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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

segunda-feira, 16 de março de 2020

Economia: Governo promete abrir o cofre por causa do coronavírus


Confira coletiva em tempo real no Ministério da Economia


Agencia Brasil 

O Ministério da Economia vai divulgar no início da noite desta segunda-feira (16) medidas de estímulo aos setores mais afetados pela crise econômica global. O ministro da Economia, Paulo Guedes, e mais cinco secretários especiais estão detalhando o pacote que inclui algumas ações anunciadas na semana passada como a antecipação, para abril, do pagamento de R$ 23 bilhões referentes à parcela de 50% do 13º salário aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).
“Vamos cuidar dos mais idosos. Já anunciamos os R$ 23 bi para entrar em abril e mais R$ 23 bi para maio (sobre antecipação para aposentados e pensionistas do INSS) e antecipar abonos para junho (R$ 12 bi)”, diz Paulo Guedes ao falar das medidas para a população mais vulnerável.

Economia: Oito em cada 10 inadimplentes sofreram impacto emocional negativo por conta das dívidas



Ansiedade foi o sentimento negativo mais citado no levantamento, atingindo 63% dos entrevistados; 43% apresentaram alterações no sono e 25% passaram a comprar mais do que de costume


Redacão Hourpress

Estar com as contas em atraso é um problema que afeta não apenas a vida financeira, afetando também a saúde física e mental dos endividados. É o que mostra pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) com brasileiros com contas em atraso há pelo menos três meses. Oito em cada dez inadimplentes (82,2%) afirmaram ter sofrido com algum tipo de sentimento negativo ao descobrir que estavam endividados.

O mais citado foi a ansiedade, que atingiu seis em cada dez entrevistados (63,5%). Não muito longe em termos de proporção, também estiveram presentes na vida daqueles que se viram negativados estresse e irritação (58,3%), tristeza e desânimo (56,2%), angústia (55,3%) e vergonha (54,2%) – esta última, mais frequente entre as mulheres (57,6%) do que entre os homens (49,4%).

“O levantamento é importante porque evidencia algo de que já desconfiávamos, que as frustrações e incertezas provocadas pela inadimplência não se restringem ao campo financeiro, tendo impacto significativo também na saúde física e emocional dos endividados”, explica Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

Sete em cada dez entrevistados (75%) tiveram o padrão de vida afetado pelas dívidas

75,2% dos inadimplentes relataram terem sofrido o impacto das dívidas no padrão de vida – sendo 39,8% parcialmente e 35,3% totalmente. Isso explica por que seis em cada dez endividados (60,0%) estavam altamente preocupados com a situação de inadimplência em que se encontravam.

Não conseguir pagar a dívida (30,8%) é o principal temor dos endividados ouvidos no levantamento, seguido de não poder parcelar novas compras (13,8%), ser considerado desonesto (11%), não conseguir emprego (8,5%) e não poder fazer empréstimos (8,2%).

Quatro em cada dez endividados buscaram alento em atividades que os ajudassem a não pensar nos problemas resultantes da inadimplência

A situação de inadimplência é capaz até de tirar o sono dos endividados, literalmente: 42,8% relataram terem sofrido com insônia ou excesso de vontade de dormir e 32,3% apresentaram modificações no apetite, sentindo mais ou menos fome do que de costume.

Além disso, quatro em cada dez endividados (40,8%) procuraram se dedicar a atividades que os ajudassem a não pensar nos problemas advindos das contas em aberto, 28,2% aliviaram suas ansiedades em algum vício (como cigarro, bebida ou comida) e 24,7% acabaram comprando mais do que de costume – ou até perdendo o controle do consumo.

“Nem todos os consumidores conseguem lidar com a inadimplência de forma racional. Muitas vezes, a pessoa fica tão frustrada ao descobrir que está endividada que busca evitar lidar com a situação alimentando comportamentos negativos, como descontar em vícios ou até em compras excessivas. Esse tipo de atitude pode aumentar ainda mais as dívidas, gerando uma espécie de círculo vicioso e deixando o inadimplente em uma situação pior do que estava antes”, explica a economista.

Três em cada dez inadimplentes relataram ter sofrido com desatenção e queda na produtividade no trabalho ou nos estudos

Além de afetar a saúde física e mental, as dívidas também podem ter impacto na dimensão profissional e social dos inadimplentes. Três em cada dez entrevistados ficaram mais desatentos ou menos produtivos no trabalho e/ou nos estudos após descobrir que estavam endividados. Para completar, 17,2% dos trabalhadores inadimplentes relataram ter ficado mais impacientes com os colegas, enquanto 16,7% andaram mais irritados, chegando a cometer agressões verbais contra familiares e amigos e 7,6% ficaram tão nervosos que chegaram a partir para a agressão física.

“Caso a pessoa não identifique ou busque controlar esse tipo de comportamento no ambiente de trabalho, ela pode correr o risco de perder o emprego, ficar sem fonte de renda e, consequentemente, se afundar ainda mais nas dívidas. Por isso, é de extrema importância que a pessoa tenha maturidade para encarar o problema de frente, por mais desconfortável que seja”, alerta Marcela.
 
Metodologia
Foram entrevistados 600 consumidores que estavam com contas em atraso há mais de três meses em 2019, com 18 anos ou mais, de todos os sexos, classes sociais e regiões. A margem de erro é de 3,97 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas/

Geral: Coronavírus: Depen suspende visitas em penitenciárias federais



Proibição já valia em prisões de nove estados e do Distrito Federal


Agencia Brasil 

As visitas sociais nas penitenciárias federais foram suspensas por 15 dias, anunciou o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) nesta segunda-feira (16). Os atendimentos de advogados também foram suspensos por cinco dias, a não ser em caso de necessidades urgentes ou que envolvam prazos processuais não suspensos, além das escoltas.
Ao todo, o Depen administra cinco presídios federais: Catanduvas, no Paraná, Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, Porto Velho, em Rondônia, Mossoró, no Rio Grande do Norte, e Brasília, no Distrito Federal.
Aos gestores de saúde do sistema prisional dos estados o Depen solicita o preenchimento de uma planilha, até quarta-feira (18), com os insumos necessários à prevenção contra o novo coronavírus (Covid-19) nas prisões. Segundo o Depen, o objetivo é levantar a demanda de álcool em gel, máscaras e lenços de papel entre outros produtos, por unidade da federação, para reforçar a aquisição, caso seja necessária.
Além de suspensas nas penitenciárias federais, as visitas já estavam proibidas no Distrito Federal e em nove estados: Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Goiás, Amazonas, Roraima, Tocantins, Alagoas, Minas Gerais (parcialmente) e Santa Catarina (parcialmente).
Em Mato Grosso, em Sergipe, no Maranhão, em Pernambuco e no Paraná, foram elaboradas notas técnicas com orientações sobre a doença. A Paraíba, além de elaborar a nota técnica, informou que fará triagem de visitas. São Paulo, Ceará, Piauí, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul também farão triagem, segundo o governo federal.
Um grupo de trabalho também foi criado pelo Depen para auxiliar os estados na gestão de saúde em presídios em meio à pandemia do novo coronavírus.
Além disso, o Depen faz videoconferências com representantes de todos os estados brasileiros desde o início de março. O objetivo é repassar orientações sobre prevenção e cuidados sobre o coronavírus no sistema prisional e apresentar as próximas ações do projeto, que consistem na entrega do material da campanha de comunicação e em intervenções culturais.

Polícia Federal

A Superintendência da Polícia Federal em São Paulo proibiu hoje as visitas a pessoas que estejam detidas em sua sede, no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista. A medida visa evitar a disseminação do novo coronavírus no local.
O estado de São Paulo é responsável por mais da metade dos casos (152) de coronavírus no país.

Geral: Brasil recebe, em novembro, evento sobre mulheres no setor espacial


Space for Women deve reunir cerca de 200 pessoas em Brasília


Agência Brasil 

A participação das mulheres no setor espacial é o tema de um evento internacional que será sediado este ano pelo Brasil, o Space for Women. O encontro deve reunir cerca de 200 pessoas em Brasília, entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro.
Será a segunda edição do evento, promovido pelo Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (Unoosa). A primeira foi realizada em Nova York, em 2017. A organização no Brasil está sendo feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com apoio da Agência Espacial Brasileira e do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Em entrevista exclusiva ao Universo, da Radioagência Nacional, a chefe de Relações Internacionais do Inpe, Adriana Thomé, fala sobre como foi propor o Brasil como sede do evento, que é considerado um marco na luta pela igualdade de gênero em áreas envolvendo a ciência, a astronomia e o espaço.
Para ela, ter o Brasil inserido nessas discussões é um passo para a conscientização da sociedade e de organizações sobre a importância de ter mais mulheres em áreas científicas e à frente de pesquisas, inclusive, envolvendo o espaço. "Iniciativas como o Space for Women têm também a missão de mostrar como essa força de trabalho exercida por mulheres de sucesso pode influenciar as próximas gerações'', diz Adriana Thomé.

Leia a entrevista a seguir:

Radioagência Nacional: Uma boa notícia no Mês da Mulher é o Brasil já ter data marcada para a realização do Space for Women, não é?
Adriana Thomé: Esse evento é organizado pelo Brasil em conjunto com a ONU, por meio do Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior. O primeiro foi em Nova York, em 2017. O Unoosa tem uma plataforma que se chama Space for Women, que prevê várias iniciativas para o empoderamento feminino na área do espaço. Uma das iniciativas é o evento.

Então, o Brasil propôs à Unoosa realizar conjuntamente esse evento, que vai ocorrer de 30 de novembro a 2 de dezembro. Foi, inicialmente, uma proposta do Inpe, que conta com o apoio da Agência Espacial Brasileira e do MCTIC. Estamos organizando tudo em conjunto com a ONU.
Radioagência Nacional: Este é um momento oportuno, da recente caminhada espacial 100% feminina e da expectativa de uma missão espacial que levará mulheres à Lua. Como o Brasil se percebe neste cenário de empoderamento das mulheres na área espacial?

Adriana Thomé: Acredito que o evento, em particular, será excelente oportunidade para que o Brasil possa olhar com um pouco mais de carinho para a questão. O objetivo é justamente fazer com que as pessoas se conscientizem de algumas ações que são importantes na área espacial em relação às mulheres. Muitas pessoas me perguntam que iniciativas como essa já existem no Brasil. E, obviamente, já existem pequenas iniciativas. 

Mas não uma iniciativa que venha de cima para baixo. Então, o Space for Women vem justamente para conscientizar as pessoas aqui no Brasil, tanto a sociedade em geral quanto os órgãos que cuidam da área espacial. Quem sabe depois dele a gente possa ter, conquistar algumas políticas bem interessantes para mulheres na área do espaço.

Radioagência Nacional: A Unoosa mostra que os números são bem discrepantes quando envolvem a força de trabalho no mundo em áreas relacionadas ao espaço, sendo 20% mulheres e 80% homens. Assim, como em áreas ligadas ao chamado STEM – que são as ciências, tecnologias, engenharias e matemática. Nesse caso, são 28,2% de mulheres e 72,2% de homens. Esse fenômeno mundial se reflete aqui no Brasil?
Adriana Thomé: Sim, ele se reflete. A gente percebe, especialmente em órgãos técnicos como o Inpe, que existe grande discrepância entre a quantidade da força de trabalho de mulheres e homens. Isso é uma coisa importante de ser melhorada, mas também é importante a partir de iniciativas como essas, que passemos a olhar as pessoas que estão na área para que tenham as mesmas oportunidades de chegar a posições de chefia. Esse é outro desafio muito ou tão sério quanto ao do número de pessoas. De fato, para que as mulheres, que trabalham tanto, tenham condições de chegar a posições de destaque e chefias, para que possam falar por elas mesmas.

Radioagência Nacional: Estudos mostram que a puberdade é o primeiro desafio para as meninas se manterem na ciência. E segue ao longo da carreira, sendo, lá na vida adulta, a dupla jornada como uma das justificativas de empecilho para seguir na carreira. Qual sua visão sobre isso?

Adriana Thomé: Acredito que a dupla jornada é um desafio muito grande, mas todas as mulheres que conheço, pesquisadoras ou em cargos de chefia, fazem isso muito bem, aprenderam a conciliar. Eu acho que o maior problema, às vezes, é dentro das organizações, porque as pessoas assumem que determinadas mulheres não podem assumir cargos ou funções porque têm família e filho. Muitas vezes, as mulheres nem são consultadas. Mas, isso quem pode responder são elas. As pesquisas mostram que as meninas na puberdade começam a se desinteressar até por pressão familiar. 

Muitas vezes, porque a família não acredita que a profissão na área de exatas seja bem-vinda para uma menina. Por isso, esse evento no Brasil será importante para mostrar modelos de mulheres que tiveram sucesso na sua carreira, para que as nossas meninas tenham alguém em quem possam se inspirar. Se elas sempre perceberem homens nesses cargos, vão achar que aquilo não é para elas. Mas, quando veem mulheres que atingiram pontos interessantes na carreira, isso pode servir de estímulo.

Radioagência Nacional: O governo brasileiro tem investido em projetos como as olimpíadas de astronomia e de exatas e as universidades têm tido um protagonismo em ações que aproximam as meninas da ciência. Como avalia essas iniciativas?
Adriana Thomé: Existem outras iniciativas sendo tomadas e eu acredito que são muito válidas. E, principalmente, para tentar mudar as novas gerações. Se conseguirmos mudar as novas gerações, já será válido. Além da conscientização das organizações, a oportunidade de esta nova geração poder ter contato com instituições que fazem pesquisa, com mulheres que fazem isso, pode fazer grande diferença no futuro das meninas.


Radioagência Nacional: Quando a gente fala do espaço, fala em uma questão científica, mas também econômica. O mercado da astronomia movimenta bilhões de dólares e é considerado muito promissor para as próximas décadas. Como falar para as mulheres e meninas que elas terão um mercado de trabalho promissor?
Adriana Thomé: Inclusive, nesse evento da ONU estarão presentes agentes do governo, pesquisa, universidades e indústrias. Então, o objetivo é também incentivar a participação feminina nas indústrias da área do espaço.


Radioagência Nacional: Temos mais detalhamentos sobre a programação do evento?
Adriana Thomé: O evento foi transferido de São José dos Campos, em São Paulo, para Brasília, por uma questão de logística. Até pela participação do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e outras autoridades. Quanto à pauta, ela ainda sendo negociada, mas a divulgação será feita, em breve, pela Unoosa.

Mais informações na Radioagência Nacional:      
    

Geral: Defesa Civil vai às praias do Rio para pedir que banhistas se retirem


Medida é preventiva para conter transmissão do coronavírus



Agência Brasil 

Depois do anúncio de antecipação das férias escolares pelo governo do estado e pela prefeitura do Rio de Janeiro, como medida para conter a transmissão do coronavírus, o fim de semana ensolarado levou muitos banhistas às praias da cidade, contrariando recomendação da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde de evitar aglomerações.
Na manhã de hoje (16), quem foi à praia foi surpreendido por carros do Corpo de Bombeiros com alto-falantes pedindo que a população permaneça em casa e faça a sua parte para conter o avanço da doença. O estado do Rio de Janeiro tem 25 casos confirmados, um em estado grave.
Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Civil, as viaturas do Corpo de Bombeiros estão rondando a orla das praias e as ruas orientando as pessoas para que evitem aglomerações”. Em nota, a corporação informa que as praias da capital, região metropolitana e de Cabo Frio já receberam os alertas, que serão estendidos também a outros municípios fluminenses.
Em um vídeo feito na Praia Vermelha, na zona sul do Rio de Janeiro, com o Pão de Açúcar ao fundo, é possível ouvir o áudio de um alto falante que diz: “Bom dia. A Defesa Civil estadual pede à população que evite aglomeração nas praias. Por favor, para a sua segurança, dos seus vizinhos, amigos e familiares, volte para casa. O momento é de conscientização. Faça a sua parte e ajude a prevenir e controlar o coronavírus. Você sempre conta com o Corpo de Bombeiros. Podemos contar com você? Obrigado.”
Também há vídeos circulando pelas redes sociais na praia de Botafogo, que não é própria para banho, mas é muito utilizada para a prática de esportes na faixa de areia, e na Barra da Tijuca. O mesmo recado é lido, após o acionamento de uma sirene para chamar a atenção das pessoas.

Mensagem

O governador, Wilson Witzel, reforçou a mensagem em sua conta no twitter: “Nossa prioridade é conter ao máximo a proliferação do vírus e reduzir os danos à população. Mas ações duras só terão efeito se as pessoas entenderem a real dimensão do problema. O cenário do último fim de semana, com praias e lugares públicos lotados, não deve se repetir.”
Witzel também informou que irá anunciar na tarde de hoje outras “medidas restritivas para os servidores e também para a população”.

Geral: Coronavírus: em condomínios, síndicos e condôminos devem adotar medidas de prevenção



Familiares devem fazer contato por telefone e evitar visitas, especialmente das crianças


Redação-Hourpress


Com grande concentração de pessoas, os condomínios são parte importante na força-tarefa no combate à disseminação do novo Coronavírus (COVID-19), que já conta com 200 casos confirmados no Brasil e 156 mil em todo o mundo, com mais de 5.800 mortes em diversos países. 

Com as orientações do governo do Estado de São Paulo (que registra o maior número de casos – 136) e do Ministério da Saúde para que, nas  próximas semanas, empresas adotem o home office para boa parte de seus funcionários, escolas entrem em recesso e idosos evitem sair de casa, os condomínios irão resguardar as famílias e todas as medidas internas possíveis para auxiliar no controle e avanço da doença devem ser tomadas.

“Só em São Paulo são mais de 15 milhões de pessoas em condomínios. Cada empreendimento irá definir sua conduta, mas é importante a compreensão e apoio às decisões dos síndicos e a manutenção das boas práticas de prevenção”, fala o vice-presidente do Grupo Graiche, José Roberto Graiche Junior.

Reuniões e assembleias não devem ser convocadas neste momento. Nas áreas comuns, por exemplo, dispensers de álcool em gel devem ser instalados em áreas estratégicas, como porta dos elevadores, portarias e acessos principais. Caso o produto não seja encontrado, diante da alta procura, pode ser substituído por álcool 70. Na limpeza geral, recomenda-se alvejantes, álcool ou produtos com hipoclorito de sódio.

A atenção deve ser redobrada quanto à limpeza, especialmente em maçanetas, botoeiras, corrimãos, elevadores e halls comuns. Os funcionários que exercem esse trabalho devem usar equipamentos de proteção, como luvas e máscaras.  “Todos os colaboradores devem ser orientados e, caso manifestem sintomas da doença, devem comunicar imediatamente à administração e serem afastados”, ressalta Graiche Junior.

O Grupo Graiche lista outras importantes medidas que devem ser executadas para a prevenção do coronavírus:

Áreas Comuns:

- Manter os ambientes das áreas comuns bem arejados com ventilação natural (portas e janelas abertas).
- Manter superfícies e objetos que são tocados com frequência desinfetados (maçanetas, botões de elevadores, corrimãos das escadas e rampas).
 - Higienizar os brinquedos coletivos da área do playground.
- Evitar elevadores lotados (a Organização Mundial da Saúde recomenda que famílias circulem sozinhas pelos elevadores). Peça paciência aos moradores para o uso consciente do elevador, mas com delicadeza e sem preconceitos.
- Ao tossir ou espirrar, cobrir com o cotovelo ou com um lenço de papel a boca e o nariz e, após, jogar o papel no lixo.

- Caso esteja doente, evitar circular pelos corredores e áreas de comum acesso.
 - Cuidado com o manuseio do lixo. As fezes são transmissoras do vírus. Peça aos moradores que fechem bem os sacos e oriente a equipe de limpeza para o uso obrigatório de luvas.
 - Abasteça os banheiros das áreas comuns com álcool em gel, sabonete e papel toalha, mas recomende que os moradores evitem utilizar o local.
 - As garagens são, na maioria dos casos, fechadas e a circulação de pessoas deve ser apenas em casos de real necessidade.

 - Montar um fluxo de atendimento às entregas, para que o contato corporal na portaria entre porteiros, moradores e entregadores seja o menor possível e que aconteça de forma organizada para evitar grande fluxo.
- Atenção redobrada nas academias e salas de ginástica, áreas consideradas críticas. Além da limpeza dos funcionários, os usuários devem higienizar os aparelhos antes e depois do uso, e o condomínio deve disponibilizar álcool e lenços de papel.

Para os síndicos:

- Não convocar novas reuniões e assembleias.
- Evite, nesse momento, contratações emergenciais de serviços e pedidos de pagamentos extras, buscando prever, no mínimo, três dias de antecedência para pagamentos fora da rotina.
- Evite a locação dos salões de festas, churrasqueiras, espaços gourmet, entre outros.
 - Oriente e dê assistência aos funcionários do condomínio, especialmente os com mais de 60 anos.
- Alguns centros de imunização estão realizando vacinação contra a gripe em condomínios, visando diminuir aglomerações nesse período e aumentar a cobertura vacinal da população. Consulte as empresas e o interesse dos moradores.

Para os moradores:

- Evitem circular nas áreas comuns do condomínio.
 - Cuidado extra com as crianças, que são as maiores transmissoras do vírus. Evitar o contato com idosos ao máximo.
 - Ao chegar em casa, lavar as mãos com água e sabão por, no mínimo 20 segundos.
 - Fazer o uso do álcool em gel com intervalos de, no máximo, duas horas.
 - Utilizar produtos de limpeza com cloro para higienização de superfícies e pisos.

 - Limpar maçanetas das portas do apartamento com álcool sempre que alguém chegar.
 - Evitar serviço delivery, que aumenta a rotatividade e fluxo de pessoas nas portarias.
 - Ao chegar em casa da rua, tome banho e coloque a roupa para lavar com água e sabão, pois as vestimentas conduzem o vírus para a casa. Pode acrescentar uma tampinha de bactericida (tipo Lysoform) na máquina de lavar.
 - Evite transporte público no horário de pico.

 - No uso de táxi e transportes de aplicativo, higienize suas mãos após a corrida com álcool em gel.
- Os moradores que não puderem evitar viagens e circulação em aeroportos devem redobrar as recomendações, evitando circular nas áreas comuns, ampliando a higiene e evitando o contato com idosos por, no mínimo, sete dias.

 - Com as crianças em casa, será importante criar uma rotina de atividades para que elas enfrentem esse período. Evite brincar em ambientes comuns fechados. Caso saia de casa, opte por espaços abertos como parques e evite shoppings, cinemas e espaços com grande circulação de pessoas.
 - Oriente as crianças, especialmente sobre a higienização e o contato com idosos, mas sem pânico.

 - Pais poderão usar a criatividade envolvendo as crianças em tarefas domésticas e didáticas para que elas permaneçam ativas mesmo dentro dos apartamentos.
 - Estimule o contato com os avós através do uso do telefone, das mensagens de texto, áudio e vídeos, assim eles não se sentirão sozinhos, mas continuarão resguardados sem o contato corporal.

 - Todos são responsáveis pelo controle da pandemia. Se estiver doente, informe a administração do condomínio e adote o pleno isolamento por, no mínimo, 14 dias.
 - O Ministério da Saúde lançou um aplicativo gratuito que pode ser acessado pelo iOS e Android nas plataformas – Coronavírus SUS. Baixe e acompanhe dicas e triagem virtual (indicação se é necessária ou não a ida ao hospital).

Cuidados com idosos e pessoas do grupo de risco:

- As recomendações em relação aos cuidados com os idosos são de extrema importância. O ideal é que eles permaneçam em isolamento por todo o período do pico da pandemia no Brasil. Isso significa que os idosos (moradores acima de 60 anos) devem permanecer dentro da unidade, evitando ao máximo a circulação. Eles não devem receber visitas, mas todos podem colaborar com o bem-estar dos vizinhos.

 - Familiares devem fazer contato por telefone e evitar visitas, especialmente das crianças.
 - Para que eles não precisem sair para supermercados e farmácias, os familiares podem providenciar o abastecimento.
 - Porteiros, síndicos e vizinhos podem colaborar, providenciando maior limpeza no hall dos apartamentos dos idosos, manter o contato através do interfone para saber como estão se sentindo, e orientá-los. Assim, eles se sentirão acolhidos e menos sozinhos.

- No caso de entregas, a portaria, quando viável ou com autorização da administração interna, pode auxiliar levando o pedido até o apartamento, mas evitando o contato corporal com o idoso e tomando as providências de higiene antes da aproximação.
 - Os cuidados devem ser extensivos aos moradores que apresentam problemas de saúde como diabetes, problemas cardíacos, pacientes em tratamento de câncer, pessoas com problemas respiratórios e hipertensão.

 - Manter o afastamento social é crucial, mas não se deve esquecer de ofertar ajuda e manter o contato com os idosos através do telefone para evitar quadros de depressão e mantê-los assistidos em outras necessidades e/ou emergências.

Geral: Criminosos usam informações sobre coronavírus em ciberataques pelo mundo


ESET analisa ações em diferentes países em que os cibercriminosos usam a pandemia de coronavírus como isca para roubar dados pessoais


Redação-Hourpress

Como já é comum, hackers aproveitam tópicos atuais de grande interesse, como a pandemia de coronavírus (COVID-19), para realizar campanhas de phishing que imitam a identidade de órgãos ou entidades oficiais e, assim, enganar mais vítimas. A ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, analisa esse fenômeno que inclui a distribuição de códigos maliciosos e a realização de campanhas fraudulentas que buscam roubar os dados pessoais dos usuários, identificados em países como Itália, Espanha e Colômbia.
No Brasil, o surto de coronavírus deixou milhares de pessoas preocupadas. A disseminação de informações desencontradas sobre quais eram as formas eficientes de higienização das mãos fez com que diferentes veículos de comunicação divulgassem conteúdos com tutoriais de como lavar as mãos, quais as substâncias capazes de matar o vírus e quais os reais sintomas da doença, por exemplo. Isso fez com que a população se sentisse mais segura e alertou sobre informações falsas que, a longo prazo, poderiam ser usadas como uma forma de ataque cibernético.
O Laboratório de Pesquisa da ESET compartilha algumas campanhas recentes que foram reportadas pelas autoridades locais e por organizações internacionais para impedir que usuários caiam nesse tipo de fraude:
- Campanha na Colômbia copia a identidade do Ministério da Saúde: um dos alertas mais recentes foi comunicado pelo Ministério da Saúde da Colômbia que, por meio de sua conta no Twitter, alertou para a existência de uma campanha que circula por e-mail e WhatsApp, substituindo a identidade do Ministério da Saúde, no qual eles enviam um anexo (arquivo PDF) para distribuir um código malicioso que se instala no dispositivo da vítima. O objetivo desta campanha é roubar informações pessoais, assegura a agência de saúde colombiana.

Campanha na Espanha finge ser o Ministério da Saúde: a Guarda Civil da Espanha alertou os usuários em sua conta no Twitter sobre uma campanha que aparentemente circula apenas no WhatsApp, na qual cibercriminosos copiam a identidade do Ministério da Saúde para compartilhar recomendações relacionadas ao vírus. A mensagem inclui uma URL onde máscaras são supostamente vendidas, quando, na realidade, o golpe procura roubar dados pessoais das vítimas.

- Aviso da Organização Mundial da Saúde sobre campanhas maliciosas em seu nome: na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado alertando a existência de campanhas que circulam por e-mail, sites, mensagens de textos, entre outros meios, no qual os cibercriminosos afirmam ser a OMS com o objetivo de roubar dinheiro ou informações pessoais.
Conforme relatado por diferentes mídias, na Itália, uma campanha de spam com essas características circulou por e-mail, na qual os criminosos fingiam ser da OMS com a intenção de instalar o malware TrickBot convencendo as possíveis vítimas a baixar um arquivo do Word anexado, que teve um código malicioso incorporado. Depois que o TrickBot é baixado no computador da vítima, a ameaça coleta informações do dispositivo, rouba dados e credenciais de administrador para procurar mais informações e, eventualmente, baixar outra ameaça. Nesse caso, o assunto do e-mail tem o objetivo de fazer a vítima acreditar que essas são recomendações a serem protegidas contra a disseminação do coronavírus em nome de um médico da OMS.
- Japão e uma campanha que distribui o Emotet: no final de janeiro, uma campanha de spam foi detectada no país tentando distribuir o Emotet (uma ameaça cibernética), na qual os operadores atrás dele tentaram convencer as possíveis vítimas de que se tratava de uma notificação oficial com recomendações e medidas preventivas após a chegada do vírus na ilha. Como resultado disso, o CERT do Japão publicou o EmoChek, um dispositivo para detectar a presença da ameaça nos computadores daqueles que acreditam que possam ter sido comprometidos.
Outro país que relatou casos semelhantes foi a Ucrânia. Por lá, a ameaça foi enviada por e-mail, em nome do Centro de Saúde Pública da Ucrânia. Na mensagem, havia um arquivo do Word que também usava documentos do Office para ocultar códigos maliciosos com funcionalidade de backdoor, roubar dados da área de transferência, senhas e realização de capturas de tela.
"Recomendamos que os usuários sejam vigilantes. Se você receber um e-mail ou mensagem que inclua um link ou anexo usando o tema coronavírus, lembre-se de que pode ser uma farsa. É recomendável não baixar ou abrir o arquivo nem o link. A conscientização é um ponto-chave para tomar as medidas necessárias e, assim, proteger o equipamento e as informações contidas nele", diz Camilo Gutiérrez, chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET América Latina.
A ESET possui o portal #quenãoaconteca, com informações úteis para evitar que situações cotidianas afetem a privacidade online.