Postagem em destaque

Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Saúde: Especialista cita cuidados e dicas de higiene para início da retomada

É fundamental o distanciamento mínimo de 1 metro, no entanto, muitas vezes isto pode não ser possível

Redação/Hourpress

Diversas cidades no Brasil já estão em fase de retomar as atividades, permitindo a abertura de comércios, shoppings, academias, parques, entre outros. No entanto, a saída do isolamento não significa que a pandemia de Covid-19 terminou. Isso é o que afirma o médico epidemiologista e professor da Faculdade São Leopoldo Mandic, Dr. André Ribas. "Ao reabrir o comércio o risco de infecção deve aumentar, sendo assim, devem ser reforçadas as recomendações de uso de máscara e higienização frequente das mãos (com água e sabonete ou álcool) quando estiver em locais públicos. Além disso, os cuidados ao chegar em casa também devem ser intensificados."

Para quem precisa sair ou ir trabalhar usando o transporte público, Dr. André salienta que o uso de máscara deve ser mantido todo o tempo, mesmo que não haja ninguém próximo. É fundamental o distanciamento mínimo de 1 metro, no entanto, muitas vezes isto pode não ser possível. Em algumas formas de transporte deve-se considerar a possibilidade de usar o protetor facial (face shield), principalmente quando se tratar de maiores de 65 anos e portadores de doenças crônicas. De acordo com ele, ao sair do veículo é importante fazer uma boa higienização das mãos com água e sabonete ou álcool em gel.

Em relação aos restaurantes e salões de beleza, o Dr. André afirma que esses locais devem ser evitados, mas se for necessário, os cuidados devem ser tomados pelos frequentadores e, também, pelos profissionais que estão trabalhando. É necessária a higienização de todos os utensílios entre cada cliente (dando preferência ao uso de descartáveis), uso de máscara por todos e o tempo todo possível, além da higienização das mãos com sabonete ou álcool em gel. "No momento da alimentação e de beber não deve haver ninguém em um raio de 2 metros. Em algumas situações, isto pode ser substituído por barreiras físicas, separando as pessoas".

No caso dos parques, mesmo ao ar livre, devem ser frequentados com o uso de máscara. "É importante destacar que o risco em locais abertos é bem menor que em locais fechados, portanto, estes parques devem ser preferidos às academias e aparelhos de ginástica de condomínios. As academias têm um risco bem maior por vários motivos: são espaços fechados, geralmente mal ventilados, e os aparelhos são compartilhados por várias pessoas", diz Dr. André. Para ele, as academias ainda deveriam ser evitadas nessa fase.

Ao voltar para casa, segundo Dr. André, celulares, carteiras, bolsas e compras devem ser limpas com pano com álcool ou aplicação de spray de álcool. É importante tirar e separar toda a roupa e os sapatos, não misturando com as roupas limpas. Este material deve ser considerado "contaminado" por um período de 24 a 48 horas, afinal o coronavírus não se mantém em tecidos por mais que este tempo) e o sol ajuda a destruir o vírus. Após esses procedimentos, é recomendado tomar um banho para completar a higienização.

Saúde: Atendimento psicológico online ajuda idosos a superar traumas do isolamento social




Todos os grupos referenciados mantinham uma rotina envolvendo família e atividades

Redação/Hourpress

O atendimento psicológico dedicado aos idosos teve de se adaptar durante o período de quarentena. Entidades públicas e instituições privadas passaram a utilizar o atendimento online como forma de evitar o contato pessoal e manter a atenção a um dos grupos mais atingidos pela Covid-19, cujo isolamento foi tratado como prioritário pelos especialistas de saúde.

No Residencial Club Leger, localizado em São Paulo, um projeto piloto realizado junto a uma das residentes deverá ser expandido ao demais moradores do local. Pelo formato de atendimento online, a usuária consegue expor seus desconfortos, medos, angústias e dúvidas pela adaptação ao novo lar e ao "novo normal" gerado pela pandemia. O formato online, segundo a psicólogo Daniela Bernardes, proporciona a ressignificação dessas experiências.

- Estudos no exterior têm mostrado esse formato de acompanhamento apresenta resultados bastante promissores. No Brasil, com pesquisas em curso, especialmente a partir das demandas mais urgentes trazidas pela pandemia, essa assistência emocional aos idosos deve ser tornar, cada vez mais, permanente - avalia Daniela.

No interior do Rio Grande do Sul, no município de Frederico Westphale, a prefeitura montou um projeto de atendimento online à distância voltado exclusivamente a idosos. O objetivo é auxiliar, através de atividades diárias, ma superação deste período de maneira menos traumática possível, promovendo maior qualidade de vida e cuidando tanto da saúde mental, quanto emocional e física.

- Todos os grupos referenciados mantinham uma rotina envolvendo família e atividades que eram desenvolvidas dentro do grupo, e tirar isso tudo deles de maneira repentina pode ser de difícil entendimento. Por isso, nós criamos esse plano de trabalho, para dar um suporte mesmo que a distância, e ajudar a amenizar problemas futuros que possam ser desencadeados por esse período que estamos vivendo -, explicou Carla Veronese, secretária de Assistência social do município.

A psicólogo do Residencial Club Leger, Daniela Bernardes, destaca ainda que a adaptação dos idosos às ferramentas tecnológicas deve fazer parte do próprio processo terapêutico.

- Quando bem articuladas, conduzidas e aplicadas, este processo ajuda a renovar padrões, quebrar crenças e proporcionam mudanças positivas em diferentes níveis - revela.

Geral: Governo gaúcho reconhece emergência em 7 cidades atingidas por chuvas


Tempestades causaram transbordamento de rios e alagamentos


Agência Brasil 

Defesa Civil/RS

O governo do Rio Grande do Sul reconheceu a situação de emergência decretada pelas prefeituras de sete cidades gaúchas atingidas pela passagem de um segundo ciclone pela Região Sul, na semana passada.

Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul, Eldorado do Sul, Montenegro, São Jerônimo, São Sebastião do Caí e Roca Sales estão entre os 29 municípios mais severamente afetados pelos efeitos do fenômeno climático.

As chuvas e os fortes ventos que atingiram parte do estado no início da semana passada causaram o transbordamento de rios e alagamentos. Também provocaram deslizamentos, destelharam imóveis residenciais e comerciais, derrubaram árvores e galhos e causaram danos à infraestrutura. Duas pessoas morreram: uma em Caxias do Sul, outra em Colinas.

Segundo a Defesa Civil, 2.603 pessoas afetadas continuavam desalojadas até a manhã de ontem(14). Mais 1.262 estavam desabrigadas. Ao contrário das primeiras, que ao se verem forçadas a deixar suas casas, foram provisoriamente para a casa de parentes, amigos ou outros locais, os desabrigados tiveram que ser alojados temporariamente em abrigos de instituições públicas ou organizações assistenciais.

Há duas semanas, a passagem de um primeiro ciclone pelo sul do país, muito mais potente, provocou danos e transtornos no Rio Grande do Sul, mas o estado então mais afetado foi Santa Catarina, onde ao menos nove pessoas perderam a vida e o governo estima, preliminarmente, prejuízos de R$ 541 milhões – e que podem chegar a R$ 2 bilhões.

Segundo a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, esta semana, o tempo no estado deve ficar seco, mas as temperaturas devem cair, favorecendo a ocorrência de geadas na maioria das regiões.

Chuvas intensas e alagamentos atingem municípios do Rio Grande do Sul
Chuvas intensas e alagamentos atingem municípios do Rio Grande do Sul, por Divulgação/Defesa Civil RS

Geral: Aspectos emocionais podem aumentar os acidentes de trabalho

Com a pandemia, Dia Nacional da Prevenção ao Acidente de Trabalho será celebrado com novos desafios


Redação/Hourpress

Arquivo

De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de acidentes de trabalho, atrás apenas de países como China, Índia e Indonésia. Esse ano, no Dia Nacional da Prevenção ao Acidente de Trabalho, 27 de julho, as empresas do país, principalmente os profissionais de segurança e saúde ocupacional (SST), têm uma responsabilidade ainda maior: além de atuarem no combate aos vírus, precisam manter a saúde e os aspectos emocionais de todo o time em dia, minimizando os riscos de ocorrências.

Segundo o levantamento do Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho, a cada 3 horas e 40 minutos morre um trabalhador em decorrência de acidentes de serviço. Os números da Previdência Social registram cerca de 700 mil casos de acidentes ocupacionais no país.

Resultantes de diversos fatores, o que ocupa lugar de destaque como causa de acidentes de trabalho é o fator humano, que compreende as características psicossociais do trabalhador, atitudes negativas para com as atividades prevencionistas, aspectos da personalidade, falta de atenção, entre outros comportamentos.

“O que algumas pessoas desconhecem é que os aspectos emocionais estão ligados diretamente à segurança dos colaboradores. Com a incerteza e medo do cenário atual, muitos ficam mais estressados e ansiosos, podendo influenciar no desempenho profissional, na capacidade de concentração, raciocínio e memória, aumentando o risco de acidentes”, explica a psicóloga Nayara Teixeira, gerente técnica na MAPA Avaliações.

Outro aspecto elencado pela especialista é que a ansiedade, medo e o estresse no trabalho também podem levar a problemas comportamentais, incluindo abuso de álcool e drogas. “Alguns transtornos provocam alterações cognitivas e neurofisiológicas, fazendo com que o colaborador apresente certa confusão em relação à realidade, inclusive na diminuição da percepção de risco e perigo iminente, contribuindo para o aumento de risco de acidentes”, ressalta a especialista.

Colaboradores que atuam nos serviços essenciais

Alguns setores da economia são essenciais para a sociedade e não podem parar, são os chamados serviços essenciais. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) ressalta a importância de se aumentar a conscientização sobre a adoção de práticas seguras nos locais de trabalho e o papel que os serviços de segurança e saúde ocupacional desempenham.

“Para esses colaboradores e empresários, a sobrecarga é ainda maior, pois, além da pressão sobre as incertezas mundiais, soma-se o medo de estarem expostos aos riscos no ambiente. Nessas empresas, a equipe de Segurança do Trabalho deve estar ainda mais alinhada e atenta sobre os aspectos físicos e emocionais”, explica a psicóloga da MAPA.

Identificado os riscos por meio de dados

Com o teste MAPA é possível fazer uma avaliação individual de cada colaborador, permitindo considerar suas características e competências de forma contextualizada, bem como os indicadores de risco de acidente. “Com o resultado, conseguimos visualizar, em indicadores, as características pessoais que podem prevenir ou contribuir, em menor ou maior grau, com o envolvimento do colaborador em acidentes”, comenta.

Segundo a psicóloga, os indicadores dizem respeito aos acidentes causados por um comportamento caracterizado como precipitado e/ou negligente, considerados os principais motivos causadores de falha humana. “Além disso, são verificadas estratégias de enfrentamento, que permitem aos colaboradores lidar com as adversidades do trabalho e se proteger da exposição ao risco”, finaliza Nayara.

Sobre a MAPA

Desde 1984, a partir da síntese de experiências no desenvolvimento de instrumentos e experiências culturais, a MAPA iniciou seu trabalho de produção de ferramentas para avaliação de pessoas. A experiência de 35 anos, aliada à ciência, tecnologia e estudo contínuo, fez da empresa uma especialista na arte de entender pessoas, tanto no campo psicossocial, quanto no cultural e no histórico. A MAPA atende mais de 400 clientes em todos os estados do Brasil, tendo realizado mais de 300 mil avaliações. 

 

Geral: Volta às aulas exigirá cuidado com emocional de alunos e professores

A gestão das escolas precisará apoiar seus professores e as famílias


Redação/Hourpress

Arquivo

 

A discussão sobre a volta às aulas vem mobilizando a todos sobre o impacto que esta decisão poderá trazer em meio a uma pandemia que não dá trégua. Além das questões relativas aos protocolos de higienização e distanciamento, a consultora educacional e psicóloga Carla Jarlicht destaca que é preciso maior atenção aos aspectos emocionais, tanto de professores quanto de alunos. "Essa nova realidade será um grande desafio para todos na escola", destaca a pesquisadora. Abaixo segue entrevista com a educadora.

Quais os principais desafios dos professores na volta das aulas presenciais?

Serão muitos os desafios. E vão dos aspectos estruturais e organizacionais da escola, que deverá atender aos protocolos, aos aspectos emocionais, que envolvem não só o acolhimento dos alunos como também o das famílias. Todos estão, em alguma medida, sensíveis a tudo que vem acontecendo e, de certa forma, inseguros, ansiosos e um tanto esperançosos com o que está por vir. E, embora o professor seja parte desse coletivo, no momento em que a escola abre, é ele o catalisador de todas esses vetores, portanto o desafio será grande e seu papel ainda mais fundamental.

No retorno ao ensino presencial, esse novo encontro, apesar de muito esperado por todos, demandará do professor novas estratégias para a reinvenção tanto das relações afetivas quanto do trabalho pedagógico em si, repensando os projetos, de acordo com a avaliação diagnóstica dos alunos, contemplando novos encaminhamentos, além de outros combinados para a rotina, que será inteiramente diferente. Essa nova realidade será um grande desafio para todos na escola, sobretudo para os professores que são o porto seguro dos alunos, suas famílias e coordenação. Portanto, o acolhimento deve também se estender a eles. Gestores e coordenadores precisam estar abertos para ouvir esses profissionais nas suas demandas e trabalhar em parceria.

- A execução dos protocolos de segurança dos alunos deve ficar sob responsabilidade, principalmente, dos professores. Como lidar com mais esta preocupação?

A preocupação talvez não seja tanto em relação à execução dos protocolos de segurança, que serão seguidos, mas à garantia de que eles funcionarão 100%. Por mais que os professores se dediquem, se empenhem, criem as mais criativas estratégias para colocar em prática tais protocolos seria mais saudável e realista termos clareza de que não há como garantir o rigor, porque escola não é apenas a sala de aula, não é relação um para um, inúmeras podem ser as intercorrências quando há pessoas envolvidas e a situação em que vivemos, atualmente, ainda é frágil e ponto. Lidar com esse fato é fundamental para evitarmos expectativas irreais. Seria extremamente injusto colocarmos todo o peso dessa responsabilidade no colo do professor. O caminho não pode ser esse e precisamos evitar sobrecarregar um profissional já bastante requisitado. Sendo assim, como escola é o lugar do encontro, seria fundamental criar um espaço para diálogo transparente com as famílias e a comunidade para que, juntos, possam pensar sobre esse retorno às aulas e sobre como viabilizar a prática de tais protocolos. Discutir, ponderar, acalmar as angústias, alinhar as expectativas e planejar soluções possíveis. Mais do que nunca, num contexto como a de uma pandemia, precisamos pensar coletivamente, compartilhando a responsabilidade entre todos os envolvidos.

- Você vê, tanto na rede pública quanto particular, alguma mobilização no sentido de preparar o professor para a nova realidade?

Sabemos do abismo que existe entre as redes pública e particular, abismo esse que, com a pandemia, foi escancarado e aprofundado. Os professores de ambas as redes foram pegos de surpresa e alguns tiveram apoio de suas escolas, colegas e secretarias de Educação, a maioria, nada disso.

Hoje ainda estamos em meio a uma pandemia e existe uma pressão para que se volte ao estado de normalidade. Não gosto de generalizar porque há diferenças entre as redes e dentro das mesmas, mas se os professores não estavam preparados antes, quando precisaram migrar do ensino presencial para o ensino remoto, também não estão sendo preparados agora, diante da possibilidade de retorno. E isso é um equívoco porque gera ainda mais ansiedade e insegurança em um momento de fragilidade.

Embora haja uma divergência de opiniões em relação à retomada das aulas presenciais em meio a uma pandemia, uma coisa é certa: é preciso planejar esse retorno e preparar o professor é também o incluir como protagonista nesse processo. Portanto, o quanto antes as escolas começarem a dialogar e preparar o seu corpo docente ( e toda a equipe escolar), mais tranquilo e seguro será o retorno para todos, porque é preciso tempo para toda a reestruturação ser empreendida. E por reestruturação não falo apenas da questão física, dos novos espaços e ambientes. Refiro-me especialmente ao âmbito emocional, já que todos estiveram diante de uma situação completamente inesperada e de muitos lutos.

Portanto, é preciso trabalhar com calma, resgatando os aprendizados vividos pelo isolamento físico e priorizando o material humano, para que essa reinauguração do ano letivo possa acontecer de maneira orgânica e plena.

- Muito se fala na higienização das unidades escolares e muito pouco sobre a parte psicológica que pode estar afetando as diversas comunidades de ensino do país. Que tipo de trabalho deveria estar sendo feito antes de se pensar na volta às aulas?

Como José Pacheco, grande educador português, lembra sempre: "Escola não é um edifício, escola são pessoas". Sendo assim, para além de todos os cuidados de higienização, que são importantíssimos, temos que focar na saúde emocional de crianças e adultos. A situação vivida ainda é delicada sob muitos aspectos e, sobretudo, o aspecto emocional. Muitas e diversas foram as perdas, não podemos fechar os olhos para isso, não será possível continuar de onde havíamos parado, como se tudo tivesse sido um feriado prolongado. É preciso reconhecer a nossa vulnerabilidade para podermos entendê-la como potência, no sentido de que esse exercício de autoconhecimento pode nos direcionar para a busca de estratégias mais efetivas para lidar com as questões que forem se apresentando.

A gestão das escolas precisará apoiar seus professores e as famílias oferecendo uma escuta ativa às suas demandas, criando fóruns de conversa que acolham suas dúvidas, fragilidades e questões. Por sua vez, os professores precisarão estar ainda mais conectados com seus alunos, com suas demonstrações de afeto e mudanças de comportamento. Muitas vezes, uma sala de aula muito silenciosa revela inseguranças, medos, angústias. O mesmo pode acontecer em relação a uma agitação exagerada ou episódios de choro, desentendimentos entre os alunos. Há uma infinidade de possibilidades de demonstrações de afeto não há receitas para lidar com elas. Para cada uma, terá que se pensar uma forma de abordagem. Ouvir e acolher a criança e o adolescente é sempre o primeiro e mais precioso passo. Além do olhar atento e da escuta, criar rodas de conversa e outras dinâmicas que possam favorecer o diálogo e a elaboração desses conteúdos afetivos é fundamental. E esses trabalhos tanto da gestão quanto dos professores podem começar a ser implementados virtualmente, com apoio da equipe de psicologia da escola. Podem ser realizadas reuniões por equipe e individuais bem como reunião geral de pais e das famílias.

- Muitos pais não estão dispostos a deixar seus filhos voltarem às aulas presenciais. Como atender a esta demanda sem prejudicar o ensino do aluno?

Primeiro, vale dizer que é importante legitimar essa preocupação das famílias e isso precisa ser entendido dentro do atual contexto que ainda é muito frágil e indefinido. Mais uma vez, o acolhimento das famílias e suas preocupações precisa ser objeto de trabalho por parte das escolas, que por sua vez, terão que se perguntar sobre a real possibilidade de atender a essa demanda sem sobrecarregar professores e alunos. Pode parecer algo muito simples e trivial para quem está de fora, mas não é. Não podemos pensar que a aula remota é a aula presencial transmitida de outra maneira. E que, em sendo assim, os alunos que estão online estariam vivendo a mesma situação de aprendizagem que os que estão em sala de aula. Isso é um equívoco.
 
É preciso colocar que a experiência da escola é insubstituível. Escola é o lugar do encontro, como já disse. É lá que as crianças convivem, socializam e aprendem umas com as outras, com os professores e educadores. Portanto, pensar um cenário de aprendizagem onde parte da turma esteja em sala e outra parte online é pensar numa exceção, onde haverá perdas de diferentes formas para todos. Caberá, porém, a cada escola decidir como proceder de acordo com o que estiver determinado por lei, que defende o direito à educação plena da criança e do adolescente. Sendo assim, o mais interessante e produtivo seria investir em soluções que possam atender ao coletivo, a um retorno às escolas a seu tempo, de forma saudável, segura e cheia de afeto.

  

Túnel do Tempo: Químico francês inventava a margarina a pedido do imperador Napoleão II


Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 15 de julho de 1869, o químico francês Hippolyte Mege-Mouries inventava a substância oleomargarina, que ficou conhecida em todo o mundo como margarina, produto semelhante à manteiga, fabricada com gordura vegetal. Ele atendeu a um pedido do imperador Napoleão II, que exigiu que fosse criado um produto igual à manteiga para servir as tropas armadas do governo.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Avenida Água Fria



Luís Alberto Alves/Hourpress

Água Fria é o nome do córrego que lembra o bairro do mesmo nome, no bairro do Tucuruvi, região de Santana, Zona Norte de SP. Este mesmo nome .batizou diversas cidades, córregos, povoados, riachos e vilas.