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quarta-feira, 3 de junho de 2020

Economia: Crise tem maior impacto em negócios liderados por empreendedores mais velhos


Pesquisa realizada pelo Sebrae e FGV mostra que empresários sêniores são mais afetados do que os jovens

Redação/Hourpress

Em meio à crise ocasionada pela pandemia do coronavírus, o empreendedor com mais idade foi o mais afetado entre os donos de pequenos negócios no Brasil. Pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ouviu 10.384 empresários do setor, entre 30 de abril e 5 de maio, e mostrou que entre os entrevistados com 56 anos ou mais, 51% fecharam seus negócios temporariamente, enquanto 45% dos empresários de até 35 anos optaram pela mudança de rumos do segmento em que atuam. A amostragem também identificou que em todas as faixas etárias houve queda do faturamento devido às medidas de isolamento social.
De acordo com a pesquisa “O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios”, os empreendedores sêniores, com 56 anos ou mais, amargaram mais prejuízos, uma vez que para 46% deles seus negócios funcionavam somente com a presença do empresário. Por outro lado, 35% dos empreendedores com até 35 anos passaram a utilizar ferramentas digitais, tendência que se estendeu em diversos setores nos pequenos negócios, principalmente nesse período da crise. Em todas as faixas etárias houve significativa diminuição do faturamento, com queda maior entre os mais velhos, chegando a 71% de perda, onde houve queda. Onde houve acréscimo de receita, os negócios dirigidos pelo público mais jovem chegaram a alcançar 40% de aumento em relação a uma semana normal.
A internet tem sido o caminho percorrido pelos empresários jovens para manter o negócio ativo. A pesquisa mostrou que esse perfil optou pelas vendas online, principalmente pelas redes sociais. Na contramão, mesmo tendo adotado menos medidas nesse sentido, os empreendedores das faixas de 36 a 55 anos e de 56 anos ou mais empregaram 3,7 pessoas em média, enquanto os negócios liderados por gestores com até 35 anos mantiveram 3,3 empregados. Ainda em relação aos funcionários, os mais jovens foram os que mais utilizaram a medida do governo de redução de jornada e salário, chegando a 20% do total de entrevistados desta faixa etária.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, reforça a importância do levantamento, uma vez que a instituição, o governo e as entidades setoriais podem atuar diretamente nos gargalos apontados, sobretudo relacionados aos perfis selecionados. “A cada novo estudo direcionamos melhor os esforços do Sebrae para apoiar todos os pequenos negócios do país”. Melles ainda elogia o otimismo dos jovens empreendedores, uma vez que, questionados sobre quanto tempo deve demorar para a economia voltar ao normal, as respostas foram de 10 e 11 meses, considerando gestores de até 35 anos e as faixas etárias de 36 anos em diante, respetivamente. 
Perfil dos entrevistados
O público com até 35 anos é composto majoritariamente por Microempreendedores Individuais (MEI) com maior participação do total de entrevistados nas áreas de comércio e serviços, conforme identificou a amostragem do Sebrae. Em relação ao gênero, 53% do empresariado mais jovem é composto por mulheres. Considerando o grau de instrução dos entrevistados, entre os empreendedores mais velhos está a maior proporção de pessoas com baixa escolaridade: 18% tem ensino médio incompleto ou menos. No entanto, nessa faixa etária é quando os empreendedores mais arrecadam. Os mais novos faturam R$ 23,3 mil e os empresários com 56 anos ou mais chegam aos R$ 32,6 mil.
Acesso ao crédito
Considerando os perfis entrevistados na pesquisa do Sebrae e FGV, o público mais velho, dos 56 anos em diante, é o que mais costuma buscar empréstimos (63% do total) e também os que mais conseguem acesso ao crédito (49%). Enquanto os jovens se recusam a procurar crédito, até por terem mais dificuldade pela falta de garantia e avalista. Empréstimos sem juros seria a medida mais demandada ao governo, em todas as faixas etárias. De acordo com outro levantamento do Sebrae, atualizado em 22 de maio, 149 linhas de crédito estavam disponíveis para as micro e pequenas empresas em instituições bancárias, privadas e em cooperativas em todo o país.

Principais resultados da pesquisa:
- Entre os donos de pequenos negócios mais velhos, há uma proporção mais alta dos que fecharam temporariamente (51%);
- Entre os mais novos, há uma proporção mais alta dos que mudaram mais o funcionamento (45%);
- Os mais velhos tiveram mais negócios que não conseguem funcionar, pois só funcionam presencialmente (46%);
- Os mais novos passaram a utilizar mais ferramentas digitais (35%);
- Todas as faixas etárias tiveram diminuição de faturamento, mas a queda foi maior entre os mais velhos. Onde houve queda, a queda foi de -71%, nesse grupo dos mais velhos;
- Onde houve aumento de faturamento, foi maior entre os mais novos (+40%);
- Os mais novos têm 3,3 empregados, em média. Os mais velhos 3,7, em média;
- Os mais velhos conhecem mais a medida governamental de redução de jornada e salários. Mas foram os mais novos que mais utilizaram a redução de jornada e salário;
- Em geral, os mais velhos são os que mais costumam buscar e mais conseguem empréstimo bancário;
- Os mais novos precisam 21% a menos para manter o negócio sem fechar (R$11,6 mil contra R$ 14,6 mil entre os com 56 anos ou +);
- Entre os mais jovens, há maior proporção de mulheres (53%);
- Entre os mais velhos é alta a proporção de pessoas com baixa escolaridade (18% têm ensino médio incompleto ou menos);
- Os empreendedores mais novos têm negócios com 4,6 anos, em média. Os mais velhos 9,8 anos, em média;
- Os mais novos faturam R$ 23,3 mil, em média. Os mais velhos faturam R$ 32,6 mil em média.


Artigo: Comentários sobre as recomendações da OIT para retorno ao trabalho


Revisar e atualizar as medidas preventivas e de controle que envolvem a situação


*Rebeca Cardenas Bacchini e Victor Cerri

Prevendo um cenário de possível retorno ao trabalho, a OIT (organização Internacional do Trabalho) publicou um Guia Prático de como empregadores e empregados deverão agir no ambiente de trabalho da era que terá início após a decretação de encerramento da pandemia causada pelo novo corona-vírus (covid-19) e que ganhou o apelido de "novo normal".

O Guia contem dez ações, listadas a seguir: i. formar uma equipe conjunta para planejar e organizar o retorno ao trabalho; ii. decidir quando reabrir, quem retornará ao trabalho e de que forma; iii. adotar as medidas de engenharia, organizacionais e administrativas; iv. promover a limpeza e desinfecção do ambiente de trabalho; v. prover meios para higiene pessoal; vi. prover as equipamentos de proteção e higiene pessoal e informar seu uso correto; vii. manter a vigilância da saúde; viii. considerar outros perigos, incluindo psicossocial; ix. revisar os planos de preparação de emergência; e x. revisar e atualizar as medidas preventivas e de controle que envolvem a situação.

Merecem destaque algumas das medidas, como a primeira delas, de formação de um comitê para tratar de saúde e segurança do trabalho com o mesmo número de empregados representando empregador e empregados. A OIT prevê que o principal objetivo do grupo será integrar as ações que serão definidas em conjunto ao plano de continuidade dos negócios, comunicando todas as ações aos demais empregados.

Trazendo a estrutura proposta às empresas estabelecidas no Brasil, a CIPA (Comissão Interna de Prevenção a Acidentes) poderia fazer as vezes do tal comitê, quando existente em atendimento ao art. 163 da Consolidação das Leis do Trabalho e à NR 5 do Ministério da Economia, antigo Ministério do Trabalho e Emprego, entretanto, empresas que não necessitam de uma CIPA robusta - aquelas que empregam menos de 50 indivíduos e podem atuar com apenas um representante, poderão solucionar a questão instaurando um comitê de crise, que atuaria com os objetivos propostos.

Também podemos destacar a recomendação de se evitar interação física e o distanciamento entre estações de trabalho de pelo menos 2 metros com instalação de barreiras físicas ou telas e até mesmo a instituição de um limite de pessoas para cada ambiente de possível aglomeração, como salas de reunião, elevadores, copas, refeitórios e demais espaços compartilhados.

Quando analisada sob demanda de escritórios administrativos, a adoção desta medida não será tão simples, poderá demandar investimentos altos por parte das empresas e vem na contramão do que parece ser o objetivo da maioria do seguimento, que tem a tendência de cada vez mais instalarem-se em espaços menores, projetando mobiliário que prioriza a integração das pessoas e ambientes, sem uso de divisórias, isolando apenas os espaços destinados às salas de reuniões.

Quando levamos esta recomendação às indústrias, encontramos outras dificuldades, até mais sensíveis. Isso porque a automatização dos meios de produção, com a adoção de maquinário cada vez mais seguro e computadorizado permite que apenas um colaborador opere até 5 máquinas ao mesmo tempo, mas essa independência da operação não elimina a necessidade de comunicação entre colaboradores e gestores, que será um grande desafio quando adotado o distancia recomendado de 2m, vez que a intensidade do ruído exige o uso de Protetores Auriculares constantemente, o que inviabiliza a audição, tornando as conversas ineficientes.

Outra medida que merece destaque, na seção iii, é a de se manter a ventilação natural através da abertura de janelas e de que, quando da necessidade do uso de sistemas de ar condicionado, as empresas garantam a correta instalação, limpeza e manutenção, com o intuito de evitar que os mesmos atuem como agentes de proliferação de doenças respiratórias e, consequentemente, do corona-vírus.

As empresas situadas em grandes cidades certamente encontrarão dificuldades de implementar esta medida, não apenas pela elevação da temperatura no ambiente, que geraria desconforto ao ambiente de trabalho por si só, mas também porque em edifícios comerciais, via de regra, as janelas, quando possuem abertura, são insuficientes à circulação de ar.

A recomendação de manter vigilância constante da saúde dos empregados, prevista no item vii, também será um grande desafio às empresas brasileiras, já que é notório que em sua grande maioria não instituíram um programa que garanta a privacidade de dados pessoais, em parte por se aproveitarem do imbróglio legislativo no qual a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei Nº 13.709/2-18) está envolvida, que atualmente tem previsão de início de vigência para maio de 2021, e por outro lado, porque ao inserir o tema na agenda de prioridades, também demandarão esforços financeiros com o treinamento dos colaboradores, a instalação de softwares para gestão dos dados pessoais e a contratação de advogados especializados para direcionar a implementação do programa.

As empresas que já tiverem se adequado à proteção de dados pessoais enfrentarão menos dificuldade de seguir esta recomendação da OIT porque já terão identificado em quais pilares da Lei poderão apoiar a obtenção e manutenção de dados de saúde dos empregados e poderão fazer o compartilhamento dos mesmos de forma segura com as autoridades de saúde, evitando vazamento de informações sensíveis.

Ao elaborar o manual de medidas a OIT parece ter priorizado a saúde dos empregados e esquecido da saúde financeira das empresas, que atualmente enfrentam uma das maiores crises econômicas já existentes, com diminuição de demanda em praticamente todos os setores econômicos, empregados desmotivados após enfrentarem meses de interrupção de atividades, suspensão dos contratos de trabalho e diminuição dos salários.

Após o término do estado de pandemia as empresas que tiverem sobrevivido terão que encontrar um caminho sustentável para a retomada das atividades e dificilmente terão condições de proporcionar investimentos como os recomendados pela OIT, tornando inviável a convivência saudável e segura contra o corona-vírus no ambiente de trabalho e a continuidade das operações.

Algumas alternativas ao não investimento seriam a adoção de um sistema de rodízio nos escritórios, em que parte dos empregados atuem alguns dias da semana no ambiente empresarial e outra parte, atue em home office, propiciando o mínimo de interação possível ao delimitar a quantidade de pessoas no ambiente de trabalho, adotando também medidas mais rigorosas de limpeza e higiene; outra medida seria estender o atual home office por mais alguns meses para todos, quando a atividade permitir, o que evitaria a exposição nos meios de transporte, preservando a condição de isolamento.

As fábricas que podem atuar com toda sua capacidade poderiam manter os empregados em suas atividades, adotando pausas alternadas para higiene pessoal e refeições, reuniões de equipe em ambientes abertos para propiciar o distanciamento recomendado e principalmente, proporcionando todas as informações e meios necessários aos colaboradores para mantê-los engajados na nova rotina de proteção contra o corona-vírus.

Embora pouco sensível ao atual estado econômico mundial, o conjunto de recomendações da OIT é bem intencionado e tem por objetivo principal a manutenção da saúde dos indivíduos, a comunicação das empresas com as autoridades de saúde para uma atualização constante da quantidade de pessoas infectadas com o corona-vírus e a identificação, controle e prevenção dos riscos inerentes à disseminação do vírus mencionado, visando melhoria contínua do ambiente de trabalho e, consequentemente, da sociedade como um todo.

Para acessar a íntegra do guia prático publicado pela OIT, em inglês, acessar o link: http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_protect/---protrav/---safework/documents/instructionalmaterial/wcms_745541.pdf


Rebeca Cardenas Bacchini, advogada, especialista de Direito e Processo do Trabalho, atua como Senior Legal Counsel.

Victor Fernandes Cerri de Souza, advogado, especialista em Direito Processual Civil, sócio de Correa Porto Sociedade de Advogados.

Geral: Alimentação para idosos exige cuidado e sabores especiais





A saúde também inclui a apreciação de pratos saborosos e bem elaborados

Redação/Hourpress

Aliar um cardápio ao mesmo tempo saudável e saboroso. Dessa forma, a nutricionista do Residencial Club Leger, Andressa Paixão pensa a alimentação diária dos idosos acolhidos na instituição, localizada em São Paulo. A rotina inclui a oferta de frutas, legumes, verduras e alimentos integrais ricos em fibras, como aveia e proteína.
O cuidado nutricional pode auxiliar no controle da ansiedade dos idosos. É preciso ter uma atenção redobrada na alimentação e hidratação - afirma Andressa, incluindo a importância de chás, como de camomila, erva cidreira e de valeriana no cardápio.
Alimentos, como banana, salmão, sardinha, grão de bico e chocolate amargo (70% cacau) ajudam a formar uma base onde a saúde também inclui a apreciação de pratos saborosos e bem elaborados.
- São inúmeros os fatores que podem interferir na alimentação do idoso como dentição, deglutição, digestão, preferências e condições socioeconômicas, entre outros. É importante observar as condições clínicas do idoso e, diante disso, oferecer uma alimentação específica. No geral, devemos manter uma rotina de alimentaçãoE ter cuidado na adição de sal, açúcares e óleo nas preparações - afirma Andressa.

Geral: Especialistas alertam sobre os hábitos das crianças como o isolamento social

Manter a relação saudável com a alimentação e estimular atividades recreativas 

Redação/Hourpress

Com aulas suspensas nas escolas do Brasil devido à pandemia do novo coronavírus, as crianças passam 24 horas do dia dentro de casa. Sem atividades ao ar livre, passeios e caminhadas até o colégio, os pais e responsáveis precisam cuidar da nova rotina para que a alimentação das crianças e o ganho de peso não se desequilibre de forma prejudicial à saúde.
Em qualquer época, manter uma alimentação saudável é importante para fortalecer o sistema imunológico e prevenir a obesidade infantil; sobretudo durante esta fase de isolamento social. A preocupação não é sem razão já que, no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 33% das crianças entre 5 e 9 anos estão acima do peso. Sendo assim, ter um cardápio variado em casa ajuda a fornecer os nutrientes necessários para todas as funções do organismo das crianças.
"Priorizar uma alimentação saudável é fundamental antes, durante e depois do isolamento social. A alimentação variada consegue suprir as necessidades nutricionais para o desenvolvimento da criança, por isso, quando não há necessidade de restrições alimentares por conta de doenças, alergias, intolerâncias, é importante estimular o consumo de todos os grupos de alimentos: frutas e vegetais, proteínas de origem animal e vegetal, lácteos, cereais. O açúcar não está proibido a partir dos 2 anos de idade, mas deve ser consumido sem excessos. Outro cuidado essencial é evitar os alimentos ultraprocessados", pontua Rachel Machado, nutricionista (CRN3 - 21552).
A mudança brusca na rotina da criança pode gerar estresse e compensação na alimentação, além de mexer com os níveis de atividade física da criança. Por isso, a participação da família nos hábitos alimentares é extremamente importante.
"Estar em casa em família nesta época é uma oportunidade para melhorar a relação dos filhos (e a sua própria) com a comida e prevenir futuros problemas: entender quais são os motivos para comer alguns alimentos, quando se está realmente com fome ou estamos comendo por afeto, quando é hora de comer e quando é hora de parar, aumentar o contato com alimentos novos, dividir tarefas e incluir a criança no preparo das refeições, além de comer em família, o que deve ocorrer preferencialmente ao menos uma vez por dia", ressalta Rachel.
Atividades de queima calórica
É importante que a criança tenha uma rotina onde realize todas as atividades de forma disciplinada. Os pais podem incentivar a participação nas atividades domésticas. Para ajudar na rotina dos pequenos, Áide Angelica Nessi, Profissional Delegada do Conselho Regional de Educação Física (CREF4/SP), pontou algumas atividades que podem ser feitas em casa:
1- Estimule a criança a varrer, puxar a água, ajudar nas atividades de casa;
2- Crie brincadeiras. Monte circuitos com objetos e uma fruta;
3- Caso tenha quintal em casa, estimule as brincadeiras com bolas e aquelas que movimentem mais o corpo;
4- Não esqueça de fazê-los desenhar e se envolverem com outras atividades que estimulem a mente;
5- O diálogo entre pais e filhos é muito importante para saber quais das atividades sugeridas eles mais gostam.

Geral: Combate a crimes de fronteiras é reforçado com novo equipamento

Medida visa impedir entrada de armas, munições e drogas no Brasil


Agência Brasil 



Sete cidades estratégicas do Amazonas recebem novos equipamentos de radiocomunicação com o objetivo de impedir a entrada de armas, munições e drogas no Brasil.
De acordo com o Ministério da Justiça, esses equipamentos darão mais dinâmica e agilidade para atuações no âmbito da Operação Hórus – um dos eixos do Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras (Vigia).
A um custo de R$ 13 milhões, o equipamento opera a partir das cidades de Iranduba, Parintins, Coari, Tabatinga, São Gabriel da Cachoeira, Santo Antônio do Içá e Tefé. A manutenção do sistema pelos próximos quatro anos custará outros R$ 4,5 milhões.
O programa Vigia começou a operar em novembro de 2019, tendo já resultado na apreensão de cerca de 6 toneladas de drogas. Segundo o MJ, as frentes de ação da Operação Hórus abrange os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia, Acre, Goiás, Amazonas e Tocantins.

Saúde: Santas casas recebem 2ª parcela da ajuda financeira emergencial

Ministério da Saúde liberou R$ 1,66 bilhão

Agência Brasil 


O Ministério da Saúde liberou R$ 1,66 bilhão referente à 2ª parcela do auxílio financeiro emergencial de R$ 2,2 bilhões às santas casas e aos hospitais filantrópicos sem fins lucrativos, com o objetivo de atuar no controle do avanço da pandemia da covid-19.
O dinheiro é direcionado para a compra de medicamentos, suprimentos, insumos e produtos hospitalares para o atendimento adequado aos pacientes, segundo informação do ministério.
Também fica aberta a possibilidade de aquisição de equipamentos e a realização de pequenas reformas e adaptações físicas para aumento da oferta de leitos de terapia intensiva.
Ao todo, o auxílio financeiro beneficia 1.651 entidades filantrópicas que participam de forma complementar ao Sistema Único de Saúde (SUS), no ano de 2020. A primeira parcela já havia sido liberada no final de maio, no valor de R$ 340 milhões.

Saúde: Coronavírus infecta 780 presos e 362 profissionais de segurança no DF


Doença causou a morte de dois detentos e um policial penal


Agência Brasil 

Ao menos 780 pessoas que cumprem pena de prisão no Distrito Federal contraíram covid-19, segundo o último boletim da Secretaria de Saúde. Outros 362 profissionais da segurança pública também foram infectados pelo novo coronavírus – destes, 235 são policiais penais, ou seja, atuam diretamente no sistema penitenciário.
No país todo, segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça, já foram confirmados 1.383 casos de presos com a covid-19. Destes, 741 detentos já se recuperaram, mas 45 morreram em decorrência de complicações causadas pela doença. Há ainda 899 casos suspeitos em análise.
No Distrito Federal, a doença já causou a morte de dois detentos e de um policial penal, Francisco Pires de Souza, morto no último dia 17. O segundo óbito entre os presos ocorreu nesta segunda-feira (1º), de um homem de 39 anos. Segundo a Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), ele havia sido submetido a testes apenas cinco dias antes, e não tinha apresentado nem sintomas de contaminação pelo novo coronavírus, nem qualquer queixa sobre sua saúde.
Um dia após ser testado negativo, o detento reclamou de náuseas. Sua temperatura corporal foi medida, bem como oxigenação e outros dados de saúde, sem que sintomas da covid-19 fossem identificados. Dois dias depois, o preso solicitou atendimento médico e foi encaminhado ao Hospital Regional da Asa Norte, morrendo horas depois. Condenado a pouco mais de 18 anos de reclusão, o homem, cujo nome não foi confirmado, estava preso desde junho de 2008 e teria direito ao regime semiaberto a partir de maio do próximo ano.

Contaminados

Os dados da Secretaria de Saúde apontam que os 780 casos da doença confirmados entre os presos representam 7,7% dos 10.174 casos registrados em todo o Distrito Federal, de acordo com boletim divulgado ontem (2). Os números não levam em conta os detentos que cumprem pena em regime semiaberto ou em prisão domiciliar e que tenham adoecido devido ao novo coronavírus. Segundo a secretaria, eles são registrados entre os casos gerais, de acordo com seus endereços domiciliares.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), que contabiliza apenas os dados da doença entre policiais penais, informou que, até a tarde de terça-feira (2), 188 dos 235 profissionais infectados já tinham se recuperado da doença e retornado ao trabalho. Pelo menos 46 policiais penais continuam doentes e um deles está internado em hospital particular.
A secretaria destaca que os dados de profissionais infectados podem não representar a real dimensão do problema, pois parte dos policiais penais que já atestaram positivo aguarda o resultado da contraprova antes de ser incluída na relação.
Em nota, o órgão destaca ter adotado uma série de medidas para resguardar a saúde e o bem-estar de quem trabalha e de quem cumpre pena nas unidades carcerárias locais. Entre elas, a aplicação de mais de 5,3 mil testes em internos e policiais penais e a suspensão de visitas desde o dia 12 de março, medida prevista até o próximo domingo (5), data em que poderá ser prorrogada, caso as autoridades locais julgarem necessário.
A pasta informou que a limpeza de celas, viaturas e de toda a parte interna e externa dos presídios foi intensificada e que equipamentos de proteção individual e de kits de higiene foram distribuídos às unidades prisionais. Dois blocos dos novos centros de detenção provisória foram destinados ao tratamento e à quarentena de presos durante a pandemia do novo coronavírus, totalizando 400 vagas.
O governo distrital fechou parceria com dois hotéis da cidade que vão disponibilizar acomodações a 360 policiais penais que atuam em contato direto com presos suspeitos ou diagnosticados com o novo coronavírus e que moram com pessoas consideradas membro de grupos de risco (idosos ou pessoas com doenças crônicas).
A iniciativa faz parte do Programa Acolher, que oferece hospedagem também a médicos e enfermeiros cuja atividade profissional os expõem à infecção. O objetivo principal é minimizar o risco destes trabalhadores levarem a doença para suas casas e infectarem parentes.