Postagem em destaque

Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Artigo: Pós-pandemia vai exigir celeridade em processos judiciais

 

Muitas vezes informal, a celeridade é fundamental


Redação/Hourpress


Arquivo

A necessidade de isolamento social e a parada temporária de alguns setores da economia deram origem a disputas judiciais sem antecedentes nos tribunais.

Um dos exemplos é o de empresas inviabilizadas de funcionar, em geral comércios de rua ou de shopping centers, que estão buscando o Poder Judiciário. Segundo o juiz federal Carlos Haddad, professor do Instituto AJA, especializado em práticas para otimizar a gestão judiciária, há tribunais que já apontam alguns caminhos de jurisprudência como forma de solucionar a questão.

“Um dos argumentos é de que por lei o locador se vê obrigado a entregar ao locatário o imóvel alugado em estado de servir ao uso a que se destina. Na impossibilidade de ele servir ao objetivo comercial muitos estão recorrendo à justiça para suspender parcial ou totalmente o pagamento destes alugueis durante este período”, explica.

Outro exemplo diz respeito às pessoas físicas que tiveram pedidos do auxílio emergencial do governo negado. Segundo Haddad, uma vez que este montante se destina a suprir demandas de uma população que se viu sem fonte de renda pela impossibilidade de praticar seu ofício, muitas vezes informal, a celeridade é fundamental.

Luís Pedrosa, consultor do Instituto AJA, observa que algumas unidades da Justiça Federal tem agido no sentido de simplificar o andamento desses processos por meio do encaminhamento aos Núcleos de Conciliação para a realização de acordo entre as partes. “A justiça Federal do Paraná, por exemplo, encaminhou ações desta natureza à CEJUSCON de Curitiba a fim de não acumular os processos nas Varas”. A adoção de alternativas ágeis para solução de casos mais simples é justamente uma das estratégias recomendadas pelo Instituto AJA aos tribunais que recebem os cursos de Administração Judicial.

A inadimplência em grande escala pode gerar demandas judiciais por parte de credores, locadores e mesmo consumidores que deixam de receber serviços ou produtos adquiridos em empresas que se veem premidas a fechar as portas. Para Haddad uma das soluções, também mencionada recentemente pelo futuro presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Fux, será o estabelecimento de precedentes para aumentar a segurança jurídica.  Se a jurisprudência estabelecer balizas seguras sobre a possibilidade do cumprimento de obrigações durante a pandemia, principalmente nos casos em que há onerosidade excessiva e frustração do objeto dos contratos, a população saberá onde está pisando. A saída negocial, porém, será sempre a melhor opção.

Por fim, existe uma questão diretamente ligada à saúde surgida na pandemia, mas para essa já uma resolução desdejulho. Por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que os planosforam obrigados a cobrir o teste sorológico que identifica a presença de anticorpos no sangue de pacientes expostos ao novo coronavírus. A inclusão do teste partiu de uma ação judicial movida pela Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps).


Túnel do Tempo: Fim da Segunda Guerra Mundial

 


Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 2 de setembro de 1945 chegava ao fim da Segunda Guerra Mundial, com a assinatura da ata de rendição incondicional do Japão.

Raio X de Sampa: conheça a história da Avenida Antartica

 


Luís Alberto Alves/Hourpress

O nome da Avenida Antartica (foto), que fica na Barra Funda, Zona Oeste, é derivado do nome da fábrica de cervejas "Antarctica Paulista", fundada em 1889.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Variedades: Biografia definitiva de Janis Joplin chega ao Brasil no ano 50 de sua morte

 


Livro relembra a carreira meteórica da cantora símbolo de independência feminina e cuja importância para a cena musical internacional permanece viva

Redação/Hourpress

O peso na letra unida à rouquidão e a emoção na voz de Janis Joplin dão o tom da carreira da maior e mais influente cantora de rock da história. Mas, por trás da figura mítica da artista, há uma vida carregada de transgressões, quebras de paradigmas, frustrações amorosas e dissabores familiares. Escrita por Holly George-Warren, jornalista e uma das mais respeitadas cronistas da história da música norte-americana, “Janis Joplin: Sua Vida, Sua Música”, lançamento da Editora Seoman, chega ao Brasil para nos fazer rememorar sua trajetória, no momento em que se marca o cinquentenário de sua morte.

Para relatar a vida da cantora, a autora, que também é especialista em biografias de rock, recorreu a familiares da cantora, amigos, colegas de banda, pesquisou arquivos, diários, cartas e entrevistas há muito perdidas. Ela faz, sobretudo, um perfil minucioso detalhando os passos de Janis até a overdose acidental de heroína, que lhe ceifou a vida em 4 de outubro de 1970.

Por meio de um estilo radiante e intimista, esta biografia consolida Janis como vanguardista musical. Uma mulher rebelde, dona de grande astúcia e personalidade complexa, que rompeu regras e desafiou todas as convenções de gênero em sua época, abrindo caminho para as mulheres poderem extravasar suas dores e revolta no cenário artístico sem serem tão oprimidas pelo universo machista existente no meio musical. Este livro também foi celebrado pela grande mídia nos estados Unidos – The New York Times e The Washington Post, entre outros – como a biografia que revela, de forma definitiva, a “verdadeira Janis Joplin”, além de ser elogiado no site oficial da cantora (janisjoplin.com).

Janis se notabilizou com o rock, mas transitava com facilidade por outros ritmos, como blues, o soul e o folk-rock. Sua carreira solo teve poucos anos de existência, mas foi capaz de notabilizar canções como "Mercedes Benz", "Get It While You Can" e "Me and Bobby McGee". Entretanto, sua erudição, empenho e talento combinados não transformaram a cantora no símbolo que representa. “Por sua influência e por seu próprio trabalho perene, Janis Joplin permanece no coração de nossa música e de nossa cultura”, afirma a autora.

 

“Uma descrição magnífica e muito interessante de Janis. Holly George-Warren tem um estilo de escrita atraente e cativante, e fiquei impressionada com a profundidade de suas novas entrevistas e informações. ” – Laura Joplin, irmã de Janis Joplin

 

Responsável por dar fim à tônica de opressão e machismo que pairavam no mundo àquela época, Janis Joplin expunha sem medo suas convicções sobre temas como sexualidade e a psicodelia. Por essa vertente também tem entre suas fãs, a compositora e ativista Rosanne Cash e outras emblemáticas cantoras como Brandi Carlile, Margo Price e Courtney Marie Andrews. Além disso, diversas artistas vivenciaram a luta de Janis contra o sexismo do mundo do rock, entre elas, Patti Smith, Debbie Harry (Blondie), Cyndi Lauper, Chrissie Hynde (The Pretenders), Kate Pierson (B-52’s) e Ann e Nancy Wilson (Heart), que foram diretamente influenciadas por sua música, atitude e coragem.

 

“Antes da passagem um tanto breve de Janis Joplin pelo sucesso, teria sido difícil para essas artistas encontrarem um modelo feminino comparável à beatnik de Port Arthur, Texas. A mistura de musicalidade confiante, sexualidade impetuosa e exuberância natural, que produziu a primeira mulher estrela do rock dos Estados Unidos, mudou tudo”, conta a autora Holly George-Warren na introdução da obra.

 

“Magistralmente bem pesquisada, esta biografia revela definitivamente a verdadeira Janis Joplin. ” – The New York Times

 

A forma como Janis transmitia emoção, em um canto que ia da melancolia à rebeldia, era e sempre será único.  Sua voz rouca, que todos conhecem, revela uma alma que sofria e buscava refúgio na heroína. Outro fator que marcou sua vida, também retratado no livro, foi a busca incessante pelo amor. Ela que nunca foi capaz de ter um relacionamento sólido e duradouro, e dessa forma buscou uma maneira de aliar a sua carreira com o sonho de constituir uma família, levando-a ao seu triste fim: sua morte precoce, aos 27 anos, por overdose acidental de heroína.

 

Sobre a autora:

HOLLY GEORGE-WARREN foi indicada duas vezes ao Grammy e é autora premiada de 16 livros, entre eles duas biografias: A Man Called Destruction: The Life and Music of Alex Chilton e Public Cowboy #1: The Life and Times of Gene Autry, além do best-seller do New York Times: A Estrada para Woodstock (com Michael Lang). Ela já escreveu para diversas publicações, incluindo The New York Times, Rolling Stone e Entertainment Weekly, tendo atuado também como consultora em documentários como Muscle Shoals, Nashville 2.0 e Hitmakers. Holly faz parte da comissão de indicação do Rock & Roll Hall of Fame e leciona na Universidade Estadual de Nova York, em New Paltz.

Serviço:

Livro:  Janis Joplin: Sua Vida, Sua Música

Autora: Holly George-Warren

Editora: Seoman

Preço: 69,90

Páginas: 432



Internacional: Israel e Hamas concordam em restaurar calma na fronteira de Gaza

 


Com acordo, ataques na região devem cessar em meio à pandemia


Agência Brasil 

Grupos militantes palestinos e Israel concordaram em encerrar o acirramento de tensões que durava semanas ao longo da fronteira da Faixa de Gaza, anunciaram nesta segunda-feira (31) o governo de Israel e o Hamas, grupo islâmico que governa Gaza.

Com o acordo, mediado por um enviado do Catar, o Hamas deve encerrar o lançamento de balões incendiários, e Israel encerraria os ataques aéreos, segundo uma autoridade palestina com conhecimento sobre o processo de mediação. 

A agência israelense Cogat, que atua fazendo o contato com os territórios palestinos, confirmou que, após consultas de segurança lideradas pelo ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, o principal ponto de travessia de produtos para Gaza seria reaberto e pescadores poderiam retomar seus trabalhos em uma área de até 15 milhas náuticas. 

Uma nota da agência disse que as decisões estavam "sujeitas à permanência da calma e da estabilidade da segurança", mas alertou que se o Hamas falhasse em cumpri-las, Israel "agiria de acordo". 

O Hamas disse que entendimento iria facilitar o caminho para a implementação de projetos "que irão servir ao povo de Gaza, e aliviar o sofrimento em meio à onda de coronavírus". 

Palestinos e grupos humanitários pediram o fim do bloqueio liderado por Israel a Gaza, temendo ainda mais dificuldades após o primeiro surto de covid-19 no território na semana passada. 

Israel diz que as restrições são necessárias por temores de segurança em relação ao Hamas, considerado uma organização terrorista pelo governo israelense.

Política: Ministro do TCU vira réu em ação da Lava Jato no Paraná

 


Além do ministro, mais nove pessoas viraram rés no processo


Agência Brasil 

O juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal em Curitiba, aceitou hoje (31) denúncia apresentada pela força-tarefa da Operação Lava Jato contra o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo. Com a decisão, o ministro passa à condição de réu e vai responder a uma ação penal pelo suposto cometimento dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Além do ministro, mais nove pessoas viraram rés no processo. 

De acordo com denúncia apresentada na semana passada pelo Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, em 2014, quando ocupou o cargo de senador e presidiu a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, Vital recebeu R$ 3 milhões do ex-executivo da empreiteira OAS Léo Pinheiro, para que pessoas ligadas à empresa não fossem convocadas para depor na comissão. Pinheiro foi um dos investigados que assinaram acordo de delação premiada com a Lava Jato. 

Após ser denunciado, o ministro do TCU disse que foi surpreendido com a ação do MPF porque o inquérito está em tramitação há cinco anos sem que os ex-procuradores-gerais da República Raquel Dodge e Rodrigo Janot tenham encontrado elementos para denunciá-lo. 

Segundo Vital do Rêgo, “causa estranheza e indignação o fato de que a denúncia nasceu de um inquérito aberto sem autorização do Supremo Tribunal Federal [STF], que ainda aprecia recurso contra a remessa da investigação para Curitiba, em uma clara usurpação da competência do STF”. 

Política: Toffoli dá 24 horas para STJ e PGR se manifestarem sobre Witzel

 


Após receber as informações, o ministro deverá decidir a questão


Agência Brasil 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, deu prazo de 24 horas para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) se manifestem sobre o pedido do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, para retornar ao cargo. Após receber as informações, o ministro deverá decidir a questão. No sábado (29), a defesa de Witzel apresentou recurso para derrubar a decisão que determinou a medida. 

Na sexta-feira (28), Witzel foi afastado do cargo por 180 dias em decisão do ministro Benedito Gonçalves, do STJ. O afastamento foi determinado no âmbito da Operação Tris in Idem, um desdobramento da Operação Placebo, que investiga atos de corrupção em contratos públicos do governo do Rio de Janeiro.

A investigação aponta que a organização criminosa instalada no governo estadual a partir da eleição de Witzel se divide em três grupos que, sob a liderança de empresários, pagavam vantagens indevidas a agentes públicos. Os grupos teriam loteado as principais secretarias para beneficiar determinadas empresas.

Após ser afastado, Witzel negou o envolvimento em atos de corrupção e afirmou que seu afastamento não se justifica.