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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

segunda-feira, 16 de março de 2020

Geral: Brasil recebe, em novembro, evento sobre mulheres no setor espacial


Space for Women deve reunir cerca de 200 pessoas em Brasília


Agência Brasil 

A participação das mulheres no setor espacial é o tema de um evento internacional que será sediado este ano pelo Brasil, o Space for Women. O encontro deve reunir cerca de 200 pessoas em Brasília, entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro.
Será a segunda edição do evento, promovido pelo Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (Unoosa). A primeira foi realizada em Nova York, em 2017. A organização no Brasil está sendo feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com apoio da Agência Espacial Brasileira e do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Em entrevista exclusiva ao Universo, da Radioagência Nacional, a chefe de Relações Internacionais do Inpe, Adriana Thomé, fala sobre como foi propor o Brasil como sede do evento, que é considerado um marco na luta pela igualdade de gênero em áreas envolvendo a ciência, a astronomia e o espaço.
Para ela, ter o Brasil inserido nessas discussões é um passo para a conscientização da sociedade e de organizações sobre a importância de ter mais mulheres em áreas científicas e à frente de pesquisas, inclusive, envolvendo o espaço. "Iniciativas como o Space for Women têm também a missão de mostrar como essa força de trabalho exercida por mulheres de sucesso pode influenciar as próximas gerações'', diz Adriana Thomé.

Leia a entrevista a seguir:

Radioagência Nacional: Uma boa notícia no Mês da Mulher é o Brasil já ter data marcada para a realização do Space for Women, não é?
Adriana Thomé: Esse evento é organizado pelo Brasil em conjunto com a ONU, por meio do Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior. O primeiro foi em Nova York, em 2017. O Unoosa tem uma plataforma que se chama Space for Women, que prevê várias iniciativas para o empoderamento feminino na área do espaço. Uma das iniciativas é o evento.

Então, o Brasil propôs à Unoosa realizar conjuntamente esse evento, que vai ocorrer de 30 de novembro a 2 de dezembro. Foi, inicialmente, uma proposta do Inpe, que conta com o apoio da Agência Espacial Brasileira e do MCTIC. Estamos organizando tudo em conjunto com a ONU.
Radioagência Nacional: Este é um momento oportuno, da recente caminhada espacial 100% feminina e da expectativa de uma missão espacial que levará mulheres à Lua. Como o Brasil se percebe neste cenário de empoderamento das mulheres na área espacial?

Adriana Thomé: Acredito que o evento, em particular, será excelente oportunidade para que o Brasil possa olhar com um pouco mais de carinho para a questão. O objetivo é justamente fazer com que as pessoas se conscientizem de algumas ações que são importantes na área espacial em relação às mulheres. Muitas pessoas me perguntam que iniciativas como essa já existem no Brasil. E, obviamente, já existem pequenas iniciativas. 

Mas não uma iniciativa que venha de cima para baixo. Então, o Space for Women vem justamente para conscientizar as pessoas aqui no Brasil, tanto a sociedade em geral quanto os órgãos que cuidam da área espacial. Quem sabe depois dele a gente possa ter, conquistar algumas políticas bem interessantes para mulheres na área do espaço.

Radioagência Nacional: A Unoosa mostra que os números são bem discrepantes quando envolvem a força de trabalho no mundo em áreas relacionadas ao espaço, sendo 20% mulheres e 80% homens. Assim, como em áreas ligadas ao chamado STEM – que são as ciências, tecnologias, engenharias e matemática. Nesse caso, são 28,2% de mulheres e 72,2% de homens. Esse fenômeno mundial se reflete aqui no Brasil?
Adriana Thomé: Sim, ele se reflete. A gente percebe, especialmente em órgãos técnicos como o Inpe, que existe grande discrepância entre a quantidade da força de trabalho de mulheres e homens. Isso é uma coisa importante de ser melhorada, mas também é importante a partir de iniciativas como essas, que passemos a olhar as pessoas que estão na área para que tenham as mesmas oportunidades de chegar a posições de chefia. Esse é outro desafio muito ou tão sério quanto ao do número de pessoas. De fato, para que as mulheres, que trabalham tanto, tenham condições de chegar a posições de destaque e chefias, para que possam falar por elas mesmas.

Radioagência Nacional: Estudos mostram que a puberdade é o primeiro desafio para as meninas se manterem na ciência. E segue ao longo da carreira, sendo, lá na vida adulta, a dupla jornada como uma das justificativas de empecilho para seguir na carreira. Qual sua visão sobre isso?

Adriana Thomé: Acredito que a dupla jornada é um desafio muito grande, mas todas as mulheres que conheço, pesquisadoras ou em cargos de chefia, fazem isso muito bem, aprenderam a conciliar. Eu acho que o maior problema, às vezes, é dentro das organizações, porque as pessoas assumem que determinadas mulheres não podem assumir cargos ou funções porque têm família e filho. Muitas vezes, as mulheres nem são consultadas. Mas, isso quem pode responder são elas. As pesquisas mostram que as meninas na puberdade começam a se desinteressar até por pressão familiar. 

Muitas vezes, porque a família não acredita que a profissão na área de exatas seja bem-vinda para uma menina. Por isso, esse evento no Brasil será importante para mostrar modelos de mulheres que tiveram sucesso na sua carreira, para que as nossas meninas tenham alguém em quem possam se inspirar. Se elas sempre perceberem homens nesses cargos, vão achar que aquilo não é para elas. Mas, quando veem mulheres que atingiram pontos interessantes na carreira, isso pode servir de estímulo.

Radioagência Nacional: O governo brasileiro tem investido em projetos como as olimpíadas de astronomia e de exatas e as universidades têm tido um protagonismo em ações que aproximam as meninas da ciência. Como avalia essas iniciativas?
Adriana Thomé: Existem outras iniciativas sendo tomadas e eu acredito que são muito válidas. E, principalmente, para tentar mudar as novas gerações. Se conseguirmos mudar as novas gerações, já será válido. Além da conscientização das organizações, a oportunidade de esta nova geração poder ter contato com instituições que fazem pesquisa, com mulheres que fazem isso, pode fazer grande diferença no futuro das meninas.


Radioagência Nacional: Quando a gente fala do espaço, fala em uma questão científica, mas também econômica. O mercado da astronomia movimenta bilhões de dólares e é considerado muito promissor para as próximas décadas. Como falar para as mulheres e meninas que elas terão um mercado de trabalho promissor?
Adriana Thomé: Inclusive, nesse evento da ONU estarão presentes agentes do governo, pesquisa, universidades e indústrias. Então, o objetivo é também incentivar a participação feminina nas indústrias da área do espaço.


Radioagência Nacional: Temos mais detalhamentos sobre a programação do evento?
Adriana Thomé: O evento foi transferido de São José dos Campos, em São Paulo, para Brasília, por uma questão de logística. Até pela participação do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e outras autoridades. Quanto à pauta, ela ainda sendo negociada, mas a divulgação será feita, em breve, pela Unoosa.

Mais informações na Radioagência Nacional:      
    

Geral: Defesa Civil vai às praias do Rio para pedir que banhistas se retirem


Medida é preventiva para conter transmissão do coronavírus



Agência Brasil 

Depois do anúncio de antecipação das férias escolares pelo governo do estado e pela prefeitura do Rio de Janeiro, como medida para conter a transmissão do coronavírus, o fim de semana ensolarado levou muitos banhistas às praias da cidade, contrariando recomendação da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde de evitar aglomerações.
Na manhã de hoje (16), quem foi à praia foi surpreendido por carros do Corpo de Bombeiros com alto-falantes pedindo que a população permaneça em casa e faça a sua parte para conter o avanço da doença. O estado do Rio de Janeiro tem 25 casos confirmados, um em estado grave.
Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Civil, as viaturas do Corpo de Bombeiros estão rondando a orla das praias e as ruas orientando as pessoas para que evitem aglomerações”. Em nota, a corporação informa que as praias da capital, região metropolitana e de Cabo Frio já receberam os alertas, que serão estendidos também a outros municípios fluminenses.
Em um vídeo feito na Praia Vermelha, na zona sul do Rio de Janeiro, com o Pão de Açúcar ao fundo, é possível ouvir o áudio de um alto falante que diz: “Bom dia. A Defesa Civil estadual pede à população que evite aglomeração nas praias. Por favor, para a sua segurança, dos seus vizinhos, amigos e familiares, volte para casa. O momento é de conscientização. Faça a sua parte e ajude a prevenir e controlar o coronavírus. Você sempre conta com o Corpo de Bombeiros. Podemos contar com você? Obrigado.”
Também há vídeos circulando pelas redes sociais na praia de Botafogo, que não é própria para banho, mas é muito utilizada para a prática de esportes na faixa de areia, e na Barra da Tijuca. O mesmo recado é lido, após o acionamento de uma sirene para chamar a atenção das pessoas.

Mensagem

O governador, Wilson Witzel, reforçou a mensagem em sua conta no twitter: “Nossa prioridade é conter ao máximo a proliferação do vírus e reduzir os danos à população. Mas ações duras só terão efeito se as pessoas entenderem a real dimensão do problema. O cenário do último fim de semana, com praias e lugares públicos lotados, não deve se repetir.”
Witzel também informou que irá anunciar na tarde de hoje outras “medidas restritivas para os servidores e também para a população”.

Geral: Coronavírus: em condomínios, síndicos e condôminos devem adotar medidas de prevenção



Familiares devem fazer contato por telefone e evitar visitas, especialmente das crianças


Redação-Hourpress


Com grande concentração de pessoas, os condomínios são parte importante na força-tarefa no combate à disseminação do novo Coronavírus (COVID-19), que já conta com 200 casos confirmados no Brasil e 156 mil em todo o mundo, com mais de 5.800 mortes em diversos países. 

Com as orientações do governo do Estado de São Paulo (que registra o maior número de casos – 136) e do Ministério da Saúde para que, nas  próximas semanas, empresas adotem o home office para boa parte de seus funcionários, escolas entrem em recesso e idosos evitem sair de casa, os condomínios irão resguardar as famílias e todas as medidas internas possíveis para auxiliar no controle e avanço da doença devem ser tomadas.

“Só em São Paulo são mais de 15 milhões de pessoas em condomínios. Cada empreendimento irá definir sua conduta, mas é importante a compreensão e apoio às decisões dos síndicos e a manutenção das boas práticas de prevenção”, fala o vice-presidente do Grupo Graiche, José Roberto Graiche Junior.

Reuniões e assembleias não devem ser convocadas neste momento. Nas áreas comuns, por exemplo, dispensers de álcool em gel devem ser instalados em áreas estratégicas, como porta dos elevadores, portarias e acessos principais. Caso o produto não seja encontrado, diante da alta procura, pode ser substituído por álcool 70. Na limpeza geral, recomenda-se alvejantes, álcool ou produtos com hipoclorito de sódio.

A atenção deve ser redobrada quanto à limpeza, especialmente em maçanetas, botoeiras, corrimãos, elevadores e halls comuns. Os funcionários que exercem esse trabalho devem usar equipamentos de proteção, como luvas e máscaras.  “Todos os colaboradores devem ser orientados e, caso manifestem sintomas da doença, devem comunicar imediatamente à administração e serem afastados”, ressalta Graiche Junior.

O Grupo Graiche lista outras importantes medidas que devem ser executadas para a prevenção do coronavírus:

Áreas Comuns:

- Manter os ambientes das áreas comuns bem arejados com ventilação natural (portas e janelas abertas).
- Manter superfícies e objetos que são tocados com frequência desinfetados (maçanetas, botões de elevadores, corrimãos das escadas e rampas).
 - Higienizar os brinquedos coletivos da área do playground.
- Evitar elevadores lotados (a Organização Mundial da Saúde recomenda que famílias circulem sozinhas pelos elevadores). Peça paciência aos moradores para o uso consciente do elevador, mas com delicadeza e sem preconceitos.
- Ao tossir ou espirrar, cobrir com o cotovelo ou com um lenço de papel a boca e o nariz e, após, jogar o papel no lixo.

- Caso esteja doente, evitar circular pelos corredores e áreas de comum acesso.
 - Cuidado com o manuseio do lixo. As fezes são transmissoras do vírus. Peça aos moradores que fechem bem os sacos e oriente a equipe de limpeza para o uso obrigatório de luvas.
 - Abasteça os banheiros das áreas comuns com álcool em gel, sabonete e papel toalha, mas recomende que os moradores evitem utilizar o local.
 - As garagens são, na maioria dos casos, fechadas e a circulação de pessoas deve ser apenas em casos de real necessidade.

 - Montar um fluxo de atendimento às entregas, para que o contato corporal na portaria entre porteiros, moradores e entregadores seja o menor possível e que aconteça de forma organizada para evitar grande fluxo.
- Atenção redobrada nas academias e salas de ginástica, áreas consideradas críticas. Além da limpeza dos funcionários, os usuários devem higienizar os aparelhos antes e depois do uso, e o condomínio deve disponibilizar álcool e lenços de papel.

Para os síndicos:

- Não convocar novas reuniões e assembleias.
- Evite, nesse momento, contratações emergenciais de serviços e pedidos de pagamentos extras, buscando prever, no mínimo, três dias de antecedência para pagamentos fora da rotina.
- Evite a locação dos salões de festas, churrasqueiras, espaços gourmet, entre outros.
 - Oriente e dê assistência aos funcionários do condomínio, especialmente os com mais de 60 anos.
- Alguns centros de imunização estão realizando vacinação contra a gripe em condomínios, visando diminuir aglomerações nesse período e aumentar a cobertura vacinal da população. Consulte as empresas e o interesse dos moradores.

Para os moradores:

- Evitem circular nas áreas comuns do condomínio.
 - Cuidado extra com as crianças, que são as maiores transmissoras do vírus. Evitar o contato com idosos ao máximo.
 - Ao chegar em casa, lavar as mãos com água e sabão por, no mínimo 20 segundos.
 - Fazer o uso do álcool em gel com intervalos de, no máximo, duas horas.
 - Utilizar produtos de limpeza com cloro para higienização de superfícies e pisos.

 - Limpar maçanetas das portas do apartamento com álcool sempre que alguém chegar.
 - Evitar serviço delivery, que aumenta a rotatividade e fluxo de pessoas nas portarias.
 - Ao chegar em casa da rua, tome banho e coloque a roupa para lavar com água e sabão, pois as vestimentas conduzem o vírus para a casa. Pode acrescentar uma tampinha de bactericida (tipo Lysoform) na máquina de lavar.
 - Evite transporte público no horário de pico.

 - No uso de táxi e transportes de aplicativo, higienize suas mãos após a corrida com álcool em gel.
- Os moradores que não puderem evitar viagens e circulação em aeroportos devem redobrar as recomendações, evitando circular nas áreas comuns, ampliando a higiene e evitando o contato com idosos por, no mínimo, sete dias.

 - Com as crianças em casa, será importante criar uma rotina de atividades para que elas enfrentem esse período. Evite brincar em ambientes comuns fechados. Caso saia de casa, opte por espaços abertos como parques e evite shoppings, cinemas e espaços com grande circulação de pessoas.
 - Oriente as crianças, especialmente sobre a higienização e o contato com idosos, mas sem pânico.

 - Pais poderão usar a criatividade envolvendo as crianças em tarefas domésticas e didáticas para que elas permaneçam ativas mesmo dentro dos apartamentos.
 - Estimule o contato com os avós através do uso do telefone, das mensagens de texto, áudio e vídeos, assim eles não se sentirão sozinhos, mas continuarão resguardados sem o contato corporal.

 - Todos são responsáveis pelo controle da pandemia. Se estiver doente, informe a administração do condomínio e adote o pleno isolamento por, no mínimo, 14 dias.
 - O Ministério da Saúde lançou um aplicativo gratuito que pode ser acessado pelo iOS e Android nas plataformas – Coronavírus SUS. Baixe e acompanhe dicas e triagem virtual (indicação se é necessária ou não a ida ao hospital).

Cuidados com idosos e pessoas do grupo de risco:

- As recomendações em relação aos cuidados com os idosos são de extrema importância. O ideal é que eles permaneçam em isolamento por todo o período do pico da pandemia no Brasil. Isso significa que os idosos (moradores acima de 60 anos) devem permanecer dentro da unidade, evitando ao máximo a circulação. Eles não devem receber visitas, mas todos podem colaborar com o bem-estar dos vizinhos.

 - Familiares devem fazer contato por telefone e evitar visitas, especialmente das crianças.
 - Para que eles não precisem sair para supermercados e farmácias, os familiares podem providenciar o abastecimento.
 - Porteiros, síndicos e vizinhos podem colaborar, providenciando maior limpeza no hall dos apartamentos dos idosos, manter o contato através do interfone para saber como estão se sentindo, e orientá-los. Assim, eles se sentirão acolhidos e menos sozinhos.

- No caso de entregas, a portaria, quando viável ou com autorização da administração interna, pode auxiliar levando o pedido até o apartamento, mas evitando o contato corporal com o idoso e tomando as providências de higiene antes da aproximação.
 - Os cuidados devem ser extensivos aos moradores que apresentam problemas de saúde como diabetes, problemas cardíacos, pacientes em tratamento de câncer, pessoas com problemas respiratórios e hipertensão.

 - Manter o afastamento social é crucial, mas não se deve esquecer de ofertar ajuda e manter o contato com os idosos através do telefone para evitar quadros de depressão e mantê-los assistidos em outras necessidades e/ou emergências.

Geral: Criminosos usam informações sobre coronavírus em ciberataques pelo mundo


ESET analisa ações em diferentes países em que os cibercriminosos usam a pandemia de coronavírus como isca para roubar dados pessoais


Redação-Hourpress

Como já é comum, hackers aproveitam tópicos atuais de grande interesse, como a pandemia de coronavírus (COVID-19), para realizar campanhas de phishing que imitam a identidade de órgãos ou entidades oficiais e, assim, enganar mais vítimas. A ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, analisa esse fenômeno que inclui a distribuição de códigos maliciosos e a realização de campanhas fraudulentas que buscam roubar os dados pessoais dos usuários, identificados em países como Itália, Espanha e Colômbia.
No Brasil, o surto de coronavírus deixou milhares de pessoas preocupadas. A disseminação de informações desencontradas sobre quais eram as formas eficientes de higienização das mãos fez com que diferentes veículos de comunicação divulgassem conteúdos com tutoriais de como lavar as mãos, quais as substâncias capazes de matar o vírus e quais os reais sintomas da doença, por exemplo. Isso fez com que a população se sentisse mais segura e alertou sobre informações falsas que, a longo prazo, poderiam ser usadas como uma forma de ataque cibernético.
O Laboratório de Pesquisa da ESET compartilha algumas campanhas recentes que foram reportadas pelas autoridades locais e por organizações internacionais para impedir que usuários caiam nesse tipo de fraude:
- Campanha na Colômbia copia a identidade do Ministério da Saúde: um dos alertas mais recentes foi comunicado pelo Ministério da Saúde da Colômbia que, por meio de sua conta no Twitter, alertou para a existência de uma campanha que circula por e-mail e WhatsApp, substituindo a identidade do Ministério da Saúde, no qual eles enviam um anexo (arquivo PDF) para distribuir um código malicioso que se instala no dispositivo da vítima. O objetivo desta campanha é roubar informações pessoais, assegura a agência de saúde colombiana.

Campanha na Espanha finge ser o Ministério da Saúde: a Guarda Civil da Espanha alertou os usuários em sua conta no Twitter sobre uma campanha que aparentemente circula apenas no WhatsApp, na qual cibercriminosos copiam a identidade do Ministério da Saúde para compartilhar recomendações relacionadas ao vírus. A mensagem inclui uma URL onde máscaras são supostamente vendidas, quando, na realidade, o golpe procura roubar dados pessoais das vítimas.

- Aviso da Organização Mundial da Saúde sobre campanhas maliciosas em seu nome: na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado alertando a existência de campanhas que circulam por e-mail, sites, mensagens de textos, entre outros meios, no qual os cibercriminosos afirmam ser a OMS com o objetivo de roubar dinheiro ou informações pessoais.
Conforme relatado por diferentes mídias, na Itália, uma campanha de spam com essas características circulou por e-mail, na qual os criminosos fingiam ser da OMS com a intenção de instalar o malware TrickBot convencendo as possíveis vítimas a baixar um arquivo do Word anexado, que teve um código malicioso incorporado. Depois que o TrickBot é baixado no computador da vítima, a ameaça coleta informações do dispositivo, rouba dados e credenciais de administrador para procurar mais informações e, eventualmente, baixar outra ameaça. Nesse caso, o assunto do e-mail tem o objetivo de fazer a vítima acreditar que essas são recomendações a serem protegidas contra a disseminação do coronavírus em nome de um médico da OMS.
- Japão e uma campanha que distribui o Emotet: no final de janeiro, uma campanha de spam foi detectada no país tentando distribuir o Emotet (uma ameaça cibernética), na qual os operadores atrás dele tentaram convencer as possíveis vítimas de que se tratava de uma notificação oficial com recomendações e medidas preventivas após a chegada do vírus na ilha. Como resultado disso, o CERT do Japão publicou o EmoChek, um dispositivo para detectar a presença da ameaça nos computadores daqueles que acreditam que possam ter sido comprometidos.
Outro país que relatou casos semelhantes foi a Ucrânia. Por lá, a ameaça foi enviada por e-mail, em nome do Centro de Saúde Pública da Ucrânia. Na mensagem, havia um arquivo do Word que também usava documentos do Office para ocultar códigos maliciosos com funcionalidade de backdoor, roubar dados da área de transferência, senhas e realização de capturas de tela.
"Recomendamos que os usuários sejam vigilantes. Se você receber um e-mail ou mensagem que inclua um link ou anexo usando o tema coronavírus, lembre-se de que pode ser uma farsa. É recomendável não baixar ou abrir o arquivo nem o link. A conscientização é um ponto-chave para tomar as medidas necessárias e, assim, proteger o equipamento e as informações contidas nele", diz Camilo Gutiérrez, chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET América Latina.
A ESET possui o portal #quenãoaconteca, com informações úteis para evitar que situações cotidianas afetem a privacidade online.

Geral: Sindicato dos Delegados de Polícia repudia agressões a senador em São Paulo


Escolta do governador agrediu o senador Major Olímpio


Raquel Kobashi Gallinati, presidente do SINDPESP

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP) repudia de forma veemente as agressões da escolta do governador João Dória contra o senador Major Olímpio na manhã de hoje (16/3), dentro das instalações do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), da Polícia Civil do Estado de São Paulo.

O senador estava presente para se manifestar democraticamente, quando foi agredido e retirado à força do local pela escolta poucos momentos após a chegada do governador João Dória.


Parlamentares subservientes ao governador participaram do encontro sem qualquer tipo de constrangimento. O senador, porém, foi proibido de expor suas opiniões democraticamente, a mando do governador, que determinou o uso de violência para calar uma voz contrária ao seu Governo.

O Major Olímpio, uma das vozes mais atuantes na defesa da Segurança Pública paulista, foi hostilizado e agredido por ecoar os anseios de todos os policiais civis do Estado de São Paulo, vilipendiados em seus salários e direitos pelo Governo Dória.

Ele foi impedido de denunciar os direitos perdidos com a Reforma da Previdência e o irrisório aumento de 5% oferecido pelo Governo, duas das mais recentes ações do governador Dória para destruir a já combalida Polícia Civil do Estado de São Paulo.

O SINDPESP reitera seu repúdio às agressões e declara apoio à manifestação do senador Major Olímpio, que teve como único objetivo resgatar a dignidade dos policiais civis de São Paulo.

Geral: Aulas da rede estadual de SP começam a ser suspensas a partir desta segunda-feira


Medida visa diminuir risco de transmissão do novo coronavírus; secretário da Educação mediou videoconferência e tirou dúvidas nesta manhã


Redação-Hourpress

A partir desta segunda-feira (16) as escolas da rede estadual de São Paulo começam a ser suspensas gradualmente. Até sexta-feira (20) as unidades estarão abertas para que os responsáveis pelos estudantes se organizem para mantê-los em casa.
A partir do dia 23 de março, as escolas estarão fechadas por tempo indeterminado. A medida visa diminuir o risco de contaminação do novo coronavírus.
Nesta segunda pela manhã, o secretário estadual da Educação Rossieli Soares apresentou uma videoconferência direcionada aos dirigentes regionais, prefeitos, secretários municipais de educação, supervisores e diretores de escola.
Também participaram o secretário estadual da Saúde, José Henrique German; a presidente da Undime-SP Márcia Bernardes; secretário da Educação do município de São Paulo Bruno Caetano; e o presidente do Conselho Estadual da Educação Hubert Alqueres.
Rossieli tirou dúvidas e reforçou a importância do distanciamento social neste momento e a necessidade de proteger os idosos.
A partir desta terça-feira (17), todos os trabalhadores da Seduc com mais de 60 anos farão home office.
“Ao restringir o contato social tentamos evitar o aumento exponencial dos casos. Estudos apontam que a cada três dias o número de casos poder dobrar. Sem esse tipo de medida [de suspender as aulas], podemos vai chegar a um colapso.”
O secretário lembrou ainda que em muitos casos, crianças e jovens não apresentam sintomas, mas podem ser transmissores do vírus, pondo em risco as próprias famílias e os servidores da escola.
Rossieli ressaltou que a Seduc fará comunicações frequentes com toda a comunidade escolar por diversos canais, e pediu atenção às fake news.
“Procure informações em sites oficiais do Governo, se houver dúvidas nos enviem. Vamos evitar as fakes news, que não colaboram em nada, o que nos ajuda é o senso de colaboração. Esse vírus começou com uma pessoa e se espalhou. Para combatê-lo, a solução é trabalhar junto”, reforça o secretário.

Suspensão das aulas
Durante esta semana os alunos ausentes não receberão faltas e não haverá aplicação de conteúdo pedagógico.
O Conselho Estadual da Educação se reúne nesta quarta-feira (18) para discutir como as escolas poderão manter atividades pedagógicas mesmo a distância e dessa forma garantir os dias letivos previstos pela legislação.
“Estamos em um processo de construção, nós temos um inimigo em comum. Como se defender? Com muita união e solidariedade e acolhimento. As medidas estão sendo tomadas”, afirmou presidente do Conselho Estadual da Educação Hubert Alqueres.
A Seduc também estuda parcerias com empresas de tecnologia para disponibilizar conteúdos por meio de EAD (ensino a distância). Além disso, a pasta analisa a questão do fornecimento de merenda para os estudantes mais vulneráveis.
As aulas na rede municipal de São Paulo também serão fechadas gradualmente assim como no estado. O secretário municipal de Educação Bruno Caetano lembrou que até a última sexta-feira as pessoas que não tinham viajado para o exterior e também não tinha tido contato com pessoas diagnosticadas pelo coronavírus, sentiam-se protegidas. Mas agora a doença mudou de patamar.
“Por isso houve mudanças nas medidas anunciadas, para que a gente possa preservar as nossas crianças e nossas famílias. A pessoa que mora em um bairro distante da cidade de São Paulo precisa entender que existe o risco da contaminação doméstica. É preciso tomar cuidado com isso”, explica Bruno Caetano.

Rede particular e municípios
A orientação é para que a rede particular, assim como os demais municípios do estado, também acompanhem a medida.
A presidente da Undime-SP, Marcia Bernardes, afirmou a importância de os municípios pequenos, do interior do estado, aderirem à suspensão como prevenção ao novo coronavírus.
“Conversem com seus prefeitos e ouçam a orientações da Undime, passadas em conjunto com a Secretaria da Educação. A suspensão das aulas não significa isolamento e sim, distanciamento social. Se a gente conseguir fazer isso de forma coletiva, no estado todo, temos mais chances de retomar a rotina das aulas o quanto antes”, diz Marcia.
No caso da educação infantil, que fica a cargo dos municípios, o secretário Rossieli Soares lembrou que há ainda a dificuldade de conscientizar crianças muito pequenas a não colocarem as mãos na boca ou ainda tossirem cobrindo a boca.

Saúde
Na videoconferência o secretário estadual da Saúde José Henrique German reforçou que 80% das pessoas infectadas pelo covid-19 terão sintomas leves.
“As pessoas que apresentam sintomas não precisam procurar serviço de saúde, só se eles se agravarem. E a entrada é sempre pela UBS”, explica German.
Desde sexta-feira, a transmissão do vírus passou a ser comunitária, ou seja, não ocorre mais somente entre pessoas que fizeram viagens internacionais.
Como a transmissão ocorre por meio de gotículas, por via respiratória, todo cuidado é importante. Helena Sato, diretora técnica da secretária de Saúde, lembra que neste período é necessário evitar até mesmo beijos, abraços e apertos de mãos. “Nós brasileiros somos muito efusivos, vamos ter de mudar o comportamento por um período.”

Geral: SP restringe atendimento presencial para coibir disseminação do coronavírus


Detran.SP, Poupatempo e Centros de Integração da Cidadania vão priorizar serviços online


Redaçao Hourpress

O Governador João Doria anunciou nesta segunda-feira (16) a restrição do atendimento presencial nas repartições públicas estaduais. A medida visa impedir aglomerações e reduzir a chance de disseminação do novo coronavírus.
 Serviços como os do Detran.SP, Poupatempo e Centros de Integração da Cidadania (CICs) vão priorizar serviços online e atendimento à distância. Já a rede de restaurantes Bom Prato terá horário estendido para redistribuir o fluxo diário de atendimentos.
 “São Paulo já alcançou a margem de 70% de digitalização e melhoramos as condições de atendimento à distância da população por computadores e celulares. Evidentemente, não deixaremos à margem as pessoas de baixa renda ou desempregados que não tenham equipamentos. Essas pessoas não deixarão de ser atendidas pelos serviços básicos do Governo de São Paulo”, disse Doria.
 A regulação do fluxo de pessoas vai atingir todos os postos do Detran.SP, bem como as 76 unidades do Poupatempo, os 17 Centros de Integração da Cidadania e os 58 restaurantes Bom Prato. A determinação é que os agendamentos deem prioridade a serviços digitais e que possam ser atendidos pela internet ou por correspondência.
 Nos 58 restaurantes Bom Prato, a disposição de mesas e cadeiras será alterada para impedir que as pessoas se sentem muito próximas nos salões. Também fica suspensa a limitação de horários para servir cafés da manhã e almoços – as refeições serão servidas enquanto o estoque diário de cada unidade durar.
 O Governador também confirmou a determinação para que parte do funcionalismo estadual passe a trabalhar de casa a partir desta terça. A medida vale por 30 dias, mas pode ser prorrogada. O sistema de teletrabalho vai abranger servidores com idade a partir de 60 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas, hipertensos e pacientes com baixa resistência imunológica.
 A medida não vale para servidores que atuam nas pastas de Saúde, Segurança Pública e Administração Penitenciária, além de outros serviços essenciais – metrô, trens, ônibus metropolitanos, Sabesp, Fundação Casa e Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual).
 Também a partir desta terça, museus, bibliotecas e centros culturais administrados pelo Governo do Estado ficam fechados por 30 dias. O Governador também estende a recomendação para fechamento de cinemas, teatros e casas de espetáculos pelo mesmo período.
 Já os 153 Centros de Convivência do Idoso – equipamentos do Estado para acolhimento diário a pessoas com idade igual ou superior a 60 anos – ficam fechados por 60 dias. “A prioridade absoluta do Governo de São Paulo é salvar vidas”, declarou Doria.
 Comitê extraordinário
 Doria ainda determinou a criação de um comitê administrativo extraordinário com poder de decisão para tomar medidas emergenciais durante a pandemia de coronavírus. O grupo é comandado pelo Vice-Governador Rodrigo Garcia, que também é Secretário de Governo.
 Entre as medidas já tomadas pelo grupo, estão a decretação imediata de férias e licenças-prêmio para servidores de áreas que não prestam serviços essenciais e o corte imediato de viagens nacionais e internacionais de funcionários públicos estaduais a trabalho.
 Eventos cancelados
 O Governo de São Paulo restringiu ainda mais a realização de eventos públicos que poderiam gerar aglomerações. Pelos próximos 30 dias, estão suspensos todos os eventos estaduais que venham a agrupar pessoas em qualquer número – antes, havia tolerância a atos com até 500 pessoas.
 A mesma recomendação vale para eventos de cunho privado, embora o Estado não tenha determinado proibição administrativa ou punições a organizadores que descumprirem a medida.