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Crônica: Quando a fome impera para preservar a saúde

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segunda-feira, 28 de março de 2016

Túnel do Tempo: Vietcongs matam 33 soldados dos Estados Unidos



Luís Alberto Alves

Guerra: Em 28 de março de 1971, Vietcong atacam uma base americana próxima a Danang, no Vietnã do Sul, e matam 33 soldados.

Radiografia de Sampa: Alameda Iraê




Luís Alberto Alves

Esta rua foi aberta entre 1913 e 1915 pela Cia. Territorial Paulista e o seu leito foi tornado público através de doação à Municipalidade. No dia 18 de Agosto de 1933, através do Ato nº 505, ela foi denominada como "Rua Iraê". 

Em 1954, através do Decreto nº 2.687, ela foi transformada em Alameda e incorporou um trecho aquém da Avenida Indianópolis. O nome "Iraê", como os demais nomes dos logradouros da região, seguiu uma temática sugerida pelo proprietário da área, Eng. Fernando Arens Júnior, diretor da Cia. Territorial Paulista.

 Conta-se que ele apreciava os nomes indígenas e de aves. Neste caso, Iraê significa "que tem o gosto de mel" sendo, também, um prenome feminino. A Alameda Iraê (foto) fica em Moema, Zona Sul.

Geral: Haddad deixa de lado urbanização de Paraisópolis



Redação

Cenário de novela global, comunidade da zona sul de São Paulo sofre com descaso da Prefeitura; Esgoto a céu aberto, fendas no asfalto, ausência de equipamentos básicos nas UBSs e falta de vagas em creches e escolas estão entre os problemas enfrentados pelos moradores

 A comunidade de Paraisópolis parece não fazer parte do mapa do prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Ao longo de pouco mais de três anos de mandato, o líder do governo municipal pouco fez para  cumprir as promessas de campanha. Mais do que isso, Haddad interrompeu os projetos que estavam em andamento, em especial a urbanização da comunidade - um tema tão importante que foi transformado em tema de novela.

O descaso da Prefeitura se estende à recusa no diálogo com as lideranças comunitárias. Há quase dois anos, representantes dos moradores e comerciantes locais tentam o agendamento de uma reunião com Hadad para debater a interrupção das obras de urbanização e outros problemas enfrentados por quem vive na segunda maior comunidade de São Paulo.

 "Diferente do que muitos acreditam, mesmo com 'I Love Paraisópolis' e toda a exposição positiva que o folhetim trouxe para a comunidade, não houve qualquer avanço no projeto de urbanização, que incluí, entre outros, moradia popular e saneamento básico. O prefeito deu as costas para Paraisópolis", explica Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis (UMCP).

Entre os desafios enfrentados diariamente por quem reside e trabalha na região está ainda a falta de canalização do córrego que corta toda a área. Por causa disso, os moradores sofrem com esgoto a céu aberto e constantes enchentes - o que, além de inúmeros danos, faz com que diversas casas e áreas da comunidade sejam inundadas pela água contaminada. Falta de vagas em creches e no ensino fundamental e ausência constante de equipamentos de uso cotidiano para atendimento à população na Unidade Básica de Saúde (UBS) também fazem parte da longa lista de temas ignorados pela administração atual da cidade.

Além disso, fendas no asfalto assustam quem caminha pelas ruas de Paraisópolis. Em uma cena digna de ficção, no final de fevereiro um veículo acabou sendo engolido por uma das crateras na Rua Melchior Giola, uma das principais vias de tráfego local. Mesmo diante de uma situação, a solução não passou de um remendo feito dias depois para apenas tapar este buraco.  

"Infelizmente a Paraisópolis real parece estar ainda muito distante das conquistas da Paraisópolis da novela. Continuamos lutando para que o poder público cumpra sua promessa de implementar ações efetivas no combate à falta de condições básicas de moradia, saúde, transporte e educação que enfrentamos atualmente", disse Rodrigues.

Geral: Escritor Luis Fernando Verissimo é internado com infecção respiratória




  • Rio de Janeiro
Douglas Correa - Repórter da Agência Brasil
O escritor Luis Fernando Verissimo, 79 anos, está internado desde a última sexta-feira no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, e seu estado de saúde é estável. De acordo com o boletim médico divulgado hoje (28) pelo hospital, o escritor permanecerá internado para tratamento de infecção respiratória e arritmia cardíaca.

Em 2013, Luis Fernando Verissimo foi internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, após apresentar sintomas de angina (dores no peito). Ele chegou a ficar internado no Centro de Terapia Intensiva, mas seu estado clínico melhorou. Verissimo foi transferido para um apartamento e dias depois, liberado do hospital.

Economia:Vendas na Páscoa caem 9,6% e têm pior resultado desde 2007, mostra Serasa


  • São Paulo
Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil
Venda de ovos de chocolate neste sábado (4), último dia antes do domingo de Páscoa (José Cruz/Agência Brasil)
Vendas na Páscoa atingem pior desempenho desde 2007. Queda do poder de compra devido à inflação é um dos motivos, segundo especialistas da SerasaJosé Cruz/Agência Brasil
O comércio faturou 9,6% a menos na Páscoa deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da empresa de consultoria Serasa Experian. Os dados, colhidos de 21 a 27 de março, representam o pior desempenho da série, iniciada em 2007. Ao considerar apenas o final de semana da Páscoa (25 a 27 de março), a queda alcançou 9,9% em relação aos mesmos dias de 2015.

Na cidade de São Paulo, as vendas na semana da data comemorativa caíram 11,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Só no fim de semana, na capital paulista, as vendas apresentaram queda de 8,4%.
Economistas da Serasa avaliam que o aprofundamento da recessão econômica, o desemprego em trajetória de elevação e a queda do poder de compra dos consumidores devido à inflação provocaram os resultados negativos.

Política: Para intelectuais estrangeiros, democracia brasileira enfrenta ameaça






  • Brasília
Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil
Um manifesto online, assinado por 51 acadêmicos especializados em estudos sobre o Brasil em universidades estrangeiras, diz que a democracia brasileira encontra-se “seriamente ameaçada” pelo atual clima político. O documento, que convoca intelectuais estrangeiros a aderirem ao texto, já recebeu mais de mil subscrições até a manhã de hoje (28), desde que foi lançado, há quatro dias.

Idealizado pelo historiador James Green, da Universidade Brown, em Rhode Island, nos Estados Unidos, e o sociólogo brasileiro Renan Quinalha, pesquisador convidado na Brown, o manifesto reconhece a legitimidade e a necessidade do combate à corrupção por meio de inquéritos como os da Operação Lava Jato, mas acusa o que seriam abusos na condução da investigação e afirma que “setores do judiciário, com o apoio de interesses da grande imprensa, têm se tornado protagonistas em prejudicar o Estado de Direito”.

“Tomamos a iniciativa de organizar esse abaixo-assinado por conta da grave situação política que o Brasil atravessa hoje. Recebemos uma chamada de acadêmicos brasileiros pedindo solidariedade na defesa da democracia e atendemos prontamente a esse chamado”, disse Green, por email, à Agência Brasil. “Nossa intenção foi somar a comunidade acadêmica internacional às diversas iniciativas que estão se proliferando pelo Brasil.”
Green é autor dos livros Além do Carnaval – A Homossexualidade Masculina no Brasil do Séc. XX(Unesp, 2000) e Apesar de Vocês – Oposição à Ditadura Brasileira nos Estados Unidos, 1964-1985(Companhia das Letras, 2009), que analisa as relações Brasil-EUA no período e conta a história de pessoas que combateram o regime militar brasileiro a partir do país norte-americano.

O texto é assinado, entre outros, por brasilianistas como Barbara Weinstein (New York University), autora de diversos livros sobre o Brasil pós-colonial; Elizabeth Leeds (Massachussets Institute of Technology – MIT), que é também cofundadora e presidente de honra do Fórum Brasileiro de Segurança Pública; e Jean Hébrard, professor na Ecóle de Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris. Assinam ainda intelectuais brasileiros que no momento atuam fora do país, como o especialista em literatura brasileira Pedro Meira Monteiro, que leciona na Universidade Princeton, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, e o historiador Sidney Chalhoub, professor convidado na Universidade Harvard, em Massachussets (EUA).
                                                                   Impeachment
No manifesto, os acadêmicos enxergam um sério risco de que a retórica contra a corrupção esteja sendo usada para desestabilizar um governo democraticamente eleito, citando que o mesmo expediente fora utilizado antes da queda do ex-presidente João Goulart (1964), dando espaço à ditadura militar subsequente. À Agência Brasil, Barbara Weinstein criticou o processo de impeachment em curso no Congresso.  

“Caso surjam evidências de algo mais sério do que 'contabilidade criativa', ou se você puder encontrar uma maioria de dois terços da Câmara dos Deputados que se acredite nunca ter cometido qualquer ato que possa ser descrito como 'corrupto' ou 'desonesto', então talvez eu possa considerar legítimo que eles decidam se Dilma permanece no cargo ou é impedida”, disse Weinstein. “Acho muito improvável.”

Para Chalhoub, um dos historiadores brasileiros de maior projeção internacional, “o processo de impeachment tem bases muito frágeis, como já mostraram vários juristas. E está sendo conduzido por parlamentares sobre os quais pesam acusações de gravidade ímpar. Destituir uma presidenta desse modo fragiliza a democracia, é um golpe contra ela, traduz apenas o inconformismo dos derrotados nas eleições de 2014. Esse é um momento decisivo da democracia brasileira”, disse ele à Agência Brasil.

Dos mais de mil subscritos no abaixo-assinado disponível no site Avaaz, grande parte é composta por acadêmicos do México e da Argentina, mas há intelectuais de países diversos, como África do Sul, Índia, Japão e Turquia.

Política: Presidente da OAB diz que não há racha na instituição sobre impeachment



  • Brasília
Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, disse hoje (28) que não há um “racha” entre os advogados em relação à decisão da entidade de entregar, na Câmara dos Deputados, um novo pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Neste momento, o documento está sendo protocolado na Casa.

Antes, no início da tarde, um grupo de advogados entregou ao presidente da OAB um manifesto, assinado por 140 profissionais, contra a decisão da ordem de pedir o impeachment da presidenta. Lamachia informou ter recebido outros dois manifestos individuais contrários à posição da OAB.

No último dia 18, o Conselho Federal da OAB decidiu acompanhar o voto do relator e aderir ao pedido de impeachment de Dilma. A maior parte das bancadas regionais da OAB votou com o relator por unanimidade.

“Não há racha nenhum. Imputo isso a uma leviandade, afirmar que há racha na OAB. A instituição tem hoje quase um milhão de advogados inscritos. Basta que se faça uma contagem para vermos onde temos e qual o número de advogados que estão se manifestando contra a instituição. Temos estados com mais de 100 mil advogados, onde tem 30 advogados indo para a frente da OAB fazer um protesto. Isso não pode ser encarado como um racha na instituição, mas como uma divergência”, disse, em entrevista, a jornalistas.

Lamachia diz que houve amplo debate nas OABs dos estados, sobre apoiar ou não o pedido de impeachment, e no Conselho houve aprovação de 26 das 27 seccionais.
“A OAB tomou uma decisão absolutamente técnica e ouviu todas as OABs dos 27 estados da federação. Tivemos uma votação do plenário do Conselho Federal apreciando um voto que tem mais de 40 folhas e tivemos, ao fim, uma decisão de 26 bancadas contra uma que votou contrária ao ajuizamento do pedido de impeachment da presidente da República. Foi uma decisão democrática, e tomada após mais de 10 horas de debate”, disse Cláudio Lamachia.