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segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Geral: Foco na saúde e não nas doenças


Ele deve trilhar uma carreira centrada no humanismo, precisa valorizar e gostar de gente 

*Antonio Carlos Lopes
A formação em medicina e a própria prática médica sofrem um desvio gravíssimo no Brasil. Trata-se de um campo da ciência que requer, obrigatoriamente, uma visão humanística dos pacientes, além de profunda clareza de seu papel social.  

Hoje, certas universidades, tanto públicas quanto privadas, parecem se contentar em repassar conteúdos científicos, possuir estrutura adequada e corpo docente de excelência.  

Não é o bastante. O envolvimento com ensino, assistência e pesquisa são insuficientes enquanto entrega, pois cabe a essas instituições uma missão muito mais complexa.  

E olha que comecei citando os melhores exemplos. Há ainda diversas faculdades de Medicina que cobram mensalidades caríssimas, funcionando sem hospital escola, com corpo docente de capacitação contestável e possuem falhas na grade pedagógica. Certamente são responsáveis por parcela das mazelas da saúde do País. 

Quando pensamos em um médico realmente capacitado, temos em mente um profissional que vai bem além do conhecimento técnico. Ele deve trilhar uma carreira centrada no humanismo, precisa valorizar e gostar de gente. Na medicina, aliás, o amor ao próximo é o alicerce da boa prática.     

Essa visão cidadã está em falta no pacote saúde oferecido pelo aparelho formador aos futuros médicos. Isso porque a maiores dos cursos possui visão puramente mercantilista. Desculpe a sinceridade, mas é obrigação de qualquer instituição de ensino em medicina formar profissionais sem preconceitos e com amor verdadeiro ao exercício da profissão e aos pacientes. As grandes intervenções médicas dependem demais do humanismo.  

Assim, faz-se indispensável que essas escolas mudem rapidamente de foco. Uma proposta de medicina motivada exclusivamente na razão do lucro tende a produzir excesso de exames, gastos desnecessários, o agravamento de doenças e até tragédias, com a perda de vidas humanas.  

O bom médico não é fruto do acaso ou de um dom. É indispensável ensinar também conduta humana, na qual a relação médico-paciente é baseada na confiança e respeito, e não somente um atendimento frio e científico.  

Medicina, digo sempre, não é apenas estudar a ação de substâncias no organismo, verificar o funcionamento de órgãos ou realizar cortes cirúrgicos com precisão, é muito mais. Reafirmo: o médico deve amar a profissão e ter em mente que seu foco não são doenças e sim os doentes.  

Enquanto a quantidade de profissionais for o centro da discussão, e não a qualidade da formação, teremos médicos que enxergam seu trabalho sob ótica simplória: os pacientes para eles se tornam simples números de quartos ou clientes de planos de saúde A ou B.
A saúde da população deve ser levada mais a sério, o médico deve saber o peso da responsabilidade que tem nas mãos. E isso também é assunto a ser levado a sério e com consequência pelas faculdades brasileiras.
*Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica  

Veículos: Volvo abre inscrições para o VISTA, a maior competição de mecânicos do mundo





No dia 30 de setembro abrem as inscrições para o VISTA (Volvo International Service Training Awards), competição entre mecânicos Volvo de todo o mundo. Na edição 2019/2020, cerca de 20.000 profissionais da rede de concessionárias da marca em todos os continentes devem participar, divididos em milhares de equipes. Representantes do Brasil e América Latina têm sempre figurado entre os finalistas

Luís Alberto Alves/Hourpress

Os principais objetivos do VISTA são promover o trabalho em equipe para o desenvolvimento de competências. “Técnicos qualificados e motivados asseguram diagnósticos precisos e serviços de excelência em nossas concessionárias. Uma rede com alto conhecimento, capaz de fazer um atendimento usando tecnologia de ponta e seguindo padrões globais é vital para nossos clientes terem disponibilidade máxima em seus veículos” afirma Roger Alm, Presidente da Volvo Trucks.
Participação da América Latina
A América Latina deve ter mais de 3.000 representantes nesta edição. “Os técnicos das concessionárias Volvo em nosso continente recebem a mesma formação da Europa. E a participação no VISTA é uma forma de elevar ainda mais a qualificação destes profissionais, numa gincana de conhecimento entre os melhores mecânicos da nossa marca em todo o mundo, num programa de aprendizado que se torna uma experiência para a vida toda”, afirma Rodrigo Padilha, diretor de desenvolvimento de concessionárias da Volvo na América Latina.
Mais participantes
O VISTA cresce a cada edição. Neste ano, estima-se que 5.000 equipes sejam formadas na rede global de concessionárias da marca. “O VISTA World Championship proporciona às nossas equipes uma oportunidade de mostrar do que são capazes, numa disputa positiva entre os melhores do mundo. Mais do que uma competição, o VISTA é uma celebração do trabalho em equipe, da diversidade e do talento, algo realmente único”, explica Anna Rogbrant, responsável mundial pela ação.
História
A primeira edição do VISTA (Volvo International Service Training Awards) foi realizada em 1957, inicialmente apenas para mecânicos da Volvo na Suécia, país-sede da marca. Duas décadas a competição depois, já tinha chegado a todos os continentes, envolvendo concessionárias Volvo em todo o mundo. Atualmente o evento é bianual.
O VISTA tem diversas rodadas classificatórias e eliminatórias, realizadas ao longo de vários meses. Na edição 2017/2018, os 40 melhores times competiram entre si na grande final, que naquele ano aconteceu no Brasil. A vitoriosa foi a equipe “Viies Ratas”, da Estônia.
Edição 2019/2020
Nesta nova edição, a final será realizada no mês de setembro de 2020, na Itália. Antes disso, haverá três grandes rodadas com perguntas teóricas e provas técnicas, além de uma semifinal em Gotemburgo, Suécia, na sede mundial da Volvo.

Veículos: Allison produz sua 250.000ª transmissão em Szentgotthárd (Hungria)




Um quarto de milhão de transmissões totalmente automáticas já foram produzidas pela Allison Transmission da Hungria

Luís Alberto Alves/Hourpress

A Allison Transmission de Szentgotthárd, Hungria, tem o prazer de celebrar a montagem de sua 250.000ª transmissão totalmente automática. O produto em si é um modelo da Série 4000 Torqmatic, que em breve será entregue à Van Hool, uma das principais fabricantes de ônibus e veículos industriais da Bélgica.
“Felicitamos a Allison Transmission por alcançar este marco. A 250.000ª transmissão produzida pela planta da Hungria será montada em um Van Hool EX, modelo europeu de ônibus de turismo que é fabricado nas nossas instalações de Skopje, na Macedônia. 

Essa unidade produtiva é considerada o ‘estado da arte’ em se tratando de linhas de manufatura de veículos. Estamos equipando nossos modelos Van Hool TX, TDX e EX com transmissões Allison totalmente automáticas desde 2015 e, a cada ano, a proporção de veículos equipados com as Allison vem crescendo gradativamente. Elas são as preferidas dos clientes da Van Hool pelo fato de proporcionar um rodar mais confortável, ter menor manutenção e por serem avaliadas positivamente pelos motoristas”, afirma Filip Van Hool, CEO da empresa.

Para comemorar a ocasião, funcionários e fornecedores da Allison se uniram para celebrar os 19 anos de significativo sucesso na montagem de transmissões na Hungria.
"Tenho orgulho de constatar que um quarto de milhão de transmissões, que trabalham em diferentes aplicações em todo o mundo, foram montadas aqui em Szentgotthárd por essa pequena mas dedicada equipe", disse Peter Rezsnyak, gerente da planta da Allison Transmission Hungria.

Fora da América do Norte, a Allison Transmission possui linhas de produção na Índia e na Hungria. A fábrica da Hungria, localizada na fronteira ocidental do país, na cidade de Szentgotthárd, produz transmissões das séries 3000 e 4000 que são distribuídas para inúmeros OEMs mundiais. 

A fábrica, que começou a operar em 2000 ainda como parte integrante da General Motors, foi transferida para instalações próprias e recém-construídas em 2011. Inicialmente, foram montadas transmissões da Série 3000, sendo que em 2005 a linha foi expandida com a chegada dos produtos da Série 4000. Desde a mudança para as novas instalações, em 2011, a empresa passou a ter espaço físico suficiente para ampliar suas atividades com a criação do “centro de customização” — onde especialistas passaram a ajustar as transmissões para cada tipo de aplicação específica.

Nessa planta, são aplicados os mais modernos processos produtivos desenvolvidos pela Allison, o que garante o fornecimento dos sistemas de propulsão mais confiáveis e avançados do mundo e assegura que seus clientes trabalhem com máximo de eficiência.
Além disso, em 2012, o Allison Customer Experience Center & Drive Track (ACE) — Centro de Experiência para Clientes & Campo de Provas — passou a funcionar em Szentgotthárd. 

Nesse espaço de seis hectares, nossos clientes são introduzidos ao admirável mundo Allison — empresa, produtos e tecnologia —, enquanto avaliam pessoalmente o desempenho das nossas transmissões totalmente automáticas. No ACE, veículos voltados para estradas e também para o fora de estrada são demonstrados e podem ser conduzidos pelos clientes, permitindo que uma automática Allison seja avaliada nas mais variadas condições uso e exigências, diretamente do banco do motorista.

Sobre a Allison Transmission
A Allison Transmission (NYSE:ALSN) é o maior fabricante mundial de transmissões automáticas para veículos comerciais médios e pesados. As transmissões Allison são usadas nas mais variadas aplicações incluindo caminhões coletores de resíduos, construção, bombeiros, distribuição, ônibus, motorhomes, militares e energia. 

Fundada em 1915, a Allison tem sede em Indianápolis, Indiana, EUA, e emprega aproximadamente 2.900 pessoas no mundo. Com presença no mercado de mais de 80 países, a Allison possui escritórios regionais na Holanda, China e Brasil e fábricas nos Estados Unidos, Hungria e Índia. A Allison também tem aproximadamente 1.400 distribuidores independentes e revendedores em todo o mundo. Para maiores informações, visite www.allisontransmission.com.

Economia: Forno de Minas planeja crescer no Nordeste


A marca participa, na semana que vem, da Super Mix, maior feira do setor atacadista e supermercadista do Norte e Nordeste

Redação/Hourpress
O pão de queijo vai dividir espaço com o tradicional bolo de rolo. É que na semana que vem, de 24 a 26 de setembro, acontece a Feira Super Mix, considerada a maior do setor atacadista e supermercadista do Norte e Nordeste, em Olinda. Será a primeira participação da Forno de Minas no evento.
A expectativa é incluir junto com as muitas comidas típicas nordestinas, as delícias produzidas pela indústria mineira. Para isso, a marca planeja captar novos clientes, ampliar a participação no segmento de varejo e food service e, consequentemente, crescer até dois dígitos na região. Inclusive, o maior cliente de distribuição da Forno De Minas no Brasil é do Nordeste.
Segundo o diretor Comercial da Forno de Minas, Vicente Camiloti, a companhia acredita muito na economia do Nordeste e na força dos supermercadistas. “Já estamos presentes em todas as regiões brasileiras, e o Nordeste é o segundo maior mercado consumidor do segmento de alimentação”, explica. Ele acrescenta que o portfólio de produtos e a capacidade de atendimento da equipe comercial e logística permitem chegar de forma ainda mais eficiente em vários canais, inclusive hotéis e pousadas.
A marca oferece produtos versáteis, que combinam com o dia a dia, com a temporada de férias, lanches rápidos ou refeições. “Temos a combinação perfeita: sabor, segurança alimentar, qualidade e praticidade”, afirma.
Na Super Mix, a equipe da Forno de Minas apresenta a gama de produtos existente, que vai além do carro-chefe pão de queijo, e conta também com folhados, pães de batata, lasanhas, cookies, waffles, tortinhas, quiches, empadas, massas frescas congeladas, empanadas e especialidades de batata.
Sobre a Forno de Minas:
A Forno de Minas nasceu do sucesso da receita caseira de pão de queijo da Dona Dalva. Com sede em Contagem (MG), foi fundada em 1990, e é gerida pela Dona Dalva, os filhos Helder e Hélida Mendonça e o sócio Vicente Camiloti. A companhia tem portfólio que atende o varejo e o food service – com linhas de fabricação de pão de queijo, panificados, massas frescas recheadas e lasanhas. A empresa possui também uma Indústria de Laticínios, que produz as matérias-primas para a fábrica e atua no mercado B2B de queijos. Atualmente, a Forno de Minas exporta para 18 países e conta com aproximadamente 1000 colaboradores, oito filiais no Brasil e uma subsidiária nos EUA.
Serviço:
Feira Super Mix
Quando: de 24 a 26 de setembro
Onde: Centro de Convenções de Pernambuco – Olinda
Os produtos Forno de Minas podem ser encontrados nas maiores redes supermercadistas e de food service do país.

Economia: Moedas mistas da América Latina, Europa decepciona



O medo de uma recessão na Europa aumenta e o Banco Central Europeu não tem muitas opções

Redação/Hourpress
As moedas latino-americanas começam mistas nesta semana. O peso mexicano e o real brasileiro valorizam-se ligeiramente em relação ao dólar americano após a decepção do mercado nos dados de serviços e fabricação na Europa. A pesquisa com gerentes de compras industriais nos EUA será publicada às 9h, horário de Nova York.
O medo de uma recessão na Europa aumenta e o Banco Central Europeu não tem muitas opções. O presidente do BCE, Mario Draghi, encerra seu mandato à frente do banco em outubro. A ex-líder do FMI Christine Lagarde assumirá o cargo em novembro, com a expectativa de usar mais diplomacia do que política monetária, dadas as poucas ferramentas que ainda estão disponíveis para ela.
MXN
O peso mexicano abre em alta nesta segunda-feira. A moeda opera em 19,4065 no início da semana, mas com a possibilidade de um corte na taxa de referência do Banxico na quinta-feira. O mercado antecipa um corte de 25 pontos, o que não alteraria muito o curso da moeda que se recupera de tocar os mínimos do ano no início de setembro.
Um corte maior ou uma dose maior de pessimismo do Banxico na quinta-feira pode pressionar o peso a quebrar acima de 19,49 e mover a moeda para tentar quebrar a resistência de 19,53.
BRL
A turbulência geopolítica na semana passada e o corte agressivo de 50 pontos base pelo Banco Central do Brasil têm o real brasileiro em níveis 4,14, aguardando o que acontece nesta semana.
O Fed reduziu sua taxa de juros em 25 pontos-base, mas a retórica do líder do Fed estava otimista. Nesta semana, vários membros do comitê de política monetária terão a oportunidade de esclarecer ou ocultar ainda mais as intenções do banco central em matéria de política monetária.
A melhoria nas relações comerciais dos EUA e da China atingiu um obstáculo e a delegação chinesa voltou para casa mais cedo do que o esperado. O apetite ao risco no mercado é tênue, e só falta outra má notícia para desencadear outra rodada de aversão ao risco, para que as moedas emergentes permaneçam em baixa.
PETRÓLEO
O petróleo opera em baixa nesta segunda-feira. A França continua implorando para não acusar o Irã até que tenha evidências substanciais e, com as instalações da ARAMCO retornando on-line pouco a pouco, o petróleo retorna lentamente aos níveis anteriores ao ataque na Arábia Saudita.
A oferta e a demanda de petróleo assumiram um papel secundário, uma vez que o mercado se concentra no aspecto geopolítico. As tensões no Oriente Médio ditarão a trajetória dos preços do petróleo, com a possibilidade de ação militar que manterá o preço nos níveis atuais, apesar do aumento dos estoques de petróleo dos EUA na semana passada.
OURO
O ouro começa a semana ganhando terreno. A turbulência nas negociações comerciais entre os EUA e a China e o medo de recessão com a queda nos datos de serviços e industriais nos EUA levaram ao metal acima de US$ 1.520.
Os investidores buscam refúgio no metal, aumentando a possibilidade de a Europa entrar em recessão com a menor confiança dos gerentes de compras na Europa.

Economia: Lei da Liberdade Econômica e seus impactos




A análise do impacto regulatório prevista na MP 881/2019 para a Saúde

Luís Alberto Alves/Hourpress
Cercada de polêmicas desde sua edição, a MP da Liberdade Econômica (881/2019), que visa estabelecer garantias de livre mercado e instituir medidas de cunho liberal na área econômica, incluiu ao menos uma regra de grande valia para o setor da saúde, ao tornar obrigatório o estudo de impactos econômicos pelas entidades quando da edição ou modificação de atos normativos.
Trata-se do artigo 5º, segundo o qual: “as propostas de edição e de alteração de atos normativos de interesse geral de agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados, editadas por órgão ou entidade da administração pública federal, incluídas as autarquias e as fundações públicas, serão precedidas da realização de análise de impacto regulatório, que conterá informações e dados sobre os possíveis efeitos do ato normativo para verificar a razoabilidade do seu impacto econômico”.
Para o advogado Ricardo Ramires, sócio do Dagoberto Advogados e especializado em Direito Empresarial na área da saúde, a medida é um avanço, já que “hoje as regras são criadas e/ou alteradas sem controle ou estudo dos seus custos, pois apenas são submetidas à consulta pública, analisadas internamente e aprovadas, sem maiores justificativas”, considera, ao exemplificar com as constantes revisões do rol de procedimentos e eventos da ANS, entre outros.     
Para discutir os desafios, dúvidas e esclarecimentos sobre o tema, o profissional está à disposição para auxiliá-lo(a) em sua matéria.
Ricardo Ramires Filho possui pós-graduação pela FGV-SP GVLaw e curso sobre “Sistemas Privados de Saúde e Reforma do Sistema de Saúde Americano” pela Harvard School of Public Health, o profissional é Membro Efetivo da Comissão de Estudos Sobre Planos de Saúde e Assistência Médica e Coordenador do Comitê de Estudo Sobre a Atenção Domiciliar, ambos da OAB/SP.

Economia: Fim da contabilidade como a conhecemos é certo, afirmam especialistas




Há pelo menos 7 meses, a fintech curitibana ROIT Bank já vem automatizando processos contábeis por meio da Inteligência Artificial. Robô substitui em média trabalho manual de 30 pessoas

Redação/Hourpress
Com os avanços tecnológicos no setor de automação, que surgem cada vez mais rápido, muitas atividades e profissões deixarão de existir, como já aconteceu no passado. Hoje, a contabilidade é uma das atividades que mais correm esse risco. Por ser extremamente operacional, é possível de ser realizada por robôs.
“Os robôs já conseguem realizar quase todos os trabalhos repetitivos que outrora eram realizados por humanos, que passavam longas horas realizando tarefas simples e que não agregavam valor ao currículo profissional”, explica Laudelino Jochem, vice-presidente de Administração e Finanças do CRCPR (Conselho Regional de Contabilidade do Paraná).
Algumas pessoas, no entanto, são contra essa mudança e temem o “fim da contabilidade”. Defendem que critérios, normas e princípios contábeis não podem ser automatizados. Além disso, dizem que há muito fatores a serem interpretados de forma particular, algo que não poderia ser realizado de forma automática.
Laudelino Jochem concorda que, pelo menos por enquanto, a tecnologia ainda não consegue realizar trabalhos complexos e estratégicos, que ainda ficariam a cargo dos seres humanos. Mas, acredita que ela é um caminho sem volta e que não devemos tentar barrar isso, ao contrário, precisamos ser amigos dela.
“Eu sempre costumo dizer em minhas palestras que não é a tecnologia que tirará os profissionais do mercado. Ela vem para facilitar o trabalho que é realizado pelos profissionais da contabilidade. As pessoas têm resistência às mudanças e às inovações, e, isso sim pode impedir um profissional de obter sucesso. Quem está disposto a mudar, pode usar a tecnologia para seu próprio crescimento e facilitar o trabalho que realiza”, afirma Laudelino.
A fintech curitibana ROIT Bank é um exemplo da revolução que já está acontecendo nesse setor. Lançada no início do ano pela ROIT Consultoria e Contabilidade, a fintech faz uso da inteligência artificial para automatizar todas as etapas e processos operacionais da contabilidade.

“Nós acreditamos que haverá, sim, o fim da contabilidade como é feita hoje. Na verdade, ela não vai deixar de existir, mas vai mudar, vai evoluir e estará intrinsecamente ligada aos processos financeiros”, explica Lucas Ribeiro, sócio-diretor da ROIT.
Assim como Laudelino Jochem, Lucas Ribeiro também acredita que, nesse novo contexto, os contadores passarão a ficar responsáveis pelas atividades mais estratégicas e analíticas e menos operacionais.
O vice-presidente do CRCPR afirma que tem uma parcela de profissionais da contabilidade que ainda não se atentou que é preciso estar disposto à mudança e, para esses, a tecnologia acaba parecendo um problema. Mas, dá um conselho para a classe contábil:
“É preciso tomar consciência que a mudança faz parte da vida profissional, pois quem não a aceita sofre e não consegue realizar grandes voos. Nós, profissionais da contabilidade, como tantos outros, precisamos travar uma batalha para reprogramar nossa mente. Enquanto não mudarmos nossas crenças, não estaremos preparados para enfrentar o novo cenário profissional no contexto da inteligência artificial”, diz Laudelino Jochem.
Uma pesquisa sobre contabilidade, realizada pelo SEBRAE, aponta que 61% dos clientes pagaria algo a mais se o contador passasse a prestar um serviço de consultoria. "Isso representa inclusive uma oportunidade para os profissionais de contabilidade redirecionarem suas carreiras e lucrarem muito mais. As tarefas do dia a dia devem ser feitas pela Inteligência Artificial, e aos contadores as análises e estratégias que agregam valor aos clientes”, afirma Ribeiro.
 Na ROIT, o robô contador faz o trabalho de mais de 30 contadores, mas isso não significou desemprego. "Inclusive contratamos mais 100 profissionais desde o início do desenvolvimento do ROIT Bank, com salários acima da média nacional", ressalta. 
Atualmente, o Brasil conta com mais de 517 mil profissionais da área de contabilidade em plena atuação, segundo levantamento realizado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em abril deste ano.