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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Geral: Varizes nas pernas, causas e riscos



Sua ocorrência é mais comum naqueles que ficam em pé por períodos prolongados

Luís Alberto Alves/Hourpress

Podem se manifestar em quadros leves, sem causar incômodo. Ou evoluir para estágios avançados, provocando dores e inchaços.

Calcula-se que cerca de 70 a 80% dos episódios estão associados a fatores genéticos. Entretanto, podem ser agravados por situações de sedentarismo ou obesidade.

Somos todos irrigados por artérias – que distribuem o sangue para o corpo – e veias, responsáveis por retorná-lo ao coração. No caso das pernas, as veias possuem válvulas para impedir o sangue de retornar aos pés pela ação da gravidade. Se não funcionam adequadamente, ocorre sobrecarga, dando origens às varizes.

De acordo com o dr. Marcelo Rodrigo de Souza Moraes, presidente do Departamento Científico de Angiologia e Cirurgia Vascular Periférica da APM, esta é uma das patologias mais comuns do mundo. Ele revela que há estudos apontando que, mundialmente, até um terço das mulheres e um quinto dos homens têm ou terão algum grau de doença venosa ao longo da vida.

O diagnóstico, em muitos casos, é feito pela própria pessoa, e a complexidade dos quadros está relacionada aos sintomas.

“Quando há apenas vazinhos, provavelmente não vão gerar comprometimento circulatório muito sério no curto prazo. Eventualmente, quando se tem veias dilatadas mais altas, presença de dor, coceira, inchaço ou cansaço nas pernas, isso pode acarretar efeitos circulatórios mais graves, como um edema”, afirma o especialista.

Segundo ele, qualquer sinal deve causar estado de alerta: “É um erro acreditar que varizes, mesmo na sua forma mais sútil, como os vazinhos, são questões apenas estéticas. A doença venosa evolui. Em seu estágio inicial, pode apresentar uma queixa predominantemente estética, mas não nos deixemos enganar; esse é apenas o comecinho do quadro”.

Vale relembrar que, além de fatores genéticos, estão susceptíveis à doença pessoas que passam muitas horas seguidas de pé ou sentadas, pois a falta de exercício compromete a circulação. Para tal grupo, é indicada movimentação a cada 30 minutos.

Dr. Marcelo destaca ainda a importância de praticar atividades com foco na panturrilha, parte do corpo fundamental para o retorno do sangue ao coração.

A incidência das varizes aumenta com a idade e há maior prevalência no gênero feminino. Mulheres na gravidez também correm mais risco e devido a circunstâncias hormonais, não é incomum as veias voltaram ao normal.

Em termos de tratamento, existem as opções conservadora/clínica e a invasiva/procedimento cirúrgico. Segundo Marcelo, a primeira é a recomendada de forma geral e para todos os casos.

“Não conseguimos alterar a genética, mas é possível mudar hábitos. Se um paciente está acima do peso, iremos orientá-lo a emagrecer. Para sedentários, recomentamos a prática de atividades físicas. Também indicamos o uso de meias compressivas, que ajudam na circulação”.

A cirurgia não é aconselhável em todos os casos e tampouco é definitiva. Isso se dá porque, ao longo do tempo, outras veias podem se dilatar, algo extremamente comum. Porém, quando a doença já está instalada, indicação precisa realizada por um médico especialista ajuda a melhorar a qualidade de vida e prevenir a piora do quadro.

Para os que já sofrem com o problema, algumas medidas gerais e sem contra indicações contribuem para melhora geral, hidratação do corpo, exercícios moderados diariamente e perda de peso são ótimos para a circulação e para a saúde como um todo. Em qualquer quadro a consulta a um especialista é imprescindível. Se a doença é tratada de forma adequada desde o seu início é muito provável que mesmo com uma genética desfavorável, a doença seja bem controlada ao longo da vida. 

 

Fundo do baú: Silvio César e a inesquecível "Era uma vez"



Luís Alberto Alves/Hourpress

Nos bailes do final da década de 1960, muitos casais se encontraram para sempre ao dançar a canção "Era uma vez" , na voz de Silvio César. Ao contrário de hoje, essa música tem letra, melodia e ritmo maravilhosos. Mate a saudade.


https://www.youtube.com/watch?v=WgYDqfQwSdw

Geral: Bombeiros de Minas Gerais com 13º Salário atrasado


As imagens do resgate dramático percorreram o mundo



Luís Alberto Alves/Hourpress

O profissionalismo do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais está acima de tudo. Mesmo sem receber o 13º Salário de 2018 e salários atrasados, os militares desta corporação continuam trabalhando intensamente na cidade de Brumadinho (MG) onde várias pessoas permanecem soterradas embaixo do mar de lama que atravessou o local, destruindo casas e matando inúmeros moradores e trabalhadores.

Quando a população vê a piloto Karla Lessa, major do Corpo de Bombeiros, investindo numa manobra arriscada, que poderia tirar a vida dela e dois colegas de corporação, para resgatar duas sobreviventes presa na lama, é o sinal de que ainda existe algo de bom neste País, tão agredido pela corrupção. As imagens do resgate dramático percorreram o mundo, recebendo elogios de outros pilotos, reconhecendo que somente alguém preocupado com a vida do próximo para apostar em algo que poderia ser o passaporte para a morte, caso a aeronave tocasse na lama.


sábado, 26 de janeiro de 2019

Chumbo quente: Chacina ambiental




É preciso agir com responsabilidade e punir rigorosamente os envolvidos


*Luís Alberto Alves/Hourpress

O rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, é um dos maiores acidentes ambientais da história. Mais de 400 mortos, porque dizer em desaparecidos é eufemismo. A violência do impacto da enxurrada de detritos de minérios derrubando tudo que encontrou pela frente, inclusive levando parte de uma ponte por onde passava uma via férrea, usada para transporte de material.

Escrevo chacina ambiental por causa do grande número de vítimas fatais. Mas e o papel dos governos federal e estadual nesta história? É de irresponsabilidade. Trabalhei vários anos como assessor ambiental e cansei de participar de reuniões ministeriais, onde problemas graves, como contaminação por mercúrio, por exemplo, era tratada com desdém. Diversos encontros para chegar ao final do ano, sem nenhuma solução.

O ingrediente mais daninho nesta história é o poder do capital financeiro. Muitas vezes usado para silenciar ou dificultar laudos mais criteriosos para liberação de projetos que ameaçam o meio ambiente. Pior do que perder bens materiais, são famílias que perderam filhos, filhas, maridos, esposas, pais e mães. Quanto custa a vida humana? Não tem preço!

O mais terrível nesta história de terror são autoridades ambientais profetizando que o rompimento da barragem de Brumadinho era tragédia anunciada. Questão de dias ou meses para a fatalidade virar realidade. Mas como sempre ignorada pelos governantes. Sempre quando ocorre qualquer denúncia anunciando grandes desastres, nunca se leva a sério. Agora é não chorar o leite derramado.

Cabe o governo federal deixar no arquivo morto a proposta de suavizar as regras para liberação de projetos ambientais, facilitando o grande capital. Meio ambiente não é frescura, como os integrantes do governo Bolsonaro anuncia. É preciso agir com responsabilidade e punir rigorosamente os envolvidos. Do contrário, é esperarmos pela próxima tragédia.

*Luís Alberto Alves é diretor de redação do hourpress.com. br e jornalista há mais de 30 anos. Trabalhou nos principais veículos de comunicação de SP. É expert em Política Internacional, Segurança Pública, Economia, Música, Veículos, Gospel Music, Sindicalismo e Meio Ambiente. É grande estudioso de Black Music, arranjador e músico de formação clássica.





terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Túnel do tempo: Manoel Filho, uma das vítimas da Ditadura


Luís Alberto Alves/Hourpress

Política: Estratégias de Bolsonaro para enganar a população


 Elas dividem a população e dificultam uma cobrança


Patrício Júnior

Frases impactantes como "meninas de rosa, meninos de azul", "livrar o país do socialismo", "chegou a nova era" e similares parecem comprovantes da idiotice do desgoverno Bolsonaro, mas têm uma função estratégica muito sofisticada que talvez você não tenha percebido.

1) Esses slogans desestabilizam a oposição. Pensávamos essas questões como superadas, então dá uma revirada nada saudável no nosso juízo ver alguém proferindo essas barbaridades impunemente. A gente perde o ânimo, cansa de verdade. E é isso que eles querem.

2) Os slogans absurdos também rendem muitas matérias, muitas hashtags, muito engajamento dos dois lados da política. Ou seja: passam a ser assuntos mais urgentes que discutir desigualdade, geração de empregos, corrupção, crescimento. É isso que eles querem.

3) Elas dividem a população e dificultam uma cobrança por parte dos eleitores de ambos espectros políticos. É como se tivéssemos que concordar com tudo ou discordar de tudo pra nos encaixarmos em um dos lados. Em suma, paramos de pensar. É isso que eles querem.

4) Essas frases impactantes também esvaziam o diálogo. E não há nada mais confortável que governar uma população com debate vazio. Fica bem simples manipular todo mundo, a favor e contra. É isso que eles querem.

5) Elas também simplificam o trabalho da imprensa. Pra que perder tempo e dinheiro apurando fatos se os likes estão garantidos com esses slogans? "Põe BOLSONARO AFIRMA QUE VAI LIVRAR PAÍS DO SOCIALISMO" que a audiência tá garantida". É isso que eles querem.

6) Temos uma consistente cortina de fumaça que libera Bolsonaro do compromisso de governar. Em vez de explicar quais são as medidas reais para fazer o país voltar a crescer, as lives do Bozo serão sobre esses slogans. Ele cria, ele repercute, ele explica. É isso que eles querem.

7) Além disso, esses slogans rendem desmentidos, retificações, direitos de resposta e acusações de que a imprensa produz fake news. Imprensa sem credibilidade nunca leva as democracias para um bom lugar. É isso que eles querem.

8) Não se ganha uma eleição presidencial sem uma estratégia eleitoral inteligente (honesta ou não, tem que ser inteligente). Então vamos parar de subestimar o grupo que está no poder. Eles não são idiotas. Mas é isso que eles querem que você pense.

9) Vamos enxergar além da cortina de fumaça. Cada slogan desse nos causa uma revolta (ou uma satisfação, a depender de qual lado você está) que nos imobiliza enquanto cidadãos. É exatamente isso que eles querem.

10) Sejamos menos manipuláveis. Pq Bolsonaro apenas abriu uma porta que muitos outros tentarão atravessar. É uma estratégia que veio pra ficar. Será copiada. Sejamos mais inteligentes. É isso que eles NÃO querem. Que a gente pense.

Pra finalizar, um conselho: próxima matéria com frase absurda que vc ler, pense duas vezes antes de sentir algo a respeito. Contenha o impulso de compartilhar, xingar, bater textão. Aguarde uns minutos e pense: "qual a real intenção de dizer isso?". É isso que eles NÃO querem.
 Estratégia desse governo absurdo☝🏾

Geral: Síndrome do prédio doente: cuidado


De comum, é possível dizer, por exemplo, que ambas podem ser uma consequência da Síndrome do prédio doente


Luís Alberto Alves/Hourpress

RINITE

Em episódios de rinite, a inflamação pode ocorrer por vírus, bactéria e insetos. Ou por alergias decorrentes, em muitos casos, de inalantes, como poeira, fumaça, perfumes, itens de limpeza ou cloro de piscina; produtos alimentícios, a exemplo de corantes. Certas vezes estão associadas a outras alergias, como a de pele.

Segundo o ex-presidente do Departamento Científico de Otorrinolaringologia da Associação Paulista de Medicina e Secretário Geral da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, Edson Ibrahim Mitre, os principais sintomas, além dos espirros frequentes, são congestão nasal, coriza transparente, na cor de clara de ovo, e olhos vermelhos. Quando alérgica, também se relaciona à coceira no nariz, na garganta e possivelmente nos olhos e ouvidos.

Pessoas que trabalham em ambientes fechados ou passam grande parte do tempo dentro de casa estão mais susceptíveis. É a chamada Síndrome do prédio doente, onde muitos vírus e bactérias são disseminados pelo ar em dutos de ar condicionado e pelo fato das janelas não abrirem.

“Diversos locais têm ar condicionado central, cujos dutos raramente são higienizados, acumulando poeira e insetos, que contribuem para doenças respiratórias”, alerta Mitre.

Crianças e idosos também são mais vulneráveis, nos casos de infecção e inflamação, devido à fragilidade do sistema imunológico.
          


SINUSITE

A sinusite, sendo em geral infecciosa-bacteriana, não provoca espirros, mas causa secreção amarelada ou esverdeada que persiste durante dias, podendo provocar dor no rosto, ao redor dos olhos e na fronte. Também apresenta tosse, que piora quando deitado.

“Outras rinites, como o resfriado comum, e a sinusite, são todas transmitidas pelo ar, então em épocas de inverno e ambientes com maior concentração de pessoas facilitam a disseminação.

O tratamento varia de acordo com o diagnóstico. Para a sinusite, há, na maioria das vezes, cura com os antibióticos corretos durante o tempo apropriado. No caso da rinite alérgica, não é possível curá-la, mas pode-se evitar e tratar as crises tomando medicamentos e, fundamentalmente, controlando o ambiente, sobretudo em casa ou no trabalho. Consultar-se com o otorrinolaringologista é fundamental para evitar a cronificação dos quadros ou mesmo futuras complicações decorrentes delas.

A incidência das doenças aumenta cada vez mais em âmbito mundial por se relacionarem à poluição do ar e a ambientes fechados. Calcula-se que entre 25% e 35% da população mundial tenha sintomas relacionados à rinite, com quadros persistentes em cerca de 20%. “Em Curitiba, estudo recente evidenciou a prevalência de rinite alérgica em adultos em 47%”, revela Mitre.

Para o caso das alergias, é imprescindível evitar roupas guardadas, tapetes, cortinas e animais de pelúcia, que facilitam o acúmulo de ácaros e poeira. No verão, sempre tomar cuidado com ambientes com ar condicionado para impedir o contágio de vírus e bactérias. Em todas as circunstâncias, o especialista indica, além da inalação, a lavagem nasal com soro fisiológico, por ajudar na eliminação de agentes que desencadeiam os sintomas alérgicos e nasais.