à proteção de dados.

As novas câmeras da 99 possuem o mesmo custo do modelo anterior. Ou seja, R$ 50,00 para instalação e R$ 9,90 para a taxa semanal do serviço de monitoramento. Até o dia 31 de outubro de 2020, no entanto, os condutores terão gratuidade do valor da manutenção semanal. O motorista deverá arcar apenas com a taxa da instalação de R$ 50,00. Para os condutores que já têm o modelo antigo do dispositivo e desejam trocar pelo novo, não será preciso pagar pela taxa de instalação.

Além do serviço de monitoramento, esses valores cobrem danos no equipamento ou troca por um novo, se necessário.
3 milhões de corridas mais seguras

O serviço que começou a ser implementado em 2018 já está disponível nas principais cidades do país. Segundo a 99, desde janeiro de 2020, 3 milhões de corridas realizadas pelo app foram monitoradas através do dispositivo.

Uma pesquisa realizada pela empresa aponta que condutores com câmeras se sentem 27% mais seguros em comparação com os que não as possuem. Essa iniciativa, somada a outras ferramentas de inteligência artificial para prevenção de crimes, ajudou a reduzir em 60% as ocorrências em 2019.

Instalação e funcionamento

A câmera é instalada próxima ao retrovisor central em oficinas especializadas. Além de captar imagens internas e externas, ela conta com um botão de emergência que pode ser pressionado pelo motorista a qualquer momento para acionar a Central de Segurança da 99.

Do começo ao fim de todas as corridas do app, as câmeras registram imagens periódicas. Quando os condutores apertam o botão de emergência, a Central de Segurança da 99 é avisada e o monitoramento em tempo real começa. Se necessário, a polícia é contatada e as gravações podem ser usadas para auxiliar as investigações das autoridades.

Todos os passageiros são avisados de que o carro possui um sistema de segurança por imagem antes de a corrida começar. O usuário pode escolher aceitar a viagem, ou não -- nesse caso, outro veículo será enviado.

Geral: Aumento de ataques cibernéticos em 2020 alerta para deficiência em sistemas de prevenção e segurança digital

 

Apenas no primeiro semestre, foram registrados no Brasil mais de 2,6 bilhões de ataques

Redação/Hourpress

Divulgação

A necessidade do afastamento social causada pela pandemia de Covid-19 fez com que o uso da internet aumentasse em mais de 40% no Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Desde necessidades formais, como teleaulas, home office e reuniões de negócios por videoconferência, como o uso por puro lazer, com horas gastas em redes sociais, séries e lives,  o “boom” na internet proporciona uma efeito colateral muito indesejado: o aumento dos ataques de ciberpiratas e crimes cibernéticos.

Dados indicam que, apenas no primeiro semestre, foram registrados no Brasil mais de 2,6 bilhões de ataques cibernéticos, que vão desde a invasão a e-mails até a ameaça a grandes empresas. 

Segundo Eduardo Negrão, autor do livro “Terrorismo Global”, o Brasil é um alvo “fácil” para cibercriminosos devido ao atraso digital em relação aos países mais desenvolvidos. A falta de educação “digital” aliada à precariedade de muitos sistemas de proteção é uma combinação letal que atrai os olhos dos cibercriminosos.

Negrão dedica um capítulo exclusivo em seu livro para falar sobre terrorismo e espionagem digital. De acordo com o autor, um fator preponderante é a Engenharia Social existente na rede, visto que muitas pessoas expõem informações vitais que podem ser usadas em ataques.

“Um dos trabalhos mais bem executados por hackers é a garimpagem de dados. E as pessoas não se dão conta do quanto de informação sigilosa elas disponibilizam em telefones, redes sociais e até mesmo no ambiente corporativo”, diz Eduardo Negrão.

Assim, tão importante como investir em sistemas de segurança para evitar o ataque direto de ciberpiratas, as empresas precisam instruir seus funcionários a terem cuidado com sua “engenharia social” para uma segurança efetiva. Um funcionário, por exemplo, que comece a trabalhar em home office deve se precaver com o uso de sua rede local, trocando senhas, limitando o acesso e usando bons antivírus.

Outro ponto importante levantado por Eduardo Negrão é a necessidade de potencialização de órgãos federativos especializados em cibersegurança e ataques virtuais, tratando o assunto, como o próprio autor diz em seu livro, como terrorismo. No Brasil existe o Serviço de Repressão a Crimes Cibernéticos (SRCC) da Polícia Federal, porém ainda são poucos profissionais para cobrir uma gama imensa de infrações, desde pornografia infantil até fraudes bancárias.

“Precisamos de uma instituição como a britânica Nacional Crime Agency (NCA) concebida para combater única e exclusivamente crimes cibernéticos. Não dá para um agente confrontar hackers pela manhã e sair armado atrás de criminosos no período da tarde”, esclarece Eduardo Negrão.

Na visão do autor uma das grandes dificuldades do nosso país é que a busca por solução de problemas vem através da criação de leis ao invés do investimento em inteligência e especialização de serviços. Está em trâmite para aprovação a Lei Geral de Processamento de Dados (LGPD), que, de acordo com Negrão, é “a solução analógica brasileira” para um problema digital.

“Sempre que as autoridades se deparam com novos problemas ou dilemas complexos, se cria uma nova legislação, tentando resolver um problema social, econômico ou criminológico por decreto. Não funcionou no passado e nem funcionará no futuro”, concluiu.

Artigo: Deep Fake: A nova ameaça do século XXI

 

No caso do estudo usaram a voz original, mas poderiam facilmente utilizar um imitador


Ricardo Martins
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Se as Fake News se tornaram um grande problema no Brasil, principalmente em relação à política, o Deep Fake fará um estrago ainda pior.

Através de Inteligência Artificial, Machine Learning e com ferramentas de código aberto pode se criar um algoritmo para treinar uma Rede Neural a mapear o rosto de uma pessoa, e então, substituir os movimentos labiais, expressões do rosto e piscar dos olhos, e até o rosto por completo, no corpo de outra pessoa. Em muitos casos, a qualidade fica impressionante.

A mecânica de funcionamento é bem simples: o software trabalha analisando primeiro os movimentos faciais de um alvo, cuja aparência será usada no vídeo falso. Após mapear a cabeça, o movimento e o piscar dos olhos, os detalhes da boca e demais movimentos o software analisa essas mesmas marcações no vídeo original e então mescla os movimentos. Isso cria um vídeo falso surpreendentemente realista.

Para potencializar isso, duas aplicações podem rodar simultaneamente, uma sendo lançada contra o outra, sendo uma para criar e outra para analisar, em uma série de milhões de ajustes de ida e volta. Isso torna o processo de aprendizado mais rápido e mais preciso do que se um ser humano analisasse cada uma das tentativas.

Políticos como Obama, Trump e Puttin já foram vítimas do Deep Fake. Celebridades como Ariana Grande, Cameron Diaz, Emma Watson, Angelina Jolie e Miley Cirus são vítimas constantes em sites de pornografia, vídeos utilizando seus rostos são facilmente encontrados.

A Faculdade de Washington promoveu um estudo e publicou o vídeo em que o software após horas de análise conseguiu criar movimentos labiais perfeitos do ex-presidente americano Obama. Uniram dois vídeos diferentes, em um aproveitaram o áudio e em outro aproveitaram a imagem. A rede neural recorrente aprende o mapeamento de recursos de áudio brutos para formas de boca.

No caso do estudo usaram a voz original, mas poderiam facilmente utilizar um imitador ou unir diferentes áudios para formar uma frase. O que poderia acarretar graves problemas políticos de nível mundial.

O Twitter baniu qualquer conteúdo que promova o assunto, como também vídeos que utilizem desta tecnologia. O site pornô, Pornhub, também fez o mesmo, banindo qualquer vídeo que utilize esta tecnologia. No Brasil, ainda não temos nenhuma iniciativa que impeça a proliferação de conteúdo Deep Fake.

A falsificação de imagens e vídeos não é nenhuma novidade, existem aplicativos para smartphones que facilmente mudam o rosto de pessoas. No entanto, o ponto em questão é o realismo. A manipulação de imagens e vídeos usando Inteligência Artificial pode se tornar um fenômeno de massa perigoso.

Outro caso em que esta tecnologia está sendo usada é a “pornografia de vingança” onde o rosto de pessoas comuns são aplicados em vídeos de pornografia, para que alguma extorsão seja realizada.

A base desta aplicação usa o TensorFlow, do Google. Uma biblioteca de código aberto para aprendizado de máquina aplicável a uma ampla variedade de tarefas. É um sistema para criação e treinamento de redes neurais para detectar e decifrar padrões e correlações, análogo à forma como humanos aprendem e raciocinam. A concepção do TensorFlow jamais foi pensada em possibilidades tão obscuras.

Neste ano de 2020, contaremos com eleições para prefeitos e vereadores e certamente poderemos ter casos de Deep Fake sendo usado no Brasil para denegrir a imagem de um determinado político.

Em relação ao mundo corporativo, o Deep Fake também pode ser um grave problema. Vídeos falsos de presidentes de grandes corporações podem ser espalhados com o objetivo de denegrir a imagem do indivíduo ou da empresa. Até que a informação verdadeira seja revelada, um estrago enorme pode ser feito afetando vendas, marketing, relação com investidores entre outras frentes.

Por isso, é de extrema importância certificar-se da procedência da mensagem antes de compartilhar e ter como base, fontes confiáveis de notícias. A informação é a principal moeda do século XXI.

Ricardo Martins, CEO e principal estrategista da TRIWI, especialista em marketing digital, é graduado em Marketing pela Escola Superior Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, e concluiu Master em Marketing pela ESPM, em São Paulo.

Túnel do Tempo: Há 28 anos ocorria o massacre do Pavilhão 9


 

A repressão terminou numa chacina com 111 mortos oficialmente. Porém, muitos policiais garantem que este número chegou aos 354

Luís Alberto Alves/Hourpress

massacre do Pavilhão 9, na então Casa de Detenção, no bairro do Carandiru, Zona Norte de SP, ocorrido em 2 de outubro de 1992, começou por causa de uma briga de presos durante partida de futebol no pátio daquele presídio.

Logo o conflito se espalhou e a diretoria pediu a intervenção da tropa de choque da PM. Liderada pelo coronel Ubiratan Guimarães, anos depois assassinado a tiro dentro do seu próprio apartamento, a repressão terminou numa chacina com 111 mortos oficialmente. Porém, muitos policiais garantem que este número chegou aos 354.

A intervenção da polícia foi autorizada pelo então secretário de Segurança Pública de São Paulo, promotor Pedro Franco de Campos, que deixaria o governo menos de um mês depois. Com a repercussão negativa do fato em todo o mundo, o então governador Luiz Antonio Fleury Filho afirmou que não havia autorizado a invasão.

 


Raio X de Sampa: Conheça a história da Rua Vitorino Carmilo

 


Luís Alberto Alves/Hourpress

Vitorino Gonçalves Carmilo foi propagandista da República e antigo tabelião no Estado de São Paulo. A Vitorino Carmilo (foto) fica no bairro de Santa Cecília, Centro, é famosa por ali funcionar durante vários anos o Pronto-Socorro da Barra Funda.