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sábado, 4 de abril de 2020

Artigos: Em época de quarentena, é preciso cuidar da saúde mental e emocional


Ficar isolado pode gerar sentimentos e sensações de tédio


*Bruno Vieira

O mundo passa por um período sombrio e assustadoramente perigoso com uma pandemia que tem matado e adoecido fisicamente e mentalmente milhares de pessoas em diferentes países. Sabemos dos cuidados que temos que ter quanto à higienização, principalmente das mãos, e a necessidade de cumprir o período de quarentena para a nossa proteção e do próximo. Mas, o que muitos não têm se atentado é que, viver em isolamento social e constantemente apavorado com o que ainda está por vir, pode ser, também, muito danoso à saúde.

De acordo com um estudo publicado pela revista especializada East Asian Arch Psychiatry, 42% dos sobreviventes da última epidemia que matou mais de 800 pessoas pela Sars (síndrome respiratória aguda grave) entre 2002 e 2003, desenvolveram algum transtorno mental. Do total, 54,5% manifestou transtorno de estresse pós-traumático e 39% tiveram depressão. Com isso, é possível deduzir que, com a gravidade do novo coranavírus e o período indeterminado de quarentena, esse quadro poderá ser ainda pior.

Ficar isolado pode gerar sentimentos e sensações de tédio, solidão e até mesmo raiva -- sofrimentos psíquicos que podem levar a transtornos de ansiedade, ataques de pânico e depressão. Mas, cuidar da mente em tempos de tantos medos e incertezas é possível.

Primeiramente, é preciso trazer a rotina externa para dentro da casa, manter hábitos e atividades em um cronograma diário. É possível colocar tudo no papel, estipulando o que será realizado no período da manhã, tarde e noite ou de forma mais detalhada como hora para almoçar, trabalhar, estudar, ler um livro, realizar tarefas domésticas e assistir televisão. O importante é não ficar ocioso -- já dizia o velho ditado "mente vazia, oficina do diabo".

Para quem tem uma rotina regrada e muitas vezes exaustiva de exercícios físicos, como atletas e jogadores de futebol, é preciso manter os horários e fazer os treinos com muito foco -- o que é feito de atividades em uma hora e meia dentro do campo, por exemplo, necessitaria de três horas dentro da própria residência, afinal, será preciso lidar com as distrações familiares e comodidade do lar. Fazer uma pausa na carreira/trabalho, mesmo que seja de forma indesejada como essa, pode afetar, de maneira drástica, o emocional de qualquer um. Por isso, a organização e o foco são fundamentais.

Não podemos esquecer que, em meio a tantas suposições e "fake news", é preciso dosar o que é lido na internet. Se perceber que a rede social está com aquele "feed" carregado de notícias ruins, com publicações descrevendo números catastróficos quanto aos óbitos, vídeos e imagens que podem deixam qualquer um transtornado, desconecte-se. Dê um respiro e um momento de paz para a sua mente. É preciso estar informado, mas com cautela.

Lembre-se, este momento vai passar. Mas, é necessário que todos entendam que respeitar o período de quarentena não significa ficar parado, desocupado. Fique em casa, proteja os idosos e todos que estão no grupo de risco, mas continue em contato com amigos e familiares. Se relacionar, mesmo que de forma virtual, com outras pessoas é fundamental para manter o equilíbrio da mente.

*Bruno Vieira é psicólogo e possui especialização em Psicologia e Desempenho Esportivo pelo FC Barcelona

Internacional: Estados Unidos têm disparada de mortos e falta de equipamento



Coronavírus mata mais de 5.600 no país


Agência Brasil 

O número crescente de mortos na pandemia de coronavírus sobrecarregou as funerárias de Nova York, enquanto hospitais tentam atender milhares de pacientes infectados em meio a um total cada vez menor de ventiladores mecânicos e equipamentos de proteção disponíveis.
Diretores de funerárias e cemitérios descreveram uma disparada na demanda não vista em décadas, enquanto os casos de covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, ultrapassaram a casa dos 50 mil na cidade, com quase 1.400 mortos. 
"De muitas maneiras, o estado de Nova York é um microcosmos dos Estados Unidos, e é por isso que eu acredito que o que acontece aqui é ilustrativo para o resto do país sobre o que vai acontecer", afirmou o governador de Nova York, Andrew Cuomo. 
Os custos humanos foram ainda mais ressaltados por novas evidências da devastação econômica trazida pela pandemia, já que mais de 90% dos norte-americanos foram ordenados a ficar em casa para enfrentar a expansão do vírus.
O governo dos Estados Unidos reportou que 6,6 milhões de norte-americanos (um recorde) se registraram para obter benefícios de seguro-desemprego, dobrando a máxima histórica registrada na semana passada. 
"Você fica sem respirar", disse Justin Hoogendoorn, diretor de estratégia de renda fixa e análise na Piper Sander, em Chicago. "Obviamente a reação imediata a algo assim será o medo". 

Texas pede que ninguém saia de casa

Nesta quinta-feira, o Texas se tornou o quadragésimo estado norte-americano a emitir a ordem para que todos permaneçam em suas casas para conter a propagação do vírus. 
Como se a perda de emprego para 10 milhões de norte-americanos em duas semanas não fosse o bastante, o número de mortos nos Estados Unidos subiu em 950, marcando o terceiro dia seguido de altas recordes. Outras 800 mortes reportadas até então na quinta-feira levaram o número total do país para mais de 5.600 mortos, de acordo com uma contagem da agência Reuters de dados oficiais. 
Os casos confirmados nos EUA passaram os 235 mil na quinta-feira, o dobro da Itália, o país com o segundo maior número de ocorrências.
A força-tarefa da Casa Branca para a pandemia estima que entre 100 e 240 mil pessoas possam morrer, mesmo se a ordem de quarentena obrigatória for respeitada. 
No mundo, o número de infecções confirmados chegou a 1 milhão, com mais de 50 mil mortos até a quinta-feira (2), de acordo com o centro de pesquisa da Universidade Johns Hopkins para o coronavírus. 

Internacional: Como a pandemia do coronavírus faz a Terra tremer menos



Fenômeno foi observado pela primeira vez em Bruxelas, revelam estudos


Agência Brasil 

O mundo ficou mais silencioso e a Terra tremendo menos. Sismólogos explicam que a diminuição do ruído sísmico provocado pela circulação de pessoas e, principalmente, rodoviária, faz com que as vibrações na crosta terreste diminuam.
Com o isolamento obrigatório decretado em vários países em resposta à pandemia da covid-19, não foi só a poluição que diminuiu. Cientistas têm alertado para uma outra observação menos perceptível ao ser humano: a Terra está tremendo menos.
Em todo o mundo, os sismólogos têm detectado muito menos ruído sísmico, isto é, vibrações geradas pela circulação de automóveis, comboios, ônibus e mesmo pessoas durante o seu dia a dia.
Na ausência deste ruído, explicam os sismólogos, as vibrações na crosta terrestre diminuem, o que faz com que esta se mova menos.
Thomas Lecocq, geólogo e sismologista do Observatório Real na Bélgica, observou o fenômeno pela primeira vez em Bruxelas.
Segundo Lecocq, Bruxelas tem registrado uma redução de 30% a 50% do ruído sísmico desde meados de março, quando a Bélgica implementou medidas de distanciamento social e fechamento do comércio.
"Desde o início do confinamento, observamos um nível de ruído sísmico semelhante ao que geralmente detectamos nos fins de semana ou durante os períodos de férias. Uma queda de 30% a 50%”, disse o sismólogo, citado pelo Daily Science Brussels.
Ele explica que o ruído durante o dia é agora semelhante ao registrado à noite.
Nos Estados Unidos, também foi observada esta diminuição das vibrações terrestres. Uma imagem partilhada por Celeste Labedz, aluna de doutorado em geofísica na Califórnia, mostra uma quebra do ruído especialmente acentuada em Los Angeles ao longo de março.

Sismos menores mais facilmente detectáveis

Thomas Lecocq revelou ainda um outro efeito interessante relacionado com a diminuição do ruído: os cientistas conseguem detectar terremotos menores e outros eventos sísmicos que algumas estações sísmicas nunca conseguiriam registrar.
Ele dá o exemplo da estação sísmica de Bruxelas que, em situações normais, é “basicamente inútil”.
Como explica Lecocq, as estações sísmicas são habitualmente instaladas fora das áreas urbanas, uma vez que, quanto menor for o ruído humano, mais fácil é a captação de vibrações no solo.
No entanto, a estação de Bruxelas foi construída há mais de um século e a cidade expandiu-se, dificultando o trabalho.
Os sismólogos passaram a utilizar um aparelho instalado no subsolo para monitorizar a atividade sísmica. No entanto, atualmente, com a tranquilidade da cidade, Lecocq explica que a estação de Bruxelas tem detectado atividade quase tanto como esse aparelho.
“Atualmente, somos capazes de detectar eventos muito fracos, como pequenas explosões nas pedreiras do país”, afirmou.
Para o sismólogo, os gráficos são uma prova de que as pessoas estão cumprindo os conselhos das autoridades e, assim, evitam sair de suas casas.
“Do ponto de vista sismológico, podemos motivar a população ao dizer ok, vocês sentem-se sozinhos em casa, mas podemos dizer que toda a gente está em casa. Todos estão fazendo o mesmo, todos estão respeitando as regras’”, finalizou Lecocq.

Internacional: Pesquisa sobre coronavírus indica baixa consciência da crise


Trabalho é do Instituto de Ciências Médicas da Universidade de Tóquio


Agência Brasil 

Pesquisa realizada por uma equipe liderada pela professora Muto Kaori, do Instituto de Ciências Médicas da Universidade de Tóquio, mostra que a maioria das pessoas toma medidas contra o coronavírus, como lavar as mãos, mas somente cerca de 40% sabem como proceder em caso de se infectarem com o vírus.
O grupo conduziu uma pesquisa online, no fim do mês de março, com 11 mil pessoas com idade entre 20 e 69 anos.
Perguntadas sobre o que estão fazendo para se proteger contra o vírus, 76,4% responderam que estão tomando algumas medidas, enquanto, 4,5% disseram que não estão fazendo nada. A taxa de pessoas que tomam medidas preventivas é mais alta entre os idosos e mais baixa entre aquelas na faixa dos 20 anos.
Sobre medidas preventivas que estão tomando, 86,8% disseram que não vão a grandes eventos; 86,4% responderam que lavam as mãos frequentemente; e 80,5% que evitam lugares com ventilação precária ou com aglomeração de pessoas, assim como locais onde pessoas conversam próximas umas das outras.
A pesquisa também revela que somente 41,5% disseram que sabem a quem consultar e que meios de transporte usar quando adoecem. Apenas 26,3% responderam que evitam contato com pessoas idosas.

Política: Proposta criminaliza fake news durante estado de calamidade



O Projeto de Lei 1258/20 criminaliza a divulgação de notícias falsas (fake news) durante período de calamidade pública, estado de defesa ou de sítio e intervenção


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

Pela proposta, do deputado Luis Miranda (DEM-DF), a pena para quem divulgar notícias falsas, capazes de gerar tumulto ou pânico, é de reclusão de um a dois anos, além de multa. A pena é dobrada se a notícia for atribuída a autoridade pública ou empresas de internet. “Quando se espera que a sociedade seja mais solidária, não é admissível a propagação de notícias falsas”, disse Miranda.
O texto altera o Código Penal para prever o novo crime.

O Ministério Público, ao apresentar a denúncia, já deverá pedir a indenização por danos causados, que podem englobar danos sociais ou morais coletivos.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Política: Proposta mantém água e luz mesmo com inadimplência durante pandemia



Há muitos brasileiros sem poder exercer suas atividades e com menos recursos para pagar suas contas


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

O Projeto de Lei 885/20 mantém o fornecimento de energia elétrica e água mesmo com inadimplência de usuários residenciais durante a pandemia de Covid-19, causada pelo novo coronavírus. A proibição de suspender os serviços durará enquanto se mantiver a situação de emergência de saúde pública determinada pelo Ministério da Saúde.

A proposta, da deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO) e outros, quer incluir a regra na lei que trata das ações para conter o vírus (Lei 13.979/20). “Essa é uma medida essencial e urgente que o Congresso Nacional deve adotar”, disse.

Com as regras de isolamento vigentes em boa parte do País, há muitos brasileiros sem poder exercer suas atividades e com menos recursos para pagar suas contas, segundo a deputada. “Se não forem suspensos os cortes de fornecimento desses serviços, a situação será agravada ainda mais”, afirmou Mariana Carvalho.


Política: Projeto torna obrigatória doação de sobra de alimentos durante pandemia


Estabelecimentos que comercializem gêneros alimentícios deverão doar produtos


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

O Projeto de Lei 1245/20 obriga os estabelecimentos de venda de produtos alimentícios, durante a pandemia de Covid-19, a doar as sobras dos alimentos perecíveis, como frutas e legumes, ou dos alimentos preparados para consumo imediato, desde que estejam próprios para a ingestão humana e adequadamente condicionados. As empresas também poderão doar voluntariamente os alimentos com prazo de validade próximo do vencimento.

A proposta, do deputado Rafael Motta (PSB-RN), tramita na Câmara dos Deputados. Ele teme que os brasileiros mais pobres passem fome em decorrência das medidas de combate ao novo coronavírus, que incluem isolamento social.

“De acordo com pesquisa do Instituto Locomotiva, divulgada em 24 de março, a pandemia já diminuiu a renda familiar de sete em cada dez famílias que moram em comunidades espalhadas pelo Brasil e indica que, se essas pessoas precisarem ficar em casa por até um mês sem trabalhar, 86% terá dificuldade para comprar o essencial para sobreviver”, apontou.

Neste contexto é que Rafael Motta acredita que sobras alimentares adequadas para consumo humano podem ser doadas. Ele pondera, no entanto, que a legislação brasileira reprime a doação, ao responsabilizar as empresas pelos produtos que vendem, e restaurantes e supermercados preferem jogar comida fora a doar. Para contornar o entrave, a proposta prevê que essas doações serão exceção à regra.

Segundo o projeto, a distribuição dos alimentos poderá ser feita diretamente aos beneficiários ou por meio de entidades assistenciais, sendo proibida a venda de alimentos adquiridos por meio da doação prevista. Caberá à vigilância sanitária fiscalizar o procedimento.